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A Guerra_ a ascensao do PCC e o - Bruno Paes Manso

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Ôoooooo

Ôoooooo

Uniram as favelas em uma reunião

Assim veio surgir uma nova facção

Que veio lutar

Pela periferia

Unindo os irmãos de Santa Catarina

Quem começou tudo ninguém sabe ninguém viu

Foi só mais um louco em um estado do Brasil

Como se eu revesse o tempo da escravidão

Sobre a ditadura

Pedindo revolução

Ó Grande SC salve a bandeira do PGC

Ó Grande SC salve a bandeira do PGC

Para aqueles que ingressam nessa cena das facções, presídios, venda de

drogas e conflitos, a tendência é viver um processo que alguns estudiosos

chamam de desfiliação social, em que se vai rompendo aos poucos os laços

com a família, com os amigos e conhecidos do mundo “normal”. Mesmo

quando se colocam como representantes das periferias e revolucionários, só

resta aos criminosos submergir nas sombras e se posicionar estrategicamente

para crescer nas brechas deixadas pelo sistema. O objetivo acaba sendo

aproveitar a vida ao máximo, sem baixar a cabeça, até chegar a hora de partir

deste mundo.

A figura dos terroristas suicidas, não por acaso, é sempre lembrada nas

cenas criminais dos estados. Na Paraíba, o crime buscou referências

internacionais ao nomear os grupos do estado. Primeiro surgiu a Okaida,

corruptela da Al Qaeda, famosa por liderar o atentado contra o World Trade

Center, em 11 de setembro de 2001. Quando os rivais da Okaida passaram a

se articular para disputar espaço no presídio e no mercado criminal, eles

deram ao grupo o nome de Estados Unidos.

Os terroristas suicidas são vistos pelos criminosos como aqueles que não

se dobram, que preferem arriscar a vida e a liberdade na luta contra o poder

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