Florestal_235Web
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ENTREVISTA<br />
envolvem o futuro do setor. Nos fóruns são tratadas políticas<br />
públicas, de financiamento, controle e licenciamento ambiental,<br />
dentre outros. A participação permanente da entidade,<br />
orientada sempre previamente por seus associados, nos leva,<br />
sem dúvida nenhuma, a uma condição de participação no<br />
processo de construção dessas políticas públicas.<br />
>> Como avalia as possibilidades de crescimento mercado<br />
florestal na Bahia?<br />
Temos grandes projetos de empresas implantados aqui. A<br />
Bahia tem 600 mil ha (hectares) de eucalipto plantado, sendo<br />
a quarta maior produção do país, sendo assim, conservamos<br />
340 mil ha. Notadamente, na área de papel, temos 15% da<br />
produção de celulose do país, outros 3% de papel e 2% na<br />
área de madeira serrada. Então a atração de parceiros que venham<br />
a investir na Bahia, com a experiência que têm os amigos<br />
do Paraná e Santa Catarina, nos interessa muito. A ABAF<br />
e o governo do Estado estão de braços abertos, promovendo<br />
facilidade e estímulos para que as empresas procurem e examinem<br />
as possibilidades de investimento. Esse é nosso desejo<br />
e proposta concreta.<br />
>> Como funcionam os programas desenvolvidos pela ABAF?<br />
Além dos fóruns, também temos grupos internos de trabalho.<br />
Temos um grupo formado por especialistas das empresas, que<br />
nós chamamos de GT-Legis, que cuida de toda a legislação e<br />
acompanha todos os projetos a nível nacional e estadual que<br />
tenham impacto sobre a nossa atividade. Temos um grupo<br />
muito importante, chamado: Mais Floresta, Mais Madeira;<br />
que tem como objetivo coordenar e facilitar a participação<br />
dos pequenos e médios produtores na atividade florestal. A<br />
madeira está no nosso dia a dia, nos móveis, no rodapé, na<br />
porta, na madeira serrada, compensados, pisos, laminados e<br />
precisamos ter uma cadeia produtiva mais intensa. A cadeia<br />
produtiva envolve fabricantes de caixaria, empresas de energia<br />
a partir da biomassa e também as empresas de mineração<br />
e a agricultura de grãos. Há uma gama de demandas e setores<br />
que crescem muito na economia baiana e precisamos atender.<br />
O terceiro programa que gostaria de me referir se chama:<br />
Ambiente florestal sustentável. Esse programa é uma parceria<br />
com o governo do Estado, com a secretaria da agricultura,<br />
trata de temas como a legalização ambiental da propriedade,<br />
uso múltiplo da madeira, preservação dos recursos hídricos<br />
e tantos outros que valorizam a produção de madeira aqui.<br />
Esse programa está incluído no programa ABC (Agricultura de<br />
Baixo Carbono) do governo federal, que prega a plantação na<br />
mesma fazenda de uma atividade nova sem que o produtor<br />
deixe suas atividades atuais, seja ela agricultura, frutas, café<br />
ou outras, para ter mais uma fonte de emprego e mais renda<br />
segurada para o seu futuro.<br />
>> A ABAF incentiva as certificações por parte de seus associados?<br />
Todos os 600 mil ha de área plantada são certificados. As<br />
certificadoras que as empresas mais utilizam são o FSC e a<br />
Bahia. Those who have experience in the States of Paraná<br />
and Santa Catarina interest us a lot. ABAF and the State<br />
Government have open arms, promoting ease and providing<br />
incentives for companies to seek and examine investment<br />
possibilities. This is our wish and concrete proposal.<br />
How do the programs developed by ABAF work?<br />
In addition to the forums, we also have internal working<br />
groups. We have a group of specialists from the companies,<br />
which we call GT-Legis, which takes care of all<br />
legislation and monitors all national and state projects<br />
that impact our activity. We have created a very important<br />
group, called “More Forest, More Timber”, which aims to<br />
coordinate and facilitate the participation of small and<br />
medium producers in the forest activity. Wood is part of<br />
our daily lives, like furniture, skirting boards, doors, sawn<br />
wood, plywood, floors, and laminates, and we need to<br />
have a more intensive production chain. The production<br />
chain involves unfinished sawn wood to grain agriculture.<br />
There is a range of demands and sectors growing a lot in<br />
the State economy, and we need to meet their needs. The<br />
third program that I would like to refer to is called “Sustainable<br />
Forest Environment”. This program is carried in<br />
conjunction with the State Government with the Secretary<br />
of Agriculture. It deals with topics such as environmental<br />
legalization for property use, multiple-use of timber, preservation<br />
of water resources, and many others that value<br />
timber production in the State. This program is included in<br />
the Federal Government’s Low Carbon Agriculture Program<br />
(ABC), which addresses tree planting as a new activity on<br />
the same farm without the producer hindering current activities,<br />
be they agriculture, fruit growing, coffee growing,<br />
or others, leading to another source of employment and<br />
ensuring more future income.<br />
Does ABAF encourage certifications by its members?<br />
All 600 thousand ha of planted area are certified. The most<br />
used certifiers used are FSC and Cerflor; some companies<br />
are doubly certified. This is undoubtedly the right way to<br />
be followed because certification deals with the technical<br />
conditions of the production process or the final product<br />
and our activity’s social and environmental aspects.<br />
Furthermore, all areas are digitized, so there is permanent<br />
tracking, and one can have absolute control of the quality<br />
of processing and the social behavior of their suppliers.<br />
On the ABAF website, there is a page called “Eucalyptus<br />
Myths”. What is the purpose of this material?<br />
There are still several sources that judge eucalyptus as<br />
something that harms the environment. However, the<br />
opposite is true as backed-up with scientific information<br />
and ensured by procedures and studies of independent<br />
agencies, such as the members of the academic world and<br />
the Brazilian Agricultural Research Company (Embrapa)<br />
that show that if the process of eucalyptus planting and<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br