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ENTREVISTA<br />

Wilson Andrade fala sobre a ABAF e futuro da madeira plantada no Estado da Bahia<br />

SEARCH FOR QUALITY<br />

WITH THE MARKET ON THE RISE,<br />

IT INCREASES THE SEARCH FOR<br />

SERVICES AND SALES OF SPARE PARTS<br />

BUSCA PELA QUALIDADE<br />

COM O MERCADO EM ALTA, AUMENTA<br />

A PROCURA POR SERVIÇOS E VENDAS<br />

DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO


SUMÁRIO<br />

NOVEMBRO 2021<br />

38<br />

SOLUÇÃO PARA<br />

A INDÚSTRIA<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Notas<br />

22 Coluna Cipem<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

36 Coluna<br />

38 Principal<br />

44 Clima<br />

50 Tecnologia<br />

54 Prêmio REFERÊNCIA<br />

58 Solo<br />

60 Transporte<br />

64 Espécie<br />

66 Pesquisa<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

44<br />

60<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

07 Bayer<br />

27 Bizmaq<br />

09 BKT<br />

11 Carrocerias Bachiega<br />

49 Codornada <strong>Florestal</strong><br />

69 D’Antonio Equipamentos<br />

76 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

33 DRV Ferramentas<br />

29 Engeforest<br />

17 Envimat<br />

63 Feldermann<br />

31 GF Pneus<br />

71 Globalmac<br />

05 Komatsu Forest<br />

13 Liebherr Brasil<br />

75 Log Max<br />

25 Manos Implementos<br />

35 Mill Indústrias<br />

19 Rotary-Ax<br />

21 Rotor Equipamentos<br />

15 Sergomel<br />

37 Shopping da Indústria<br />

53 Show <strong>Florestal</strong><br />

23 Tecmater<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Construindo<br />

uma história<br />

Dizem que a melhor época para se plantar uma árvore foi<br />

há trinta anos e a segunda melhor é hoje. Na indústria florestal,<br />

não é diferente. O trabalho não dá frutos a curto prazo e desde<br />

os primeiros passos o planejamento é importante para atingir<br />

os resultados. As grandes histórias no meio florestal são construídas<br />

diariamente, com profissionais dedicados e empresas<br />

que entendem a realidade do mercado. Nessa edição o leitor<br />

confere a história e trabalho de excelência do Shopping da<br />

Indústria, uma pesquisa sobre o futuro do plantio de eucalipto,<br />

as novidades do setor, a importância do planejamento de estradas<br />

e talhões, além de uma entrevista exclusiva com Wilson<br />

Andrade, diretor executivo da ABAF, que apresenta os planos<br />

de crescimento do mercado de florestas plantadas na Bahia.<br />

Ótima leitura!<br />

CONSTRUCTING A HISTORY<br />

They say the best time to plant a tree was thirty years ago,<br />

and the second-best is today. In the Forestry Sector, it’s no different.<br />

Work does not bear fruit in the short term, and from the<br />

first steps, planning is essential to achieve great results. Notable<br />

stories in the forest environment are created daily, with dedicated<br />

professionals and companies that understand the reality<br />

of the market. In this issue, the reader learns about the history<br />

and work of excellence of Shopping da Indústria, the research on<br />

the future of eucalyptus planting, the news from the Sector, the<br />

importance of road and plot planning, and an exclusive interview<br />

with Wilson Andrade, Executive Director of ABAF, in which he<br />

presents the growth plans for the planted forest market in the<br />

State of Bahia. Pleasant reading!<br />

2<br />

1<br />

Na capa desta edição o<br />

Shopping da Indústria, que<br />

se destaca pela excelência<br />

em produtos e qualidade de<br />

atendimento<br />

O Prêmio REFERÊNCIA<br />

é concedido aos Confira 10 maiores os destaques ganhadores ano. do<br />

Reconhecimento da Prêmio principal Revista REFERÊNCIA<br />

do setor industrial<br />

madeireiro/florestal às empresas, entidades e personalidades<br />

que auxiliaram o importante segmento brasileiro a avançar<br />

ainda mais. Ações como estas fazem a atividade crescer de<br />

maneira sustentável com exemplos positivos que acabam<br />

sendo seguidos pelos demais.<br />

Entrevista com<br />

Wilson Andrade<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°235 • Novembro 2021<br />

ENTREVISTA<br />

SEARCH FOR QUALITY<br />

WITH THE MARKET ON THE RISE,<br />

IT INCREASES THE SEARCH FOR<br />

SERVICES AND SALES OF SPARE PARTS<br />

Wilson Andrade fala sobre a ABAF e futuro da madeira plantada no Estado da Bahia<br />

BUSCA PELA QUALIDADE<br />

COM O MERCADO EM ALTA, AUMENTA<br />

A PROCURA POR SERVIÇOS E VENDAS<br />

DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO 235 - NOVEMBRO 2021<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Pedro Moura<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA<br />

Diretora executiva do FSC, Daniela Vilela, apresenta ações e objetivos da instituição<br />

ALTA DURABILIDADE<br />

EQUIPAMENTOS SÃO CADA VEZ MAIS<br />

DURÁVEIS NAS OPERAÇÕES FLORESTAIS<br />

Capa da Edição 234 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de outubro de 2021<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°234 • Outubro 2021<br />

HIGH DURABILITY<br />

INCREASINGLY DURABLE EQUIPMENT<br />

FOR FOREST OPERATIONS<br />

CAPA<br />

Por Francisco Alves – Joinville (SC)<br />

A presença de marcas como a Log Max no Brasil com essa qualidade de equipamentos<br />

faz muita diferença para a nossa indústria. Saber que eles se esforçam para o<br />

pós-venda dá muita tranquilidade para quem compra os equipamentos<br />

ENTREVISTA<br />

Por Bruna Alves – Lauro de Freitas (BA)<br />

O trabalho do FSC é muito importante para valorizar a nossa madeira<br />

e ajudar a proteger as nossas florestas. É uma instituição que<br />

colabora com a indústria da madeira.<br />

Foto: divulgação<br />

ECONOMIA<br />

Por André Almeida – Ponta Grossa (PR)<br />

É isso que o nosso país precisa: oportunidades para que a iniciativa privada<br />

possa fazer sua parte e ajudar a preservar nossas florestas, manejando com<br />

responsabilidade e aproveitando elas ao máximo.<br />

Foto: divulgacão<br />

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CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

FS 216<br />

Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />

todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />

com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada<br />

e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />

uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />

possíveis danos em qualquer momento.<br />

FS 216 é a resposta da BKT a todas as exigências, mesmo nas condições operacionais<br />

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Chetan Ghodture<br />

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Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

EM MÃOS<br />

O diretor da Log Max, Rodrigo Contesini,<br />

esteve na sede da JOTA EDITORA para<br />

receber das mãos do diretor comercial da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />

Machado, a edição de Outubro/21 onde a<br />

empresa Log Max foi capa.<br />

CAPA<br />

Para a matéria de capa dessa edição, o diretor comercial<br />

da REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio Machado, visitou a<br />

empresa Shopping da Indústria, em Bituruna (PR), dos<br />

diretores Denise e Jean Carlos de Sá, e do colaborador de<br />

honra, Osvaldir Moreira de Sá.<br />

ALTA<br />

MAIS EMPREGOS<br />

O mercado de trabalho brasileiro criou 313.902 vagas<br />

formais ante demissões em setembro, segundo dados do<br />

CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)<br />

divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência<br />

em outubro. O setor de serviços foi o que mais registrou<br />

novas vagas em setembro, foram 143.418 postos abertos.<br />

Em seguida vem a indústria (76.169 novas vagas),<br />

comércio (60.809), construção (24.513) e agropecuário<br />

(9.084). No acumulado do ano, de janeiro a setembro de<br />

2021, o país já atingiu a marca de 2.512.937 empregos<br />

formais, o melhor resultado dos últimos 12 anos. Quase<br />

metade deles foram criados pelo setor de serviços.<br />

Foram 1.068.705 contratações nessa área no período<br />

analisado. Depois vem a indústria (545.651), o comércio<br />

(442.240), a construção civil (261.531) e a agropecuária<br />

(195.467). Até o mês passado, o Brasil contava com<br />

41.875.905 registros em carteira, o chamado estoque<br />

mensal de emprego formal.<br />

NOVEMBRO 2021<br />

COMBUSTÍVEIS SOBEM<br />

Neste ano, a elevação no preço dos combustíveis chegou<br />

a 65,3% para o óleo diesel. Os seguidos reajustes praticados<br />

nos preços dos combustíveis têm ampliado custos<br />

do transporte, reduzindo a margem de lucro do setor e<br />

obrigado as transportadoras a recalcularem o valor dos<br />

fretes. O litro do diesel passou a ser vendido por R$ 3,34<br />

nas refinarias, o que representa um aumento de cerca<br />

de 9% sobre o preço médio atual. A Petrobras justifica<br />

que os reajustes no preço garantem que o mercado “siga<br />

sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de<br />

desabastecimento.” Levantamento realizado pela CNT<br />

(Confederação Nacional do Transporte) apontou que<br />

mais de 60% de tudo o que é transportado no Brasil passa<br />

pelo modal rodoviário, que possui grande importância<br />

para a economia do país.<br />

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NOTAS<br />

Argentina em foco<br />

No mês de outubro, entre os dias 14 a 15, aconteceu na Argentina<br />

a 35ª edição do Jornadas Forestales de Entre Ríos, evento<br />

realizado pelo INTA (Instituto Nacional de Tecnologia da Agropecuária,<br />

em espanhol) em parceria com a AIANER (Associação de<br />

engenheiros Agrônomos do Nordeste de Entre Rios, em espanhol).<br />

O tradicional evento teve uma série de palestras e a apresentação<br />

de dissertações e pesquisas voltadas ao mercado florestal em todas<br />

as suas frentes. As primeiras atividades do evento foram as palestras<br />

com especialistas do setor, que trataram de assuntos como a<br />

produção e comercialização de biomassa, normas para a produção<br />

de madeira, controle de pragas e manejo de eucaliptos. Como de<br />

costume, o evento teve um homenageado principal, o senhor Jorge<br />

Luis Aparicio, que há mais de 40 anos contribui com o desenvolvimento<br />

do setor florestal no país. Após o encerramento do evento<br />

foi publicado um resumo com todas as teses apresentadas pelos<br />

palestrantes e as dissertações dos pesquisadores. O material pode<br />

ser acessado ou baixado no site do evento: https://www.jornadasforestales.com.ar/<br />

e as palestras estão disponíveis no canal do<br />

Youtube do INTA: https://www.youtube.com/c/INTAConcordia<br />

Foto: arquivo<br />

9,3 milhões de hectares<br />

Foto: divulgação<br />

A área estimada de florestas plantadas no Brasil totalizou,<br />

em 2020, 9,3 milhões de ha (hectares), dos quais 70,6% concentrados<br />

nas regiões sul e sudeste. As áreas com cobertura<br />

de eucalipto corresponderam a 80,2% das florestas plantadas<br />

para fins comerciais no país. Enquanto 44,3% das áreas de eucalipto<br />

concentraram-se na região sudeste, no sul observou-se<br />

predominância de florestas de pinus, correspondentes a 84,6%<br />

do total. Os dados são da pesquisa PEVS 2020 (Produção da<br />

Extração Vegetal e da Silvicultura), divulgada em outubro pelo<br />

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo<br />

identificou registro de produção primária florestal em 4.868<br />

municípios, que, juntos, somam R$ 23,6 bilhões em valor<br />

de produção, o que representou crescimento de 17,9% em<br />

relação a 2019. Segundo o IBGE, a silvicultura ampliou sua<br />

participação no valor da produção primária florestal (79,8%)<br />

frente ao extrativismo vegetal (coleta de produtos em matas<br />

e florestas nativas), que passou a responder por 20,2% desse<br />

total. A participação dos produtos madeireiros segue preponderante<br />

no setor da silvicultura, representando 90,1% do valor<br />

da produção florestal.<br />

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NOTAS<br />

Paraná transparente<br />

Foto: divulgação<br />

O Paraná é líder na utilização do SI-<br />

NAFLOR (Sistema Nacional de Controle<br />

da Origem dos Produtos Florestais). A<br />

constatação do IBAMA (Instituto Brasileiro<br />

de Meio Ambiente) foi feita durante a live<br />

“Supressão Vegetal – Aspectos Legais”,<br />

realizada no final de outubro. O SINAFLOR<br />

reúne o controle da origem da madeira,<br />

do carvão e de outros produtos ou<br />

subprodutos florestais, sob coordenação,<br />

fiscalização e regulamentação do IBAMA.<br />

A liderança na utilização do sistema indica<br />

a transparência do Governo do Estado nas<br />

movimentações dos produtos florestais.<br />

O IAT (Instituto Água e Terra) é o órgão<br />

gestor responsável pelos licenciamentos<br />

dos empreendimentos no Paraná. José<br />

Volnei Bisognin, diretor de licenciamento e<br />

outorga que representou o Estado no encontro virtual, afirmou que o sistema é bastante complexo e que para sua utilização<br />

todos os servidores passaram por capacitação. “Fizemos treinamento com o nosso próprio corpo técnico, consultores e agora<br />

estamos com os municípios para que saibam acessar e informar os dados dentro do sistema”, ressaltou José.<br />

Programa de desenvolvimento<br />

A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento<br />

Rural e a Câmara de Desenvolvimento da Indústria <strong>Florestal</strong> da FIESC (Federação<br />

das Indústrias de Santa Catarina) estão desenvolvendo uma série<br />

de medidas para aumentar o plantio florestal e a capacidade produtiva<br />

catarinense, principalmente de pequenos e médios produtores. A intenção<br />

é que o estado tenha um crescimento de 5 mil ha (hectares) plantados com<br />

florestas por ano. Entre as ações propostas pela Secretaria da Agricultura<br />

está o inventário das florestas comerciais existentes, com o mapeamento<br />

das áreas plantadas e o estoque futuro de madeira. Além da criação de<br />

um programa de incentivo à produção florestal em pequenas e médias<br />

propriedades, que contempla apoio à regularização fundiária e ambiental,<br />

desenvolvimento do programa de integração lavoura, pecuária e florestas<br />

e capacitação técnica. Santa Catarina é o maior produtor e exportador<br />

de madeira serrada do Brasil e o quinto maior estado com base florestal<br />

plantada. Em 2020, os produtos florestais responderam por 18,7% do total<br />

de exportações do estado, com US$ 1,52 bilhão de faturamento. A área<br />

total com florestas plantadas no estado é de 828,9 mil ha. Desta totalidade<br />

553,6 mil ha (67%) são áreas com Pinus; e 275,3 mil ha (cerca de 33%) estão<br />

ocupados com Eucalyptus.<br />

Foto: divulgação<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Foco na regularização<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) vai disponibilizar a<br />

partir de novembro o MRA (Módulo de Regularização Ambiental),<br />

integrado à plataforma WebAmbiente, da EMBRA-<br />

PA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O MRA<br />

possibilitará ao produtor rural que tiver o CAR (Cadastro<br />

Ambiental Rural) analisado a elaboração de proposta de adesão<br />

ao PRA (Programa de Regularização Ambiental). A notícia<br />

foi dada pela ministra Tereza Cristina, do MAPA (Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), durante o VIII<br />

Encontro Nacional do Cadastro Ambiental Rural 2021, que<br />

reúne gestores do CAR para discutir os desafios e estratégias<br />

para avançar na agenda de regularização ambiental de<br />

forma cooperada. O diretor-geral do SFB, Pedro Neto, disse<br />

que a realização do Encontro é uma importante iniciativa de<br />

coordenação para implementação do Código <strong>Florestal</strong> entre<br />

o SFB e as unidades federativas. “O evento deste ano marca<br />

uma mudança de patamar na política de implementação<br />

do Código <strong>Florestal</strong> e de regularização ambiental no país”,<br />

destacou Pedro.<br />

O IAT (Instituto Água e Terra) do Paraná, promoveu o segundo<br />

curso de atualização florestal no I Workshop <strong>Florestal</strong>. O evento<br />

contou com o apoio da APRE (Associação Paranaense de Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>) e ocorreu na FIEP (Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná), em Curitiba (PR). Os técnicos do IAT falaram sobre as legislações<br />

vigentes em relação à retirada de espécies exóticas em APPs<br />

(Áreas de Preservação Permanente) e recuperação de áreas degradadas.<br />

O objetivo é promover o desempenho produtivo em consonância<br />

com a legislação ambiental. O diretor-presidente do órgão, Everton<br />

Souza, afirma que os cursos atendem a estratégia do Governo do Estado<br />

de melhorar a relação com o setor produtivo. “Essa capacitação<br />

é fundamental para que os técnicos do IAT tenham a mesma forma de<br />

entender as portarias e resoluções”, apontou Everton. Para o diretor<br />

executivo da APRE, Ailson Augusto Loper, essa aproximação vem de<br />

encontro com os interesses da associação, de alinhar os procedimentos<br />

técnicos para melhorar a produtividade da atividade. “Para o setor<br />

que planta, maneja, colhe e replanta árvores para fins comerciais, é<br />

um marco. Nosso objetivo é discutir uma legislação que tenha como<br />

principal rumo buscar agilidade no cumprimento das nossas metas<br />

ambientais e produtivas”, destacou Ailson.<br />

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Imagem: reprodução Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Brasil protegendo suas florestas<br />

Foto: divulgação<br />

O governo brasileiro manifestou nesta terça-feira<br />

seu apoio à declaração internacional de líderes mundiais<br />

para preservar as florestas e reduzir o desmatamento<br />

e a degradação dos solos até 2030. O anúncio<br />

faz parte de acordo realizado durante a COP26 (Cúpula<br />

do Clima das Nações Unidas), em Glasgow, na Escócia.<br />

De acordo com o MMA (Ministério do Meio Ambiente),<br />

atualmente, quase um quarto (23%) das emissões<br />

mundiais de GEEs (Gases de Efeito Estufa) vem da agricultura<br />

e da indústria madeireira. Juntos, os mais de<br />

100 países signatários do compromisso histórico, como<br />

Rússia, EUA (Estados Unidos da América), China, Austrália<br />

e França, concentram mais de 85% das florestas do<br />

mundo, uma área superior a 21 milhões de quilômetros<br />

quadrados. O anúncio da “Declaração dos Líderes de<br />

Glasgow sobre Florestas e Uso do Solo” aconteceu em<br />

evento convocado pelo primeiro-ministro britânico,<br />

Boris Johnson, com participação do presidente dos EUA,<br />

Joe Biden, e prevê o equivalente a cerca de R$ 108 bilhões<br />

em financiamento público e privado.<br />

Parceria mantida<br />

A BiCEP (Aliança de Controle Biológico de Pragas do Eucalipto),<br />

formada em 2013 pelo IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais)<br />

e a Forestry South Africa, em colaboração com a FABI (Forestry and<br />

Agricultural Biotechnology Institute), a CELPA (Associação da Indústria<br />

Papeleira Portugal) e a USC (University of the Sunshine Coast), tem a<br />

missão de colaborar com as pesquisas internacionais sobre o controle<br />

biológico de pragas de insetos do eucalipto. Com atuação em algumas<br />

frentes de trabalho, o BiCEP prepara abordagens de gestão de relevância<br />

para plantações de eucalipto em todos os lugares, incluindo controle<br />

biológico aumentativo e manipulação tritrófica, com pesquisas sobre<br />

o papel dos inimigos naturais na regulação da população de pragas em<br />

plantações de eucalipto na Austrália e no exterior; faz a avaliação e fornecimento<br />

de agentes de controle biológico para coordenar a seleção,<br />

coleta e envio de inimigos naturais para as regiões afetadas; e, assim,<br />

contribui com o desenvolvimento de uma rede de vigilância de biossegurança<br />

florestal com foco em pragas e patógenos. Desde o início dos<br />

trabalhos, já foi possível identificar as principais pragas, com as cinco<br />

maiores, e que exigem trabalho de pesquisa na Austrália e no mundo.<br />

Foto: divulgação<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


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NOTAS<br />

Nova edição<br />

O Levantamento do Nível de Mecanização na Silvicultura teve<br />

sua edição 2020/2021 lançada pelo IPEF. O levantamento conduzido<br />

pelo PCMAF (Programa Cooperativo sobre Mecanização e Automação<br />

<strong>Florestal</strong>) do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), é a<br />

continuidade da proposta iniciada em 2015 que, deste então, passou<br />

por reformulações na sua metodologia e objetivos, resultando em sua<br />

primeira publicação, com dados coletados entre 2018 e 2019. A edição<br />

anterior pode ser acessada na íntegra, gratuitamente (livro edição<br />

2018/2019). Para a edição atual, esforços foram direcionados visando<br />

aumentar a representatividade dos resultados no setor florestal, resultando<br />

na participação de 20 empresas florestais, todas associadas<br />

ao IPEF. Isso representa um incremento de 153% na área plantada de<br />

eucalipto, quando comparado com a edição 2018/2019. A partir desta<br />

edição, as publicações serão realizadas em dois idiomas, português<br />

e inglês, aumentando o número de leitores e atingindo outros continentes.<br />

Ainda, foi inserido um novo capítulo dedicado a mecanização<br />

e automação dos planos comerciais de Pinus, realizado em parceria<br />

com o PPPIB (Programa Cooperativo sobre Pesquisa do Pinus no Brasil)<br />

do IPEF, liderado pelo Prof. Dr. Mauro Schumacher. O livro pode<br />

ser baixado no site do IPEF: https://www.ipef.br/publicacoes/nivel-<br />

-de-mecanizacao-2020-2021/<br />

Foto: divulgação<br />

Cooperação amazônica<br />

Foto: divulgação<br />

O vice-presidente Hamilton Mourão participou da<br />

inauguração da sede da OTCA (Organização do Tratado<br />

de Cooperação Amazônica), um organismo intergovernamental<br />

formado por oito países amazônicos: Bolívia,<br />

Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname<br />

e Venezuela. Esses países são signatários do Tratado<br />

de Cooperação Amazônica. A OTCA é o único bloco<br />

socioambiental da América Latina. Hamilton Mourão<br />

preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal e tem<br />

coordenado as ações do governo de enfrentamento ao<br />

desmatamento e de combate às queimadas no bioma.<br />

“Reafirmamos, em diferentes foros internacionais,<br />

nosso compromisso de fazer da OTCA a organização<br />

de referência em matérias de cooperação regional, de<br />

diálogo político e de posicionamento comum sobre<br />

temas da agenda internacional relativos à Amazônia”,<br />

afirmou Hamilton. O vice-presidente destacou que o governo brasileiro recorreu de maneira excepcional às FFAA (Forças<br />

Armadas) para apoiar o combate aos crimes ambientais, aprimorando os sistemas de monitoramento e apoio à tomada de<br />

decisão, além de intensificarmos os programas de regularização ambiental e fundiária. “Graças a essas e outras medidas,<br />

conseguimos reverter a trajetória de aumento do desmatamento que recebemos no início do governo e estamos assegurando<br />

as condições para uma redução mais acelerada nos próximos meses”, comentou Hamilton.<br />

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COLUNA<br />

CIPEM apresenta<br />

estande em madeira<br />

nativa durante a 29ª<br />

CASACOR Brasília 2021<br />

Promover e realçar<br />

a excelência dos<br />

produtos florestais,<br />

com origem no<br />

manejo florestal<br />

sustentável do Estado<br />

de Mato Grosso, para o<br />

mercado externo<br />

O<br />

CIPEM marca presença, entre os dias 26 de outubro<br />

e 05 de dezembro na 29ª mostra CASACOR<br />

Brasília 2021 – um dos eventos mais relevantes<br />

para os segmentos da construção, arquitetura e<br />

design de interiores. A edição deste ano contará<br />

com convidados ilustres como representantes das principais<br />

embaixadas internacionais de interesse comercial do setor, além<br />

das autoridades ambientais – SEMA (MT) e IBAMA.<br />

De acordo com Rafael Mason, presidente do CIPEM, a participação<br />

da entidade visa, sobretudo, “promover e realçar a excelência<br />

dos produtos florestais, com origem no manejo florestal<br />

sustentável do Estado de Mato Grosso, para o mercado externo”.<br />

Para isso, será exibido o Wood Office CIPEM, projeto estrutural<br />

em madeira nativa, com aproximadamente 50 m² (metros<br />

quadrados), desenvolvido e idealizado pelo arquiteto Roberto<br />

Lecomte e pela designer de interiores, Sheila Beatriz.<br />

Com o foco na utilização da madeira nativa amazônica, buscou-se<br />

a criação de um espaço que reúne os conceitos de saúde,<br />

conforto e sustentabilidade ao ambiente de trabalho contemporâneo<br />

- o home office, sendo este, uma extensão da residência.<br />

De acordo com Lecomte, o projeto teve como inspiração a reinvenção<br />

do espaço de trabalho, aproximando-o cada vez mais das<br />

casas.<br />

Faz-se válido destacar entre os atributos do projeto, a agilidade<br />

dos processos de montagem e desmontagem como fruto<br />

da utilização estratégica de peças pré-fabricadas em madeira.<br />

Outro ponto positivo trata-se da baixíssima produção residual,<br />

também resultante de um ótimo planejamento.<br />

Soluções construtivas também foram exploradas em forma<br />

de vedações e o teto, por exemplo, ampliando dessa forma, a<br />

iluminação natural e maximizando a ventilação.<br />

Para Mason, o espaço deverá impactar, pois é único em todas<br />

as suas propostas.<br />

Os representantes dos Órgãos responsáveis pelo monitoramento<br />

e pela fiscalização da atividade florestal, SEMA (MT) e<br />

IBAMA, serão convidados a explicar as atividades desenvolvidas,<br />

de modo a atestar a segurança e sustentabilidade da aquisição<br />

de produtos florestais do Estado de Mato Grosso.<br />

O EVENTO<br />

A 29ª edição da mostra será sediada em Brasília, na 904 Sul,<br />

local que já recebeu anteriormente, as edições de 2010 e 2011.<br />

As estruturas poderão ser visitadas de terça a sexta-feira, com<br />

horário de funcionamento das 15 às 22h (horas), sendo requisitado<br />

agendamento prévio.<br />

Para mais informações, acesse: https://casacor.abril.com.br/<br />

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FRASES<br />

Foto: Lincoln Siebra/MRE<br />

A gente vai levar um Brasil real<br />

para a COP do Clima, um Brasil<br />

empreendedor, um Brasil, como<br />

o próprio ministro Paulo Guedes<br />

comentou, que realmente faz uma<br />

atividade verde<br />

Joaquim Leite, Ministro do meio ambiente,<br />

durante lançamento do Programa Nacional de<br />

Crescimento Verde, no Palácio do Planalto<br />

“O plantio, monetarização e<br />

manutenção dessa floresta será<br />

feito pelas comunidades locais.<br />

Esperamos atingir até 500 mil<br />

ha (hectares) de restauração. O<br />

que torna este o maior projeto<br />

de restauração do setor privado<br />

no mundo. Também esperamos<br />

combinar esses bons resultados<br />

para promover o mais alto<br />

nível de certificado de carbono<br />

baseado em impactos sociais,<br />

climático e econômico”<br />

“Precisamos fomentar a<br />

bioeconomia, de modo a<br />

aproveitar a rica diversidade<br />

da floresta e promover a<br />

economia do conhecimento<br />

na região, conciliando<br />

crescimento economia,<br />

proteção ambiental e inclusão<br />

social para os 25 milhões<br />

de habitantes da Amazônia.<br />

Para isso, fortalecer a<br />

parceria entre agentes<br />

públicos e privados mostra-se<br />

primordial”<br />

André Esteves, dono do BTG Pactual, em discurso<br />

no evento Middle East Green Initiative sobre o<br />

fundo de restauração florestal criado pelo banco<br />

Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, em<br />

vídeo gravado para o encerramento do ENAEX<br />

(Encontro Nacional de Comércio Exterior)<br />

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ENTREVISTA<br />

Tradição que<br />

abraça o<br />

FUTURO<br />

A tradition that embraces<br />

the future<br />

ENTREVISTA<br />

A<br />

Bahia é um tradicional produtor de celulose<br />

brasileiro, com grandes empresas trabalhando<br />

há mais de 40 anos em seu território. A madeira<br />

plantada ganha a cada dia mais atenção e investimentos<br />

que alavancam a economia. Wilson de Andrade,<br />

diretor executivo da ABAF (Associação Baiana de Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>) fala à revista sobre a atuação da ABAF, os principais<br />

projetos e como o eucalipto tem sido importante para o<br />

desenvolvimento do Estado.<br />

T<br />

he State of Bahia is a traditional Brazilian producer<br />

of pulp, with large mills operating in the territory<br />

for more than 40 years. As such, planted forests and<br />

investments that leverage the economy gain more<br />

attention every day. Wilson de Andrade, Executive Director<br />

of the State of Bahia Association of Forest-Based Companies<br />

(Abaf), speaks to the magazine about Abaf’s activities, its main<br />

projects, and how eucalyptus is essential to developing the<br />

State.<br />

Wilson Andrade<br />

Formado em Economia pela PUC (BA). Empresário com vasta<br />

experiência nas áreas de fusões e aquisições empresariais, relações<br />

internacionais, comércio exterior, indústria e agronegócio. Atualmente<br />

atua como: cônsul honorário da Finlândia na Bahia e Sergipe,<br />

presidente do Conselho Superior da ACB (Associação Comercial da<br />

Bahia), vice-presidente da FIEB (Federação das Indústrias do Estado<br />

da Bahia), presidente do SINDIFIBRAS (Sindicato das Indústrias de<br />

Fibras Naturais da Bahia), presidente da Câmara Setorial de Fibras<br />

Naturais do Ministério da Agricultura, presidente da INFO-Amsterdam<br />

(International Natural Fibres Organization), membro e ex-presidente<br />

do Grupo de Fibras Naturais da FAO (Roma) e ex-presidente<br />

(2017/2020) do Conselho Consultivo do Fundo Comum de Commodities<br />

da ONU (Organização das Nações Unidas).<br />

Graduated in Economics from PUC-BA. Businessperson with extensive<br />

experience in mergers and acquisitions, international relations,<br />

foreign trade, industry, and agribusiness. Currently, he serves as<br />

Honorary Consul of Finland for the States of Bahia and Sergipe,<br />

President of the Upper Council of the State of Bahia Commercial<br />

Association (ACB), Vice-President of the State of Bahia Federation of<br />

Industries (Fieb), President of the State of Bahia Commercial Union<br />

of Natural Fiber Industries (Sindifibras), President of Natural Fiber<br />

Sector Chamber of the Ministry of Agriculture, President of the International<br />

Natural Fiber Organization (Info-Amsterdam), member and<br />

former chairman of the FAO Natural Fiber Group (Rome) and former<br />

President (2017/2020) of the Advisory Council of the UN Common<br />

Commodities Fund.<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Como foi sua chegada à diretoria executiva da ABAF?<br />

Fui convidado em 2011 pelo setor florestal da Bahia para organizar<br />

e reestruturar a ABAF, que representa o florestal em<br />

todo o nosso Estado, cuidando dos objetivos de integração<br />

dos pequenos e médios produtores na cadeia produtiva florestal.<br />

Sempre trabalhei e me dediquei às entidades empresariais<br />

e tinha uma experiência com o setor de fibras naturais,<br />

que me ajudou a aprender mais rápido o processo das atividades<br />

florestais. Acredito que todos nós empresários temos<br />

muito a ganhar com a associação e a interação com os demais<br />

colegas de setor.<br />

>> Qual a principal área de atuação da ABAF?<br />

A ABAF tem a responsabilidade de fazer o setor crescer de<br />

forma ordenada, com todos os cuidados de sustentabilidade<br />

e ESG (Ambiental, Social e Governança, em inglês). O setor<br />

florestal tem crescido bastante, investimentos nacionais declarados<br />

até 2024 ultrapassam R$ 50 bilhões e a Bahia quer<br />

ter uma parte cada vez maior, destes, desses investimentos.<br />

Por isso nós estamos nos organizando para mostrar esse potencial.<br />

Em setembro fizemos o lançamento nacional do Bahia<br />

<strong>Florestal</strong> 2021 e para nossa surpresa, mais do que positiva, tivemos<br />

498 inscritos de 22 Estados. Isso demonstra o interesse<br />

na expansão, principalmente em investimentos de produtos<br />

que nós temos baixa participação. Mostramos que a Infraestrutura<br />

que está sendo criada na Bahia, na área rodoviária e<br />

na área ferroviária, vai permitir os investimentos em várias<br />

regiões novas do Estado. As novas áreas disponíveis para<br />

investimentos foram viabilizadas por duas ferrovias, a centro<br />

atlântico, de norte a sul, e a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste),<br />

que estão sendo implantadas no Estado. Isso vai trazer<br />

novas áreas que podem ser utilizadas para a implantação<br />

de polos agroindustriais planejados para florestas plantadas.<br />

>> Quais as vantagens de afiliação a ABAF?<br />

A ABAF tem uma representação completa e atua em 40 fóruns<br />

diferentes, onde levamos as demandas e sugestões que<br />

A ABAF e o governo do Estado<br />

estão de braços abertos,<br />

promovendo facilidade<br />

e estímulos para que as<br />

empresas procurem e<br />

examinem as possibilidades<br />

de investimento<br />

How did you become appointed to the executive board of<br />

ABAF?<br />

In 2011, I was invited by the Forestry Sector in the State<br />

of Bahia to organize and restructure ABAF, an association<br />

representing the forest activities throughout our state,<br />

taking care of the objectives of integrating small and medium-sized<br />

producers in the forest production chain. I have<br />

always worked and dedicated myself to business entities<br />

and had experience in the Natural Fiber Sector that helped<br />

me learn the forest activity faster. As such, I believe that all<br />

of us entrepreneurs have a lot to gain from the association<br />

and the interaction with other industry colleagues.<br />

What is the central area of activity of ABAF?<br />

ABAF has the responsibility to grow in an orderly manner,<br />

taking care of all sustainability and environmental, social,<br />

and governance issues (ESG). The Forestry Sector has<br />

grown considerably. At the national level, the investments<br />

declared by 2024 are expected to exceed R$ 50 billion, and<br />

the State of Bahia wants to have an increasingly larger<br />

share of these investments. That’s why we’re organizing to<br />

show this potential. Thus, in September, we launched Bahia<br />

<strong>Florestal</strong> 2021. It turned out to be a pleasant surprise for<br />

us, as we had 498 subscribers from 22 Brazilian states. This<br />

demonstrates interest in expansion, mainly in products<br />

where we have low participation. Furthermore, we have<br />

shown that the infrastructure created in the State of Bahia,<br />

in the roadway and railway area, will allow investments in<br />

several new regions in the State. The new areas available<br />

for investments in the State were made possible by<br />

building two railroads, the Atlantic Center, from north to<br />

south of the State, and The West-East Integration Railway<br />

(Fiol), which is being built in the State. This will lead to new<br />

areas that can be used to implement planted forest and<br />

agro-industrial poles.<br />

What are the advantages of ABAF membership?<br />

ABAF is fully representative and operates in 40 different<br />

forums, where we respond to the demands and suggestions<br />

that involve the future of the Sector. The forums deal<br />

with public policies, financing, control, and environmental<br />

licensing, among other items. Without a doubt, the<br />

permanent participation of the entity, always steered by<br />

member interests, leads us to a condition of participation<br />

in constructing these public policies.<br />

How do you see the possibilities of forest market growth<br />

in the State of Bahia?<br />

We have large company projects throughout the State.<br />

The State of Bahia has 600 thousand hectares of planted<br />

eucalyptus, the fourth-largest producer in the Country. We<br />

conserve 340 thousand hectares, notably by the pulp and<br />

paper produces, responsible for 15% of the Country’s pulp<br />

production. We have only 3% of paper production, only 2%<br />

in the Cerrado area, thus attracting producers to invest in<br />

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ENTREVISTA<br />

envolvem o futuro do setor. Nos fóruns são tratadas políticas<br />

públicas, de financiamento, controle e licenciamento ambiental,<br />

dentre outros. A participação permanente da entidade,<br />

orientada sempre previamente por seus associados, nos leva,<br />

sem dúvida nenhuma, a uma condição de participação no<br />

processo de construção dessas políticas públicas.<br />

>> Como avalia as possibilidades de crescimento mercado<br />

florestal na Bahia?<br />

Temos grandes projetos de empresas implantados aqui. A<br />

Bahia tem 600 mil ha (hectares) de eucalipto plantado, sendo<br />

a quarta maior produção do país, sendo assim, conservamos<br />

340 mil ha. Notadamente, na área de papel, temos 15% da<br />

produção de celulose do país, outros 3% de papel e 2% na<br />

área de madeira serrada. Então a atração de parceiros que venham<br />

a investir na Bahia, com a experiência que têm os amigos<br />

do Paraná e Santa Catarina, nos interessa muito. A ABAF<br />

e o governo do Estado estão de braços abertos, promovendo<br />

facilidade e estímulos para que as empresas procurem e examinem<br />

as possibilidades de investimento. Esse é nosso desejo<br />

e proposta concreta.<br />

>> Como funcionam os programas desenvolvidos pela ABAF?<br />

Além dos fóruns, também temos grupos internos de trabalho.<br />

Temos um grupo formado por especialistas das empresas, que<br />

nós chamamos de GT-Legis, que cuida de toda a legislação e<br />

acompanha todos os projetos a nível nacional e estadual que<br />

tenham impacto sobre a nossa atividade. Temos um grupo<br />

muito importante, chamado: Mais Floresta, Mais Madeira;<br />

que tem como objetivo coordenar e facilitar a participação<br />

dos pequenos e médios produtores na atividade florestal. A<br />

madeira está no nosso dia a dia, nos móveis, no rodapé, na<br />

porta, na madeira serrada, compensados, pisos, laminados e<br />

precisamos ter uma cadeia produtiva mais intensa. A cadeia<br />

produtiva envolve fabricantes de caixaria, empresas de energia<br />

a partir da biomassa e também as empresas de mineração<br />

e a agricultura de grãos. Há uma gama de demandas e setores<br />

que crescem muito na economia baiana e precisamos atender.<br />

O terceiro programa que gostaria de me referir se chama:<br />

Ambiente florestal sustentável. Esse programa é uma parceria<br />

com o governo do Estado, com a secretaria da agricultura,<br />

trata de temas como a legalização ambiental da propriedade,<br />

uso múltiplo da madeira, preservação dos recursos hídricos<br />

e tantos outros que valorizam a produção de madeira aqui.<br />

Esse programa está incluído no programa ABC (Agricultura de<br />

Baixo Carbono) do governo federal, que prega a plantação na<br />

mesma fazenda de uma atividade nova sem que o produtor<br />

deixe suas atividades atuais, seja ela agricultura, frutas, café<br />

ou outras, para ter mais uma fonte de emprego e mais renda<br />

segurada para o seu futuro.<br />

>> A ABAF incentiva as certificações por parte de seus associados?<br />

Todos os 600 mil ha de área plantada são certificados. As<br />

certificadoras que as empresas mais utilizam são o FSC e a<br />

Bahia. Those who have experience in the States of Paraná<br />

and Santa Catarina interest us a lot. ABAF and the State<br />

Government have open arms, promoting ease and providing<br />

incentives for companies to seek and examine investment<br />

possibilities. This is our wish and concrete proposal.<br />

How do the programs developed by ABAF work?<br />

In addition to the forums, we also have internal working<br />

groups. We have a group of specialists from the companies,<br />

which we call GT-Legis, which takes care of all<br />

legislation and monitors all national and state projects<br />

that impact our activity. We have created a very important<br />

group, called “More Forest, More Timber”, which aims to<br />

coordinate and facilitate the participation of small and<br />

medium producers in the forest activity. Wood is part of<br />

our daily lives, like furniture, skirting boards, doors, sawn<br />

wood, plywood, floors, and laminates, and we need to<br />

have a more intensive production chain. The production<br />

chain involves unfinished sawn wood to grain agriculture.<br />

There is a range of demands and sectors growing a lot in<br />

the State economy, and we need to meet their needs. The<br />

third program that I would like to refer to is called “Sustainable<br />

Forest Environment”. This program is carried in<br />

conjunction with the State Government with the Secretary<br />

of Agriculture. It deals with topics such as environmental<br />

legalization for property use, multiple-use of timber, preservation<br />

of water resources, and many others that value<br />

timber production in the State. This program is included in<br />

the Federal Government’s Low Carbon Agriculture Program<br />

(ABC), which addresses tree planting as a new activity on<br />

the same farm without the producer hindering current activities,<br />

be they agriculture, fruit growing, coffee growing,<br />

or others, leading to another source of employment and<br />

ensuring more future income.<br />

Does ABAF encourage certifications by its members?<br />

All 600 thousand ha of planted area are certified. The most<br />

used certifiers used are FSC and Cerflor; some companies<br />

are doubly certified. This is undoubtedly the right way to<br />

be followed because certification deals with the technical<br />

conditions of the production process or the final product<br />

and our activity’s social and environmental aspects.<br />

Furthermore, all areas are digitized, so there is permanent<br />

tracking, and one can have absolute control of the quality<br />

of processing and the social behavior of their suppliers.<br />

On the ABAF website, there is a page called “Eucalyptus<br />

Myths”. What is the purpose of this material?<br />

There are still several sources that judge eucalyptus as<br />

something that harms the environment. However, the<br />

opposite is true as backed-up with scientific information<br />

and ensured by procedures and studies of independent<br />

agencies, such as the members of the academic world and<br />

the Brazilian Agricultural Research Company (Embrapa)<br />

that show that if the process of eucalyptus planting and<br />

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ENTREVISTA<br />

Cerflor, sendo algumas áreas duplamente certificadas. Esse<br />

sem dúvida nenhuma é o caminho certo a ser percorrido, pois<br />

as certificações não cuidam apenas das condições técnicas<br />

do processo de produção ou do produto final, mas cuidam do<br />

aspecto social e ambiental de nossa atividade. Todas as áreas<br />

são digitalizadas, há o rastreamento permanente e se pode<br />

ter um controle absoluto da qualidade do processamento e<br />

do comportamento social desses nossos fornecedores.<br />

>> No site da ABAF há um conteúdo chamado: Mitos do eucalipto.<br />

Qual o objetivo deste material?<br />

Ainda existem algumas fontes que julgam o eucalipto equivocadamente<br />

como algo que prejudica o meio ambiente. Esse<br />

material é formado com as informações científicas e asseguradas<br />

por procedimentos e estudos de órgãos independentes,<br />

como os membros da academia e EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária) que mostram que na verdade,<br />

se o processo de plantio e manejo forem feitos corretamente<br />

o eucalipto tem toda a condição de preservar o solo, os recursos<br />

hídricos e até mesmo proteger fauna e flora no processo.<br />

Os nossos plantios são todos feitos em mosaico, dividindo<br />

áreas com a mata nativa, com as nossas áreas de reserva de<br />

mata nativa e os plantios permitem os corredores que facilitam<br />

a sobrevivência da fauna e sem dúvida da flora do nosso<br />

Estado.<br />

>> Quais o principais produtos florestais produzidos na<br />

Bahia?<br />

O carro-chefe é a celulose e papel, mas nós temos o setor de<br />

mineração que tem crescido muito e, assim como o setor de<br />

grãos, utiliza o calor gerado pelo eucalipto para seu processamento.<br />

O setor de pellets para exportação que é uma oportunidade<br />

grande de crescimento, também tem ganho espaço.<br />

Para construção civil a demanda é crescente para projetos<br />

em todos os níveis sociais. Há também agora novos produtos,<br />

como no setor têxtil, por exemplo, hoje é uma grande oportunidade<br />

de investimento com a celulose solúvel, que gera<br />

viscose, que representa, em média 6% dos tecidos comuns. O<br />

ramo de embalagens também tem crescido muito. O setor de<br />

nano celulose, que visa permitir novos produtos que evitam<br />

a utilização de produto de origem fóssil, que evita a emissão<br />

de carbono. O setor florestal consegue plantar no Brasil 1<br />

milhão de árvores por dia. Na Bahia são quase 80 mil árvores<br />

plantadas por dia. O plantio brasileiro absorve 4 bilhões de<br />

toneladas de carbono, que equivalem as emissões brasileiras<br />

totais em 2 anos. Quando a árvore é colhida e processada,<br />

esse carbono continua estocado nos produtos, seja qual for, e<br />

essa é uma vantagem ambiental muito forte que precisa ser<br />

valorizada.<br />

>> Qual a situação do plantio de madeira plantada na Bahia<br />

em relação as preocupação com o meio ambiente?<br />

As florestas plantadas no Brasil atendem 95% da madeira<br />

utilizada pela indústria em geral. Seja uso múltiplo, papel, celulose<br />

e afins. O setor de base florestal, com 9 milhões de ha<br />

management is carried out correctly, it has the condition<br />

of preserving the soil, water resources, and even protecting<br />

fauna and flora in the process. Our plantations are all<br />

made with mosaics, dividing areas with the native forest.<br />

Our native forest reserve areas and the plantations allow<br />

for corridors that facilitate the survival of the fauna and,<br />

undoubtedly, the flora of our State.<br />

What are the main forest products produced in the State?<br />

The flagship is pulp and paper, but we have the Mining<br />

Sector that has grown a lot in our state and, like the Grain<br />

Sector, uses the heat generated by eucalyptus in their<br />

processing operations. The Pellet Export Sector is a great<br />

opportunity for growth. For Building Construction, the<br />

demand is increasing for projects at all social levels. For<br />

example, there are also new products, as in the Textile Sector,<br />

which is a great investment opportunity using soluble<br />

cellulose to generate viscose, which, on average, makes<br />

up 6% of ordinary fabrics. The packaging business has also<br />

grown a lot. The nanocellulose segment aims to produce<br />

new products that avoid the use of fossil-based products<br />

preventing carbon emissions. The Forestry Sector can plant<br />

one million trees per day in Brazil. In the State of Bahia,<br />

there are almost 80 thousand trees planted per day. Brazilian<br />

plantations absorb 4 billion tons of carbon, equivalent<br />

to total Brazilian emissions over two years. When the tree<br />

is harvested and processed, this carbon remains stored in<br />

the products, whatever it is, and this is a solid environmental<br />

advantage that needs to be valued.<br />

What is the situation of planted forest plantations in the<br />

State in relation to concerns about the environment?<br />

The forests planted in Brazil provide 95% of the timber<br />

used by the industry in general. Be it multiple-use, pulp<br />

and paper, and the like. With 9 million hectares of planted<br />

forest and production, the Forest-Based Sector occupies 1%<br />

of Brazilian territory. Eucalyptus has high productivity, and<br />

we are very competitive. We want to produce and process<br />

timber as we produce potatoes, soybeans, and other<br />

grains. Suzano has 40-year-old plantations, and Veracel<br />

has 30-year-old ones, for example. There are planted and<br />

renewed in the same places. This proves that soil and<br />

water resources remain preserved. It is not a predatory<br />

activity that migrates, exploring one area and then moving<br />

on to another. All our plantations are made in areas that<br />

have been abandoned, mainly by livestock, with reforestation<br />

with zero deforestation.<br />

<strong>Florestal</strong>: How does ABAF define the event schedule?<br />

We choose the themes of our industry by demand. Questions<br />

and suggestions always appear because it is a Sector<br />

very much connected with new technologies, and technology<br />

has to be shared. The events open possibilities for<br />

international relationships, studies in new varieties of eucalyptus,<br />

in new processing models, and new management<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

Serras lion:<br />

o poder e a<br />

força do rei está<br />

em nosso dna


ENTREVISTA<br />

de plantio e produção, ocupa 1% do território brasileiro. O eucalipto<br />

tem uma produtividade elevada e somos competitivos.<br />

Queremos produzir e processar madeira como a gente produz<br />

batata, soja e grãos. Os plantios da Suzano, com 40 anos, da<br />

Veracel, com 30 anos, por exemplo, são feitos e refeitos nos<br />

mesmos lugares. Isso prova que o solo e os recursos hídricos<br />

continuam preservados. Não é uma atividade predatória que<br />

sai migrando explorando uma área e depois outra. Todos os<br />

nossos plantios são feitos em áreas que foram abandonadas,<br />

principalmente pela pecuária, onde fazemos o reflorestamento<br />

com desmatamento zero.<br />

>> Como a ABAF define a agenda de eventos?<br />

Escolhemos os temas por demanda do nosso setor. Os questionamentos<br />

e sugestões sempre aparecem, pois é um setor<br />

muito ligado em novas tecnologias e tecnologia tem que ser<br />

compartilhada. Os eventos abrem possibilidades de parcerias<br />

internacionais, estudos em novas variedades de eucaliptos,<br />

em novos modelos de processamento, novas tecnologias de<br />

manejo, de transporte. Empresas estão buscando mais produtividade,<br />

mais qualidade nos produtos, não só em termos<br />

físicos, mas também em termos de vantagens ambientas que<br />

o consumidor irá nos cobrar.<br />

>> Como avalia sua gestão na diretoria executiva da ABAF?<br />

É uma gestão de muito aprendizado e com muita felicidade<br />

vemos resultados objetivos graças ao apoio, sustentação e a<br />

expertise dos representantes das nossas empresas no nosso<br />

núcleo de trabalho, no nosso dia a dia e na administração da<br />

entidade. Nosso conselho diretor que comanda a entidade é<br />

formado por pessoas experientes em suas áreas de atividade<br />

e elas nos dão os caminhos e orientações de como proceder<br />

no comando da ABAF. Através do diálogo, da participação ativa,<br />

de estarmos atentos as demandas dos nossos associados<br />

e das comunidades e municípios no entorno de nossas áreas<br />

de produção é que conseguimos crescer e esperamos crescer<br />

mais. Colaboramos muito com a academia e com as instituições<br />

florestais do Estado, estando em reuniões com temas<br />

que interessam para o setor como um todo. As oportunidades<br />

existentes de novos produtos, que possam evitar a utilização<br />

de produtos de origem que não sejam ambientalmente favoráveis.<br />

>> Quais os planos para o futuro da entidade?<br />

Crescer! Crescer como entidade, no diálogo, no número de<br />

produtos, no atendimento aos setores que demandam madeira<br />

na Bahia, no Brasil, e no mundo. Cooperar e fazer com<br />

que a cadeia de produtos da madeira na Bahia tenha cada vez<br />

mais investimentos para levar ao interior, que tanto precisa<br />

das oportunidades de emprego, de desenvolvimento, de qualidade<br />

de vida, para que as pessoas tenham melhores condições<br />

e possibilidades de desenvolvimento.<br />

and transportation technologies. Companies are seeking<br />

more productivity and more quality in products, not only in<br />

physical terms but also in terms of environmental advantages<br />

that the consumer demands from us.<br />

How do you see your management on the Executive<br />

Board of ABAF?<br />

It is a management with much learning and great happiness.<br />

We see objective results thanks to the support and<br />

expertise of the representatives of our companies in our<br />

core work, in our daily life, and in the administration of<br />

the entity. Our Board of Directors, which commands the<br />

entity, is formed by people experienced in their areas of<br />

activity and provides us the ways and guidance of how<br />

to proceed in charge of ABAF. Through dialogue, active<br />

participation, attention to the demands of our associates<br />

and of the communities and municipalities surrounding<br />

our production areas, we can grow, and we hope to grow<br />

more. We collaborate a lot with academics and with the<br />

State’s forestry institutions in meetings with topics that<br />

interest the Sector as a whole. Existing opportunities for<br />

new products can avoid using products with an origin that<br />

is not environmentally friendly.<br />

What are the plans for the future of ABAF?<br />

Grow! Grow as an entity, in dialogue, in the number of<br />

products and services to the sectors that use timber in the<br />

State of Bahia, Brazil, and the world. Cooperate and help<br />

the forest product chain in the State of Bahia receive more<br />

and more investments primarily in the interior, which needs<br />

employment, development, quality of life, and opportunities<br />

so people can have better conditions and possibilities<br />

for development.<br />

Todos os nossos plantios<br />

são feitos em áreas que<br />

foram abandonadas,<br />

principalmente pela<br />

pecuária, onde fazemos<br />

o reflorestamento com<br />

desmatamento zero<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

O custo do erro no<br />

manejo florestal em<br />

rede de energia<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />

Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Seguir a ABNT NBR 15688, fazer um bom planejamento e ter sempre em mãos o<br />

procedimento de segurança da empresa estão entre as principais ações para reduzir os riscos<br />

O<br />

manejo de árvores em áreas florestais,<br />

sobretudo para fins comerciais, próximo<br />

a redes de distribuição de energia elétrica<br />

requer muita atenção e cuidado pelas<br />

equipes de corte, seja através do sistema<br />

mecanizado com auxílio de harvester ou semimecanizado<br />

com o uso da motosserra.<br />

Além dos riscos inerentes ao trabalho, temos ainda<br />

um perigo adicional e invisível que é o choque elétrico.<br />

Podemos pensar também que no caso de uma árvore,<br />

durante o manejo, cair sobre a estrutura elétrica, teremos<br />

um desabastecimento de energia, podendo trazer<br />

sérios prejuízos para a população adjacente. Nesse caso<br />

ainda, os custos para o reparo da estrutura serão repassados<br />

para o causador do transtorno, ou seja, a empresa<br />

florestal, podendo chegar a R$ 10 mil para um vão de<br />

50m (metros) aproximadamente.<br />

E como podemos evitar ou minimizar os riscos dessa<br />

atividade? Em primeiro lugar, se observarmos a ABNT<br />

NBR 15688 – 2012, que é a norma que trata do distancia-<br />

mento das redes de distribuição aéreas de energia elétrica,<br />

vamos entender que existe uma faixa de segurança<br />

para redes de distribuição rurais de no mínimo 15m, sendo<br />

7,5m para cada lado da rede. Nessa faixa, chamada de<br />

faixa de servidão, só é permitido o plantio de vegetação<br />

rasteira.<br />

Caso seja preciso o manejo em uma árvore dentro<br />

dessa faixa, a atividade deve ser muito bem planejada e<br />

com equipe bem preparada, como qualquer trabalho que<br />

envolve o corte de árvores. É muito importante que a<br />

empresa florestal, além de manter os seus colaboradores<br />

em permanente capacitação e realizando periodicamente<br />

os acompanhamentos das atividades em campo pelos<br />

gestores, tenha um procedimento de segurança detalhado<br />

de tudo aquilo que é realizado em campo.<br />

É nesse documento que estará descrito como o trabalhador<br />

deverá se comportar em campo em povoamentos<br />

próximos a rede de energia, a técnica de corte a ser<br />

utilizada e uso de equipamentos de proteção coletiva e<br />

individual, por exemplo.<br />

Imagem ilustrativa<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


RECUPERAÇÃO DE PEÇAS<br />

Elétrico | Válvulas | Conexões | Hidráulico | Pneumático<br />

Ferramentas | Correias e Polias | Gaxetas e Retentores<br />

Rolamentos e Mancais | Correntes de Transmissão<br />

Rua das Margaridas, 26 - Sala 01 - Nossa Senhora<br />

Aparecida Bituruna - Paraná | CEP: 84.640-000<br />

(42) 3553-1071 • (42) 3553-2524<br />

www.shoppingdaindustria.com.br


PRINCIPAL<br />

Solução para a<br />

INDÚSTRIA<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Solution for industry<br />

The spare parts and industrial<br />

maintenance market has grown<br />

continuously, and companies are<br />

now demanding increasingly agile<br />

and efficient solutions<br />

Mercado de peças e manutenção industrial tem<br />

crescido constantemente e empresas demandam<br />

soluções cada vez mais ágeis e eficientes<br />

Novembro 2021<br />

39


PRINCIPAL<br />

O<br />

Shopping da Indústria, fundado em 2010 na<br />

cidade de Bituruna (PR), iniciou suas atividades<br />

com a venda de peças para os setores florestal,<br />

industrial e agrícola da região. Em 2015 foi<br />

construída uma oficina para a manutenção e fabricação<br />

de peças. Hoje, o Shopping da Indústria atende clientes<br />

em todo o território nacional e tem se tornado uma referência<br />

no mercado de peças, estando entre as maiores do país.<br />

Jean Carlos de Sá, diretor do Shopping da Indústria, trouxe da<br />

experiência no setor florestal a base para criar a empresa. “Havia<br />

uma grande dificuldade para conseguir peças, principalmente<br />

em relação ao prazo de entrega do material”, lembra Jean. A<br />

expansão dos negócios, com a abertura da oficina, veio de outra<br />

percepção de Jean: a ausência de mão de obra qualificada para<br />

realizar a montagem das peças fornecidas. “Fornecíamos as<br />

peças, mas dependíamos de terceiros para a montagem, e isso<br />

atrapalhava a nossa atividade”, descreve o diretor.<br />

IDENTIDADE CONSTRUÍDA<br />

O Shopping da Indústria tem quatro grandes diferenciais<br />

que sustentam o trabalho realizado pela empresa: estoque<br />

cheio, agilidade nas entregas, material de ponta e garantia de<br />

qualidade. Por ter iniciado como uma loja, o primeiro diferencial<br />

que destacou a empresa foi o estoque. “Estamos sempre na<br />

frente e com compra antecipada. Existem situações que nem<br />

mesmo a fabricante tem a peça, e nós temos aqui”, orgulha-se<br />

Jean sobre a garantia de estoque e variedade de seu catálogo.<br />

Para Denise de Sá, diretora financeira do Shopping da Indústria,<br />

a lógica de estoque presente no mercado, de que material<br />

parado significa perda de capital, não é uma realidade para a<br />

empresa. “Podemos ficar com uma peça parada por um ano ou<br />

mais, mas se o cliente chega aqui e encontra o que precisa, ele<br />

volta”, ressalta Denise.<br />

Jean informa que uma das práticas do Shopping é sempre<br />

expandir o catálogo de produtos, mesmo daqueles que não<br />

foram vendidos ainda. “Se um cliente solicita algo que não<br />

T<br />

he Shopping da Indústria, founded in 2010 in<br />

Bituruna (PR), began its activities by selling parts<br />

for the Forestry, Industrial, and Agricultural Sectors<br />

in the Region. In 2015, a workshop was built for<br />

the maintenance and manufacture of spare parts.<br />

Today, Shopping da Indústria serves customers throughout the<br />

Country and has become a reference in the spare parts market,<br />

being among the most prominent players in the Country.<br />

Jean Carlos de Sá, Managing Director of Shopping da Indústria,<br />

used his forestry sector experience to create the Company.<br />

“There was a difficulty in getting spare parts, especially concerning<br />

the delivery time of the material,” recalls Managing Director da<br />

Sá. With the opening of the workshop and the expansion of the<br />

business another problem was perceived by da Sá: the absence<br />

of qualified labor to perform the assembly of the parts supplied.<br />

“We provided the parts, but we depended on third parties for<br />

assembly, and this hindered our activity,” describes the Director.<br />

BUILDING AN IDENTITY<br />

The Shopping da Indústria has four significant differentials that<br />

support the work performed by the Company: complete inventory,<br />

agility in deliveries, state-of-the-art material, and quality assurance.<br />

Having started as a store, the first differential that highlighted<br />

the Company was the inventory. “We are always ahead of demand<br />

with advance purchases. There are situations where not even the<br />

manufacturer has the spare part, but, we have it here,” boasts<br />

Managing Director da Sá, about the minimum stock warranty and<br />

variety of his catalog.<br />

For Denise de Sá, Financial Director for Shopping da Indústria,<br />

the logic of inventory currently in the market, where unuse<br />

material means a loss of capital, is not a reality for the Company.<br />

“We may keep a part standing still for a year or more, but if the<br />

customer comes here and finds what he needs, he comes back,”<br />

the Financial Director points out.<br />

Managing Director da Sá states that one of the practices of<br />

Shopping da Indústria is always to expand its product catalog,<br />

REVITALIZAÇÃO DE TORRE FORWARDER<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


temos, ou mesmo faz o orçamento de um produto, ele passa<br />

a fazer parte do catálogo na mesma hora”, garante Jean. Hoje<br />

o Shopping da Indústria tem mais de 15 mil itens em estoque,<br />

entre material hidráulico, elétrico, pneumático, correias, EPIs<br />

(equipamentos de proteção individual) e outros para suprir as<br />

demandas do mercado.<br />

Para produtos novos, o estoque garante a agilidade, enquanto<br />

para os produtos recuperados ou fabricados na oficina,<br />

o Shopping da Indústria conta com uma equipe altamente qualificada<br />

e planejamento das atividades. Seja para peças que são<br />

levadas pelos clientes ou que são coletadas pelos colaboradores,<br />

tudo é feito para que o proprietário possa estar trabalhando<br />

novamente o mais rápido possível. “Quando o produto chega<br />

a nossa unidade para a revitalização, devido a quantidade de<br />

reparos que temos no estoque, conseguimos fazer em um ou<br />

dois dias, quando não no mesmo dia e já entregamos para o<br />

cliente”, salienta Jean. Isso acontece devido a organização interna<br />

da empresa, que recebe investimentos contínuos, como o<br />

sistema utilizado para identificar as peças que chegam na oficina.<br />

“O material que chega do cliente não pode ser descarregado<br />

sem receber um código de identificação e ter uma ordem de<br />

serviço gerada”, detalha Jean sobre o procedimento e logística.<br />

No Shopping da Indústria os investimentos feitos em ferramentas<br />

e matérias-primas são colocados sempre como prioridade.<br />

A oficina que começou com apenas um torno conta hoje com<br />

centro de usinagem, torno CNC, 3 tornos convencionais, retífica<br />

plana, laboratório de hidráulica com brunidora, montadora de<br />

cilindros, bancadas de teste, equipamentos de medições e a<br />

melhor tecnologia para garantir as entregas. “Tudo é desenhado<br />

e projetado para garantir que a peça seja feita ou reformada com<br />

precisão milimétrica”, realça Jean. A produção de peças teve<br />

início diante das necessidades dos clientes que não poderiam<br />

esperar períodos muito longos por uma peça específica.<br />

Todas as peças produzidas, sejam especiais ou em série e as<br />

revitalizadas, como cilindros, mangueiras, rotatores, passam por<br />

inúmeros testes de uso que simulam as condições de trabalho e<br />

com a aplicação dos melhores materiais presentes no mercado.<br />

Isso tudo é feito para caso haja algum defeito, ele seja visto ainda<br />

na oficina, pois o cliente não pode levar uma peça para o campo<br />

e ter qualquer problema. “A precisão nesse trabalho não garante<br />

só o nosso sucesso, mas também a certeza de segurança e desempenho<br />

para o maquinário de nossos clientes”, destaca Jean.<br />

even for those parts that have had no demand yet. “If a customer<br />

requests something that we don’t have, or even budgets a<br />

product, it becomes part of the catalog at the same time,” says<br />

the Managing Director. Today, Shopping da Indústria has more<br />

than 15 thousand items in stock, including hydraulic, electrical,<br />

pneumatic, belts, Personal Protective Equipment (PPEs), and other<br />

items to meet market demands.<br />

For new products, the inventory ensures agility, while for the<br />

products repaired or manufactured in the workshop, Shopping<br />

da Indústria has a highly qualified team with specialized activity<br />

planning. Whether for parts picked up by customers or fitted by<br />

our employees, everything is done so that the equipment owner<br />

can be working again as soon as possible. “When the product<br />

arrives at our unit for revitalization, due to the number of parts<br />

we have in stock, we can repair it in a day, or two when not on<br />

the same day, and we deliver back it to the customer,” highlights<br />

Managing Director da Sá. This is due to the Company’s internal<br />

organization, which constantly receives new investments, such as<br />

the system used to identify the parts that arrive in the workshop.<br />

“The material that arrives from the customer cannot be unloaded<br />

without receiving an identification code and having a service order<br />

generated,” explains the Managing Director about the procedure<br />

that ensures the registration of all processes that the material will<br />

be subject to repair work.<br />

A precisão nesse trabalho não<br />

garante só o nosso sucesso, mas<br />

também a certeza de segurança<br />

e desempenho para o maquinário<br />

de nossos clientes<br />

Jean Carlos de Sá<br />

Novembro 2021<br />

41


PRINCIPAL<br />

Garantir a qualidade vai além de um grande estoque, boas<br />

máquinas e boas matérias-primas, há também a questão humana,<br />

que é levada em conta em todas as decisões da empresa.<br />

A equipe é escolhida a dedo por Jean e Denise. Na oficina, por<br />

exemplo, é preciso conhecer a atividade de maneira geral e não<br />

apenas ter uma especialidade. “Além de operar o maquinário,<br />

pode acontecer de um torneiro precisar fazer uma solda e o<br />

trabalho precisa ser bem feito”, exemplifica Denise.<br />

Na loja e administrativo não é diferente. Seja do setor<br />

de vendas, financeiro ou de compras, todos conhecem suas<br />

responsabilidades e dão aos diretores tranquilidade para que<br />

as engrenagens continuem girando o tempo todo. “Hoje, caso<br />

eu ou o Jean não estejamos na empresa, temos todo o suporte<br />

para que nada fique fora do lugar”, garante Denise.<br />

CLIENTES E FUTURO<br />

Os clientes do Shopping da Indústria são as maiores testemunhas<br />

do trabalho realizado pela empresa. Jean revela que<br />

todos os clientes têm, além do contato comercial, seu número<br />

pessoal, para que possam tratar diretamente qualquer situação,<br />

algo que tem sido um sucesso. “Graças a Deus todos os clientes<br />

que começamos a negociar, negociamos até hoje”, celebra Jean.<br />

O diretor ainda externa qual sua métrica de avaliação se uma<br />

venda ou atendimento deu certo. “A venda só termina quando<br />

o cliente volta a comprar novamente”, brinca Jean.<br />

LINHA DE COLHEITA<br />

Jairo Reckziegel, gerente de colheita e manutenção da Remasa<br />

Reflorestadora, conta como foi o contato com o Shopping da<br />

Indústria, ainda no ano de 2012. “Adquirimos equipamentos de<br />

colheita mecanizada e precisamos de suporte com mangueiras,<br />

terminais e vedações hidráulicas”, relembra Jairo.<br />

O gerente ainda destaca, que além da qualidade indiscutível<br />

dos produtos, a disponibilidade de atendimento à noite, em<br />

finais de semana e feriados foram alguns dos diferenciais que<br />

fizeram a parceria continuar firme nesses 10 anos. “O nosso<br />

maior benefício com o Shopping da Indústria é que não tem<br />

horário, a empresa está sempre de prontidão para nos atender”,<br />

enaltece. Jairo também enfatiza que tudo sempre foi feito com<br />

excelência e superou muitas vezes as expectativas da empresa.<br />

“Não temos reclamações e não há nada que desabone o trabalho<br />

do Shopping da Indústria.”<br />

For Shopping da Indústria, investments made in tools and raw<br />

materials are always given priority. The workshop started with<br />

only one lathe and today has a machining center, CNC lathe, 3<br />

conventional lathes, a flat grinder set, a hydraulic laboratory with<br />

a cylinder grinder, cylinder assembler, test benches, and measurement<br />

equipment with the best technology to ensure deliveries.<br />

“Everything is projected and designed to ensure that the piece is<br />

made or recuperated with millimetric precision,” the Managing<br />

Director points out. Parts production began in the face of customer<br />

needs, who cannot wait very long periods for a specific part.<br />

All parts produced, whether unique or in series and revitalized,<br />

such as cylinders, hoses, and rotators, undergo numerous tests<br />

of use that simulate the working conditions and use the best materials<br />

present in the market. This is all done so that any defect<br />

found while still in the workshop can be corrected because the<br />

customer cannot take a replacement part to the field and have any<br />

problem. “The precision used in this work guarantees not only our<br />

success but also the certainty of safety and performance for our<br />

customers’ machinery,” says Managing Director da Sá.<br />

Ensuring quality goes beyond a large inventory, good machinery,<br />

and suitable raw materials. There is also the human issue,<br />

which is taken into account in all Company decisions. The team<br />

is handpicked by Managing Director da Sá and Financial Director<br />

da Sá. For example, it is necessary to know the activity in general<br />

in the workshop and not just have a specialty. “In addition to<br />

operating the machinery, a lathe operator may need to make<br />

a weld, and the work needs to be well done,” exemplifies the<br />

Financial Director.<br />

In-store and administrative activities are no different. Whether<br />

sales, finance, or purchasing, everyone knows their responsibilities<br />

which leads to the Directors’ peace of mind so that the gears keep<br />

turning all the time. “Today, if the Managing Director and myself<br />

are not in the Company, we know we have all the support so that<br />

nothing is out of place,” says the Financial Director.<br />

CUSTOMERS AND FUTURE<br />

Shopping da Indústria customers are the most significant<br />

witnesses of the work done by the Company. The Managing Director<br />

reveals that all customers have his personal and business<br />

numbers to address any situation quickly, which has succeeded.<br />

“Thank goodness, all the clients that started dealing with us still<br />

do business to this day,” celebrates da Sá. The Managing Director<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


O futuro da empresa já começou a ser construído e os<br />

planos são cada vez mais ambiciosos. Hoje o Shopping da<br />

Indústria já conta com uma filial em Guarapuava (PR), que<br />

atende o setor florestal da região com mangueiras e vedações.<br />

Pensando em mão de obra, Denise de Sá aponta para a<br />

possibilidade de cursos para profissionais que queiram entrar<br />

na empresa. “Estamos crescendo e precisamos preparar os<br />

novos funcionários para suprir as nossas futuras demandas”,<br />

reitera Denise.<br />

O próximo passo em direção ao futuro é a reforma para<br />

ampliação da loja. Os projetos já estão prontos para que a<br />

estrutura do Shopping da Indústria seja modernizada para<br />

melhor atender os clientes. Serão construídas salas de espera,<br />

para o administrativo e de reunião, trocados balcões e toda<br />

a fachada da loja será reconstruída. Segundo Jean, isso tudo<br />

é feito para dar as melhores condições de trabalho para seus<br />

funcionários e atender os clientes com excelência. “Faremos<br />

uma loja com o padrão dos clientes que atendemos e daremos<br />

o conforto que eles merecem”, relata Jean.<br />

Estamos crescendo e precisamos<br />

preparar os novos funcionários<br />

para suprir as nossas futuras<br />

demandas<br />

Denise de Sá<br />

even says the Company’s maxim is about if a sale or service worked.<br />

“A sale only ends when the customer buys again,” he jokes.<br />

HARVEST LINE<br />

Jairo Reckziegel, Harvest and Maintenance Manager at<br />

Remasa Reflorestadora, made the first contact with Shopping<br />

da Indústria in 2012. “We had acquired mechanized harvesting<br />

equipment, and we needed support with hoses, terminals, and<br />

hydraulic seals,” said Remasa Manager Reckziegel.<br />

The Remasa Manager also points out that in addition to the<br />

undisputed quality of the products, the availability of evening, on<br />

weekends, and holiday service was one of the differentials that<br />

made the relationship remain firm in these 10 years. “Our biggest<br />

benefit with Shopping da Indústria is that it doesn’t close, the<br />

Company is always ready to meet our needs,” he praises. The Remasa<br />

Manager also emphasizes that everything has always been<br />

carried out with excellence and has often exceeded his company’s<br />

expectations. “We have no complaints, and there is nothing to<br />

discredit the work of Shopping da Indústria.”<br />

The future of the Company has already begun to be constructed,<br />

and plans are increasingly ambitious. Today, Shopping da<br />

Indústria already has a branch in Guarapuava (PR), which serves<br />

the Forestry Sector in the Region with hoses and seals. Thinking<br />

about labor, Financial Director de Sá points to the possibility of<br />

courses for professionals who want to work with the Company.<br />

“We are growing, and we need to prepare new employees to<br />

meet our future demands,” reiterates the Financial Director. The<br />

next step towards the future is the refurbishment and expansion<br />

of the store. The designs are already ready for the structure of<br />

Shopping da Indústria to be modernized to better serve our customers.<br />

Waiting rooms will be built for management and meetings<br />

and exchanged counters, and the entire façade of the store will<br />

be rebuilt. According to the Managing Director, this is all done<br />

to provide the best working conditions for employees and serve<br />

customers with excellence. “We will create a store with the standards<br />

the customers we serve want and give them the comfort<br />

they deserve,” says Managing Director da Sá.<br />

Novembro 2021<br />

43


CLIMA<br />

O eucalipto<br />

E O CLIMA<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Mudança climática na cultura de eucalipto<br />

na região sul do Brasil e em São Paulo é<br />

analisada em pesquisa<br />

Fotos: divulgação<br />

Novembro 2021<br />

45


CLIMA<br />

E<br />

studo conduzido por pesquisadores da Embrapa<br />

em três áreas abrangendo a região sul do<br />

país e parte de São Paulo mostra que, caso o<br />

cenário de mudanças climáticas projetado se<br />

confirme, a produtividade e a capacidade de<br />

armazenar carbono em cultivos de eucalipto serão alterados<br />

em duas delas. Mesmo assim, elas continuarão aptas<br />

ao cultivo; e uma das áreas poderá sofrer pouco impacto<br />

na produtividade.<br />

Foi analisada, também, a capacidade de emissão e<br />

remoção de carbono em solos cultivados com eucalipto.<br />

Entre os locais avaliados, os situados no Paraná e em Santa<br />

Catarina são os que apresentam as menores alterações<br />

climáticas futuras para produção da espécie. Os estudos<br />

foram feitos com apoio da Klabin.<br />

Por ter utilizado os dados do modelo HADGEM2-ES,<br />

considerado a projeção de cenário de mudanças climáticas<br />

mais atual, esse é o primeiro estudo que consegue<br />

trabalhar com uma escala temporal de dez anos, quando<br />

trabalhos anteriores conseguiam predizer cenários para<br />

intervalos de somente 30 anos. Segundo os pesquisadores<br />

Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária (SP),<br />

e Josiléia Zanatta, da Embrapa Florestas (PR), que coordenaram<br />

os estudos, a intenção é subsidiar o planejamento<br />

da silvicultura brasileira e direcionar esforços de pesquisa<br />

científica para mitigação e adaptação a possíveis impactos.<br />

“O potencial produtivo dos plantios de eucalipto, especialmente<br />

no Brasil, é muito superior ao de outras regiões<br />

do globo, com poucas exceções. Por isso, análises das<br />

projeções de mudanças climáticas e impacto nas espécies<br />

tornam-se ferramentas estratégicas para o setor de base<br />

florestal”, pondera Eduardo.<br />

Foram compiladas informações de três regiões com<br />

cultivo de eucalipto: Itapetininga (SP), Telêmaco Borba (PR)<br />

e Otacílio Costa (SC), por estarem entre aquelas que, além<br />

de tradição no cultivo do eucalipto, apresentam dados e<br />

séries históricas climáticas consistentes. “O período ideal<br />

de um estudo de modelagem climática deve abranger séries<br />

com no mínimo 30 anos de dados e que estejam atualizadas<br />

até o presente. Trabalhamos com séries climáticas<br />

do período de 1980 a 2010”, explica Eduardo.<br />

Foram, então, analisadas as variáveis meteorológicas<br />

que afetam o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade<br />

do eucalipto, como chuva, temperatura do ar,<br />

evapotranspiração e deficiência hídrica.<br />

No caso do eucalipto, os principais riscos climáticos<br />

avaliados foram quantidade e frequência de seca intensa;<br />

temperatura mínima (considerando a ocorrência de geada);<br />

temperatura média; evapotranspiração potencial e<br />

deficiência hídrica.<br />

Com a adoção da metodologia do ZARC (Zoneamento<br />

de Risco Climático), as alterações projetadas nessas variáveis<br />

foram relacionadas à quantidade de água que supre a<br />

demanda da cultura (tecnicamente conhecida como “índice<br />

de satisfação de água no solo”), e às características de<br />

solo. Com isso, foi possível projetar as possíveis alterações<br />

na produtividade e no carbono da floresta (biomassa vegetal)<br />

para os períodos futuros, de 2025 a 2035.<br />

PRINCIPAIS CONCLUSÕES<br />

A pesquisa analisou tanto as condições de cultivo<br />

quanto o impacto na produtividade, além do potencial e<br />

acúmulo de carbono na biomassa florestal e no carbono<br />

no solo.<br />

Por isso, análises das projeções<br />

de mudanças climáticas e<br />

impacto nas espécies tornam-se<br />

ferramentas estratégicas para o<br />

setor de base florestal<br />

Eduardo Assad<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


Para as regiões estudadas, as projeções indicam que<br />

em Telêmaco Borba e Otacílio Costa haverá aumento da<br />

temperatura e da deficiência hídrica, porém com valores<br />

de deficiência hídrica inferiores ou próximos de 200 mm/<br />

ano, o que não interfere na produtividade do eucalipto.<br />

A exceção é a região de Itapetininga onde, ao longo dos<br />

anos, as estimativas apontam aumento de deficiência<br />

hídrica, o que poderá comprometer a produtividade do eucalipto.<br />

Isso faz com que essa região seja classificada como<br />

de médio a alto risco climático no futuro.<br />

Outra conclusão do estudo é que a deficiência hídrica<br />

não é um fator limitante para a produção do eucalipto,<br />

exceto para as regiões limítrofes entre o Estado do Paraná<br />

e de São Paulo que, nos períodos analisados entre 2021 e<br />

2040, poderá chegar a valores de redução de chuvas superiores<br />

a 300 mm/ano.<br />

“Essa classificação aponta um direcionamento para<br />

investimentos e de esforços de pesquisa em apoio à eucaliptocultura,<br />

que já vemos acontecendo no setor de base<br />

florestal, mas que precisam ser cada vez mais estimulados<br />

e coordenados”, defende José Totti, diretor florestal da<br />

Klabin, empresa que colaborou com a pesquisa. “O Brasil<br />

é considerado uma das lideranças na silvicultura de eucalipto,<br />

com desenvolvimento de tecnologia de ponta, e essa<br />

deve ser vista como mais uma oportunidade para empresas,<br />

universidades e centros de pesquisa seguirem com o<br />

desenvolvimento de tecnologias para que o País continue<br />

tendo destaque mundial. De fato, já há um grande esforço<br />

conjunto para diminuir os riscos, tanto no desenvolvimento<br />

de novos materiais genéticos como de técnicas<br />

Novembro 2021<br />

47


CLIMA<br />

Algumas regiões serão mais<br />

impactadas que outras, assim<br />

como alguns ambientes ou sítios<br />

de produção podem ser mais<br />

suscetíveis, dependendo das<br />

suas características<br />

Josiléia Zanatta<br />

silviculturais e manejo ambiental”, completa Erich Schaitza,<br />

chefe-geral da Embrapa Florestas. “As mudanças de escala<br />

espacial e temporal em futuras análises são fortemente<br />

recomendadas”, complementa Eduardo.<br />

ALTERAÇÕES NO CARBONO<br />

Como as alterações nos padrões climáticos estudados<br />

afetam a produtividade das culturas florestais, acabam<br />

também por afetar os estoques de carbono contidos na<br />

floresta. Isso também afeta o potencial de remoção de carbono<br />

das florestas plantadas.<br />

“Algumas regiões serão mais impactadas que outras,<br />

assim como alguns ambientes ou sítios de produção podem<br />

ser mais suscetíveis, dependendo das suas características”,<br />

explica Josiléia. “Também é importante ressaltar<br />

que as perdas não devem ser restritas ao carbono armazenado<br />

na biomassa vegetal, uma vez que florestas plantadas<br />

são transformadas em produtos florestais que podem também<br />

ser drenos de carbono por longos períodos, dependendo<br />

da manufatura a que se destinam”, completa.<br />

A pesquisa apontou que as regiões estudadas continuarão<br />

com elevado potencial de acúmulo de carbono. O<br />

cenário de mudança climática projetado vai impactar em<br />

menos de 10% na quantidade de carbono sequestrado, dependendo<br />

da região. Novamente, a mais afetada será a região<br />

de Itapetininga. “Em Telêmaco Borba as perdas serão<br />

pequenas e, em Otacílio Costa, não haverá perdas nesse<br />

potencial, considerando os dados e as premissas adotadas<br />

no estudo”, reforça Josiléia.<br />

Apesar da aparente resiliência que os dados relativos<br />

colocam sobre a taxa anual de incremento de carbono na<br />

floresta, as perdas acumuladas em termos absolutos (menos<br />

de 10%) são significativas e podem chegar na região<br />

analisada a mais de 8 milhões de toneladas de carbono<br />

em 2035, representando perda de 2,5% do carbono armazenado<br />

nas florestas, nos Estados de São Paulo, Santa<br />

Catarina e Paraná. Mas como é uma área com potencial de<br />

expansão, e caso mantido o ritmo de crescimento na área<br />

plantada, a região deve responder por aproximadamente<br />

320 milhões de toneladas de carbono sequestrado pelas<br />

florestas de eucalipto em 2035, demostrando o elevado<br />

potencial dessa região em contribuir para a qualidade ambiental<br />

e as políticas de controle das mudanças climáticas.<br />

Outra opção para quem investe em plantios florestais<br />

é a comercialização de carbono na forma de créditos, uma<br />

vez que a região estudada responde por quase 20% da<br />

área cultivada com eucalipto no País. “Essa oportunidade<br />

de comercialização de créditos de carbono dos plantios<br />

florestais deve ser beneficiada também pelos estoques de<br />

carbono do solo”, aponta Josiléia.<br />

O impacto das florestas plantadas nos estoques de<br />

carbono no solo depende muito mais do uso anterior<br />

desse solo do que de condições climáticas. “Uma vez que<br />

os plantios nessas regiões têm se expandido sobre usos já<br />

consolidados, como pastagens e agricultura, pode-se esperar<br />

um aumento dos estoques de carbono no solo, ampliando<br />

os benefícios ambientais das florestas plantadas”,<br />

conclui Josiléia.<br />

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TECNOLOGIA<br />

Investimentos em<br />

INOVAÇÃO<br />

Fotos: divulgação<br />

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Nanotecnologia será utilizada no<br />

desenvolvimento de um fertilizante<br />

de liberação lenta com matéria-prima<br />

de base florestal<br />

Novembro 2021<br />

51


TECNOLOGIA<br />

U<br />

m dos problemas da agricultura brasileira<br />

envolve a questão dos fertilizantes: são<br />

fundamentais para atingir alta produtividade<br />

e rentabilidade, mas ao mesmo<br />

tempo, sua aplicação não é eficaz, com<br />

perdas principalmente por volatilização, lixiviação e baixa<br />

absorção. Pensando nisso, a Embrapa Florestas tem investido<br />

em pesquisas para desenvolvimento de fertilizantes<br />

de liberação lenta, uma tecnologia que auxilia na melhor<br />

incorporação do fertilizante ao solo, evita o desperdício<br />

e pode reduzir custos ao produtor do campo. Para isso, a<br />

nanotecnologia é um dos caminhos e um projeto pretende<br />

desenvolver um revestimento com polímero biodegradável<br />

utilizando nanopartículas para recobrimento, proteção e<br />

liberação gradual de fertilizantes.<br />

O projeto vai estudar o recobrimento de fertilizantes<br />

para promover sua liberação gradual. Para isso, vai<br />

trabalhar com nanotecnologia envolvendo celulose de<br />

eucalipto, sulfato de cálcio, carbonato de cálcio e alginato.<br />

Segundo o pesquisador Washington Magalhães, da Embrapa<br />

Florestas, já existem resultados de pesquisas em escala<br />

de laboratório que demonstram a viabilidade do trabalho.<br />

“Agora, com este projeto, além de testar formulações,<br />

vamos dar escala e levar a campo, em diferentes cultivos<br />

agrícolas e florestais, e também analisar sua viabilidade<br />

econômica”, destaca Washington.<br />

Segundo Thais Ramari, da Polli Fertilizantes Especiais,<br />

empresa parceira no desenvolvimento da tecnologia, já<br />

existe um produto que, quando comparado com o convencional,<br />

tem solubilidade melhor e facilidade de movimentação<br />

em profundidade de solo, para atingir as diversas<br />

regiões do sistema radicular. “Com a agregação das nanopartículas<br />

com a metodologia que a Embrapa Florestas<br />

vai estudar, pretendemos melhorar a ação e proporcionar<br />

benefícios que, hoje, o fertilizante convencional não apresenta”,<br />

aponta Thais.<br />

O polímero pode proteger, por exemplo, o potássio<br />

contra perda por lixiviação, ou o nitrogênio contra perda<br />

por volatilização. Francine Ceccon Claro, que vai desenvolver<br />

esta pesquisa como parte de seus estudos de<br />

pós-doutoramento, explica que esse processo traz sustentabilidade<br />

ao sistema. “Além disso, vamos trabalhar com<br />

matérias-primas biodegradáveis, o que torna o produto<br />

mais compatível com sistemas agrossustentáveis”, completa<br />

Francine.<br />

FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO GRADUAL<br />

Fertilizantes de liberação lenta, gradual ou controlada<br />

são constituídos de forma a liberar os nutrientes com uma<br />

velocidade inferior aos tradicionais, atrasando a disponibilidade<br />

dos seus compostos e, desta forma, também estendendo<br />

a sua disponibilidade. Isso auxilia atender melhor às<br />

necessidades nutricionais da planta e a perda de nutrientes<br />

também é reduzida.<br />

BIORREFINARIA<br />

Este projeto faz parte de uma série de pesquisas que<br />

a Embrapa Florestas têm desenvolvido dentro do conceito<br />

de biorrefinaria a partir de matéria-prima de base florestal.<br />

Segundo Washington Magalhães, “os plantios florestais<br />

podem ser fonte para inúmeros produtos e serviços, além<br />

dos já conhecidos, como papel e móveis. A partir desta<br />

matéria-prima, podemos desenvolver muitos produtos<br />

com o conceito de química verde, com uma matéria-prima<br />

renovável e sustentável”, expõe Washington.<br />

Agora, com este projeto, além<br />

de testar formulações, vamos<br />

dar escala e levar a campo, em<br />

diferentes cultivos agrícolas e<br />

florestais, e também analisar sua<br />

viabilidade econômica<br />

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info@malinovski.com.br<br />

www.showflorestal.com.br<br />

Organização:<br />

Apoio Master:<br />

+55 (41) 9 9924-3993<br />

+55 (41) 3049-7888


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

O Prêmio REFERÊNCIA<br />

é concedido aos 10 maiores destaques do ano.<br />

Reconhecimento da principal Revista do setor industrial<br />

madeireiro/florestal às empresas, entidades e personalidades<br />

que auxiliaram o importante segmento brasileiro a avançar<br />

ainda mais. Ações como estas fazem a atividade crescer de<br />

maneira sustentável com exemplos positivos que acabam<br />

sendo seguidos pelos demais.<br />

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Conheça os 10 vencedores<br />

da maior premiação do setor<br />

madeireiro brasileiro<br />

O<br />

ano de 2021 foi de muito<br />

trabalho e recuperação para a<br />

indústria madeireira. A Pandemia<br />

teve grande influência durante<br />

os últimos meses, mas o setor se<br />

organizou, reestruturou e com muita resiliência<br />

chega ao final de 2021 muito mais forte do<br />

que entrou. A JOTA EDITORA, responsável<br />

pela publicação das Revistas REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

BIOMAIS, CELULOSE & PAPEL e PRODUTOS<br />

DE MADEIRA, realiza no mês de dezembro a<br />

décima nona edição do Prêmio REFERÊNCIA,<br />

principal premiação do setor.<br />

Seguindo sua tradição, dez empresas,<br />

escolhidas por leitores, clientes e especialistas<br />

do segmento da indústria da madeira,<br />

foram agraciadas com o prêmio por seus<br />

investimentos em melhorias, novos produtos<br />

ou ações de sustentabilidade. Neste ano os<br />

vencedores são: Terra Sol Madeiras Ecológicas,<br />

Dalcomad, MM Wood Brazil, Francio Soluções<br />

Florestais, Madfreitas, Brasil Tropical Pisos/<br />

BTP Floors, Todesmade – Indústria de Madeiras<br />

e Artefatos, APLYSIA Soluções Ambientais,<br />

Madeplant <strong>Florestal</strong> Ltda e Uniflora Com. de<br />

Madeiras.<br />

Fábio Machado, diretor comercial da JOTA<br />

EDITORA, destaca que o Prêmio, neste ano,<br />

tem um valor ainda maior. “Foi um período<br />

de recuperação e reinvenção para o ramo<br />

florestal. Poder homenagear as empresas que<br />

se destacaram neste ano é a nossa forma de<br />

valorizar quem fez o setor mais forte em 2021”,<br />

ressalta Fábio. A Cerimônia de entrega do<br />

Prêmio será feito de forma híbrida e acontece<br />

no dia 6 de dezembro, à partir das 19h (horas),<br />

em Curitiba (PR), seguindo todas as medidas e<br />

recomendações dos órgãos de saúde pública.<br />

O evento terá a transmissão no canal do<br />

youtube e no facebook da Revista REFERÊNCIA.<br />

Confira os detalhes sobre os vencedores:<br />

Poder homenagear as empresas que se destacaram<br />

neste ano é a nossa forma de valorizar quem fez o<br />

setor mais forte em 2021<br />

Fábio Machado<br />

Novembro 2021<br />

55


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

TERRA SOL MADEIRAS ECOLÓGICAS<br />

A Terra Sol, construtora com foco em madeiras<br />

ecológicas, lançou em janeiro de 2021 o projeto<br />

Mod House, que é o motivo da conquista do<br />

Prêmio REFERÊNCIA 2021. O Mod House tem um<br />

método construtivo de construção seca, ágil, fácil<br />

e eficiente, que alia arquitetura contemporânea<br />

com o visual rústico da madeira. Além disso, o Mod<br />

House oferece um tempo de construção rápido e a<br />

estrutura interna da parede é preenchida com lã de<br />

pet, que serve como isolamento termo acústico.<br />

FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />

A Francio Soluções Florestais poderia ganhar o<br />

prêmio apenas pelos grandes serviços prestados<br />

ao setor de silvicultura nacional, mas também por<br />

ser a empresa com mais quilometragem em 2021.<br />

Atendendo clientes em todas as regiões do país, a<br />

Francio Soluções Florestais oferece consultoria e<br />

treinamentos com cursos que tratam desde o início<br />

da preparação do solo, passando pela seleção das<br />

mudas e toda parte de podas e desenvolvimento do<br />

plantio florestal.<br />

DALCOMAD<br />

A Dalcomad é uma das grandes produtoras<br />

de compensados e portas do país e neste ano<br />

conquistou o Prêmio REFERÊNCIA com o seu<br />

mais novo lançamento: o Kit Due. O novo modelo<br />

de kit porta permite que a decisão da direção<br />

de montagem da porta seja tomada apenas no<br />

momento da instalação. Esse modelo foi elaborado<br />

com a participação direta de Rogério Dalgallo, um<br />

dos sócios e diretor da empresa, que vê no Kit Due<br />

uma solução para o varejista, com a otimização<br />

de estoque, e a possibilidade de levar ao grande<br />

público uma porta com qualidade acima dos padrões<br />

oferecidos no mercado.<br />

MADFREITAS<br />

Desde 2003, a Madfreitas atua no setor<br />

madeireiro com a produção de vigas, caibros,<br />

pranchas para cobertura, decks, assoalho, batentes e<br />

tábuas. Há mais de 20 anos a empresa trabalha com<br />

madeira de reflorestamento e manejos sustentáveis<br />

de reservas legais. A empresa investe continuamente<br />

em treinamentos para os funcionários, valorizando<br />

as boas práticas de trabalho e colocando o conceito<br />

ambiental em primeiro lugar nos seus projetos.<br />

MM WOOD BRAZIL<br />

A MM Wood Brazil conquistou o Prêmio<br />

REFERÊNCIA 2021 pelo rápido crescimento no<br />

mercado de exportação de madeira. A empresa tem<br />

mais de 10 anos de experiência no setor, mas atua há<br />

apenas dois anos com a negociação de madeira para<br />

o exterior. A MM Wood Brazil já estabeleceu clientes<br />

na Ásia e Europa e agora está abrindo as portas para<br />

levar a madeira serrada de reflorestamento nacional<br />

para os EUA (Estados Unidos da América) já no ano<br />

de 2022.<br />

BRASIL TROPICAL PISOS/BTP FLOORS<br />

No mercado desde 1994, a Brasil Tropical Pisos<br />

é especializada na produção e comercialização de<br />

pisos de madeira, deck, revestimentos internos e<br />

madeira bruta. Desde o início de suas atividades<br />

a empresa se colocou como uma ponte entre a<br />

floresta e o mercado especializado, trabalhando com<br />

madeiras nobres, de manejos sustentáveis e com<br />

certificado de procedência. Hoje a BTP exporta seus<br />

produtos para mais de 35 países, levando a melhor<br />

madeira brasileira para o mundo.<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


TODESMADE – INDÚSTRIA DE MADEIRAS<br />

E ARTEFATOS<br />

Celebrar quem inova e investe no futuro do<br />

setor madeireiro é fator essencial para o Prêmio<br />

REFERÊNCIA e a Todesmade, do Grupo Todeschini,<br />

se encaixa exatamente nesses critérios. No início<br />

de 2021 foi inaugurada com objetivo de processar<br />

os mais de 10 mil hectares de pinus plantados<br />

pela empresa no Rio Grande do Sul. Além disso,<br />

juntamente foi inaugurada uma planta dedicada<br />

unicamente a produção de pellets. A Todesmade tem<br />

como objetivo a produção de 8 mil metros cúbicos<br />

por mês de madeira seca e 2,6 mil toneladas de<br />

pellets.<br />

UNIFLORA COM. DE MADEIRAS<br />

O mercado madeireiro exige investimentos<br />

contínuos para que as demandas cada vez<br />

mais elevadas e exigentes dos clientes sejam<br />

supridas. A Uniflora, madeireira que se destaca na<br />

comercialização de madeira de pinus serrada para<br />

a fabricação de paletes, realizou uma série de<br />

investimentos para garantir que o processamento<br />

da madeira seja feito da forma mais eficiente,<br />

pensando principalmente no futuro das<br />

atividades.<br />

APLYSIA SOLUÇÕES AMBIENTAIS<br />

A Aplysia Soluções Ambientais está entre os<br />

vencedores do Prêmio REFERÊNCIA 2021 após ter<br />

conquistado o prêmio BRICS Solutions for SDGs<br />

Awards 2021, em que concorreu com mais de 280<br />

empresas dos países, que formam o BRICS (Brasil,<br />

Rússia, Índia, China e África do Sul). O Projeto<br />

ReNaturalize é uma ação de restauração fluvial que<br />

se diferencia por recriar a natureza, usando técnicas<br />

inspiradas nas estratégias de transformação natural<br />

do meio ambiente, gerando impacto ambiental<br />

positivo.<br />

MADEPLANT FLORESTAL LTDA<br />

A Madeplant <strong>Florestal</strong> atua há 15 anos na<br />

implantação e manutenção de Florestas de<br />

Eucalipto, Colheita <strong>Florestal</strong> Mecanizada e<br />

produção de Biomassa. A empresa se destacou<br />

em 2021 pelo forte investimento em biomassa<br />

realizado no Mato Grosso, onde a empresa tem sua<br />

sede. Hoje a empresa tem capacidade de produção<br />

média de 110 mil toneladas por hora, seguindo os<br />

padrões de umidade e granclometria e de acordo<br />

com o pedido de cada cliente.<br />

Novembro 2021<br />

57


SOLO<br />

Análises laboratoriais e recomendações de solos para<br />

ALTA PRODUTIVIDADE FLORESTAL<br />

Este artigo foi produzido pelo especialista Pedro Francio Filho, da empresa Francio Soluções Florestais<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

Aanálise de solo é a ferramenta básica, econômica,<br />

e fundamental para determinar os<br />

níveis de fertilidade dos solos e diagnosticar<br />

as necessidades de aplicação de corretivos e<br />

fertilizantes.<br />

O uso de corretivos é fundamental para a melhoria da<br />

fertilidade do solo e dos ambientes de produção para qualquer<br />

cultura. Considera-se como práticas corretivas o uso<br />

do calcário para equilibrar o sistema, principalmente disponibilizar<br />

cálcio e magnésio, o uso da gesso para diminuir<br />

a atividade do alumínio e acrescentar cálcio em profundidade,<br />

e o fosfato, que adiciona fósforo em área total para<br />

aumentar o teor do mesmo em solos muito pobres deste<br />

elemento.<br />

O potássio na quantidade certa, estimula a vegetação<br />

e o perfilhamento; aumenta o teor de carboidratos, óleos,<br />

lipídeos e proteínas; promove o armazenamento de açúcar<br />

e amido; ajuda na fixação do nitrogênio; regula a utilização<br />

da água e aumenta a resistência à seca, geadas e doenças.<br />

Inclusive existem fontes brasileiras, sem cloro, que são muito<br />

benéficas, recompondo K e não prejudicando os micro-<br />

-organismos do sistema.<br />

A correção equilibrada do solo tem efeitos diretos e<br />

indiretos sobre as plantas, alterando características do solo,<br />

como:<br />

▪ a neutralização do alumínio, que é tóxico para as plantas;<br />

▪ a elevação das concentrações de cálcio e magnésio;<br />

▪ a alteração do pH;<br />

▪ o aumento na disponibilidade de uma série de elementos<br />

como o fósforo e micronutrientes, que são liberados<br />

na reação após a correção.<br />

Efeitos indiretos dizem respeito ao aumento do sistema<br />

radicular das plantas em função da melhoria da fertilidade<br />

e do aumento do cálcio, maior produtividade em função da<br />

maior disponibilidade de nutrientes, melhoria nas características<br />

físicas e biológicas do solo.<br />

O primeiro passo no planejamento da correção do solo<br />

é saber quais nutrientes são necessários para o bom desenvolvimento<br />

da cultura.<br />

Os elementos químicos encontrados em maiores concentrações<br />

são o carbono, o hidrogênio e o oxigênio, sendo<br />

que estes elementos são adquiridos do ar e da água, pelos<br />

processos de fotossíntese.<br />

Macronutrientes: Cálcio (Ca), Magnésio (Mg), Enxofre<br />

(S), Nitrogênio (N), Fosfóro (P) e Potássio (K).<br />

Micronutrientes: Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro<br />

(Fe), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo), Cobalto (Co), Sódio<br />

(Na), Selênio (Se), Silício (Si), Níquel (Ni) e Zinco (Z).<br />

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O gesso agrícola, no caso de solos ácidos, apresenta<br />

uma vantagem muito grande ao promover um maior desenvolvimento<br />

do sistema radicular das plantas, criando<br />

condições para que as raízes absorvam nutrientes e água<br />

nas camadas mais profundas do solo, além de favorecer a<br />

movimentação de cátions ao longo do perfil do solo e reduzir<br />

os níveis de alumínio (Al³+) tóxico para as plantas, com<br />

formação do sulfato de alumínio (AlSO4) pouco absorvido<br />

pelas raízes.<br />

Quanto à solubilidade em água, a do gesso agrícola é<br />

172 vezes maior que a do carbonato de cálcio.<br />

O gesso pode ser considerado um condicionador do<br />

solo, principalmente quando se quer aumentar o nível de<br />

cálcio, sem elevar o pH do solo.<br />

APLICAÇÃO DOS CORRETIVOS<br />

É aconselhável aplicar primeiro o calcário agrícola, junto<br />

com o fosfato e potássio, preferencialmente com o solo<br />

úmido, para uma melhor reação de suas partículas.<br />

Na sequência, aplicar a quantidade recomendada de<br />

gesso agrícola, e preparar o solo, incorporando os corretivos<br />

para potencializar a reação.<br />

A correção de solos é essencial para qualquer sistema<br />

produtivo, e todos que queiram utilizar ao máximo o<br />

potencial do solo. “Precisamos abrir a caixa da terra, para<br />

aproveitarmos o máximo que ela pode produzir de forma<br />

sustentável e eficiente. ”<br />

Exemplo: Para uma área que possuí entre 10 e 20 ha<br />

(hectares), o valor das análises laboratoriais com a recomendação<br />

precisa de solos é de aproximadamente R$<br />

380,00, ou seja, entre R$ 15,00 e R$ 40,00 por ha. Esse valor<br />

é insignificante para um empreendimento de anos ou<br />

décadas, que tem potencial para obter alta produtividade,<br />

lucratividade e sustentabilidade dos plantios.<br />

Atendemos do pequeno ao grande produtor, consulte-nos<br />

para mais informações sobre valores e as etapas<br />

necessárias.<br />

1º APLICAR<br />

Calcário Agrícola<br />

Fosfato<br />

Potássio<br />

2º APLICAR<br />

Gesso Agrícola<br />

Preparar o solo e<br />

Incorporar os<br />

corretivos<br />

INTERVALO<br />

Aproximadamente<br />

90 dias<br />

SUBSOLAGEM<br />

Plantio<br />

O primeiro passo no<br />

planejamento da correção do<br />

solo é saber quais nutrientes<br />

são necessários para o bom<br />

desenvolvimento da cultura<br />

Novembro 2021<br />

59


TRANSPORTE<br />

Planejamento de<br />

ESTRADAS<br />

FLORESTAIS<br />

Fotos: divulgação<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Trabalho prévio de análise do terreno pode ser<br />

diferencial para otimizar a logística e melhorar<br />

o escoamento da produção<br />

Novembro 2021<br />

61


TRANSPORTE<br />

O<br />

transporte da produção é tão importante<br />

quanto a produção em si. Garantir que a<br />

produção chegará ao seu destino dentro<br />

do prazos acordados é essencial para a<br />

construção e manutenção da reputação<br />

de sua empresa. As estradas florestais são planejadas para<br />

definir a área dos talhões e garantir que a madeira tenha<br />

a sua logística de entrega facilitada. Por isso, a escolha do<br />

posicionamento das estradas tem um valor imprescindível<br />

no escoamento de sua produção.<br />

O planejamento das estradas florestais é um trabalho<br />

complexo e que leva uma série de fatores em conta para<br />

o seu sucesso. Respeito às restrições físicas do terreno,<br />

declive, geometria, possibilidade de alagamento ou solo<br />

frágil. Esse processo é feito a fim de minimizar os gastos e<br />

atender as necessidades de outras áreas da produção.<br />

Uma estrada mal posicionada ou muito próxima de<br />

outra já construída gera dois problemas de uma vez só:<br />

dobro de custo de instalação e manutenção da mesma e o<br />

desperdício de área produtiva. Observar as restrições do<br />

declive, fragilidade do solo ou quantidade de madeira que<br />

será estocada na lateral da pista podem gerar grandes dificuldades<br />

de colheita e transporte.<br />

O analista responsável por esse trabalho tem um grande<br />

desafio em mãos. As estradas devem ter capacidade<br />

suficiente para que as máquinas de colheita circulem sem<br />

dificultar as manobras e baldeio. Além disso, os circuitos<br />

devem ser pensados para que menos caminhões tenham<br />

que esperar para serem carregados, tendo o melhor aproveitamento<br />

das estradas.<br />

Esse planejamento requer experiência e compartilhamento<br />

de informações entre todos os profissionais que podem<br />

ser afetados dentro da área produtiva. O alinhamento<br />

de ideias e planos precisa ser feito antes da primeira máquina<br />

entrar em ação e pode ser mudado caso algo novo<br />

surja durante o processo.<br />

ESPECIALISTAS<br />

Hoje em dia existem empresas que são especializadas<br />

em planejamento de estradas e podem ser a solução para<br />

o seu plantio. Serão feitas estradas de terra ou cascalhadas?<br />

Quais áreas podem receber estoques de madeira?<br />

Esse tipo de serviço avalia todas as variáveis envolvidas<br />

para o desempenho do trabalho como: limite geográfico,<br />

capacidade de estoque, perda de área produtiva, densidade<br />

do volume de estradas, distância para a extração em<br />

relação ao local de baldeio e outros fatores que podem<br />

afetar a operação. Levando tudo isso em conta, investir na<br />

organização do projeto de implantação da estrada terá os<br />

melhores resultados para sua produção.<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


Os resultados desse planejamento vão facilitar o cálculo<br />

de custos de colheita, de construção das estradas, os<br />

custos ambientais, identificação do custo de colheita por<br />

talhão em valores que podem ser calculados em metros<br />

cúbicos ou toneladas, a depender do padrão escolhido<br />

pelo cliente. Os custos ambientais envolvem não só em<br />

relação as plantas e árvores, mas também se isso afetará a<br />

fauna ou rios presentes em sua propriedade.<br />

O seu investimento abre portas para os lucros obtidos<br />

com a operação, pois melhoram o uso de área produtiva,<br />

utiliza dados técnicos para a realização e cria padrões para<br />

que o trabalho futuro seja executado. Além disso, ao planejar<br />

as estradas, colhe-se informações de maneira mais<br />

rápida, mensura de forma objetiva o impacto ambiental,<br />

consegue-se conciliar o trabalho de mais de uma equipe<br />

envolvida através de indicadores.<br />

A tecnologia e os dados técnicos fazem parte dos<br />

processos industriais e já estão cada vez mais presentes<br />

no campo. A escolha da espécie que melhor se adapta ao<br />

terreno, o defensivo agrícola utilizado e até a direção do<br />

plantio levam em conta dados técnicos e as estradas devem<br />

seguir o mesmo padrão. Análise técnica em todos os<br />

processos auxilia no melhor desempenho de produção e<br />

logística da produção.<br />

Esse planejamento requer<br />

experiência e compartilhamento<br />

de informações entre todos<br />

os profissionais que podem<br />

ser afetados dentro da área<br />

produtiva<br />

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SOLUÇÕES PARA O MERCADO<br />

Novembro 2021<br />

63


ESPÉCIE<br />

ITAÚBA<br />

Natural do norte do país, a madeira nobre é ideal<br />

para construção civil, áreas externas e mobiliário<br />

de alto padrão<br />

Fotos: divulgação<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


A<br />

Itaúba (Mezilaurus itauba) é uma árvore<br />

de longo crescimento encontrada na floresta<br />

amazônica. A presença de sílica em<br />

sua composição faz com que a madeira<br />

extraída da árvore seja de alta resistência.<br />

Essa característica fez da Itaúba uma madeira muito<br />

versátil que pode ser utilizada quase universalmente para<br />

ambientes externos e internos.<br />

A Itaúba, segundo informações da EMBRAPA, está<br />

presente na floresta amazônica brasileira, nas Guianas<br />

e Venezuela. Tem preferência por terrenos elevados e<br />

solos arenosos ou argilo-arenosos e com boa drenagem.<br />

Pode atingir até 40m (metros) quando adulta e o tronco<br />

pode chegar a 80 cm (centímetros) de diâmetro. Sua<br />

copa é globosa, a casca é rugosa e apresenta fissuras de<br />

cor avermelhada. A densidade da Itaúba é de 096 g/cm³<br />

(grama por centímetro cúbico), apresentando dificuldade<br />

para serrar ou aplainar.<br />

Para o mercado da madeira a Itaúba ganha espaço<br />

por possuir grande resistência mecânica, alta durabilidade,<br />

superfície lisa ao tato, um aroma suave e agradável,<br />

resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos<br />

apodrecedores, cupins e xilófagos marinhos) e tonalidade<br />

clara in natura e escura após o tratamento.<br />

TRATAMENTO E USO<br />

Todas as suas características naturais de resistência<br />

e durabilidade não evitam que ela deva passar por tratamento.<br />

A secagem da Itaúba pode ser feita ao ar livre<br />

ou em estufa, mas a combinação entre as duas formas é<br />

considerada a melhor opção. Essa é a forma de atingir o<br />

índice perfeito de umidade da peça respeitando as particularidades<br />

da madeira. Após a secagem, a Itaúba exige<br />

o lixamento gradual para que atinja o seu melhor valor<br />

comercial. Por último, vem a limpeza da madeira, para<br />

que nenhuma partícula esteja presente no momento da<br />

aplicação do verniz ou tinta.<br />

Na construção civil a Itaúba pode ter seu uso em situações<br />

que vão das mais rústicas as mais delicadas. Suas<br />

capacidades mecânicas fazem dela a madeira ideal para<br />

construção de pontes, dormentes ferroviários, postes,<br />

cruzetas e outras construções que possam sofrer com o<br />

clima ou exijam maior durabilidade. Para área externa<br />

de residências, ela tem muito valor para a construção<br />

de pergolados e decks. Também pode servir como viga<br />

ou caibro na parte interna de sua construção ou mesmo<br />

como batente, esquadrias de janelas, portas.<br />

Uso comum da Itaúba também é para pisos e assoalhos.<br />

Seja para tábuas ou tacos, a madeira, já tratada, resiste<br />

muito bem ao desgaste que pode ser causado pelo<br />

fluxo de pessoas Em relação ao mobiliário, a Itaúba pode<br />

servir a todo tipo de móvel, seja para sua estrutura ou<br />

mesmo para o interior dos produtos. Além de todos os<br />

usos já citados, a Itaúba pode ser utilizada no transporte,<br />

em implementos agrícolas e embarcações, seja no piso,<br />

forro ou cobertura.<br />

Novembro 2021<br />

65


PESQUISA<br />

Fósforo no<br />

crescimento inicial de<br />

MOGNO-AFRICANO<br />

Fotos: divulgação<br />

MATHEUS DA SILVA ARAÚJO<br />

USP/ESALQ<br />

CLEITON DA SILVA OLIVEIRA<br />

SEMAD (MG)<br />

JOSÉ EDUARDO DIAS CALIXTO JÚNIOR<br />

UNB<br />

VITOR CORRÊA DE MATTOS BARRETTO<br />

UNESP<br />

FABRICIO RODRIGUES<br />

UEG<br />

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Novembro 2021 67


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

O<br />

bjetivou-se avaliar o crescimento inicial<br />

de plantas mogno-africano (Khaya senegalensis<br />

A. Juss), adubadas com fósforo. O<br />

experimento foi realizado em casa de vegetação,<br />

em recipientes de plásticos com<br />

capacidade de 7 dm 3 e utilizado como substrato amostras<br />

de solo identificado como Latossolo VermelhoAmarelo<br />

distrófico. O delineamento experimental utilizado foi<br />

inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e seis<br />

repetições, totalizando 30 unidades experimentais. Os<br />

tratamentos constituíram-se de cinco doses de P (Fósforo):<br />

0, 50, 100, 150 e 200 mg dm -3 , sendo a fonte de<br />

adubação utilizada o superfosfato triplo. Aos 180 dias de<br />

transplantio, foram aferidos a altura da planta, o diâmetro<br />

do coleto, matéria seca de folhas, caule, raiz, e total,<br />

teor de P nas folhas e teor de P no solo. As doses de fósforo<br />

promoveram aumento no crescimento das plantas.<br />

O mognoafricano apresentou exigência em fósforo nas<br />

fases iniciais de crescimento para a condição edafoclimática<br />

estudada. A melhor resposta de crescimento em biomassa<br />

foi obtida com a dose estimada 175 mg dm -3 de P.<br />

Palavras-chave: Adubação fosfatada, Fertilização florestal,<br />

Espécie exótica<br />

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INTRODUÇÃO<br />

Com o grande aumento da demanda de produtos e<br />

subprodutos florestais, e a crescente procura por novas<br />

espécies com potencial econômico, o setor florestal<br />

brasileiro vem sendo desenvolvido consideravelmente,<br />

tornando-se um segmento de grande importância na cadeia<br />

produtiva do país. As madeiras nobres provenientes<br />

de espécies exóticas revelam-se uma opção promissora,<br />

considerando que o futuro está alicerçado em práticas<br />

sustentáveis. Neste cenário, o extrativismo da flora nativa<br />

torna-se cada vez mais ineficiente diante das discussões<br />

acerca da importância da conservação e preservação no<br />

processo produtivo (Ciriello et al., 2014).<br />

O mogno-africano (Khaya senegalensis A. Juss) é uma<br />

espécie da família Meliaceae. Apresenta distribuição<br />

natural na África do Sul com ocorrência principal nos países<br />

do Senegal, Sudão do Sul, e as regiões do norte dos<br />

Camarões e Uganda (Perez et al., 2016). Possui caule retilíneo,<br />

alcançando até 35m (metros) de altura em solos<br />

férteis. A madeira tem a coloração escura, dura, pesada<br />

e durável, sendo utilizada, principalmente, na laminação,<br />

movelaria, construção naval, lâminas decorativas, instrumentos<br />

musicais e construções de interiores (Pinheiro<br />

et al., 2011 e Silva et al., 2016). A coloração do cerne e a<br />

aparência atraente a torna uma das melhores madeiras<br />

para móveis (Joker e Gaméné, 2003).<br />

No Brasil, o mogno-africano<br />

é destaque dentre as<br />

espécies madeireiras<br />

exóticas por apresentar bom<br />

desenvolvimento em locais<br />

com predominância de clima<br />

tropical úmido<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

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Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

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Novembro 2021<br />

69


PESQUISA<br />

No Brasil, o mogno-africano é destaque dentre as<br />

espécies madeireiras exóticas por apresentar bom desenvolvimento<br />

em locais com predominância de clima tropical<br />

úmido, além de se adaptar bem a regiões de clima<br />

subtropical (Casaroli et al., 2018). Outro fator de incentivo<br />

aos reflorestamentos ocorre devido a proibição da exploração<br />

do mogno nativo (Decreto no 4.593, de 2003) e<br />

da resistência do mogno-africano ao ataque da Hypsipyla<br />

grandella Zeller, vulgarmente apresentada como broca<br />

do ponteiro, ocasionando danos aos brotos terminais, o<br />

que prejudica tanto o desenvolvimento da espécie quanto<br />

a qualidade da madeira produzida (França, 2015).<br />

Ao considerar que o fósforo (P) é uma fonte esgotável,<br />

com utilização ampla na agricultura brasileira e o predomínio<br />

de solos classificados como latossolos, o manejo<br />

adequado é vital para a manutenção das reservas químicas<br />

e para a viabilidade econômica de projetos; neste<br />

contexto a utilização de fontes solúveis além de eficiente<br />

é também vantajosa pela disponibilidade instantânea<br />

desse nutriente (Cabral et al., 2016). Além da carência<br />

generalizada de P nos solos brasileiros, o elemento apresenta<br />

forte interação com o solo (fixação), o que reduz a<br />

eficiência da adubação fosfatada (Faquin, 2005).<br />

O P é composto vital em processos e estruturas que<br />

propiciam o desenvolvimento as plantas, desta forma sua<br />

ausência pode acarretar menor crescimento da planta,<br />

uma vez que é fundamental na produção de energia<br />

metabólica (Taiz e Zeiger, 2013). Os sintomas de deficiência<br />

de P não são tão marcantes como para outros<br />

macronutrientes, evidenciando um retardamento no desenvolvimento<br />

com coloração verde escura a arroxeadas<br />

nas folhas mais velhas (Araújo e Machado, 2006). Para<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


Para atingir o máximo<br />

desenvolvimento, fez-se<br />

necessário o conhecimento<br />

das exigências nutricionais<br />

das espécies florestais,<br />

para assim, garantir o<br />

fornecimento adequado dos<br />

nutrientes<br />

atingir o máximo desenvolvimento, faz-se necessário o<br />

conhecimento das exigências nutricionais das espécies<br />

florestais, para, assim, garantir o fornecimento adequado<br />

dos nutrientes (Souza et al., 2010).<br />

Em virtude da dinâmica do P nos solos mais intemperizados,<br />

a baixa disponibilidade para as plantas tem sido<br />

apontada como causa do inadequado desenvolvimento<br />

da maioria das culturas das regiões tropicais (Resende et<br />

al., 1999). Desta forma, o uso de fertilizantes fosfatados<br />

adicionados ao solo, para melhoria na fase inicial das<br />

plantas, é fato comprovado, sendo o rendimento máximo<br />

do vegetal obtido pela escolha da dose, fonte e época<br />

exata a ser utilizada.<br />

Poucos são os estudos envolvendo oferta do P às espécies<br />

do gênero Khaya spp., porém são rotineiramente<br />

observadas respostas da necessidade de uma aplicação<br />

eficiente. Visto o potencial da espécie e a escassa existência<br />

de pesquisas sobre o assunto, objetivou-se avaliar<br />

o desenvolvimento inicial de plantas mogno-africano,<br />

adubadas com P.<br />

Esta é uma versão parcial do artigo. Para ter acesso ao<br />

conteúdo completo acesse o link:https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/afor/article/view/9728<br />

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Novembro 2021<br />

71


AGENDA<br />

AGENDA2021<br />

HDOM Summit<br />

Data: 16 a 17<br />

Local: São Paulo (SP) e online<br />

www.hdomsummit.com.br<br />

Feria Forestal Argentina 2021<br />

Data: 19 a 22<br />

Local: Posadas (Argentina)<br />

https://feriaforestal.com.ar/<br />

NOVEMBRO<br />

2021<br />

NOVEMBRO<br />

2021<br />

NOV<br />

2021<br />

FERIA FORESTAL ARGENTINA<br />

A Feria Forestal Argentina é a plataforma de apresentação<br />

das últimas novidades em equipamentos,<br />

máquinas e soluções tecnológicas para a indústria<br />

florestal e do móvel e o ponto de encontro dos profissionais<br />

dos dois setores da produção. Dividido em<br />

três áreas expositivas - Foresto Ganadería, Productos<br />

Manufacturados e Proyecto MDF -, o salão aposta<br />

pela inovação tanto na mostra comercial como nas<br />

atividades paralelas da programação.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

Cairo Woodshow<br />

Data: 9 a 12<br />

Local: Cairo (Egito)<br />

www.woodshowglobal.com/cairo<br />

DEZEMBRO<br />

2021<br />

DEZ<br />

2021<br />

CAIRO WOODSHOW<br />

A maior feira do mercado da madeira do norte da África,<br />

terá a participação de representantes de 67 países<br />

e 120 empresas como expositores. Nela o participante<br />

poderá ter contato com profissionais especializados,<br />

aprender sobre os produtos e tecnologias mais<br />

recentes, conversar com possíveis clientes e parceiros<br />

e abrir um novo leque de possibilidades de negócios<br />

com fabricantes e fornecedores.<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA2022<br />

FEVEREIRO<br />

2022<br />

India Wood<br />

Data: 24 a 28<br />

Local: Bangalore, India<br />

www.indiawood.com/home<br />

ABRIL<br />

2022<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

EXPOFOREST 2022<br />

Data: 6 a 10<br />

Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />

https://fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

JULHO<br />

2022<br />

CELULOSE<br />

EAFRIWOOD Ethiopia 2022<br />

Data: 7 a 9<br />

Local: Adis Abeba (Etiópia)<br />

www.expogr.com/ethiopia/afriwood/<br />

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Novembro 2021<br />

73


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Novo modelo de<br />

GOVERNANÇA<br />

Por Alexandre Pierro ,<br />

Engenheiro mecânico, físico nuclear e<br />

sócio-fundador da PALAS, consultoria<br />

pioneira na ISO 56002 na América Latina<br />

A empresa precisa<br />

estabelecer onde pretende<br />

chegar e quais esforços está<br />

disposta a empregar para<br />

alcançar suas metas<br />

D<br />

iferentemente de outras normas, essa se propõe<br />

a ser um guia de boas práticas, um modelo de diretrizes<br />

e não de requisitos. Resultado de 11 anos<br />

de estudos em um comitê internacional que reuniu<br />

mais de 60 países, a ISO 56002 oferece um modelo<br />

de governança para a inovação, criando as bases para um bom<br />

sistema de gestão.<br />

Baseada em oito pilares – abordagem por processos, liderança<br />

com foco no futuro, gestão de insights, direção estratégica,<br />

resiliência e adaptabilidade, realização de valor, cultura adaptativa<br />

e gestão das incertezas – a ISO defende que uma inovação<br />

pode ser um produto, serviço, processo, modelo, método ou a<br />

combinação de qualquer uma delas. Isso significa que ideias sem<br />

a manifestação de valor não são inovações, e sim invenções.<br />

Ao implementar a ISO 56002, é necessário definir os objetivos,<br />

o propósito, a estratégia, os indicadores de desempenho<br />

e os recursos que serão empregados na inovação – e não só os<br />

financeiros. A empresa precisa estabelecer onde pretende chegar<br />

e quais esforços está disposta a empregar para alcançar suas<br />

metas.<br />

Além disso, a norma trabalha fortemente no gerenciamento<br />

de riscos, entendendo que muitos deles, em vez de ameaças,<br />

podem representar oportunidades de inovação. Quando é identificada<br />

uma ameaça, é preparado um plano de ação contencioso.<br />

Quando é identificada uma oportunidade, ela é automaticamente<br />

direcionada para o funil de inovação, onde as ideias são classificadas<br />

e priorizadas de acordo com os interesses da empresa.<br />

Quem toma as decisões não são as pessoas, e sim os indicadores.<br />

Na prática, não existe uma receita única para todas. Cada<br />

uma, em um processo de co-criação, precisa refletir sobre seus<br />

anseios e seu apetite para atingí-los. Não existe vitória sem sacrifícios.<br />

Precisamos desmistificar a ideia de que inovação é para<br />

poucas, ou apenas para aquelas com viés tecnológico. Existem<br />

inúmeros exemplos de empresas analógicas que criam maravilhas<br />

a partir de um olhar inovador. Mas, sem governança, é impossível<br />

transformar ideias em resultados.<br />

Sendo assim, as empresas precisam trabalhar no desenvolvimento<br />

da sua estrutura de governança. É preciso definir as bases<br />

do sistema de inovação, estabelecendo onde se pretende chegar,<br />

quais ferramentas serão utilizadas e mensurando de perto cada<br />

passo dado. A qualquer sinal de desvio, é possível ajustar a rota<br />

rapidamente.<br />

A proposta da ISO 56002 é deixar para trás o modo empírico<br />

com que a inovação tem sido encarada por muitas companhias,<br />

onde algumas poucas ideias são levadas em frente e, quase que<br />

por obra do acaso, algumas são muito bem-sucedidas enquanto<br />

outras quase levam o negócio todo à ruína. Inovar a partir de um<br />

modelo de governança internacional, que foi testado e aprovado<br />

por mais de 200 empresas no mundo todo – sendo seis só no<br />

Brasil – é o caminho mais promissor para crescermos de forma<br />

estruturada.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

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