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A Guerra_ a ascensao do PCC e o - Bruno Paes Manso

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quase todas as regiões do país. A influência nessas regiões impulsionou o

processo de nacionalização do PCC, que se intensificaria anos depois.

Entre 2005 e 2006, depoimentos na CPI do Tráfico de Armas confirmavam

que o PCC estava se tornando uma preocupação para além do território

paulista. Àquela altura, já excluído e jurado de morte pela nova cúpula,

Geleião confirma de maneira categórica a presença do PCC no Paraná e em

Mato Grosso do Sul. Em razão da insistência de alguns parlamentares, o

depoente responde pontualmente sobre a situação em outros estados:

[Deputado] Por exemplo, Pernambuco?

[Depoente Geleião] Pernambuco, não tenho notícia. É mais fantasia.

[Deputado] Mato Grosso. Rio Grande do Sul, nada?

[Depoente Geleião] É. Rio Grande do Sul, Florianópolis…

[Deputado] Também?

[Depoente Geleião] É, porque tem muito integrante. Na rebelião do…

[Deputado] Minas Gerais?

[Depoente Geleião] Minas Gerais, têm alguns perdidos por lá, sim.

[Deputado] Bahia?

[Depoente Geleião] Bahia tem, porque teve o finado Wander Eduardo, o

Wanderjão. Ele esteve uma temporada lá e batizou alguém lá.

[Deputado] Certo. No Norte tem alguém? Por exemplo, Pará?

[Depoente Geleião] Não.

[Deputado] Amazonas?

[Depoente Geleião] Para lá, não.

O PCC, como se nota, só chegou aos estados do Norte e Nordeste com mais

força num momento posterior. Na mesma CPI e na mesma data do depoimento

do ex-líder do PCC, o delegado Ruy Ferraz Fontes, na época responsável pela

Delegacia de Roubo a Bancos, da Polícia Civil paulista, também falou sobre

o PCC.

[Deputado] […] Agora, eu só queria saber isso: quais são os outros

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