*Outubro/2021 Referência Florestal 234

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ENTREVISTA Diretora executiva do FSC, Daniela Vilela, apresenta ações e objetivos da instituição ALTA DURABILIDADE EQUIPAMENTOS SÃO CADA VEZ MAIS DURÁVEIS NAS OPERAÇÕES FLORESTAIS HIGH DURABILITY INCREASINGLY DURABLE EQUIPMENT FOR FOREST OPERATIONS

ENTREVISTA<br />

Diretora executiva do FSC, Daniela Vilela, apresenta ações e objetivos da instituição<br />

ALTA DURABILIDADE<br />

EQUIPAMENTOS SÃO CADA VEZ MAIS<br />

DURÁVEIS NAS OPERAÇÕES FLORESTAIS<br />

HIGH DURABILITY<br />

INCREASINGLY DURABLE EQUIPMENT<br />

FOR FOREST OPERATIONS


SUMÁRIO<br />

OUTUBRO <strong>2021</strong><br />

42<br />

PERFORMANCE E<br />

DURABILIDADE<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Notas<br />

28 Coluna Cipem<br />

30 Frases<br />

32 Entrevista<br />

40 Coluna<br />

42 Principal<br />

48 Espécie<br />

52 Legislação<br />

56 Especial<br />

60 Economia<br />

64 Mercado<br />

66 Pesquisa<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

48<br />

56<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

31 ABC Agropecuária<br />

15 Agroceres<br />

41 AGX <strong>Florestal</strong><br />

04 Armac Locações<br />

11 Bayer<br />

09 BKT<br />

13 Carrocerias Bachiega<br />

59 D’Antonio Equipamentos<br />

76 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

51 DRV Ferramentas<br />

35 Engeforest<br />

27 Envimat<br />

39 Francio Soluções Florestais<br />

07 Komatsu Forest<br />

23 Lion Equipamentos<br />

75 Log Max<br />

63 Mill Indústrias<br />

71 Mill Indústrias<br />

37 Planflora<br />

55 Prêmio REFERÊNCIA<br />

17 Rotary-Ax<br />

19 Rotor Equipamentos<br />

25 Tecmater<br />

21 Sergomel<br />

65 Show <strong>Florestal</strong><br />

73 TPH Forest<br />

29 Unibrás<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Decisões<br />

corretas<br />

A simplicidade e a qualidade são fatores importantes para<br />

o desempenho do trabalho florestal. Soluções mais complexas<br />

nem sempre são as que entregam os melhores resultados.<br />

Ter os pés no chão, fazer de maneira descomplicada e saber o<br />

tamanho de cada passo a ser dado é chave para as melhores<br />

decisões. Nesta edição o Leitor conhecerá o conjunto formado<br />

por produto de qualidade e atendimento de alto nível que<br />

a Log Max oferece, as novidades sobre legislação florestal,<br />

concessões, informações sobre logística florestal, o entretenimento<br />

chegando ao mundo da madeira e uma entrevista com a<br />

diretora executiva do FSC Brasil, sobre certificação e o trabalho<br />

da ONG para os próximos anos.<br />

2<br />

1<br />

Na capa desta edição o<br />

cabeçote 7000C Log Max:<br />

equipamento robusto,<br />

potente e muito versátil<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>234</strong> • Outubro <strong>2021</strong><br />

ENTREVISTA<br />

Diretora executiva do FSC, Daniela Vilela, apresenta ações e objetivos da instituição<br />

ALTA DURABILIDADE<br />

EQUIPAMENTOS SÃO CADA VEZ MAIS<br />

DURÁVEIS NAS OPERAÇÕES FLORESTAIS<br />

HIGH DURABILITY<br />

INCREASINGLY DURABLE EQUIPMENT<br />

FOR FOREST OPERATIONS<br />

THE RIGHT DECISIONS<br />

Simplicity and quality are important factors for forest work<br />

performance. However, more complex solutions are not always<br />

the ones that deliver the best results. Having your feet on the<br />

ground, doing everything in an uncomplicated way, and knowing<br />

the size of each step to be taken is key to making the best<br />

decisions. In this issue, the reader will get to know the quality<br />

product and high-level service that Logmax offers, news on<br />

forest legislation, concessions, information on forest logistics,<br />

entertainment coming to the world of wood, and an interview<br />

with the Executive Director of FSC Brazil about certification and<br />

the work of the NGO for the coming years.<br />

Entrevista com<br />

Daniela Vilela<br />

Novo cadastro para plantio em<br />

Minas Gerais<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>234</strong> - OUTUBRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Pedro Moura<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

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A LONG WAY<br />

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Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />

todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />

com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada<br />

e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />

uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />

possíveis danos em qualquer momento.<br />

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CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA Diretor do Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro apresenta ações para valorizar madeira nacional<br />

ARMAMENTO PESADO<br />

HEAVY WEAPONRY<br />

NEW TECHNOLOGY IN LEAF-CUTTING<br />

NOVA TECNOLOGIA NO CONTROLE<br />

ANT CONTROL<br />

DE FORMIGAS CORTADEIRAS<br />

Capa da Edição 233 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de setembro de <strong>2021</strong><br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°233 • Setembro <strong>2021</strong><br />

CAPA<br />

Por Pedro Andrade – Joinville (SC)<br />

Esse tipo de inovação é sempre importante. Quanto mais opções<br />

para lidar com essas pragas que afetam a produção, é melhor para<br />

o produtor. Excelente iniciativa.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Vitor de Almeida – Contagem (MG)<br />

É bom saber que existem iniciativas do governo para proteger e enaltecer<br />

o trabalho de quem cuida da floresta. O manejo sustentável é o plano<br />

perfeito para que as florestas brasileiras durem ainda mais.<br />

Foto: divulgação<br />

REFORMA FLORESTAL<br />

Por Ricardo Machado – Passo Fundo (RS)<br />

O solo é importante demais para o madeireiro. O cuidado com ele<br />

faz muita diferença mesmo.<br />

Foto: Francio Soluções Florestais<br />

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Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

PRODUÇÃO A TODO VAPOR<br />

Reportagem da REFERÊNCIA foi<br />

à Fazenda Agropastoril Gaboardi<br />

para conferir de perto a operação<br />

do cabeçote 7000C da Log Max.<br />

Além da equipe Log Max, estavam<br />

presentes representantes da Kim<br />

Logística e Caraúno Madeiras<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

ALTA<br />

MADEIRA FAZ A DIFERENÇA<br />

O Estado do Acre fechou o mês de agosto com<br />

saldo positivo de US$ 2,55 milhões e as exportações<br />

de madeira e derivados foram importantes<br />

para estes resultados. Com 36,6% do total de<br />

exportações no período o setor madeireiro foi<br />

preponderante para a balança comercial positiva<br />

do Estado. Os dados do ministério da Economia<br />

mostram também que entre janeiro e agosto de<br />

<strong>2021</strong> o saldo do Estado alcançou o recorde de<br />

US$ 32,98 milhões. Esse valor é 49% maior do<br />

que o mesmo período do ano de 2020.<br />

OUTUBRO <strong>2021</strong><br />

RISCO DE DESAPARECER<br />

O Relatório das Árvores do Mundo apresenta dados<br />

surpreendentes em seu resultado. Segundo pesquisa,<br />

das 60 mil espécies de árvores conhecidas em torno<br />

de 30% (17,5 mil) estão correndo risco de extinção. A<br />

Avaliação Global de Árvores foi feita por 500 especialistas<br />

e 61 instituições espalhadas pelo globo. Cerca<br />

de 142 espécies já desapareceram da natureza. E 442<br />

estão perto da extinção — nestes casos, há menos de<br />

50 árvores individuais de cada espécie restantes. As<br />

árvores que correm mais risco são as grandes espécies<br />

tropicais, carvalhos presentes na América Latina, ébano<br />

e pau-rosa na África, Magnólia, além de espécies<br />

que sofrem com pragas no Hemisfério Norte.<br />

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NOTAS<br />

Árvore com muito valor<br />

No dia 21 de setembro é comemorado o dia da árvore.<br />

Nessa importante data celebramos aquela que é o centro da<br />

atividade florestal e um dos símbolos na conservação do meio<br />

ambiente. Frank Rogieri de Souza, empresário e presidente do<br />

SIMENORTE (Sindicato dos Madeireiros de Mato Grosso) e do<br />

FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>), em<br />

entrevista ao jornal MT do Norte, ressaltou a importância das<br />

boas práticas para que as florestas brasileiras sejam valorizadas<br />

e preservadas. Frank destacou a importância dos investimentos<br />

em manejo sustentável realizados pelas indústrias essenciais<br />

para que a renda gerada pela floresta possa suprir a população<br />

que depende dela. “O manejo florestal agrega valor à floresta,<br />

geração de emprego e distribuição de renda, levando dignidade<br />

aos povos nativos”, explica Frank. O empresário aproveitou para<br />

salientar o quanto a indústria florestal brasileira faz para preservar<br />

o meio ambiente, enaltecendo a grande área de floresta<br />

manejada no Brasil. “Temos mais de 3,6 milhões de hectares<br />

de florestas protegidos. Se juntarmos vários países da Europa<br />

não daria a quantidade de florestas que temos preservadas”,<br />

apontou Frank.<br />

Foto: divulgação<br />

Estrada renovada<br />

Foto: divulgação<br />

Começou a revitalização e aumento da capacidade da<br />

PRC-280, principal corredor logístico do sudoeste paranaense.<br />

O lançamento da pedra fundamental da pavimentação foi realizado<br />

na cidade de Palmas (PR) e marca o início da reforma<br />

de 59,55 km (quilômetros) da rodovia, além da implantação<br />

de 12,39 km de terceiras faixas. Os investimentos na via somam<br />

R$ 134,2 milhões do Governo do Estado. A reconstrução<br />

abrange o trecho entre Palmas e o Trevo Horizonte, no entroncamento<br />

com a BR-153, que dá acesso à Santa Catarina.<br />

O investimento é de R$ 107,4 milhões e faz parte do Avança<br />

Paraná, programa da Secretaria de Estado da Infraestrutura e<br />

Logística que utiliza recursos financiados pelo Banco do Brasil e<br />

pela Caixa Econômica Federal. Carlos Massa Ratinho Jr, governador<br />

do Paraná, valorizou a tecnologia e investimento realizado.<br />

“Estamos trazendo a Palmas aquilo que é feito em países<br />

de primeiro mundo. O pavimento em concreto garante mais<br />

durabilidade, tem vida útil de 20 ou 30 anos e é mais indicado<br />

para estradas que têm grande fluxo de cargas pesadas, como a<br />

PRC-280”, destacou o governador.<br />

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NOTAS<br />

Floresta aberta para negócios<br />

Foto: divulgação<br />

O governo da RDC (República Democrática do Congo) está finalizando<br />

um ambicioso plano para a gestão de sua floresta. A floresta<br />

presente no país é a segunda maior do mundo, apenas atrás da floresta<br />

Amazônica e tem papel fundamental no armazenamento de carbono<br />

no planeta. Uma das medidas apresentadas irá suspender moratórias<br />

de longa duração sobre as licenças de extração madeireira industrial.<br />

Este plano foi lançado pouco tempo antes da COP26 (Conferência das<br />

Nações Unidas sobre Alterações Climáticas) que acontecerá em Glasgow,<br />

na Escócia, em novembro. O objetivo da RDC na conferência é<br />

conseguir os investimentos necessários para a realização dos planos. Os<br />

representantes do país estimam arrecadar um bilhão de dólares para a<br />

proteção florestal através da CAFI (Iniciativa <strong>Florestal</strong> de África Central,<br />

em tradução direta), coligação que inclui países como França, Alemanha<br />

e Noruega. A permissão de extração madeireira industrial faz parte de<br />

um programa mais vasto de gestão florestal. A floresta tropical cobre<br />

cerca de 60% da RDC e constitui dois terços da Bacia do Congo. Esta<br />

floresta tropical desempenha um papel central no equilíbrio ecológico<br />

do planeta, transportando umidade por todo o continente africano e<br />

absorvendo mais carbono do que emite.<br />

Turismo em alta<br />

Nos últimos 13 anos o turismo em UCs (Unidades de<br />

Conservação) cresceu 300% no Brasil. Antes da pandemia, em<br />

2019, as UCs registraram 15 milhões de visitantes. Os dados<br />

são da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Em<br />

2020, três parques nacionais foram os mais visitados, sendo os<br />

Parque Nacional da Tijuca (RJ), Parque Nacional do Iguaçu (PR)<br />

e Parque Nacional da Serra da Bocaina (Serra do Mar, entre SP<br />

e RJ) responsáveis por receber 67% dos visitantes. Segundo<br />

dados do WTTC (Travel & Tourism Council), o turismo é um<br />

dos setores mais importantes para a geração de renda e de<br />

empregos. Antes da pandemia, o setor injetou US$ 8,9 trilhões<br />

ao PIB global, o equivalente a 10,3% e gerou 330 milhões de<br />

empregos. No Brasil, a WTTC ressalta que o turismo representa<br />

8,1% do PIB, responde por 7,4 milhões de empregos, em<br />

sua maior parte em pequenos e médios negócios e atividades<br />

autônomas como artesãos e guias turísticos.O ICMBIO (Instituto<br />

Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável<br />

pela gestão das UCs, estima que, em 2018, o turismo nas<br />

áreas protegidas gerou cerca de 90 mil empregos e uma renda<br />

de R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


material de corte com<br />

alta resistência para sua<br />

operação florestal, você<br />

encontra na rotary-ax<br />

•sabres<br />

•ponteiras<br />

•dentes<br />

•disco de feller<br />

•coroas de tração<br />

•acessórios<br />

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NOTAS<br />

Concessão para conservação<br />

O CPAR(Conselho do Programa de Parcerias do Paraná)<br />

aprovou as próximas etapas do processo de concessão<br />

à gestão privada do Parque Estadual do Guartelá, nos<br />

Campos Gerais. A Unidade de Conservação que pertence<br />

ao Governo do Estado é uma das três áreas em estudo<br />

pela SPGAR (Superintendência Geral de Parcerias) para<br />

modelo de concessão à iniciativa privada, nos mesmos<br />

moldes de Vila Velha. O objetivo é ampliar investimentos<br />

para garantir mais eficiência e qualidade aos serviços para<br />

a população. A SGPAR é subordinada à SEDEST (Secretaria<br />

do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo) e responsável<br />

pela intermediação e elaboração de projetos de<br />

parcerias. Os estudos e instrumentos jurídicos do projeto<br />

de concessão do Parque Estadual do Guartelá, onde está<br />

o sexto maior cânion do mundo, foram finalizados. Com<br />

a aprovação dessa etapa, o próximo passo é colocar a<br />

modelagem do projeto em consulta pública para colher as<br />

contribuições dos interessados. No formato de parceria<br />

proposto, o Poder Público confere à iniciativa privada o<br />

direito de prestar um serviço por tempo determinado, de<br />

modo que, ao final do contrato, as benfeitorias realizadas<br />

retornem ao Estado.<br />

Foto: altairabreu1 on Visualhunt.com<br />

Operação Madeira de Lei<br />

Foto: divulgação<br />

O IMA (Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina),<br />

a Polícia Civil e a Polícia Militar Ambiental realizaram em<br />

Blumenau, no Vale do Itajaí, a terceira fase da Operação Madeira<br />

de Lei, cujo objetivo é interceptar madeira nativa retirada de forma<br />

ilegal da área de sobreposição entre a Reserva Biológica Estadual do<br />

Sassafrás e a Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ. A operação teve sete<br />

alvos entre serrarias, madeireiras, marcenarias e lojas de móveis.<br />

Foram vistoriados mais de 1.000 m3 (metros cúbicos) de madeiras,<br />

emitidas cinco notificações para sanar possíveis irregularidades e<br />

um auto de infração, que originou uma apreensão de madeira. As<br />

ações da operação serão recorrentes na região, para combater a extração<br />

e venda ilegal de madeira nativa e garantir a conservação da<br />

Reserva Biológica do Sassafrás e da Terra Indígena. A Operação Madeira<br />

de Lei é um esforço conjunto da Reserva Biológica Estadual do<br />

Sassafrás, Gerência de Fiscalização do IMA, Coordenadoria Ambiental<br />

de Blumenau, Polícia Civil, FUNAI, Polícia Ambiental, IBAMA e<br />

Polícia Federal, para desmantelar um esquema de venda e retirada<br />

de madeira ilegal da área de sobreposição entre Reserva Biológica<br />

Estadual do Sassafrás e a Terra Ibirama-Laklãnõ.<br />

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NOTAS<br />

Dinheiro para a floresta<br />

Foto: divulgação<br />

O Tocantins, por meio da SEMARH (Secretaria de Estado<br />

do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), se habilitou no edital<br />

Fundo Floresta de chamamento público de projeto, promovido<br />

pelo Banco de Desenvolvimento Alemão, KfW Bankengruppe.<br />

Dois estados serão contemplados com 26 milhões de Euro, divididos<br />

entre os selecionados, que devem ser destinados para a<br />

redução do desmatamento ilegal, a degradação e emissões dos<br />

gases de efeito estufa, além de promover a bioeconomia. A proposta<br />

apresentada pelo Tocantins, na ordem de quase 13 Milhões<br />

de Euros tem como objetivo diminuir as emissões de GEE<br />

(Gases de Efeito Estufa), redução do desmatamento ilegal e incêndios<br />

florestais. A titular da SEMARH, Miyuki Hyashida, aponta<br />

que o projeto do Tocantins está bem consistente na parte de<br />

redução de desmatamento ilegal, comando e controle, além da<br />

parte de bioeconomia que visa fortalecer as comunidades locais<br />

da região do Bioma Amazônico. “O Estado está apto a receber<br />

recursos de financiamento climático, participando de mercados<br />

que valorizam e dão preferência a produtos da bioeconomia e<br />

de procedência sustentável”, afirma Miyuki.<br />

O Pará cresce<br />

O CLP (Centro de Liderança Pública) divulgou os resultados do<br />

Ranking de Competitividade dos Estados <strong>2021</strong>. Nesta décima edição,<br />

a avaliação das unidades federativas foi ampliada para 86 indicadores.<br />

Entre os novos pilares está a Sustentabilidade Ambiental. Neste item,<br />

o levantamento passa a avaliar indicadores como desmatamento,<br />

recuperação de áreas degradadas e transparência de ações de combate<br />

ao desmatamento. O Pará ocupa o 2º lugar no ranking da recuperação<br />

de áreas degradadas, e o 3º lugar na transparência de ações de<br />

combate ao desmatamento. Além deles, o Estado avançou também<br />

nos pilares de Educação (+1) e Potencial de Mercado (+3). Para Mauro<br />

O’de Almeida, secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade,<br />

esse avanço no ranking vem, principalmente, a partir de um<br />

acúmulo de esforços do governo do Estado para transição da forma de<br />

se fazer gestão ambiental no Pará. “Cientes da relevância do Pará nos<br />

resultados das emissões do país, instituímos o Plano Estadual Amazônia<br />

Agora – plano setorial de uso do solo e florestas ligado à Política<br />

Estadual de Clima -, em que fortalecemos instrumentos tradicionais de<br />

comando e controle, como a regularização ambiental, monitoramento<br />

e fiscalização, mas também estabelecemos novas possibilidades para o<br />

desenvolvimento socioeconômico, de forma Integrada, participativa e<br />

estratégica”, ressaltou Mauro.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Impacto da seca<br />

O Brasil enfrenta uma das piores crises hídricas da história. De acordo<br />

com o Ministério de Minas e Energia, de setembro de 2020 a maio deste<br />

ano, o volume dos rios pelo país chegou ao nível mais baixo dos últimos<br />

91 anos, e os dados apontam que, até 2022, esse cenário deve continuar,<br />

principalmente na região central do Brasil, que engloba Paraná, Minas<br />

Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O alerta foi feito por<br />

quatro entidades que monitoram o clima, entre elas o INMET (Instituto<br />

Nacional de Meteorologia) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais). Segundo a APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base<br />

<strong>Florestal</strong>), o cenário exige ainda mais ações de prevenção e combate,<br />

principalmente porque dados divulgados pelo Inpe apontaram que, em<br />

2020, os focos de incêndio aumentaram 12,73% com relação a 2019,<br />

atingindo o índice mais alto nos últimos dez anos. Além de comprometer<br />

a biodiversidade das florestas nativas, os incêndios são uma grande<br />

ameaça às empresas de base florestal. Segundo informações da APRE, a<br />

perda financeira devido a incêndios em florestas de eucalipto apenas no<br />

Mato Grosso do Sul, no ano passado, foi superior a R$ 1 bilhão. Por conta<br />

dessa situação crítica com a crise hídrica, aliada ao período de seca, que<br />

costuma ser de maio a setembro, o setor florestal paranaense vem se<br />

movimentando ao longo do ano, pois o clima mais seco aumenta o risco<br />

de incêndios.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Desmatamento na<br />

Amazônia diminui<br />

O desmatamento na Amazônia sofreu uma queda de 32,45% no<br />

mês de agosto, segundo dados oficiais divulgados pelo INPE (Instituto<br />

Nacional de Pesquisas Espaciais). De acordo com registros feitos pelo<br />

sistema DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), a área desmatada<br />

em agosto ficou em 918 km² (quilômetros quadrados). Em 2020,<br />

o mesmo mês contabilizou 1.359 km². O ministro do Meio Ambiente,<br />

Joaquim Leite, creditou o bom resultado ao Plano Nacional de Combate<br />

ao Desmatamento, que inclui a integração entre ministérios e o Conselho<br />

Nacional da Amazônia Legal. “Temos trabalhado com a Força Nacional e<br />

a Polícia Federal, que nos oferecem todo o apoio para combater o crime<br />

organizado”, declarou Joaquim Leite, que semanalmente tem viajado à<br />

Amazônia para acompanhar ações de fiscalização. Por determinação do<br />

presidente Jair Bolsonaro em seu discurso na Cúpula do Clima em abril, o<br />

Governo Federal mais que dobrou o orçamento para fiscalização. Antes,<br />

eram R$ 228 milhões, agora são R$ 498 milhões. “Iremos investir em<br />

inovação e tecnologia, com a compra de equipamentos como câmeras e<br />

notebooks”, completou o ministro Joaquim.<br />

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NOTAS<br />

Registro para a história<br />

O CIPEM(Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso) completou 17 anos<br />

em <strong>2021</strong>. Durante a cerimônia de comemoração, realizada no dia 26 de agosto, foram homenageados os idealizadores da<br />

instituição, apresentada a maquete da nova sede e cada um dos convidados foi presenteado com um livro exclusivo sobre<br />

a história da instituição. O livro celebra os marcos históricos do CIPEM em suas quase duas décadas de atuação, suas<br />

principais conquistas, premiações e honrarias<br />

recebidas desde sua criação. O foco principal é<br />

apresentar a atuação do CIPEM junto aos sindicatos<br />

associados e parceiros nas esferas estadual<br />

e federal que promovem a produção florestal<br />

sustentável de Mato Grosso nacional e internacionalmente.<br />

No livro, estão registros de ações<br />

históricas e a evolução do setor de base florestal<br />

no Estado.<br />

O evento contou com a presença de convidados<br />

ilustres, como o governador do Estado de<br />

Mato Grosso, Mauro Mendes, o presidente do Sistema<br />

FIEMT (Federação das Indústrias do Estado<br />

do Mato Grosso), membros do legislativo estadual<br />

além de todos os ex-presidentes do CIPEM. Os últimos<br />

foram homenageados com um troféu feito<br />

em madeira nativa.<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

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NOTAS<br />

Nota de<br />

pesar<br />

É com profundo pesar<br />

que a Klabin comunica o<br />

falecimento do Presidente<br />

do Conselho de Administração<br />

da Klabin, Armando<br />

Klabin, aos 89 anos, no dia<br />

22 de setembro, no Rio de<br />

Janeiro (RJ). Este é um momento<br />

de profunda tristeza<br />

para a família e para toda a<br />

companhia.<br />

Armando Klabin foi<br />

membro do Conselho de<br />

Administração da Klabin S.A.<br />

desde sua criação, em 1979,<br />

o qual presidiu por diversas<br />

vezes. Foi idealizador<br />

e executivo da Ponsa, hoje<br />

Unidade Goiana, e junto aos<br />

demais membros do conselho,<br />

incentivou e participou<br />

ativamente das iniciativas<br />

de crescimento da empresa,<br />

incluindo projetos como o<br />

MA-1100, na Unidade Monte<br />

Alegre, em Telêmaco Borba<br />

(PR), a criação da Unidade<br />

Puma, em Ortigueira (PR) e a<br />

sua recente expansão com as<br />

Máquinas de Papel 27 e 28.<br />

Reconhecido pela visão estratégica<br />

e de futuro, no início<br />

dos anos 2000, impulsionou<br />

a Klabin a focar no ramo<br />

de embalagens, sendo, hoje,<br />

uma das maiores do mundo,<br />

com modelo de negócio integrado,<br />

único e referência em<br />

sustentabilidade.<br />

Era filho de Wolff Kadischewitz Klabin e Rose Hass Klabin, irmão de Israel Klabin e Daniel Klabin, também Conselheiros da<br />

Companhia. Armando deixa a esposa Rosa Lisboa, com quem era casado há 50 anos, e os filhos Wolff Klabin, Daniela Klabin,<br />

José Klabin e Bernardo Klabin, além de 11 netos. Toda a equipe de colaboradores da Klabin, manifesta enorme gratidão pelo<br />

exemplo de liderança, profissionalismo, empreendedorismo, imensurável compromisso e dedicação com a companhia, com<br />

o meio ambiente, com projetos sociais e com o desenvolvimento do Brasil. Armando foi um homem de vanguarda, um amigo<br />

inestimável, com inesgotável capacidade de trabalho. Sua ausência será sentida por todos e seu legado será fonte de inspiração<br />

para o caminho que a Klabin continuará trilhando.<br />

Foto: divulgação<br />

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COLUNA<br />

O Contexto<br />

Colniza e região –<br />

Da alegoria ao<br />

factual<br />

Edvaldo Dal Pozzo<br />

Presidente do SIMNO<br />

Atualmente são<br />

utilizados cerca<br />

de 18% de área de<br />

florestas pelo manejo<br />

florestal sustentável,<br />

gerando R$ 500<br />

milhões de renda por<br />

meio de uma atividade<br />

lícita e benéfica<br />

E<br />

ste artigo foi elaborado pelo SIMNO (Sindicato das Indústrias Madeireiras e<br />

Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso) e tem o intuito de reunir e expor<br />

informações sobre os últimos acontecimentos do município de Colniza (MT) e<br />

região, elucidando as diferentes faces de uma situação que vai muito além do<br />

caos que está sendo veiculado nas grandes mídias, pois ali existem milhares de<br />

famílias e centenas de empresas idôneas que também necessitam de guarida, e que não<br />

merecem ser lançadas no mesmo rol que criminosos. A leitura completa desse artigo proporcionará<br />

aos leitores as ferramentas para discernir os fatos dos exageros, com o devido<br />

senso crítico.<br />

OPERAÇÃO SAMAÚMA<br />

A Operação Samaúma foi assim nomeada em homenagem à maior árvore da Floresta<br />

Amazônica, que pode chegar a 70m (metros) de altura, conhecida popularmente como<br />

Samaúma ou Sumaúma. Esta operação tem o objetivo de atuar na prevenção e repressão<br />

a crimes ambientais em Terras Indígenas e Unidades Federais de Conservação. Saliente-se<br />

que o foco da operação é o combate ao desmatamento ilegal.<br />

Para atingir o objetivo das ações preventivas e repressivas aos delitos ambientais, foi<br />

assinado um Decreto pelo Presidente da República autorizando o emprego das Forças<br />

Armadas, para a GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Desde o início da operação, em 28 de<br />

junho de <strong>2021</strong>, já foram mapeados 26 municípios nos Estados do Amazonas, Pará, Mato<br />

Grosso e Rondônia.<br />

COLNIZA (MT)<br />

O município de Colniza, localizado a 1.022 Km (quilômetros) da capital Cuiabá, encontra-se<br />

na divisa entre os Estados de Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Tem população<br />

estimada de aproximadamente 40 mil habitantes, com densidade demográfica de 0,94<br />

hab./km².<br />

Grande parte da população trabalha diretamente com a atividade madeireira. Levando-se<br />

em consideração o tamanho do município e da população, bem como, a disponibilidade<br />

de empregos em outras atividades existentes na região, a atividade de base florestal<br />

tem expressiva relevância para a base da economia local, gerando milhares de empregos<br />

diretos e indiretos. Atualmente são utilizados cerca de 18% de área de florestas pelo manejo<br />

florestal sustentável, gerando R$ 500 milhões de renda por meio de uma atividade<br />

lícita e benéfica.<br />

Territorialmente, Colniza possui 2,7 milhões de ha (hectares) de extensão, localizados<br />

integralmente no Bioma Amazônia, divididos em:<br />

• Terra Indígena: 700 mil ha<br />

• Unidades de Conservação: 400 mil ha<br />

• Áreas de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável: 197.800 ha<br />

• Áreas sem uso definido: 1.100.000 ha<br />

Colniza possui 558 empreendimentos cadastrados no CC-SEMA (Cadastro de Consumidores<br />

de Produtos Florestais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente), divididos entre<br />

extração e coleta.<br />

https://cipem.org.br<br />

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DIFICULDADES<br />

A logística de Colniza e de seus Distritos é extremamente caótica, devido à péssima<br />

qualidade das rodovias não pavimentadas, seja no período da seca, pela grande quantidade<br />

de poeira, seja no período das chuvas, com imensos atoleiros espalhados pelo trajeto.<br />

Esse conteúdo é uma versão parcial do artigo publicado pelo CIPEM. Para ter acesso ao<br />

material completo acesse o seguinte link: https://cipem.org.br/o-contexto-colniza-e-regiao-da-alegoria-ao-factual/


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FRASES<br />

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil<br />

O pagamento por serviços<br />

ambientais vai trazer bilhões<br />

para preservação do meio<br />

ambiente, florestas, parques.<br />

Você tem um parque, quer<br />

estimular a preservação? A<br />

árvore viva vale mais que a<br />

árvore morta? Sim, se pagarem<br />

pela preservação<br />

Paulo Guedes, ministro da Economia, durante<br />

a cerimônia de lançamento da (CPR) Cédula de<br />

Produto Rural Verde<br />

“O futuro do emprego<br />

verde está no Brasil:<br />

energia renovável,<br />

agricultura sustentável,<br />

indústria de baixa<br />

emissão, saneamento<br />

básico, tratamento de<br />

resíduos e turismo”<br />

“Esta é uma ação que vai<br />

ao encontro das melhores<br />

práticas; por meio dela,<br />

queremos dar recursos<br />

aos municípios para que<br />

continuem cuidando do meio<br />

ambiente e fomentando ações<br />

de proteção”<br />

Jair Bolsonaro, Presidente da República durante<br />

Assembleia Geral da ONU (Organização das<br />

Nações Unidas)<br />

Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e do<br />

Planejamento do Estado de São Paulo sobre a<br />

nova lei de ICMS Ambiental<br />

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ENTREVISTA<br />

Floresta<br />

certificada e bem<br />

MANEJADA<br />

Certified and<br />

well-managed forest<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

O<br />

FSC (Forest Stewardship Council), ou Conselho<br />

de Manejo <strong>Florestal</strong>, é uma Organização Não<br />

Governamental internacional que trabalha<br />

diretamente com certificações de atividades<br />

florestais, com objetivo de ampliar o alcance das práticas corretas<br />

no meio. Daniela Vilela, Diretora Executiva do FSC Brasil<br />

conversa conosco sobre as atividades do FSC, dificuldades relacionas<br />

à operação e planos para o futuro.<br />

Daniela<br />

Vilela<br />

T<br />

he Forest Stewardship Council (FSC) is an international<br />

Non-Governmental Organization (NGO)<br />

that works directly with the certification of forest<br />

activities to expand the scope of the correct practices<br />

in this environment. Daniela Vilela, Executive Director of FSC<br />

Brasil, talks to us about FSC activities, difficulties related to the<br />

operation, and plans for the future.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretora Executiva FSC<br />

Executive Director of FSC Brasil<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Formada em Engenharia <strong>Florestal</strong> pela ESALQ/USP com<br />

especialização em Sistemas de Gestão da Qualidade<br />

pela Unicamp<br />

BSc. Forest Engineering specializing in Quality Management<br />

Systems, ESALQ/USP<br />

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Existem pessoas lá na<br />

floresta, essas pessoas<br />

precisam viver, precisam ter<br />

a sua subsistência garantida,<br />

uma vida, uma qualidade<br />

de vida<br />

>> Como foi sua chegada na diretoria do FSC?<br />

Logo no início da minha carreira tive contato com a certificação<br />

e me apaixonei. Desde o primeiro contato venho atuando com<br />

certificação nas diferentes frentes. Primeiro atuando em uma<br />

organização certificada, depois passei a coordenar um programa<br />

cooperativo que atua com o tema de certificação, nessa<br />

época, no final de 2017, apareceu a oportunidade de entrar<br />

na equipe do FSC Brasil como coordenadora técnica. Fiquei de<br />

2018 ao final de 2020 com esse cargo e com a saída da diretora<br />

em exercício no final de 2020, foi feito o convite para que assumisse<br />

a diretoria executiva. Então, desde janeiro de <strong>2021</strong> estou<br />

neste cargo.<br />

>> Como define a missão do FSC no Brasil?<br />

Além das palavras oficiais, o que buscamos é o bom manejo<br />

das florestas brasileiras, sejam elas naturais ou plantadas.<br />

Levando em consideração, e tentando equilibrar as questões<br />

ambientais e sociais com o fator econômico vigente. Não temos<br />

como ter florestas sem um olhar econômico. Existe uma<br />

necessidade econômica que a floresta pode prover, através de<br />

produtos ou serviços. A floresta é muito rica nesse sentido, se<br />

soubermos manejar, ela pode nos suprir em diversos sentidos,<br />

com produtos de madeira, não madeira e serviços. Nossa missão<br />

é promover esse bom manejo e ajudar as organizações que<br />

querem esse bom manejo e praticam sejam reconhecidas. O<br />

selo FSC vem ajudar a dar visibilidade a essas boas práticas.<br />

>> Como funciona o processo de certificação de áreas para<br />

manejo?<br />

Tudo começa com a adequação da propriedade, que vem antes<br />

mesmo do FSC entrar em cena. O proprietário que tem sua unidade<br />

que realizará o manejo, deverá adequar sua propriedade<br />

e suas práticas, de acordo com o que é solicitado pelas normas<br />

de certificação de manejo. Hoje temos três normas vigentes:<br />

um para florestas nativas, outra para florestas plantadas e<br />

uma terceira dedicada a pequenos produtores, que tem áreas<br />

pequenas, ou de manejo de baixo impacto (de produtos não<br />

madeireiros). Uma vez que isso esteja feito, é preciso entrar<br />

em contato com uma certificadora demonstrando interesse na<br />

certificação. A certificadora fará visita in loco para verificar se<br />

as normas estão sendo cumpridas, então será recomendada a<br />

How did you arrive on the FSC Board of Directors?<br />

Early in my career, I had made contact with certification<br />

and fell in love with the idea. Since my first contact, I have<br />

been acting with certification on different fronts. First,<br />

working in a certified organization, afterwards I coordinated<br />

a cooperative program that acts with certification. At<br />

that time, at the end of 2017, the opportunity appeared to<br />

join the FSC Brasil team as Technical Coordinator. I held this<br />

position from 2018 to the end of 2020 and, with the departure<br />

of the acting Executive Director at the end of 2020,<br />

was invited to join the Management Board as Executive<br />

Director. So, since January <strong>2021</strong>, I have held this position<br />

How do you define the FSC’s mission?<br />

In addition to the official statements, we aim for the appropriate<br />

management of Brazilian forests, whether natural<br />

or planted, considering and trying to balance the environmental<br />

and social issues with the current economic factor.<br />

We can’t have forests without an eye on the economic<br />

scenario. There is an economic need that the forest can<br />

provide, either through products or services. The forest is<br />

rich in this sense. If we know how to manage it properly,<br />

it can supply us in various ways with wood products, nonwood<br />

products, and services. Our mission is to promote<br />

this appropriate management and help organizations that<br />

want to carry out this type of management and practices<br />

and be recognized. The FSC seal helps to provide visibility<br />

to these good practices.<br />

How does the certification process for management<br />

work?<br />

It all starts with the property’s suitability, which comes<br />

before the FSC even comes on the scene. The land owner,<br />

who has a unit that will carry out the management, must<br />

adapt his property and his practices according to what<br />

is requested by the management certification standards.<br />

Today, we have three current standards: one for native forests,<br />

one for planted forests, and a third dedicated to small<br />

producers with small areas or low-impact management<br />

(non-timber products). Once this is done, you need to contact<br />

a certifier showing interest in certification. The certifier<br />

will make an on-site visit to verify that the standards are<br />

being met so that certification will be recommended. The<br />

certificate is valid for five years. After that, the auditors<br />

typically visit the production units annually to verify that<br />

good practices remain being used orif they have been<br />

abandoned after certification.<br />

The FSC strategic plan available on its site is for 2015-<br />

2020. Is the strategic plan for the next five years available?<br />

Initially, we had thought about updating our plan last year<br />

but decided to wait for the definition of the FSC International<br />

plan, which came into force in 2020, to define our<br />

new guidelines. So, at this moment, we are finalizing our<br />

plan for the next five years. Even if FSC Brasil is constituted<br />

independently of the International, we prefer to have this<br />

alignment as a source of information and reference.<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

33


ENTREVISTA<br />

certificação. O certificado tem validade de 5 anos e anualmente<br />

as unidades de produção são visitadas normalmente pelos auditores,<br />

para verificar se as boas práticas permanecem após as<br />

avaliações ou se foram abandonadas após a certificação.<br />

>> O plano estratégico do FSC disponível no site era de 2015-<br />

2020. Já está disponível o plano estratégico referente aos 5<br />

anos seguintes?<br />

Tínhamos inicialmente pensado em atualizar o nosso planejamento<br />

no ano passado, mas decidimos esperar a definição do<br />

planejamento do FSC internacional, que entrou em vigor em<br />

2020, para definir as novas diretrizes. Então, estamos nesse<br />

momento finalizando o nosso planejamento para os próximos<br />

5 anos. Mesmo que o FSC Brasil seja constituído de forma independente<br />

do internacional, preferimos ter esse alinhamento<br />

com o internacional, como fonte de informação e referencial.<br />

>> Como é estruturado o sistema de governança do FSC?<br />

A governança do FSC é muito rica e interessante. O FSC é uma<br />

associação e pessoas físicas ou jurídicas podem se associar<br />

ao FSC. Uma vez que se torna membro esse novo filiado será<br />

alocado, de acordo com seus interesses ou área de atuação,<br />

dentro de uma das três câmaras do FSC: ambiental, social e<br />

econômica. Todos os processos e grupos de trabalho precisam<br />

ter membros nas três câmaras e as decisões dentro destes grupos<br />

são tomadas com base em consenso, então as três câmaras<br />

precisam discutir e chegar a um consenso para que alguma<br />

decisão seja tomada. A instância máxima de decisão dentro do<br />

FSC é a assembleia geral de membros, e as decisões tomadas<br />

nas assembleias precisam ser aprovadas por câmara. Isso permite<br />

que mesmo que exista um desequilíbrio no total de membros,<br />

as decisões não sejam influenciadas por esse fator. É um<br />

processo e um exercício constante de exercício da democracia e<br />

exercício do diálogo.<br />

>> Quais as principais dificuldades para a atuação do FSC no<br />

Brasil?<br />

Um dos elementos que podemos trazer como dificuldade é a<br />

maturidade do consumidor brasileiro. O consumidor brasileiro<br />

ainda não tem como critério de escolha, em suas decisões de<br />

compra, as questões socioambientais. Os principais critérios<br />

ainda utilizados são preço e qualidade. Mesmo que um produto<br />

tenha um diferencial socioambiental, como a certificação vai<br />

demonstrar, isso não é utilizado como critério de escolha. O<br />

público mais jovem é mais consciente, busca saber mais sobre<br />

o produto que está comprando, mas é minoria. Outra questão<br />

importante é a baixa implementação das legislações no Brasil.<br />

A certificação do FSC se constrói a partir da legalidade, então<br />

são requisitos adicionais a uma legislação já estabelecida. Muitos<br />

desafios que estes produtores acabam tendo para ter a certificação<br />

é que eles não tinham a camada base de legalidade.<br />

Então a diferença acaba sendo muito grande para sair do lugar<br />

que ele está para chegar à certificação. E isso está completamente<br />

relacionado ao primeiro ponto. O produtor se coloca<br />

em uma situação em que se questiona se vale o investimento,<br />

How is the FSC governance system structured?<br />

FSC governance is vibrant and exciting. FSC is an association<br />

in which individuals or legal entities can join. Once<br />

they become members, these new members will be allocated<br />

within one of the three FSC chambers: environmental,<br />

social, and economic, according to their interests or area<br />

of activity. All processes and working groups need to have<br />

members in the three chambers, and decisions within<br />

these groups are made based on consensus, so the three<br />

chambers need to discuss and reach a consensus for any<br />

decision to be made. The highest decision-making body<br />

within the FSC is the general meeting of members, and<br />

decisions taken in the assemblies need to be approved by a<br />

chamber. Even if there is an imbalance in the total number<br />

of members, this allows decisions not to be influenced by<br />

this factor. It is a process and a constant exercise of democracy<br />

and dialogue.<br />

What are the main difficulties faced by the FSC in its<br />

operations in Brazil?<br />

One of the main elements, that we can say is a difficulty, is<br />

the maturity of the Brazilian consumer. The Brazilian consumer<br />

does not yet use the socio-environmental issue as<br />

a criterion in making their purchasing decisions. The main<br />

criteria still used are price and quality. Even if a product<br />

has a socio-environmental difference, such as certification<br />

demonstrates, it is not used as a choice criterion. The<br />

younger audience has become more aware and seeks to<br />

know more about the product they are buying, but still<br />

this is in the minority. Another critical issue is the lack of<br />

implementation of legislation in Brazil. FSC certification<br />

is built on legality, so they are additional requirements<br />

to what already is established in legislation. This creates<br />

challenges such that many producers end up not obtaining<br />

certification because they don’t meet the base layer<br />

of legality, as the difficulties turn out to be too great to<br />

overcome to meet certification requirements. And that’s<br />

entirely related to the first point. The producer puts himself<br />

in a situation where he questions whether the investment<br />

is worth it since it is not a factor of influence at the time of<br />

purchase. We see that one thing affects the other. Having<br />

a favorable environment for both demand and implementation<br />

of legislation makes these additional and voluntary<br />

requirements much more viable.<br />

What FSC actions are needed to increase awareness and<br />

promote responsible exploitation of forest resources?<br />

The first thing is to understand that the forest is present in<br />

the day-to-day. Many people do not know what the forest<br />

provides and how much it is inserted into their daily life.<br />

Several actions that we have taken to raise awareness are<br />

so that people understand how much every decision made<br />

daily by each of us has an impact on the forest. It’s not just<br />

saying that you are environmentally friendly, but simultaneously<br />

saying so when making a purchase option so that<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

uma vez que não é fator de influência na hora da compra. Vemos<br />

que uma coisa puxa a outra. Tendo um ambiente favorável<br />

tanto de demanda, quanto de implementação de legislação, se<br />

terá esses requisitos adicionais e voluntários muito mais palpáveis.<br />

>> Quais ações do FSC para gerar a conscientização e promover<br />

a exploração responsável dos recursos florestais?<br />

A primeira coisa é entender que floresta está presente no dia a<br />

dia. Muita gente não sabe tudo que a floresta provê e o quanto<br />

isso está inserido no seu dia a dia. Várias ações que temos feito<br />

de conscientizar as pessoas são no sentido delas entenderem<br />

o quanto que todas as decisões, todos os dias cada um de<br />

nós tem um impacto na floresta. Não é só falar que é a favor<br />

do meio ambiente, mas na hora que vou tomar uma opção<br />

de compra, escolho sem ter a mínima ideia sobre a origem<br />

e quais os impactos que esse produto gera em sua extração,<br />

estou automaticamente incentivando as práticas ruins. Temos<br />

consciência de que hoje o consumidor brasileiro ainda não está<br />

tão engajado e não tem questões socioambientais como uma<br />

bandeira. Somente com esse tipo de ação, podemos fazer essa<br />

roda girar em um sentido positivo.<br />

>> Como o FSC se relaciona com entidades, como ONGs que<br />

visam proteger a floresta, mas acabam impedindo o desenvolvimento<br />

das comunidades que dependem da exploração<br />

responsável?<br />

Esse é um desafio. Inclusive dentro do FSC a nível internacional<br />

esse debate é um debate muito quente. De fato, tem muita<br />

gente que acredita que não se pode explorar e devemos deixar<br />

intacto e o que está ali não pode ser manejado. Para o FSC a<br />

missão é o manejo. Aqui para o Brasil, sabemos que existem<br />

muitas pessoas que dependem da floresta, e nossas ações têm<br />

sido voltadas para demonstrar que é possível manejar e extrair<br />

produtos dessas florestas e ainda assim manter as suas qualidades<br />

e características, até por isso nas normas do FSC existem<br />

regras muito específicas determinando a necessidade de avaliar<br />

a capacidade de suporte dessa floresta. O quanto pode retirar<br />

dela de forma que ela consiga se manter. Nosso lema é: floresta<br />

para todos, para sempre; e o para sempre é um componente<br />

importante. Não podemos fechar os olhos e achar que por não<br />

ter manejo essas áreas vão ficar para sempre do jeito que sempre<br />

foram. Existem pessoas lá, essas pessoas precisam viver,<br />

elas precisam ter a sua subsistência garantida, uma vida, uma<br />

qualidade de vida. Claro, essas pessoas que estão ali também<br />

precisam de boas práticas, fazer o manejo responsável, sem<br />

prejudicar a biodiversidade local, para manter a capacidade de<br />

regeneração da floresta. Não podemos retirar essas pessoas<br />

dali. A floresta é viva e é viva em todos os sentidos. Enquanto<br />

a gente não entender que somos parte dessa floresta, estando<br />

lá dentro ou estando aqui consumindo, não vamos conseguir<br />

ter essas florestas resilientes a longo prazo. É importantíssimo<br />

entender que todos somos parte da floresta de uma forma ou<br />

de outra.<br />

you do not choose without having the slightest idea about<br />

the origin, what impacts this product generates on its<br />

extraction, and are you encouraging bad practices. Today,<br />

we are aware that the Brazilian consumer is not yet so<br />

engaged and does not take socio-environmental issues into<br />

consideration. Only with this kind of action can we make<br />

this wheel spin in a positive direction.<br />

How does the FSC relate to entities such as NGOs that<br />

aim to protect forests but hinder the development of<br />

communities that depend on responsible exploitation?<br />

That’s a challenge. Even within the FSC at the international<br />

level, this debate is very hot. Many people believe<br />

you shouldn’t exploit the forest but leave it intact and not<br />

be managed. For the FSC, the mission is implementing<br />

management. Here in Brazil, we know that many people<br />

depend on the forest. Therefore, our actions have been<br />

aimed at demonstrating that it is possible to manage and<br />

extract products from these forests and still maintain the<br />

forests qualities and characteristics.<br />

In the FSC standards, there are particular rules determining<br />

the need to evaluate the support capacity of these<br />

forests. How much you can take from them so that they<br />

can sustain themselves. Our motto is “the forest for all,<br />

forever”, and “forever” is a critical component of this. We<br />

can’t close our eyes and think that these areas will stay<br />

forever the way they always have been because they don’t<br />

have management. People live there, and these people<br />

need a livelihood. They need to have it guaranteed to provide<br />

a quality of life. Of course, these people also need to<br />

use good practices to carry out responsible management<br />

without harming local biodiversity and maintaining the<br />

regeneration capacity of the forest. We can’t remove these<br />

people. The forest is alive and alive in every way. As long as<br />

we don’t understand that we are part of this forest, being<br />

in there or consuming there, we won’t have long-term<br />

resilient forests. It is imperative to understand that we are<br />

all part of the forest in one way or another.<br />

“The forest for all, forever” is the current FSC slogan.<br />

What are the main actions related to it?<br />

For all is precisely to provide the human and equality component;<br />

it is not only for those large companies or for the<br />

consumer market. It is for everyone. For the neighbors of<br />

these forests, for these traditional populations, then the all<br />

comes with this human component, but also the environmental<br />

component, because within these forests, animals,<br />

other plants, and we know that these ecosystems are very<br />

complex and we have no way to separate one element<br />

from another. Everyone has a role to play within a forest.<br />

Forever is precisely the issue of sustainability. So that we<br />

can have resilient forests, there needs to be a management<br />

plan that provides continuity. When we talk about a<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


A Planflora Mudas Florestais está<br />

permanentemente empenhada em<br />

buscar inovações tecnológicas<br />

e desenvolver mudas com<br />

desempenho genético diferenciado<br />

para cada finalidade de uso do<br />

florestamento.<br />

+tecnologia<br />

+genética<br />

+ciência<br />

NA PRODUÇÃO DE MUDAS<br />

planflora.com.br<br />

(49) 3442-5433<br />

(49) 9 9995-2069<br />

atendimento@planflora.com.br<br />

/planflora


ENTREVISTA<br />

>> Floresta para todos, para sempre é o slogan atual do FSC.<br />

Quais as principais ações relacionadas a ele?<br />

O Para todos é justamente trazer o componente humano e de<br />

igualdade, não é só para quem tem grandes empresas, ou para<br />

o mercado consumidor, é para todos mesmo. Para os vizinhos<br />

dessas florestas, para essas populações tradicionais, então o<br />

todos vem com esse componente humano, mas também o<br />

componente ambiental, pois dentro dessas florestas, existem<br />

animais, outras plantas e sabemos que esses ecossistemas são<br />

muito complexos e não temos como separar um elemento do<br />

outro. Todos têm um papel a exercer dentro de uma floresta. O<br />

para sempre é justamente a questão da sustentabilidade. Para<br />

que possamos ter florestas resilientes e um manejo que proporcione<br />

a continuidade quando falamos de floresta em pé, floresta<br />

viva, não quer dizer que não vamos ter a exploração dessa<br />

floresta, mas que ela tenha essa capacidade de se regenerar e<br />

de se perpetuar mantendo os seus benefícios, sejam produtos<br />

ou serviços, para todos aqueles que estão envolvidos.<br />

>> Em 2022 o FSC Brasil completará 20 anos de atuação. Como<br />

avalia a presença e atividades da entidade nesses anos no<br />

país?<br />

É um grande processo de aprendizado e de muita construção.<br />

Tivemos um boom inicial de organizações se certificando e<br />

uma expectativa muito grande do que seria o retorno dessa<br />

certificação. Algumas se consolidaram e outras não. No setor<br />

de plantações por exemplo, praticamente todas as grandes<br />

empresas que trabalham com papel e celulose ou chapas tem<br />

a nossa certificação. Inclusive, isso se consolidou no mercado,<br />

influenciando nas vendas desses produtos. Hoje temos praticamente<br />

50% das florestas plantadas certificadas, que representam<br />

quase todas as grandes produções e o restante são de produtores<br />

que não tem tanto vínculo, como aqueles que fazem<br />

ciclos de plantio de outras culturas. Para outros setores acabou<br />

não deslanchando. No setor de florestas naturais, chegamos a<br />

ter 4 milhões de ha (hectares) certificados, hoje temos menos<br />

de 2 milhões. Temos picos e momentos de baixa. Fazendo um<br />

balanço, estamos em um momento muito mais pé no chão em<br />

relação ao que queremos fazer e o que podemos fazer dentro<br />

do nosso plano estratégico.<br />

>> Quais seus planos a frente do FSC?<br />

Temos trabalhado bastante nas questões internas de gestão, de<br />

crescimento pessoal e desenvolvimento profissional da equipe,<br />

a organização da instituição, com melhorias de processos e<br />

procedimentos. Deixar a casa bem arrumadinha, ser uma ONG<br />

muito bem estruturada. Temos também como um dos objetivos<br />

trazer gente nova, trazer uma empolgação nova e novas visões.<br />

O meu grande desejo é ver o FSC cada vez mais fortalecido no<br />

país. Espero que o meu legado dentro desse cargo e nesse período<br />

seja o fortalecimento a certificação, por que acredito de<br />

fato na nossa missão. Acredito de fato que a gente precisa de<br />

ferramentas como o FSC para ajudar a manter essas florestas<br />

para todos e para sempre.<br />

standing forest, a living forest, it does not mean that we<br />

will have no exploitation of this forest, but rather that we<br />

have the capacity to regenerate and perpetuate it while<br />

maintaining its benefits, whether products or services, for<br />

all those who are involved.<br />

In 2022, FSC Brazil will complete 20 years of operation.<br />

How do you see the presence and activities of the entity<br />

in these 19 years in the Country?<br />

It has been a process of learning and much construction.<br />

We had very high expectations and an initial boom of<br />

organizations becoming certified, with the expectation of<br />

a large return from certification. Some have consolidated,<br />

and some have not. For example, in the Planted Forest<br />

Sector, virtually all large companies that work with pulp<br />

and paper or wood sheet boards are certified. This has also<br />

been consolidated in the market, influencing the sale of<br />

these products. Today, we have almost 50% of the planted<br />

forests certified, representing almost all the large producers.<br />

The rest are producers who have no such bond, such as<br />

those carrying out the activity as part of the planting cycles<br />

with other crops. For these other sectors, certification has<br />

not taken off. For the Native Forest Sector, at one time,<br />

we had 4 million hectares certified, but today, we have<br />

less than 2 million. We have peaks and troughs. Taking<br />

stock, we are at a much more down-to-earth moment<br />

about what we want to do, and what we can do within our<br />

strategic plan.<br />

What are the plans for the future for FSC?<br />

We have worked through the internal issues of management,<br />

personal growth, and professional development of<br />

our team and the institution’s organization with improvements<br />

of processes and procedures, leading to a neater<br />

house and a very well-structured NGO. We also have made<br />

one of our objectives bringing in new people, providing<br />

a new excitement and new visions. My great desire is to<br />

see the FSC becoming increasingly strengthened within<br />

the Country. I hope that my legacy within this position,<br />

and in this period, is strengthening certification, because I<br />

genuinely believe in our mission. We need tools like the FSC<br />

to help maintain our forests for all and forever.<br />

É importantíssimo<br />

entender que todos<br />

somos parte da floresta<br />

de uma forma ou de outra<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

O Uso de EPI no<br />

manejo florestal<br />

com motosserra<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />

Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Além de fundamental para a segurança do trabalho, o uso de EPIs é<br />

obrigatório e de responsabilidade de empregadores e empregados<br />

E<br />

m atividades florestais, o uso dos EPIs adequados,<br />

além de fundamental para um trabalho seguro, é<br />

obrigatório pela legislação trabalhista. A função dos<br />

equipamentos de proteção individual nessa atividade<br />

não é evitar um possível acidente, mas sim atuar<br />

como a última barreira de proteção disponível ao trabalhador<br />

para minimizar uma lesão no caso de um acidente ou incidente.<br />

A obrigatoriedade do uso dos equipamentos de proteção<br />

individual - EPIs está descrita na Norma Regulamentadora nº 06<br />

– Equipamentos de Proteção individual. No Anexo I dessa mesma<br />

norma estão listados os tipos de EPIs a serem utilizados.<br />

Esta lista é baseada nos riscos que o profissional está exposto<br />

ao operar uma motosserra na supressão ou poda de uma árvore,<br />

corte de lenha, desdobramento de madeira, atividades silviculturais,<br />

colheita florestal ou no manejo florestal, como por exemplo:<br />

ferimentos ocasionados pelo contato com o conjunto de corte da<br />

máquina em movimento, queda de galhos, serragem e partículas<br />

volantes, contato com animais peçonhentos, entre outros.<br />

A tabela abaixo evidencia as partes do corpo humano mais<br />

atingidas pela própria motosserra ou por objetos lançados ao<br />

corpo durante a operação da máquina. Esses dados foram obtidos<br />

de pesquisas desenvolvidas por Sant’Anna & Malinovski<br />

(2002) Fenner (1991), Haselgruber & Grieffenhagen (1989);<br />

Forstwirtschaftliche Zentralstelleder Schweiz e Stephani (1987),<br />

Heck Junior (2014) e INSS (2002).<br />

Partes do corpo atingidas em função da atividade com motosserra<br />

Cabeça<br />

17%<br />

Mão e Braço<br />

26%<br />

Para a proteção da cabeça é indispensável fazer o uso de um<br />

capacete de aba frontal, com uma jugular e carneira bem ajustada<br />

ao corpo do operador. Esse capacete atua na proteção contra<br />

impacto de objetos sobre a cabeça. Quem trabalha próximo a<br />

redes de energia elétrica, deve fazer uso de um capacete contra<br />

choques elétricos. Utilizar ainda um óculos para proteção da<br />

visão e um protetor facial para minimizar o impacto de partículas<br />

volantes no rosto. Para a redução do ruído, utilizar um protetor<br />

auricular tipo concha.<br />

Para as mãos, fazer uso de luvas de proteção contra agentes<br />

abrasivos, perfurantes e escoriantes. No braço e no tronco é importante<br />

fazer uso de uma camisa anticorte que tem por objetivo<br />

impedir que a corrente da motosserra em movimento toque o<br />

corpo do operador. Essas regiões estão muito propensas a serem<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Tronco<br />

13%<br />

Perna<br />

30%<br />

Pé<br />

14%<br />

atingidas em função do rebote. Nas pernas é fundamental fazer<br />

uso da calça anticorte para impedir que em um contato acidental,<br />

a corrente da máquina em movimento atinja as pernas do<br />

operador. As roupas de proteção anticorte possuem uma tecnologia<br />

que quando em contato com a corrente da motosserra em<br />

movimento travam instantaneamente o conjunto de corte da<br />

máquina.<br />

Como complemento a calça é indicado também fazer o uso<br />

de perneiras (caneleira) que atenuam o impacto contra um<br />

objeto abrasivo ou escoriante, e atuam ainda contra picada de<br />

animais peçonhentos, principalmente cobras.<br />

Para a proteção dos pés é importante o uso de um coturno<br />

florestal com biqueira de aço ou composite podendo ainda estar<br />

presente a proteção do metatarso. Seu solado também deve ser<br />

antiderrapante e antiperfurante.<br />

Dependendo da região geográfica de atuação do profissional,<br />

se faz ainda necessário o uso de capuz ou balaclava com o objetivo<br />

de proteger o pescoço e nuca das altas temperaturas e raios<br />

solares, evitando possíveis queimaduras.<br />

O trabalhador florestal deve estar munido de todos os EPIs<br />

indicados na NR 06. É dever do empregador disponibilizar e<br />

orientar quanto ao uso correto de cada um deles. Já o uso dos<br />

equipamentos de proteção individual durante a atividade florestal<br />

é de responsabilidade do próprio trabalhador.<br />

E para finalizar vou deixar uma dica que aprendi acompanhando<br />

equipes de manejo de vegetação em diferentes regiões<br />

do Brasil: procure usar e/ou oferecer aos seus colaboradores EPIs<br />

que sejam confortáveis. O conforto é fundamental para que o<br />

trabalhador use o EPI corretamente e sinta-se seguro com ele.<br />

Um EPI que cause algum tipo de desconforto, desvia a atenção e<br />

o foco do operador da motosserra, podendo prejudicar o sucesso<br />

do trabalho.<br />

Registro de um treinamento, em que o Gabriel analisa uma<br />

supressão realizada por um dos alunos


Eucalipto com tratamento especial para<br />

estacas, esticadores e palanques.<br />

17 anos de garantia contra cupins, insetos e<br />

ações do tempo.<br />

Eucalipto imunizado, a solução com estilo para<br />

construção civil e móveis.<br />

CONTRATAMOS EMPREITEIROS<br />

PARA CORTE E MANEJO DE<br />

FLORESTAS DE EUCALIPTO<br />

CONTRATAMOS CAMINHÕES<br />

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Venha fazer parte da empresa<br />

de eucalipto tratado que mais cresce no Brasil!


PRINCIPAL<br />

PERFORMANCE E<br />

DURABILIDADE<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Cabeçote florestal com alta potência,<br />

velocidade e eficiência é a solução ideal para<br />

atingir o melhor desempenho no corte<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

Performance<br />

and durability<br />

A forest head with high power,<br />

speed, and efficiency is the ideal<br />

solution to achieve the best<br />

performance in felling<br />

M<br />

aquinário parado é sinônimo de redução na<br />

produtividade. Por isso, é sempre importante<br />

escolher equipamentos de qualidade e fornecedores<br />

que tragam junto ao atendimento a<br />

disponibilidade para que qualquer situação seja<br />

solucionada de maneira rápida e eficaz. Sobre esses dois pilares,<br />

qualidade e atendimento, a Log Max oferece aos seus clientes<br />

o cabeçote 7000C, ideal para executar o trabalho em qualquer<br />

situação e uma equipe preparada para atender seus clientes a<br />

todo momento.<br />

A Log Max é referência mundial em cabeçotes florestais e sua<br />

história nesse meio vem sendo construída há mais de 40 anos.<br />

Sua sede fica na cidade de Grangärde, na Suécia, localizada no<br />

coração do distrito florestal da nação escandinava e onde são<br />

desenvolvidos os produtos, presentes em mais de 30 países ao<br />

redor do mundo.<br />

M<br />

achinery standing still is synonymous with<br />

reduced productivity. Therefore, it is always<br />

essential to choose quality products and suppliers<br />

that provide availability with service<br />

so that any situation is solved quickly and<br />

effectively. On these two pillars: quality and service, Log Max<br />

offers its customers the 7000C head and a team prepared to<br />

provide services whenever needed, ideal for performing the<br />

work in any situation.<br />

Log Max is a world reference in forest harvest heads, and<br />

its history in this environment has been built on more than 40<br />

years of experience. Its head office is in Grangärde, Sweden,<br />

located in the heart of the Scandinavian nation’s forest district<br />

and where the products are developed and present in more<br />

than 30 countries around the world.<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

43


PRINCIPAL<br />

Atualmente a empresa trabalha sob o slogan: Ferramentas<br />

inteligentes em ambientes difíceis; e Rodrigo Contesini, gestor<br />

da Log Max, destaca que, esse conceito reflete diretamente os<br />

produtos oferecidos ao mercado. “A Log Max, baseada em sua<br />

experiência e foco em inovação, desenvolve e traz para o mercado<br />

cabeçotes que unem o melhor em tecnologia com facilidade de<br />

uso em qualquer situação”, ressalta Rodrigo.<br />

Além disso, o gestor valoriza a polivalência da linha de cabeçotes,<br />

que podem ser acoplados a várias marcas e modelos<br />

diferentes de máquina-base. “Os cabeçotes Log Max, como o<br />

7000C, são versáteis e dão aos clientes a possibilidade de montar<br />

a combinação de preferência, garantindo uma experiência mais<br />

adequada possível durante o trabalho”, explica Rodrigo.<br />

7000C<br />

O modelo 7000C é atualmente um dos mais populares da Log<br />

Max no Brasil, pois entrega a combinação perfeita entre potência,<br />

robustez e alto desempenho no trabalho até mesmo com as<br />

árvores mais ramificadas. Pesando 1.729 kg (quilos), ele é capaz<br />

de cortar troncos com até 80 cm (centímetros) de diâmetro e<br />

seus rolos de alimentação podem variar entre 1,3 cm e 71,3 cm.<br />

Ele tem as características ideais para realizar o trabalho com alto<br />

rendimento.<br />

Helber Ferreira, especialista de campo da Log Max e responsável<br />

pela manutenção dos cabeçotes, enfatiza outro atributo<br />

do 7000C, que ajudou o equipamento a ganhar os holofotes. “O<br />

redutor do rolo de tração, que pode ser escolhido na hora da<br />

compra, faz com que o cabeçote tenha mais força, o que facilita<br />

o trabalho com árvores mais pesadas”, frisa Helber.<br />

Currently, the Company works under the slogan “Smart<br />

tools in difficult environments,” and Rodrigo Contesini, Manager<br />

for Log Max, points out that this concept directly reflects<br />

the products offered to the market. “Log Max, based on its<br />

experience and focus on innovation, develops and brings to<br />

the market heads that unite the best in technology with ease<br />

of use in any situation,” points out the Manager.<br />

In addition, the Manager values the polyvalence of the<br />

heads, which can be coupled to several different base machine<br />

brands and models. “Log Max heads, like the 7000C, are<br />

competitive and provide customers the ability to assemble the<br />

combinations of their choice, ensuring a better work experience,”<br />

explains the Manager.<br />

7000C<br />

The 7000C model is currently one of Log Max’s most popular<br />

in Brazil, as it delivers the perfect combination of power,<br />

robustness, and high work performance even with heavily<br />

branched trees. The model weighs 1,729 kg, can cut trunks up<br />

to 80 cm in diameter, and the feed rollers can range between<br />

1.3 cm and 71.3 cm. Thus, it has the ideal characteristics to<br />

perform high-performance work.<br />

Helber Ferreira, Technical Field Specialist Supervisor for Log<br />

Max, is responsible for maintaining the heads and emphasizes<br />

another optional attribute of the 7000C that helped the product<br />

gain the spotlight. “The traction roller reducer, which can be<br />

chosen at the time of purchase, can provide the head with<br />

more power, which facilitates work with heavier trees,” says<br />

the Technical Supervisor.<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


The 7000C also has one more distinction that makes a<br />

big difference during harvest: the Heavy Duty (HD) kit. This<br />

kit is used to increase durability and give more stability to the<br />

product while working. “The HD kit includes reinforcements<br />

made in the structure of the head, which make it last longer<br />

and better support impacts or other situations that can happen<br />

at work,” continues Supervisor Ferreira.<br />

The operation of the 7000C is based on a system of parameters<br />

defined before felling, where the purpose of the log is<br />

defined according to its circumference. Once the felling parameter<br />

is selected, the operator has all the real-time information<br />

on a monitor that indicates the purpose of each part of the log.<br />

Cleison Pires, Forest Harvester Operator at Kim Logistíca,<br />

stresses the ease of use of the Log Max 7000C. “It is a fast head,<br />

simple to control pine, and it is effortless to record the usage<br />

commands compared with other heads that I have worked<br />

with,” says the Harvester Operator.<br />

EXPERIENCE THAT MAKES THE DIFFERENCE<br />

With more than a series of qualities and highlights, the<br />

7000C provides relevant results that have won over professionals<br />

in the forest harvest area. This is the case for Cassiano<br />

Danielesqui, Owner of Kim Logística, who has been working<br />

with Log Max since 2012. So when his company needed to<br />

expand its business, he didn’t think twice about opting for a<br />

Log Max head. “We worked four to five years with a Log Max<br />

O 7000C ainda conta com outro diferencial de fábrica, importante<br />

durante a colheita: o kit HD (Heavy Duty). Esse kit serve<br />

para aumentar a durabilidade e dar mais estabilidade durante a<br />

execução. “O HD são reforços feitos na estrutura do cabeçote, que<br />

fazem com que ele dure mais e suporte melhor impactos ou outras<br />

situações que podem acontecer no trabalho”, enaltece Helber.<br />

O funcionamento do 7000C é baseado em um sistema de<br />

parâmetros definidos antes do corte, que definem a finalidade<br />

da tora de acordo com a circunferência. Uma vez selecionado o<br />

parâmetro de corte, o operador terá todas as informações em<br />

tempo real em um monitor que serve para indicar a finalidade<br />

de cada parte da tora.<br />

Cleison Pires, operador de harvester florestal da Kim Logistíca,<br />

frisa a facilidade de uso do Log Max 7000C. “É um cabeçote<br />

rápido, simples para controlar os pinus e é muito fácil gravar os<br />

comandos de uso em relação a outros cabeçotes que já trabalhei”,<br />

evidencia Cleison.<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

45


PRINCIPAL<br />

EXPERIÊNCIA QUE FAZ A DIFERENÇA<br />

Mais do que uma série de qualidades, o 7000C traz resultados<br />

práticos e relevantes, que conquistam rapidamente os profissionais<br />

da colheita florestal. É o caso de Cassiano Danielesqui,<br />

proprietário da Kim Logística, que trabalha com a Log Max desde<br />

2012. Quando a empresa precisou aumentar os negócios, não<br />

pensou duas vezes em optar por um cabeçote Log Max. “Trabalhamos<br />

de 4 a 5 anos com um modelo Log Max 6000. Então<br />

resolvemos ampliar a produção e trocar pelo modelo 7000C,<br />

pois a experiência que tínhamos com o cabeçote anterior já<br />

era ótima. Estamos mais que satisfeitos com a nova aquisição”,<br />

aponta Cassiano.<br />

Gustavo Pereira, sócio proprietário da Caraúno Madeiras,<br />

relata que o primeiro contato que teve com a empresa sueca<br />

foi através da Kim Logística. O teste de campo chamou tanta<br />

atenção que logo optaram pela compra. “Atualmente contamos<br />

com equipamentos da Log Max e podemos atestar a qualidade.<br />

Já operamos com outras marcas e hoje direcionamos para a Log<br />

Max as nossas escolhas”, enfatiza Gustavo sobre a melhor opção.<br />

As boas experiências da Kim Logística e Caraúno Madeiras com<br />

a Log Max impactaram diretamente na escolha dos equipamentos<br />

escolhidos para a nova empreitada que Gustavo e Cassiano iniciaram<br />

em 2019, quando fundaram a Aliança, empresa de gestão<br />

florestal que une a expertise de colheita e transporte da Kim,<br />

com o conhecimento de produção madeireira da Caraúno. Hoje<br />

a Aliança realiza a colheita de 30 mil t (toneladas) de madeira por<br />

mês e busca dobrar a operação até o final de 2022.<br />

6000 model; then, we decided to expand production and exchange<br />

it for the 7000C. The experience we had with it delivered<br />

everything we needed,” points out the Kim Logistica Owner.<br />

Gustavo Pereira, an Owner Partner of Caraúno Madeiras,<br />

reports that his first contact with the Swedish company was<br />

through Kim Logística. The field test drew so much attention<br />

that his company soon opted for the purchase. “Today, we<br />

have Log Max equipment, and we can attest to its quality<br />

because we have already operated with other brands, and<br />

today, we make the brand our choice,” emphasizes the Caraúno<br />

Madeiras Owner.<br />

The experiences Kim Logística and Caraúno Madeiras had<br />

with Log Max directly impacted the equipment chosen for the<br />

new project that Pereira and Danielesqui started in 2019 when<br />

they founded Aliança. The forest management company unites<br />

Kim’s harvesting and transportation expertise with Caraúno’s<br />

forestry knowledge. Today, Alliance harvests 30 thousand tons<br />

of wood per month and seeks to double the operation by the<br />

end of 2022.<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br<br />

AFTER-SALES SERVICE<br />

For Log Max, more than delivering a quality product, it<br />

is vital to ensure that the customer has the best experience<br />

with the equipment throughout their processes. Evanderson<br />

Marques, a Sales Representative for Log Max, notes that the<br />

Company offers training for operators in addition to maintenance.<br />

“When you buy a head, we offer training to teach the<br />

operator how to get the best out of the machine,” says the<br />

Sales Representative.


The after-sales factor was also what conquered the Kim<br />

Logistica Owner Danielesqui and Caraúno Madeiras Owner<br />

Pereira. For the Caraúno Madeiras Owner, one must look far<br />

beyond the brand when a machine is purchased. Aggregated<br />

assistance and after-sales values are as important as the purchase<br />

itself. “I always joke with machine sales representatives<br />

that what sells the machine to you is the after-sales, because if<br />

the after-sales works well, the representative makes the next<br />

order,” comments the Caraúno Madeiras Owner.<br />

The Kim Logistica Owner Danielesqui also points out that<br />

it has always been excellent concerning technical service. “Log<br />

Max has never had a problem with spare parts and maintenance.<br />

We have always been very well served, and the head<br />

produces what we were looking for: cost-benefit to deliver<br />

what we were promised,” concludes The Kim Logistica Owner.<br />

For the Caraúno Madeiras Owner Pereira, availability is a<br />

significant differential found in Log Max because this availability<br />

generates results in the day-to-day operation. “Whenever<br />

we need help, they always meet our needs,” reinforces the<br />

Caraúno Madeiras Owner. For him, it is indispensable that<br />

forest harvest operations keep functioning. “As a result, this<br />

puts us in front of our customers because the forest operation<br />

is in the field, and it never stops,” points out the Caraúno<br />

Madeiras Owner.<br />

PÓS VENDA<br />

Para a Log Max, mais do que entregar um produto de qualidade<br />

é importante fazer com que durante todo o processo o<br />

cliente tenha a melhor experiência com os equipamentos. Evanderson<br />

Marques, vendedor da Log Max, destaca que além da<br />

manutenção, a companhia oferece treinamento constante para<br />

os operadores. “Quando se adquire um cabeçote, oferecemos o<br />

treinamento para ensinar ao operador como tirar o melhor da<br />

máquina”, constata Evanderson.<br />

O fator pós-venda também foi o que conquistou Cassiano<br />

Danielesqui e Gustavo Pereira. Para Cassiano, quando um equipamento<br />

é adquirido se olha muito além da marca. Os valores<br />

agregados de assistência e pós-venda são tão importantes como<br />

a própria compra. “Sempre brinco com os vendedores que quem<br />

vende as máquinas para eles é o pós-venda, pois se o pós-venda<br />

trabalha bem, o vendedor tira o próximo pedido”, brinca Cassiano.<br />

O proprietário da Kim Logística ainda salienta que em relação a<br />

atendimento técnico a empresa sempre foi excelente. “A Log Max<br />

nunca teve problema com peças e manutenção. Somos sempre<br />

muito bem atendidos e o cabeçote produz o que esperávamos:<br />

melhor custo benefício para entregar a produção com a qual nos<br />

comprometemos com nossos clientes”, assegura Cassiano.<br />

Para Gustavo Pereira a disponibilidade é um diferencial importante<br />

encontrado na Log Max, pois essa prontidão gera resultados<br />

consistentes no dia a dia da operação. “A gente liga a hora que<br />

for e eles atendem”, reforça Gustavo. Para ele, é indispensável<br />

manter o pleno funcionamento da colheita florestal. “Isso nos dá<br />

segurança para atender nossos clientes, pois a operação florestal<br />

no campo nunca pode parar”, salienta Gustavo.<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

47


ESPÉCIE<br />

BRACATINGA<br />

A árvore de crescimento rápido e alta<br />

versatilidade que está habituada ao<br />

tempo frio e seco<br />

Fotos: divulgação<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


N<br />

atural da região sul do país, a Bracatinga,<br />

Mimosa scabrella, é uma espécie com grande<br />

potencial comercial devido a sua versatilidade<br />

e crescimento rápido. Ideal para<br />

geração de energia, pela queima direta ou<br />

através do carvão, a Bracatinga também pode ser utilizada<br />

na indústria moveleira, na produção de utensílios domésticos,<br />

cabos de ferramentas e na construção civil.<br />

A Bracatinga pode atingir até 29m (metros) de altura<br />

e 50 cm (centímetros) de diâmetro. Além destas, entre as<br />

principais características físicas da espécie estão o cerne<br />

bege-rosado e alburno levemente mais claro que o cerne,<br />

a superfície é ligeiramente áspera ao tato e praticamente<br />

fosca, apresentando também textura grosseira. Em condições<br />

adversas ela apresenta durabilidade natural baixa,<br />

mas após tratamento de permeabilidade acontece melhora<br />

em sua preservação. Seu corte não exige nenhum tipo de<br />

ferramenta ou tratamento especial, já sua secagem deve<br />

ser feita de maneira adequada, pois a madeira extraída tem<br />

tendência a sofrer contrações e expansões neste processo.<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

49


ESPÉCIE<br />

Quando seu plantio é destinado à produção de combustível,<br />

lenha ou carvão, a árvore é cortada entre 4 e 7<br />

anos, quando já deverá ter atingido 18m de altura e 40 cm<br />

de diâmetro. Destaca-se que entre as duas variáveis mais<br />

populares da espécie, Bracatinga-branca e Bracatinga-vermelha,<br />

a primeira entrega resultados melhores quando<br />

utilizada como lenha, enquanto a segunda produz o melhor<br />

carvão. Segundo informações da EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária), a lenha da Bracatinga<br />

tem poder calorífico de 4.569 a 4.830 Kcal/kg, já o poder<br />

calorífico do carvão da Bracatinga é de 7.239 a 7.554 Kcal/<br />

kg, valores muito semelhantes ao eucalipto, espécie muito<br />

utilizada para estes fins.<br />

Para a produção de celulose ela é menos indicada. É<br />

considerada apenas uma alternativa ao eucalipto quando o<br />

cultivo deste não seja possível. O papel produzido a partir<br />

de suas fibras é ideal para a escrita e impressão, pois não<br />

oferece resistência física elevada. Tratando de madeira<br />

serrada, além dos já citados utensílios e cabos de ferramentas,<br />

podem ser feitas caixas, vigas de sustentação, compensados,<br />

laminados, aglomerados e partes não visíveis<br />

de móveis. Para todos esses destinos, a árvore tem tempo<br />

estimado de crescimento entre seis e oito anos antes da<br />

realização do corte.<br />

A Bracatinga tem destaque na alimentação animal e<br />

produção apícola. A forragem produzida com a espécie<br />

apresenta de 13% a 22% de proteína bruta e 8% de tanino,<br />

tendo como única crítica a dificuldade na capacidade de<br />

digestão de suas fibras pelos animais. Ela se torna uma boa<br />

alternativa nos períodos mais frios do ano, pois ao contrário<br />

do pasto, não seca diante de temperaturas mais baixas.<br />

Para a apicultura ela também surge como uma opção de<br />

fornecimento de néctar e pólen durante o inverno. O mel<br />

produzido a partir de suas flores tem alta concentração de<br />

glicose, 24,16%, com um potencial de produção médio de<br />

119kg/ha.<br />

Por último, mas também muito importante, a Bracatinga<br />

é uma espécie ideal para o reflorestamento e regeneração<br />

de áreas que sofreram com queimadas ou danos<br />

pesados ao solo, recobrindo rapidamente o terreno e impedindo<br />

que vegetação baixa se desenvolva. Há pelo menos<br />

30 anos a espécie é utilizada em terrenos que foram alterados<br />

profundamente, a fim de trazer os já comprovados<br />

benefícios de seu uso. Exemplos de terras recuperadas com<br />

o plantio da árvore são: solos onde foi realizada terraplanagem,<br />

onde houve exploração de xisto ou bauxita, solos erodidos<br />

e áreas as margens de hidrelétricas, onde deposita<br />

grandes quantidades de biomassa que fertiliza o solo. Ainda<br />

segundo dados da EMBRAPA, os resultados em relação a<br />

depósito de matéria orgânica, nitrogênio e potássio em terreno<br />

utilizado para mineração de xisto foram, pelo menos,<br />

duas vezes mais eficientes que o eucalipto.<br />

A Bracatinga é uma espécie<br />

ideal para o reflorestamento<br />

e regeneração de áreas que<br />

sofreram com queimadas ou<br />

danos pesados ao solo<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


LEGISLAÇÃO<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


NOVO CADASTRO PARA<br />

PLANTIO<br />

Fotos: divulgação<br />

Novo sistema irá<br />

facilitar e unificar<br />

informações sobre<br />

plantio, colheita<br />

e finalidade da<br />

madeira produzida<br />

em Minas Gerais<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

53


LEGISLAÇÃO<br />

Foi disponibilizado para utilização o primeiro módulo<br />

da plataforma MG Florestas, ferramenta do<br />

IEF (Instituto Estadual de Florestas) que terá como<br />

funcionalidade inicial a operação do Cadastro de<br />

Plantio. O módulo inaugural será utilizado para<br />

cadastramento de florestas plantadas com espécies nativas<br />

ou exóticas, para qualquer atividade de silvicultura. Até então,<br />

o cadastro de plantio era realizado via SEI (Sistema Eletrônico<br />

de Informações) do Governo de Minas.<br />

Para entender, as florestas plantadas, sejam elas de espécies<br />

nativas do Brasil ou exóticas (originárias de outros países,<br />

a exemplo do eucalipto) são em grande parte voltadas para a<br />

indústria da madeira e seus derivados, como papel e celulose,<br />

ou para a produção de carvão.<br />

A expectativa é que o próximo módulo do sistema MG<br />

Florestas, de Comunicação de Colheita, seja disponibilizado<br />

ainda em <strong>2021</strong>, e o módulo de DCF (Declaração de Colheita<br />

<strong>Florestal</strong> e Produção de Carvão), em 2022. Com a disponibilização<br />

do sistema em módulos, o MG Florestas passará por<br />

fases de transição. O Cadastro de Plantio pelo MG Florestas<br />

será definitivo e já está disponível para cadastramento, de<br />

forma opcional, desde o mês de agosto. A partir de novembro<br />

deste ano, a realização do Cadastro de Plantio no MG Florestas<br />

será obrigatória para que os processos de Comunicação de<br />

Colheita ou de DCF sejam protocolados no SEI.<br />

Vanessa Naves, diretora de Controle, Monitoramento e<br />

Geotecnologia do IEF, valoriza a importância do período de<br />

testes ao qual a plataforma está sujeita. “A obrigatoriedade<br />

de uso do MG Florestas somente a partir de novembro é para<br />

que os usuários possam conhecer e se ambientar à plataforma<br />

que estará disponível no Portal Ecossistemas - ferramenta<br />

do SISEMA (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos<br />

Hídricos) que abriga as plataformas voltadas para a gestão e<br />

regularização ambiental”, descreve Vanessa.<br />

No período entre 10 de agosto e 31 de outubro, as Comunicações<br />

de Colheita e DCF deverão ser protocoladas no SEI,<br />

informando o número do Cadastro de Plantio, também realizado<br />

no SEI, conforme informações disponíveis no site do IEF.<br />

O projeto ainda busca controlar 100% da cadeia do<br />

carvão, desde o plantio até o consumo industrial, com a tecnologia<br />

blockchain, capaz de encadear em um sistema de informação<br />

digital todas as etapas de produção do carvão para<br />

que seja assegurada a rastreabilidade do produto, da origem<br />

até o consumo final. Antônio Malard, diretor-geral do IEF, salienta<br />

que o programa tem como objetivo valorizar a madeira<br />

produzida no estado através de transparência nos processos<br />

e controle de origem. “O MG Florestas busca realizar a gestão<br />

de florestas plantadas, controlar a cadeia do carvão vegetal,<br />

dar mais elementos para proteger a vegetação nativa e ainda<br />

garantir mais confiabilidade à indústria mineira com certificações<br />

de sustentabilidade”, destaca Antônio.<br />

A iniciativa conta com um financiamento de R$ 2,4 milhões<br />

do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).<br />

Quando todas as fases do sistema MG Florestas estiverem em<br />

produção, espera-se que todo o carvão originado de florestas<br />

plantadas em território mineiro seja rastreável, o que vai aumentar<br />

os padrões de desenvolvimento sustentável praticados<br />

em Minas Gerais.<br />

CADASTRO<br />

Para acessar o MG Florestas, o cidadão deverá realizar o<br />

cadastro de pessoa física ou jurídica no Portal Ecossistemas. O<br />

cadastro valerá não somente para este módulo do MG Florestas,<br />

mas para todos os outros que ainda serão incorporados à<br />

plataforma, além dos demais serviços do SISEMA disponíveis<br />

no Portal Ecossistemas.<br />

MG FLORESTAS<br />

O MG Florestas é um projeto dividido em três fases: origem,<br />

transporte e consumo do carvão. A iniciativa é conjunta<br />

da SEMAD (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

Sustentável), do IEF, da SEPLAG (Secretaria de Estado<br />

de Planejamento e Gestão) e da PRODEMGE (Companhia<br />

de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais).<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


Vem aí!<br />

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MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

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ESPECIAL<br />

MADEIRA E<br />

DIVERSÃO<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


Série de Tv mostra<br />

a realidade, as<br />

dificuldades e as<br />

conquistas de<br />

um madeireiro<br />

canadense<br />

Fotos: divulgação<br />

T<br />

ransformar o dia a dia de uma madeireira<br />

e serralheria em um programa de TV é no<br />

mínimo uma proposta curiosa. E é partindo<br />

exatamente dessa proposta, que a série: Vida<br />

de Madeireiro (em inglês, Big Timber); produzida<br />

pelo History Channel e distribuída no Brasil pela Netflix,<br />

narra em sua primeira temporada o trabalho de Kevin<br />

Westob e sua família na ilha de Vancouver, no Canadá.<br />

Seu enredo é simples e a grande missão de Kevin é<br />

retirar o total de 800 cargas de madeira de uma área de<br />

concessão do governo canadense. Por ser uma série que<br />

mostra a realidade do trabalho realizado pelo madeireiro,<br />

ela tem como grandes vilões o tempo e o clima. Além do<br />

prazo para a retirada da madeira, o clima traiçoeiro da região<br />

se torna um grande impedimento para o trabalho. O<br />

investimento para conseguir a área foi de US$ 1,5 milhões<br />

e caso não cumpra sua missão, Kevin poderá pagar mais de<br />

US$ 1 milhão em multas.<br />

Com um objetivo simples, coletar a madeira, a série<br />

tem como seu grande destaque os personagens. Kevin<br />

Westob não é apenas o dono da serralheria, é um homem<br />

carismático, focado e determinado a realizar sua tarefa.<br />

Sua forte personalidade, liderança e até mesmo teimosia<br />

fazem dele o astro do programa e o grande centro das<br />

atenções. Outra personagem é sua espora Sarah Fleming,<br />

responsável por gerenciar a serralheria. Ela é o contraponto<br />

de Kevin, sendo mais organizada e menos impulsiva que<br />

o marido. Destaque também para o filho mais velho de Kevin<br />

e Sarah, Erik Westob, o mecânico e faz-tudo da família.<br />

Seu papel é importante, pois é ele o responsável por deixar<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

57


ESPECIAL<br />

todas as máquinas e equipamentos sempre prontos para<br />

o uso. Por último, entre os protagonistas está Coleman<br />

Willner, capataz da empresa de Kevin e responsável pela<br />

coleta da madeira na montanha. Talvez seja o personagem<br />

que mais passa por crescimento e mudanças no decorrer<br />

da temporada.<br />

Outros personagens que estão sempre ali e ganham<br />

muito espaço de tela, como Greg Kleven, operador de<br />

Rapunzel, o guindaste florestal em torre responsável por<br />

retirar a madeira da montanha e John “Firewood” Brebber,<br />

madeireiro experiente que auxilia Coleman em alguns<br />

episódios. A série passa em três locações diferentes: a<br />

montanha, a área seca e a serraria. No primeiro é coletada<br />

a madeira, no segundo ela é negociada ou preparada para<br />

transporte e no último é processada. Cada um com suas<br />

dificuldades, particularidades e desafios ao longo da série.<br />

Já no primeiro episódio Kevin demonstra seu amor<br />

pelo trabalho e pela madeira presente em sua concessão.<br />

“Cedro é muito interessante de olhar, tem personalidade,<br />

o mundo é feito disso e as pessoas adoram”, declara no<br />

primeiro dia de trabalho. Nas palavras dele, é a melhor<br />

madeira do mundo.<br />

Claro, nem tudo é simples como parece. Os percalços<br />

que surgem no decorrer da série dão a toada que o enredo<br />

precisa para te prender na frente da tela. Desde as falhas<br />

no maquinário a decisões do governo, que prejudicam o<br />

trabalho, todo episódio apresenta um novo rival para que<br />

o objetivo seja alcançado.<br />

Após a coleta da madeira, o que Kevin não utiliza em<br />

sua serraria precisa encontrar formas de se transformar<br />

em dinheiro. Uma grande quantidade de matéria-prima de<br />

alta qualidade, como cedro e cicuta, não se vende sozinha<br />

e a busca por compradores faz parte da série.<br />

Kevin faz de tudo para economizar e fazer com que sua<br />

empresa obtenha resultados positivos com baixo custo.<br />

Por isso, quase todas as suas máquinas são importantes.<br />

Kevin aproveita as oportunidades em leilões para comprar<br />

equipamentos com até 90% de desconto em relação ao<br />

valor de um produto novo. Mas não são apenas máquinas<br />

que ele compra. Ele compra tudo que pode nesses leilões,<br />

o que causa mais de uma discussão com sua esposa. Assim<br />

como no Brasil, existem legislações locais que impedem<br />

É o que fazemos, nós cuidamos<br />

e respeitamos para garantir que<br />

possamos manter essa operação<br />

funcionando para sempre<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


que todas as árvores sejam cortadas. Plantas que atinjam<br />

um certo diâmetro são protegidas legalmente e não<br />

podem ser retiradas, pois são árvores legado. Em um dos<br />

momentos mais poéticos da série, Kevin diz que é importante<br />

que elas fiquem de pé, para que as próximas gerações<br />

possam vir, ver, respeitar e valorizar esse bem natural<br />

canadense. “Tenho que cuidar dessas árvores, pois são um<br />

recurso que preciso, se não cuidar delas, elas não cuidam<br />

de mim”, filosofa Kevin.<br />

Essa visão de preservação é muito clara em todos os<br />

momentos. Já na reta final da temporada Sarah valoriza o<br />

recurso com que sua empresa trabalha e o sistema de manejo<br />

correto das árvores. “A qualidade das árvores é muito<br />

alta, esse recurso natural é capaz de se regenerar e gerar<br />

novas árvores”, afirma Sarah. Logo na sequência Kevin segue<br />

a mesma ideia e ressalta que o trabalho do madeireiro<br />

não é momentâneo, mas deve ser feito para garantir um<br />

futuro para ele e para todos. “É o que fazemos, nós cuidamos<br />

e respeitamos para garantir que possamos manter<br />

essa operação funcionando para sempre”, enaltece Kevin.<br />

A primeira temporada da série pode ser vista no Netflix<br />

em áudio original, legendada ou dublada. Vida de madeireiro<br />

já tem uma segunda temporada pronta que estreará<br />

no Canadá no dia 14 de outubro de <strong>2021</strong>, mas ainda sem<br />

previsão para estar disponível no Brasil.<br />

Disco de corte para Feller<br />

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conforme modelo ou amostra,<br />

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qualidade;<br />

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utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

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• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

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Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

Prestamos serviços de usinagem, caldeiraria e soldagem em peças e equipamentos conforme<br />

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ECONOMIA<br />

Oportunidades de<br />

CRESCIMENTO<br />

Primeiras concessões florestais da região sul<br />

receberão R$ 285 milhões em investimentos<br />

Foto: Kleyton Kamogawa / Shutterstock.com<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

s estudos preliminares para a concessão de<br />

manejo sustentável das primeiras florestas<br />

nacionais no sul do Brasil apontam para<br />

um montante de R$ 285 milhões a serem<br />

aplicados na operação florestal e realização<br />

de investimentos na cadeia da restauração, o que pode<br />

dinamizar a economia da região, gerando empregos e renda<br />

para o entorno.<br />

As FLONAS (Florestas Nacionais) de Irati (PR), Chapecó<br />

(SC) e Três Barras (SC) foram incluídas no PPI (Programa de<br />

Parcerias de Investimentos) do Governo Federal, que tem a<br />

finalidade de ampliar e fortalecer a interação com a iniciativa<br />

privada por meio de contratos de parceria e de outras<br />

medidas de desestatização, ampliando as oportunidades<br />

de investimento em diferentes setores. Esta concessão<br />

florestal faz parte de uma parceria entre o BNDES (Banco<br />

Nacional de Desenvolvimento e Social) e o MAPA (Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do<br />

SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro).<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

61


ECONOMIA<br />

Com área de 3,8 mil ha (hectares) - Irati, 1,6 mil<br />

ha - Chapecó e 4,3 mil ha - Três Barras), estas serão as<br />

primeiras concessões florestais da região sul. O modelo<br />

adotado na gestão será do manejo florestal sustentável e<br />

de silvicultura de espécies nativas (via plantio de espécies<br />

nativas), que adotará técnicas que possibilitem a extração<br />

de produtos florestais madeireiros e não madeireiros com<br />

o menor impacto ambiental possível. Adicionalmente, em<br />

áreas específicas haverá a recomposição florestal de vegetação<br />

nativa.<br />

Pedro Bruno Barros de Souza, superintendente do BN-<br />

DES explica que o BNDES traz para o projeto sua experiência<br />

técnica de estruturação de projetos para implementar<br />

concessões florestais de manejo florestal sustentável.<br />

“Com esse projeto, esperamos contribuir para dinamizar a<br />

economia da região, recompor a mata nativa e, principalmente,<br />

criar um modelo sustentável que forneça uma ferramenta<br />

para proteção da nossa biodiversidade”, destaca<br />

Pedro.<br />

Essas FLONAS da região sul para concessão florestal<br />

estão localizadas nos municípios de Chapecó, Guatambu<br />

e Três Barras, em Santa Catarina, e Fernandes Pinheiro,<br />

Irati, Imbituva e Teixeira Soares, no Paraná. A proposta é<br />

o desenvolvimento de um novo modelo de concessão florestal<br />

que permita o uso comercial de florestas plantadas<br />

Com esse projeto, esperamos<br />

contribuir para dinamizar<br />

a economia da região,<br />

recompor a mata nativa e,<br />

principalmente, criar um<br />

modelo sustentável que<br />

forneça uma ferramenta<br />

para proteção da nossa<br />

biodiversidade<br />

Pedro Bruno Barros de Souza<br />

e a recuperação das mesmas através de silvicultura de espécies<br />

nativas ou recomposição florestal com a vegetação<br />

nativa original da Mata Atlântica. As diretrizes técnicas das<br />

concessões das FLONAS do sul serão de substituição de<br />

porções de plantios atualmente com espécies exóticas por<br />

espécies nativas.<br />

Paulo Henrique Marostegan e Carneiro, diretor de<br />

Concessão <strong>Florestal</strong> e Monitoramento do SFB salienta a<br />

importância dessas atividades para a região. “As concessões<br />

nas florestas nacionais da região sul manterão áreas<br />

com florestas nativas representativas de biomas e buscarão<br />

contribuir com a conservação destas espécies por meio<br />

da implantação de projetos de restauração florestal e de<br />

silvicultura de espécies nativas, propiciando a geração de<br />

informações e conhecimento sobre o uso sustentável dos<br />

recursos florestais com potencial de mercado”, ressalta<br />

Paulo.<br />

Além dos benefícios ambientais, as concessões florestais,<br />

na escala municipal e nas comunidades vizinhas às<br />

áreas, têm o potencial de contribuir com a melhoria das<br />

condições socioeconômicas por meio da geração de empregos<br />

formais (diretos, indiretos e de efeito-renda), investimentos<br />

em serviços e infraestrutura, repasses financeiros<br />

através do pagamento pelos produtos explorados, além da<br />

arrecadação de tributos e movimentação da cadeia produtiva,<br />

de produtos madeireiros e não madeireiros.<br />

As concessões florestais garantem a participação social<br />

por meio de uma gama de instrumentos. Entre eles<br />

destacam-se a realização de audiências públicas para apre-<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


Foto: divulgação<br />

sentação e coleta de contribuições à proposta de edital de<br />

concessão nos municípios onde as FLONAS se localizam, e<br />

também no Conselho Consultivo de cada Floresta Nacional,<br />

bem como a disponibilização de informações decorrentes<br />

do processo licitatório e dos contratos de concessão<br />

firmados, no site do SFB.<br />

Além destes instrumentos, o SFB atenderá demandas<br />

de acesso a informações por meio da Plataforma Fala.BR<br />

(Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação),<br />

do Governo Federal.<br />

Legislação – As concessões florestais são regidas pela<br />

Lei n. 11.284/2006, conhecida como Lei de Gestão de Florestas<br />

Públicas, que permite ao Poder Público conceder<br />

a permissão para pessoas jurídicas realizarem o manejo<br />

florestal sustentável a fim de extrair produtos madeireiros<br />

e não madeireiros, além de ofertar serviços de turismo.<br />

Podem se tornar concessionárias empresas, cooperativas<br />

e associações de comunidades locais, que são selecionadas<br />

por processo de concorrência (licitação) pública. Em<br />

contrapartida ao direito de manejar a área, as concessionárias<br />

realizam periodicamente pagamentos ao governo,<br />

decorrentes da produção florestal realizada, mediante<br />

regras definidas no contrato firmado. O SFB acompanha a<br />

execução dos contratos.<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

63


MERCADO<br />

Tradição e<br />

INOVAÇÃO<br />

Fotos: divulgação<br />

Empresa paranaense se torna distribuidora autorizada<br />

de cabeçotes florestais na região<br />

sul do país<br />

ALion Equipamentos foi selecionada pela SP<br />

Maskiner para representar a marca nos Estados<br />

do sul do país. Fundada em 2014, a Lion conta<br />

com profissionais com mais de 20 anos de experiência<br />

no mercado florestal e tem em seu<br />

DNA transformar desafios em oportunidades de crescimento.<br />

Ao longo da história, a empresa ganhou reconhecimento<br />

no mercado por sua agilidade na reposição de peças e equipamentos,<br />

que abriram portas para o mercado.<br />

A mais nova empresa a fazer parte é a sueca SP Maskiner,<br />

especializada na produção de cabeçotes florestais. O<br />

gestor internacional de vendas da SP Maskiner, Anders Gannerud,<br />

declarou que fazer essa parceria com a Lion foi motivo<br />

de grande satisfação para a empresa. “A Lion é a combinação<br />

perfeita para nós e exatamente o tipo de companhia<br />

e parceiro que estávamos buscando para ampliar nossa rede<br />

de concessionárias, não apenas por sua experiência de mercado,<br />

mas por sempre colocarem a satisfação do cliente em<br />

primeiro lugar”, enalteceu Anders.<br />

Os sócios Sergio do Amaral Junior, diretor comercial, e<br />

Rafael Nanami, diretor técnico, celebram a conquista<br />

da Lion Equipamentos<br />

A partir de agora a Lion oferece uma linha completa de<br />

cabeçotes para atender o setor de colheita. São vários modelos<br />

disponíveis, que vão desde o primeiro desbaste com<br />

árvores mais leves, até o corte raso, mais pesado e complexo,<br />

possuindo também modelos específicos para descascamento<br />

de eucalipto e acácia, que requer além de potência,<br />

muita precisão para não danificar a madeira. “Não importa<br />

qual o seu processo de colheita, a Lion tem o cabeçote SP<br />

Masquiner ideal para sua empresa”, finaliza Rafael Nanami.<br />

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PESQUISA<br />

IMPLICAÇÕES DO CONTROLE<br />

QUÍMICO DE GRAMÍNEAS NA<br />

CULTURA DO<br />

EUCALIPTO<br />

Fotos: divulgação<br />

GABRIELA MADUREIRA BARROSO<br />

UFVJM<br />

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Outubro <strong>2021</strong> 67


PESQUISA<br />

ORESUMO<br />

eucalipto apesar de ser uma árvore exótica,<br />

é a espécie mais cultivada no Brasil. A<br />

sua adaptação às condições climáticas e<br />

topográficas do país contribuíram para o<br />

sucesso das plantações, que mantém altas<br />

produtividades ao longo dos anos. No período inicial do<br />

plantio uma das maiores preocupações é com o controle<br />

da matocompetição, que pode diminuir drasticamente o<br />

crescimento do eucalipto, e, consequentemente, a produção<br />

final. O controle de plantas daninhas nos cultivos é feito por<br />

meio de herbicidas aplicados em pré e pós plantio. Sendo<br />

assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as implicações do<br />

controle químico de gramíneas na cultura do eucalipto. Por<br />

meio de três capítulos, foram abordados os principais temas<br />

relacionados ao uso de agrotóxicos nesta cultura: a mistura<br />

de agrotóxicos em tanque, a sensibilidade do eucalipto a<br />

herbicidas pré-emergentes e avalição do risco de resistência<br />

de Digitaria insularis, por meio de modelagem climática. Observamos<br />

que os relatos de misturas de agrotóxicos são predominantes<br />

para efeitos aditivos, com 45% dos casos, 40%<br />

A competição entre plantas<br />

daninhas e espécies do<br />

gênero Eucalyptus pode<br />

afetar o desenvolvimento<br />

inicial, a produtividade e<br />

procedimentos de colheita<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


para efeitos sinergísticos e apenas 15% para misturas antagônicas.<br />

No segundo capítulo, observamos que mudas de<br />

eucalipto foram mais sensíveis aos herbicidas indaziflam e<br />

glyphosate + S-metolachlor. A aplicação sequencial de herbicida<br />

e fertilizante foliar diminuiu a intoxicação causada pelo<br />

indaziflam ao Clone AEC 056. O fertilizante foliar intensificou<br />

os sintomas nos tratamentos com clomazine e diuron + sulfentrazone<br />

no Clone AEC 144 e com sulfentrazone e diuron +<br />

sulfentrazone no Clone AEC 2034. Em relação aos resultados<br />

do terceiro capítulo, confima-se que o Brasil apresenta alta<br />

adequabilidade climática para a ocorrência de Digitaria insularis<br />

durante todo o ano, com menores índices no inverno,<br />

principalmente no sul do país. Existe o risco da seleção de<br />

biótipos de D. insularis resistentes ao glyphosate em áreas<br />

de cultivo de eucalipto devido à adequabilidade climática e<br />

o uso expressivo do mesmo ingrediente ativo.<br />

INTRODUÇÃO<br />

As florestas mundiais plantadas com espécies do gênero<br />

Eucalyptus ocupam cerca de 20 milhões de ha (hectares),<br />

tendo alta expressividade econômica, principalmente em<br />

regiões tropicais e subtropicais (da Silva et al. 2019; Cerveira<br />

Júnior et al. 2020). O Brasil detém 38% da área mundial<br />

cultivada e o plantio de eucalipto permanece em expansão<br />

(IBGE, 2019; Bassaco et al. 2018). Concomitantemente ao<br />

No período inicial do<br />

plantio uma das maiores<br />

preocupações é com o<br />

controle da matocompetição,<br />

que pode diminuir<br />

drasticamente o crescimento<br />

do eucalipto<br />

Outubro <strong>2021</strong><br />

69


PESQUISA<br />

acréscimo em área plantada, houve aumento na liberação<br />

de pesticidas. Segundo MAPA (Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Desenvolvimento), 173 produtos formulados são<br />

registrados para cultura do eucalipto, sendo 3, 6, 15 e 76%<br />

referentes a acaricidas, fungicidas, inseticidas e herbicidas,<br />

respectivamente (Agrofit, <strong>2021</strong>). A aprovação de novos pesticidas<br />

necessita do conhecimento de seus efeitos isolados<br />

e possíveis interações de misturas em tanque. Misturas de<br />

pesticidas têm sido utilizadas a campo com objetivo de controlar<br />

diferentes pragas simultaneamente e reduzir custos<br />

de manejo (Gandini et al. 2020; Bevilaqua et al. 2019). A legalização<br />

dessa prática se deu com a publicação da Instrução<br />

normativa Nº 40 (11 de outubro de 2018) que estabelece<br />

que profissionais da área podem receitar a técnica, desde<br />

que o receituário agronômico contenha o nome dos produtos,<br />

dados de incompatibilidade e cultura indicada (Brasil,<br />

2018). Os riscos associados a utilização de misturas em<br />

tanque dizem respeito principalmente a incompatibilidade<br />

física e química e ao conhecimento de interações sinérgicas,<br />

antagônicas e aditivas entre os compostos (Petter et<br />

al. 2012). Além disso, a busca pela produção sustentável<br />

no setor florestal carece de pesquisas sobre o impacto de<br />

misturas de pesticidas (Bevilaqua et al. 2020). A certificação<br />

florestal é uma ferramenta para acréscimos em produtividade<br />

e gestão sustentável de florestas (Charmakar et al.<br />

<strong>2021</strong>). Cerca de 23% do volume total de madeira em tora<br />

produzida mundialmente em 2017, derivaram de florestas<br />

certificadas com o sistema FSC (Forest Stewardship Council)<br />

– (FAO, 2018). Inserido ao FSC, encontra-se a “Política<br />

de Pesticidas”, com três pilares principais: classificação dos<br />

compostos químicos como perigosos, restritos e altamente<br />

restritos; realização da avaliação de risco ambiental e social;<br />

e monitoramento do uso e danos causados por pesticidas<br />

(FSC, 2019). Devido a expressiva liberação de pesticidas para<br />

a cultura do eucalipto, os riscos da utilização de misturas<br />

em tanque e a adoção do manejo sustentável de florestas, o<br />

As florestas mundiais<br />

plantadas com espécies do<br />

gênero Eucalyptus ocupam<br />

cerca de 20 milhões de ha<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


objetivo dessa revisão é verificar os efeitos de misturas de<br />

pesticidas registrados para o eucalipto, descritos para outras<br />

culturas.<br />

Desenvolvimento Expansão de eucaliptos e comercialização<br />

de herbicida no Brasil: o gênero Eucalyptus compreende<br />

as espécies florestais mais largamente cultivadas,<br />

sendo o Brasil o maior produtor mundial (Paula et al. 2020).<br />

As florestas plantadas brasileiras encontram-se em constante<br />

expansão e são as mais produtivas do mundo (Binkley<br />

et al. 2017). O aumento em produtividade está relacionado<br />

com o manejo da floresta, condições climáticas favoráveis<br />

e melhoramento genético (Elli et al. 2020; Compoe et al.<br />

2020). Nos últimos seis anos, houve acréscimo de 17% da<br />

área brasileira ocupada por Eucalyptus ssp., alcançando 7,6<br />

milhões de ha. Alta parcela da produção é concentrada na<br />

região sudeste do país, com 43% da área total, seguida pela<br />

região sul, centro-oeste, nordeste e norte, com 21, 20, 12 e<br />

4%, respectivamente (IBGE, 2019). A produtividade no norte<br />

e nordeste é restringida por condições edafoclimáticas. Pesquisas<br />

de melhoramento genético têm permitido a ampliação<br />

do plantio de eucalipto para essas áreas (Compoe et al.<br />

2020; Binkley et al. 2017). Simultaneamente a expansão das<br />

áreas de cultivo, ocorreu acréscimo na liberação de pesticidas,<br />

principalmente herbicidas. A competição entre plantas<br />

daninhas e espécies do gênero Eucalyptus pode afetar o<br />

desenvolvimento inicial, a produtividade e procedimentos<br />

de colheita (Cerveira Júnior et al. 2020). O método químico<br />

de controle é o mais utilizado em povoamentos florestais<br />

(Carvalho et al. 2017). Entretanto, a quantidade de produtos<br />

registrados para o eucalipto era muito restrita, sendo o glyphosate<br />

[N-(fosfonometil) -glicina] o herbicida mais aplicado<br />

(Santos et al. 2020). O MAPA, Instrução normativa Nº 112 (8<br />

de outubro de 2018), decretou Digitaria insularis, Digitaria<br />

horizontalis, Panicum maximum, Brachiaria decumbens e<br />

Brachiaria brizantha como pragas prioritárias de risco fitossanitário<br />

e econômico para cultura do eucalipto. A Instrução<br />

normativa determina o enfoque no registro de novos herbicidas<br />

para espécies do gênero (Brasil, 2018). Como consequência,<br />

enquanto em 2015, apenas 45 marcas comerciais<br />

de herbicidas eram registradas para aplicação no eucalipto,<br />

ao final de 2020, são observadas 133, representando, assim,<br />

200% de aumento na oferta em apenas cinco anos (Agrofit,<br />

<strong>2021</strong>; Goulart et al. 2015).<br />

Essa é uma reprodução parcial deste artigo. Para ter<br />

acesso ao material completo, acesso o link: http://<br />

acervo.ufvjm.edu.br/jspui/handle/1/2649


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

Wood Tec <strong>2021</strong><br />

Data: 13 a 15<br />

Local: Brno - Republica Tcheca<br />

www.bvv.cz/en/wood-tec<br />

Florestas Online <strong>2021</strong><br />

Data: 18 a 22<br />

Local: online<br />

https://florestasonline.com.br/<br />

OUTUBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

OUTUBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

OUT<br />

<strong>2021</strong><br />

FLORESTAS ONLINE <strong>2021</strong><br />

Evento gratuito realizado em parceria com a EM-<br />

BRAPA é feito pensado para profissionais que atuam<br />

no mercado florestal. A cada dia cinco palestrantes<br />

especializados trarão temas que vão de manejo de<br />

formigas a soluções de transporte no campo. Todos<br />

são profissionais de destaque ou professores renomados.<br />

A programação está disponível no site.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

NOV<br />

<strong>2021</strong><br />

IX WORKSHOP MELHORAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

Expocorma<br />

Data: 3 a 5<br />

Local: Concepción (Chile)<br />

www.expocorma.cl/<br />

O evento pretende fomentar discussões sobre a importância<br />

da conservação e do melhoramento genético<br />

florestal, apresentar alguns dos trabalhos realizados<br />

pelo IPEF e trazer novos temas para discussão dentro<br />

dos programas de melhoramento florestal. Segundo<br />

informações do IPEF o público alvo do evento são melhoristas<br />

e pesquisadores do setor púbico e privado,<br />

estudantes de pós-graduação e representantes das<br />

empresas filiadas ao PCMF/IPEF (Programa Cooperativo<br />

sobre Melhoramento <strong>Florestal</strong>).<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA<strong>2021</strong><br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

III Conferência Brasileira de Restauração<br />

Ecológica e I Seminário Brasileiro de<br />

Sementes Nativas<br />

Data: 8 a 11<br />

Local: online<br />

https://win.iweventos.com.br/<br />

restauracaoecologica2020<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

inovação tecnológica<br />

A TPH Forest destaca-se na<br />

fabricação de grua florestal,<br />

garras, estruturas florestais<br />

e Mini Skidder<br />

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IX WORKSHOP MELHORAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

Data: 10 a 11<br />

Local: online<br />

www.ipef.br/eventos/evento.aspx?id=503<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

HDOM Summit<br />

Data: 16 a 17<br />

Local: São Paulo (SP) e online<br />

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Outubro <strong>2021</strong><br />

73


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Além do setembro<br />

AMARELO<br />

Por Bárbara Nogueira ,<br />

Graduada em Psicologia, é diretora,<br />

career advisor e headhunter da Prime<br />

Talent, empresa de busca e seleção de<br />

executivos de média e alta gestão, que<br />

atua em todos os setores da economia<br />

na América Latina, com escritórios em<br />

São Paulo e Belo Horizonte<br />

Cuidado com a saúde<br />

mental do colaborador<br />

é fator de destaque e<br />

lucratividade para a<br />

empresa<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br<br />

O<br />

Setembro Amarelo é uma campanha nacional de prevenção<br />

ao suicídio, mas que coloca em evidência toda a temática da<br />

saúde mental. Um assunto que tem ganhado cada vez mais<br />

relevância dentro das corporações, especialmente após o<br />

avanço da pandemia da Covid-19, uma vez que afeta diretamente<br />

o clima organizacional e o bem-estar dos colaboradores, além da<br />

lucratividade. E as empresas mais estratégicas e humanizadas, que tendem<br />

a ganhar um lugar de destaque maior no mercado, são exatamente aquelas<br />

que se preocupam genuinamente com o seu principal capital intelectual: as<br />

pessoas.<br />

Assim, nos dias de hoje, as organizações que querem ter um diferencial<br />

estratégico precisam refletir sobre as boas práticas e políticas de qualidade<br />

de vida. Dessa forma, as lideranças e os profissionais de Recursos Humanos<br />

desempenham um papel fundamental na construção de um ambiente corporativo<br />

e de uma cultura organizacional que proporcionem um clima favorável<br />

e impactos positivos na saúde mental dos colaboradores. Diversos fatores<br />

podem contribuir para a saúde mental dos funcionários, desde a definição<br />

da forma e local de trabalho, passando pelas questões de arquitetura, luminosidade<br />

e ergonomia, até pontos mais difíceis de serem atingidos, como o<br />

nível de satisfação do colaborador com o emprego, que é determinante para<br />

o equilíbrio da mente. Portanto, medidas de prevenção ao estresse e outros<br />

tipos de desgastes psicológicos, relacionadas a esses aspectos, podem – e<br />

devem – ser vistas como um verdadeiro investimento pelas empresas.<br />

Ponto vital nesse processo de cuidar da saúde mental é a comunicação.<br />

Empresas com bons resultados nesse sentido possuem a cultura de se comunicar<br />

internamente de forma transparente e eficaz, com práticas de reconhecimento<br />

e apoio aos colaboradores. Além disso, podemos citar a adoção<br />

de políticas de benefícios, como plano de saúde, capacitação, vale-cultura,<br />

estímulo à prática de esportes, viagens de premiação e incentivos financeiros.<br />

Ou iniciativas que vão além do tradicional, entre elas, proporcionar ao<br />

funcionário oportunidade de autoconhecimento e de autodesenvolvimento.<br />

Tratar de saúde mental é, ainda, abordar a contratação de talentos.<br />

Afinal de contas, ao recrutar pessoas certas para cada posição, consegue-se<br />

um quadro de funcionários com maior gosto pelo trabalho, mais realizados e<br />

felizes, além de pessoas com perfis mais conectados com o propósito e com<br />

o jeito de ser da empresa.<br />

Enfim, vale salientar que ter foco em uma eficiente gestão da saúde<br />

mental contribui para evitar possíveis rombos futuros no orçamento da corporação.<br />

Estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) comprovam que a<br />

perda de produtividade gerada por depressão e ansiedade representa, para<br />

a economia global, um custo estimado de US$ 1 trilhão por ano. A falta de<br />

cuidado com o lado psicológico dos colaboradores aumenta o absenteísmo,<br />

a taxa de adoecimento por fatores emocionais e o número de afastamentos<br />

por transtornos mentais. Isso sem contar a queda do interesse pelas atividades<br />

e do engajamento, que reflete diretamente na alta da rotatividade (turn<br />

over) dos profissionais.<br />

Portanto, diante de um problema tão complexo, os responsáveis pela<br />

gestão de pessoas precisam manter um olhar atento sobre os colaboradores<br />

e assegurar um ambiente humanizado e acolhedor. É fundamental estar<br />

atento a aspectos simples do cotidiano, como a qualidade do que comemos,<br />

bebemos e do nosso sono, além de manter a prática de exercícios, bem<br />

como atividades de lazer que proporcionem bem-estar. Aliás, isso deve ser<br />

um cuidado constante para todos e não apenas tema a ser tratado no Setembro<br />

Amarelo.


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

(41) 9 9232.7625<br />

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