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Monografia Sertões: Travessias

Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação em Moda & Criação da Faculdade Santa Marcelina, para obtenção do título de Especialista em Moda e Criação (Ago/2021). O Trabalho de Conclusão de Curso Sertões: travessias apresenta uma pesquisa e o desenvolvimento de uma coleção de moda feminina inspirada nos sertões do imaginário brasileiro oriundos da poética da literatura sertanista, em especial das obras de Grande sertão: veredas, Vidas secas e Morte e vida severina. Direcionada para mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais, visa propor a reflexão sobre o envelhecimento feminino e a liberdade das mulheres contemporâneas em ser o que desejam. As pesquisas e metodologias realizadas estão detalhadas na presente monografia, igualmente a criação e desenvolvimento da coleção, com estudos, croquis e looks confeccionados, que objetivam através da moda, resgatar e valorizar a cultura nacional, bem como o livre envelhecimento feminino.

Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação em Moda & Criação da Faculdade Santa Marcelina, para obtenção do título de Especialista em Moda e Criação (Ago/2021).

O Trabalho de Conclusão de Curso Sertões: travessias apresenta uma pesquisa e o desenvolvimento de uma coleção de moda feminina inspirada nos sertões do imaginário brasileiro oriundos da poética da literatura sertanista, em especial das obras de Grande sertão: veredas, Vidas secas e Morte e vida severina. Direcionada para mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais, visa propor a reflexão sobre o envelhecimento feminino e a liberdade das mulheres contemporâneas em ser o que desejam.
As pesquisas e metodologias realizadas estão detalhadas na presente monografia, igualmente a criação e desenvolvimento da coleção, com estudos, croquis e looks confeccionados, que objetivam através da moda, resgatar e valorizar a cultura nacional, bem como o livre envelhecimento feminino.

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FACULDADE SANTA MARCELINA

MARIANA DE LIMA MACIEL

SÃO PAULO

2021


MARIANA DE LIMA MACIEL

Sertões:

travessias

Monografia apresentada ao

Curso de Pós-graduação em

Moda & Criação da Faculdade

Santa Marcelina, como requisito

parcial para obtenção do tulo de

Especialista em Moda & Criação.

Orientadoras:

Prof.ª Dr.a Maíra Zimmermann

Prof.ª Ma. Monayna Pinheiro

SÃO PAULO

2021


À força maior que chamo Deus,

razão de tudo. Aos meus pais,

amores incondicionais; aos meus

irmãos, companheiros de

jornada; e às mulheres de minha

família as quais inspiraram este

projeto e me movam na

travessia da vida.


AGRADECIMENTOS

A realização desta monografia e a conclusão de

mais uma etapa acadêmica, teve o apoio e incenvo de

diversas pessoas ao meu redor, às quais serei sempre

grata.

Agradeço, primeiramente, à Deus que entre

tantas situações me permiu chegar até aqui.

Especialmente, aos meus pais Sergio e Susi, que

me acolhem e amam incondicionalmente, tudo que

sou devo a eles. Aos meus irmãos, Matheus e Marília,

com os quais conto e parlho a alegria de viver,

estendendo à Beatriz minha cunhada e nova irmã.

Aos meus avós Ana, Marina, José Dionísio e

Paraízo, Flávio (in memoriam) aos quais inspiraram

este projeto e me inspiram com seus exemplos de vida.

Meus agradecimentos à minha madrinha Solange, que

me ouve, acalma e incenva.

As todas as mulheres que dedicaram parte de

seu tempo respondendo as pesquisas, em especial à

Camila, Ester, Fáma, Maria de Fáma, D. Marina,

Silene, Solange e Susi, que se disponibilizaram para as

entrevistas; suas parcipações foram encorajadoras e

essenciais para o embasamento da monografia.

Agradeço a todos os professores da

pós-graduação, que com entrega parlham

conhecimento, mas em especial as professoras

orientadoras Maíra e Monaya, estendendo às

professoras Renata, Simone e Liza, que em período de

pandemia, se reinventaram nas aulas online e se

dedicaram o dobro para manter a qualidade do ensino

e dos projetos finais.

Aos meus familiares já citados e também aos

amigos Sr. Luiz, Fernanda Freitas, Gabi Risso, Cecília,

Cinthia e Nazaré que desde emprésmos de

uniformes, manequim à máquina de costura, ajuda

com fotos, diagramação e confecção de peças, não

mediram esforços para me ajudar a concluir os

trabalhos.

A empresa Helvea, na pessoa do Kene, que

cedeu e fabricou as equetas personalizadas; a Talita

(Innovav) e Jonas (RVB), que facilitaram as compras

de tecidos orgânicos ou cerficados, agradeço o apoio.

E por fim, a todos os meus companheiros de

sala de aula, amigos que ficarão para a vida e os quais

já sinto imensa saudades! Parcularmente à Camila,

Ana, Karen, Dalila, Diego, Ângela e Daniela, vocês

trouxeram leveza para esta desafiadora travessia final.


“O real não está na saída nem na

chegada: ele se dispõe para a

gente é no meio da travessia.”

João Guimarães Rosa, Grande

sertão: veredas, 2001.


MACIEL, Mariana de Lima. Sertões: travessias. 2021. 165 f.. Trabalho de Conclusão de Curso

(Pós-Graduação em Moda & Criação) – Faculdade Santa Marcelina, São Paulo, 2021.

RESUMO

O Trabalho de Conclusão de Curso Sertões: travessias

apresenta uma pesquisa e o desenvolvimento de uma

coleção de moda feminina inspirada nos sertões do

imaginário brasileiro oriundos da poéca da literatura

sertanista, em especial das obras de Grande sertão:

veredas, Vidas secas e Morte e vida severina.

Direcionada para mulheres com 40, 50, 60 anos ou

mais, visa propor a reflexão sobre o envelhecimento

feminino e a liberdade das mulheres contemporâneas

em ser o que desejam. Para isso, foram realizadas

pesquisas e entrevistas com mulheres do público,

levantamentos bibliográficos sobre tema e nicho; e por

fim, prácas experimentais criavas de colagens,

maquetes e, em especial moulages intuivas, que

resultam na elaboração das peças, estampas e

combinações. As pesquisas e metodologias realizadas

estão detalhadas na presente monografia, igualmente a

criação e desenvolvimento da coleção, com estudos,

croquis e looks confeccionados, que objevam através

da moda, resgatar e valorizar a cultura nacional, bem

como o livre envelhecimento feminino.

Palavras-chave: Moda + Sertões + Literatura + Envelhecimento + Liberdade feminina.


ABSTRACT

The Sertões: travessias Final Course Assignment, intoduces

researches and development about a women's

fashion collecon inspired by the sertões [backlands] of

the Brazilian imaginaon originang from the poetry of

the backwoods literature, especially the books of

Grande sertão: veredas, Vidas secas and Morte e vida

severina. Targeted at women aged 40, 50, 60 or older, it

aims to propose reflecon about female aging and the

freedom of contemporary women to be what they

want. For this purpose, researches and interviews with

women of the target, bibliographical surveys about

theme and Market niche were carried out; and finally,

creave experimental pracces of collages, prototypes

and, in parcular, intuive moulages, which result in

the elaboraon of the clothes and combinaons. The

researches and methodologies carried out are detailed

in this monograph, like the creaon and development

of the collecon, with studies, sketches and final looks,

which seeks, through fashion, to rescue and value the

naonal culture, as well as the free female aging.

Keywords: Fashion + Sertões [Brazilian backlands] + Literature + Aging + Women's freedom.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

1 SERTÕES 12

1.1 Sertões literários 17

1.1.1 Os sertões de Vidas secas 18

1.1.2 Os sertões de Morte e vida severina 19

1.1.3 Os sertões de Grande sertão: veredas 20

1.2 Sertões do imaginário brasileiro 21

1.2.1 Idendade, nação e poéca 21

1.2.2 Tempo, travessia e pensamento 23

2 ENVELHECER: A PASSAGEM DO TEMPO 26

2.1 Corpo e envelhecimento no Brasil 27

2.2 Envelhecimento feminino: rompendo padrões 28

2.2.1 Ageless 30

2.2.2 Agefull 31

2.2.3 Perennials 31

2.2.4 Pleasure Growers 32

2.2.5 Greynnaisances 32

3 MULHERES CONTEMPORÂNEAS + 33

3.1 Pesquisas 34

3.1.1 Pesquisa quantava 34

3.1.2 Pesquisa qualitava (Entrevistas) 38

3.1.3 Análise dos resultados 41

4 O PROCESSO DE CRIAÇÃO 43

4.1 Conceito de criação 43

4.2 Inspirações Temácas 44

4.3 Eslo de Vida 48

4.4 Estudos criavos 52

4.4.1 Ambiências temácas 52

4.4.2 Estudos de supercies 54

4.4.3 Estudos de indumentárias 55

4.4.4 Estudos de referências 56

4.4.5 Estudos Tridimensionais 59

4.5 Criação e esboços de croquis 71

4.6 Cartela de cores e harmonias 76

4.7 Matérias e maquetes têxteis 78

4.7.1 Matérias-primas principais: tecidos e malhas 78

4.7.2 Matérias-primas secundárias: aviamentos 82

4.7.3 Maquetes têxteis 84

4.8 Mapa da coleção 86

4.9 Croquis e planificados 89

4.10 Propostas de estampas 110


5 IDENTIDADE VISUAL 118

5.1 Logopo 118

5.2 Equetas de assinatura 119

5.3 Botões personalizados 120

5.4 Tag 121

5.5 Embalagem 122

6 MODELOS CONFECCIONADOS 123

6.1 Desenvolvimento 123

6.1.1 Estudo Cromácos 123

6.1.2 Fichas Técnicas 124

6.1.3 Pilotagens e Provas de roupas 130

6.1.4 Estudos de ngimentos e localização de estampas 132

6.2 Lookbook 134

6.3 Editorial 142

6.4 Vídeo Conceito 148

CONSIDERAÇÕES FINAIS 150

REFERÊNCIAS 152

Bibliográficas 152

Webgráficas 152

Imagens em Painéis 156

ANEXO I – Pesquisa Quantava 163

ANEXO II – Pesquisa Qualitava 165

ANEXO III – Pesquisa Perfil de Compra 166


10

INTRODUÇÃO

O sertão também definido como região agreste do

interior do país, possui significados diversos, que passam

pela paisagem árida, codiano simples, seca, migração, até

chegar na literatura, na música e artes de modo geral.

Repleto de contrastes, a região pertence à construção da

idendade brasileira. Resgatar este elemento como

inspiração, faz parte do processo connuo de valorização da

cultura nacional, que é também fortalecida e potencializada

toda vez que empregada como tema.

Na presente monografia, o sertão amplia-se para os

sertões do imaginário brasileiro, com ênfase na poéca que

a literatura de Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e João

Cabral de Melo trazem para criação deste pensamento. Esta

temáca é ulizada como inspiração e tem como objevo

principal a elaboração de uma coleção feminina direcionada

para mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais. Ao propor este

nicho, a pesquisa visa fomentar a reflexão sobre os esgmas

e ressignificações do envelhecimento feminino, ressaltando

a liberdade da mulher contemporânea em ser o que quiser.

Nas obras destes três autores modernistas brasileiros,

encontrou-se a ponte para relacionar com o feminino

adulto maduro, tendo este público compreensão e vivência

para entender a aridez e profundidade das inspirações

propostas.

Portanto, o Trabalho de Conclusão de Curso visa

idenficar as diversas abordagens do termo sertão,

pesquisar as poécas do lugar nas obras de Vidas secas

(1938), Morte e vida severina (1955) e Grande sertão:

veredas (1956), idenficando os sertões do imaginário

brasileiro provenientes da literatura. Também objeva

discorrer sobre o envelhecimento feminino, padrões sociais

e pautar as novas narravas que mulheres contemporâneas

estão construindo. Pesquisar materialidades e supercies

que tragam a idendade dos sertões e na criação da

coleção, propor uma estéca acessível e poéca que

comunique o sertão imaginário e a

mulher contemporânea +. Sendo os

termos “Contemporânea +” um

conceito elaborado pela autora para

ampliar o significado do livre

envelhecimento feminino, onde ser

mulher contemporânea sugere

gozar de uma relação própria com a

vida, capaz de compreender os

sinais implícitos da modernidade e

viver plenamente o presente,

portanto, estar à frente de seu

tempo (AGAMBEN, 2009). E o sinal

de mais “+” simboliza todas as

mulheres acima de 40, 50, 60 anos

que são mais, ou seja, estão além

dos limites impostos pelo tempo e

sociedade.

A pesquisa jusfica-se pelo

resgate da cultura regional e

literatura dos sertões, como parte

relevante da idendade nacional e

meio de valorização para o próprio

brasileiro. Socialmente, por propor

a reflexão sobre as formas de viver o

envelhecimento e discorrer como


11

mulheres mulheres estão estão criando criando narravas narravas com com colagens, colagens, maquetes, maquetes, moulages, moulages, esboços esboços e moodboards e através através de seus de seus eslos eslos de vida de vida e por e por aplicando aplicando os conceitos os conceitos da pesquisa da pesquisa bibliográfica até até a a

fim, fim, ao ao elaborar elaborar uma uma coleção coleção estruturação práca práca da coleção. da coleção.

embasada embasada nestes nestes fundamentos,

No capítulo No capítulo inicial inicial o tema o tema sertões sertões é contextualizado

é contribui contribui para para o mercado o mercado e universo e universo através através da emologia, da emologia, geografia, geografia, vida vida codiana, codiana, cultura cultura e e

acadêmico acadêmico de moda de moda ao ampliar ao ampliar o o diversidades do lugar, do lugar, seguindo seguindo pelos pelos sertões sertões literários, literários,

debate debate sobre sobre o mercado o mercado feminino feminino e e destacando a poéca a poéca sertanista sertanista de cada de cada obra obra eleita eleita e e

a forma a forma como como a moda a moda pode pode se se culminando com com os sertões os sertões criados criados no imaginário no imaginário popular popular

integrar, integrar, respondendo as as brasileiro. brasileiro. No segundo No segundo capítulo capítulo o nicho o nicho é introduzido é com com

necessidades dos dos novos novos nichos nichos e e explanações sobre sobre o envelhecimento, o com com enfoque enfoque no no

formas formas de viver de viver dos tempos dos tempos atuais. atuais. envelhecimento feminino, feminino, que que se disngue se disngue no capítulo no capítulo

Para Para a realização a realização do trabalho do trabalho seguinte seguinte focando focando nas mulheres nas mulheres contemporâneas +, onde +, onde é é

como como um um todo, todo, foram foram aplicadas aplicadas detalhado detalhado o conceito o conceito do termo do termo e as e pesquisas pesquisas realizadas realizadas

metodologias disntas: disntas: em em um um com com o público o público a respeito a respeito de envelhecimento, de corpo corpo e moda. e moda.

primeiro primeiro momento, momento, feitas feitas pesquisas pesquisas O O quarto quarto capítulo capítulo expõe expõe a a criação criação e e

bibliográficas em em livros livros e argos e argos desenvolvimento da coleção da coleção em si, em discorrendo si, e ilustrando e ilustrando

diversos diversos para para embasamento do do todo todo o processo o processo criavo criavo desde desde o conceito o conceito até os até modelos os modelos

tema tema e nicho. e nicho. Especificamente para para finais, finais, onde onde a pesquisa a pesquisa temáca temáca e do e nicho, do nicho, são são o o

o o nicho, nicho, foram foram realizados realizados embasamento para para os estudos estudos criavos criavos diversos diversos que que

levantamentos de de campo campo com com inspiram inspiram e direcionam e a elaboração a elaboração das das peças, peças, com com

coletas coletas e análise e análise de dados de dados por por destaque destaque para para a pesquisa a pesquisa e curadoria e curadoria de fornecedores de e e

pesquisas pesquisas quantavas quantavas através através de de matérias-primas, que visa que um visa processo um processo mais mais transparente e e

quesonários quesonários e qualitavas e qualitavas por por responsável na execução na execução dos modelos. dos modelos. Em cada Em cada tópico tópico se se

entrevistas entrevistas com com o público. o público. E para E para a a discorre discorre sobre sobre as abordagens as e prácas, e prácas, de criação de criação e e

criação criação da da coleção, coleção, estudos estudos comunicação de ideias ideias aplicadas aplicadas à coleção, à coleção, que que culminam culminam

experimentais e criavos e criavos diversos diversos nos nos capítulos capítulos finais finais com com a apresentação a dos dos looks looks

confeccionados.

Os Os desenhos desenhos que que ilustram ilustram os os capítulos, capítulos,

apresentados sem sem legendas, legendas, são esboços são esboços manuais manuais da autora, da autora,

desenvolvidos ao longo ao longo da pesquisa. da pesquisa.

Por fim, Por fim, ao apresentar ao apresentar a coleção, a coleção, a monografia a visa visa

resgatar resgatar os sertões os sertões pelo pelo viés viés literário literário como como forma forma de de

potencializar a cultura a cultura nacional, nacional, dialogar dialogar com com mulheres mulheres

acima acima dos 40, dos 50, 40, 60 50, anos 60 anos e promover e promover a reflexão a reflexão sobre sobre o o

sertão sertão brasileiro brasileiro e o livre e o livre envelhecimento feminino feminino através através

da moda.

moda.


12

1 SERTÕES

“O sertão é do tamanho do mundo.”

(Guimarães Rosa,

: veredas, 2001, p.89)

Em um país plural como o Brasil é comum que os

conceitos sejam múlplos e abrangentes. Um mesmo termo

pode ter interpretações, visões e até mesmo significados

diferentes conforme a origem e vivência de quem o observa.

O conceito de sertão é tão amplo e profundo, que

transborda as definições, emologia, geografia e até mesmo

a visão codiana radicada na sociedade. Ao analisar cada

um destes aspectos, observa-se que muitos são os sertões

que compõem o que se entende por sertão. Guimarães

Rosa, é um dos representantes literários que expõe esta

grandeza; ao dizer que o sertão é do tamanho do mundo

abrange a compreensão de que seus limites estão além do

espaço.

Apesar de curta grafia, o presente objeto de estudo,

apresenta acepções diversas onde mesmo os verbetes de

dicionários estão longe de ser uma definição. “Sertão

(ser.tão) sm. Bras. Região agreste, esp. do interior do país.

[Pl.: -tões]”. (AULETE, 2008, p.907). De maneira objeva, o

Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa, abrevia

sertão em única citação como um lugar geográfico. Em

outros dicionários como Michaelis, há descrição da

vegetação, solo e povoamento, entretanto todos buscam

sintezar o sertão. Quando na emologia da palavra,

encontram-se contextos históricos que expandem os

significados e os aproximam dos vários recortes existentes

no imaginário popular.

Inserido no Brasil através da

colonização portuguesa, o termo

sertão foi ulizado pelos colonos

para diferenciar o local do litoral

devido a diferença climáca, sendo

chamado de “desertão”, que com o

passar do tempo passou-se a

entender “de sertão” e então,

compreendida como sertão.

(PEREZ-MARIN; SANTOS, 2013). A

terminologia é oriunda além-mar,

Janaína Amado observa que apesar

dos portugueses grafar o termo

“certão” para nomear espaços

vastos após as colonizações do

século XV, a palavra proviria do lam

clássico e já estaria no vocabulário

local (1995). Contudo, Macedo

complementa essa abordagem com

uma segunda versão de origem

africana: destaca o vocábulo

“mulcetão”, sinônimo de “muchítu”

em bundo que significa mato e que

fora verdo para o lam como

interior, sío longe do mar

(BARROSO apud MACEDO, 2019).


13

Figura 01: Lugar Sertão – Fotografia de Araquém Alcântara 1

De mulcetão teria derivado

“celtão ou certão” de acordo com o

Dicionário da Língua Bunda ou

Angolense (CANNECATIM, apud

MACEDO, 2019). Anos depois em

terras brasileiras, assim como na

emologia da palavra, tanto

portugueses quanto africanos fariam

parte da construção étnica da

população sertaneja.

Outros povos importantes

que já habitavam os sertões antes da

colonização fazem parte desta miscigenação,

indígenas de diversas tribos

como: Kariri, Pipipã, Tuxá, Truká,

Timbiras entre muitas outras, desenvolviam

agricultura de subsistência

em todo o semiárido. Contavam os

colonizadores que nas línguas da

família Tupi-Guarani já exisa uma

palavra indígena (por-poy-eyma) que

se referia a lugares desabitados, terra

seca, sem moradores, terra sem

gente, desocupada, terra de dicil

plano, ou seja, o sertão (PEREZ-MA-

RIN; SANTOS, 2013).

Geograficamente o Sertão é uma das regiões

naturais que compõem o semiárido brasileiro, fazendo

limite com a Caanga e o Seridó. Entretanto, o

entendimento popular o generaliza como semiárido,

ilustrando-o por regiões mais secas como a Caanga

(bioma de vegetação seca, em partes do ano deserta) e o

Agreste. O clima árido e o período de esagem presentes

em toda a localidade de junho a dezembro propiciam a

seca, esta ocorre em regiões carentes de preparo. Porém é

importante ressaltar que este entendimento também

ocorre devido a conquista e manutenção de posses da

Coroa Portuguesa na região que a denominou como

“sertões” (PEREZ-MARIN; SANTOS, 2013).

Alguns atributos são essenciais para construção

figurava do lugar sertão: solo craquelado nas cores

amarelo-terroso ou vermelho-alaranjado, vegetação seca e

espinhosa por arbustos e mandacarus, clima árido. Sol

escaldante ou noites estreladas, lugar deserto distante da

urbanização e pouco habitado. Vivendo da pecuária e

agricultura, sofre com períodos de esagem gerando a

seca. Esta paisagem um tanto estereopada, porém,

caracterísca do sertão nordesno é realista e foi

reafirmada pela literatura, música e cultura de modo geral,

permindo que ao falar de sertão fosse associada ao

descrito local.

1Fonte: ALCÂNTARA, Araquém. Disponível em: hps://terracoeconomico.com.br/retratos-de-um-sertao-sem-fim-

-por-araquem-alcantara-1-80-569/. Acessado em: 13 abr. 2021.


14

Contudo falar do sertão é também falar das vidas

que o habitam e seu codiano. Seja todo o semiárido ou

apenas uma das quatro sub-regiões do nordeste, quem

reside nos sertões basicamente vive da pecuária e do

plano para subsistência. São pessoas que resistem a aridez

do ambiente, construindo a figura forte e ao mesmo tempo

vulnerável do sertanejo.

Narrando um sertão ango presente desde o Brasil

Colônia, o vaqueiro é ainda uma das profissões que mantém

a região e umas avidades propulsoras do país, a pecuária.

A figura do homem trajado de couro, que se mistura a

Caanga também é tradição. O chapéu, o gibão, as luvas, as

bonas ou alpercatas formam a vesmenta em couro

ornamentado, a indumentária se estende a montaria que

protegem do Sol e da cortante vegetação.

No Nordeste, a razão de vestir couro é proteger-se das

defesas da Caatinga. Se há quem se traje em couro é porque

ainda existe floresta, portanto, preservar o vaqueiro e sua

tradição é preservar a Caatinga. (SEVERO, Globo Rural

online, 06/11/2019).

O vaqueiro é a imagem do home rúsco e

constante, que arraigado aos costumes, pertence ao sertão

tanto quanto este o pertence.

Em outra face se encontram homens e mulheres do

codiano. Pessoas de vida e costumes simplórios,

subsisndo na roça. Misturam-se a paisagem silenciosa

vivendo como a terra: na dependência de água. Esse

sertanejo da lida diária, ficou esgmazado no imaginário

social pelos descritos jornalíscos e literários das Grandes

Secas: períodos recorrentes nos sertões nordesnos que se

tem registros desde 1723, passando por secas devastadoras

como 1877-1878 com a morte de 500 mil pessoas ou

1919-1921, quando houve um aumento significavo no

êxodo rural (ANTUNES, Super Interessante online,

21/12/2016). A miséria e a fome fizeram o sertanejo buscar

alternavas, como nômades no próprio sertão ou então, a

migrar para as cidades em busca de sustento; a

personificação do sertanejo rerante talvez seja uma das

mais retratadas e por isso também igualmente presentes no

pensamento social. Entretanto a esagem connua a

desafiar a vida no sertão e somado ao descaso

governamental, agravam a pobreza, a falta de recursos e a

má distribuição de renda; todas essas mazelas permanecem

presentes no codiano sertanejo. Segundo a ONG Amigos

do Bem, projeto atuante diretamente no sertão nordesno,

na região mais de vinte milhões de pessoas estão abaixo da

linha de pobreza:

Nestes anos de trabalho, chegamos a

muitas regiões com IDHs menores do que

de alguns países da África Subsaariana

[...] ainda hoje, milhares de famílias

passam sede e caminham quilômetros em

busca de um balde de água para

subsistência. (AMIGOS DO BEM,

23/01/2021)


A casa de taipa com chão de terra bada isolada em

povoados distantes, as panelas velhas vazias, as fisionomias

sofridas e desnutridas, a necessidade de ajuda de fora ou de

migrar, ainda são marcantes no sertão de hoje em dia, que

apesar de estar presente no imaginário popular sofre com o

abandono e indiferença social; o sertanejo do codiano

também convive esta face dos sertões.

Todavia, a fé, a religiosidade, a força e a alegria

apesar dos problemas, são atributos inegavelmente

inerentes ao camponês sertanejo, Veronique Bulteau

antropóloga francesa, em sua publicação “Para uma

antropologia do sertão: ecologia e sociologia do codiano”,

contrapõe a visão do sertão sofrido; sua pesquisa em loco

parte inicialmente da busca por entender como uma vida

considerada sofrida, pode ser alegre.

A questão inicial era tentar perceber o mistério da alegria de

viver deste povo quando todas as obras, histórias, relatos,

falam de sofrimento. Neste sentido, trata-se de um mistério,

uma vez que a vida do sertanejo parece infernal para o outro

– o não sertanejo. Sua arte de viver é algo que permanece

apenas entre seu povo. Uma alegria que recobre uma

vitalidade, um sentido de festa e de hedonismo. (BULTEAU,

1993, p.32)

Para Bulteau, a arte de viver no sertão é

compreendida em sua totalidade por quem o vive. Há

beleza na simplicidade, inclusive esta é uma das expressões

da vida codiana dos sertões.

Movimentos bandistas revelam partes históricas

dos sertões onde sertanejos deixam de ser passivos e

passam a ser personas avas em disputas violentas por

terras, poder, políca e honra, convertendo o lugar deserto

em um faroeste brasileiro.

A paisagem humana do sertão diversifica-se na figura do

sertanejo, do jagunço, do capanga, do cabra, do cangaceiro, do

pistoleiro. Se há nuanças próprias a cada denominação, essas

figuras humanas identificam-se pela valentia e coragem,

necessárias para viver num ambiente inóspito, num mundo

regido por códigos próprios de honra e de justiça.

(TURCHI, 2021, p. 122)

Segundo Turchi, o sertanejo armado organizado em

bandos instui a jagunçagem. Em um Brasil, rural, desigual e

arcaico, exércitos parculares são colocados a serviço de

proprietários rurais ou chefes independentes, para inibir ou

resolver conflitos.

O jagunço é o executor, muitas vezes chamado de

capanga, que garante arranjos polícos e divisão de poderes

elistas, ou seja, trabalha para o coronelismo. Apesar de

datar da República Velha, este sistema de poder

lafundiário a qual a jagunçagem é um instrumento,

permanece ava e muitas vezes relavizada nos sertões de

hoje.

15


16

Figura 02: Estéca do Cangaço - Registro de Benjamin Abrahão

do bando de Lampião 2

Outro po de jagunços que se reuniam em grupos

inerantes de leis próprias, foram os cangaceiros. Formado

por homens livres desejosos por “fazer jusça a seu modo”,

ora defendendo ora aterrorizando cidades, o movimento

social nordesno ocorrido entre o final do século XIX e início

do século XX, desafiava o governo. Tendo nomes

emblemácos como Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, o

cangaço apesar de ser específico do Nordeste, se

assemelhava a jagunçagem quanto a organização, prácas

de convivência, subordinação, saques, confisco, estratégia

de combate, trato ao inimigo e códigos de honra (TURCHI,

2021). Entretanto estes sequestravam e assassinavam

autoridades locais, o embate era principalmente contra o

coronelismo.

A estéca do cangaço é um legado cultural da

região. Em artefatos de couro, os trajes picos

extravagantes do grupo de Lampião, foram registrados pelo

fotógrafo Benjamin Abrahão, libanês que conquistou a

confiança do Rei do cangaço e ousou fazer um filme,

conseguindo imagens e relatos históricos de momentos

ínmos do codiano do bando. Lampião que liderou o

bando de 1922 a 1938, fazia dessa exposição uma arma para

consolidar seu presgio e inmidar adversários (INSTITUTO

MOREIRA SALLES, [201-?]).

Mediante o exposto, todas

as vertentes que ampliam caminhos

do sertão, levam a aceitar a

elucidação poéca de Guimarães

Rosa de que o sertão é do tamanho

do mundo, com tantas

possibilidades onde as certezas são

apenas os contrastes e a

pluralidade. Talvez seja a escrita da

palavra em separação silábica no

dicionário: “ser.tão”, a definição

mais próxima do que consiste: “ser”

como exisr, “tão” com tal

intensidade, logo sertão é exisr

com tal intensidade que não cabem

em um único sertão, por isso no

presente projeto será apresentado

como Sertões.

2Fonte: ABRAHÃO, Benjamim. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45304399. Acessado em: 04 abr.2021.


17

1.1 Sertões literários

A literatura contribui de modo essencial

para construção dos sertões no imaginário

popular. Com relações simbólicas e

políco-sociais que foram estabelecidas em

diversas narravas ao longo dos anos,

formou-se um po de corrente literária

chamada de literatura sertanista ou sertaneja,

que ressignificou o entendimento de sertão

além da geografia, trazendo à luz o sertanejo

como o protagonista do meio e favorecendo a

compreensão de uma da idendade nacional

onde ambos, sertões e sertanejo, são reflexos do

lugar e do ser Brasil.

O sertanismo é parte específica da

chamada literatura regionalista, que aborda

caracteríscas regionais da sociedade,

costumes, codiano e ambiente entre outros

atributos concretos do lugar. Segundo Alberna

Vicenni, muitas vezes são abordagens

estereopadas, mas necessárias para que se

reconheça a região descrita:

A literatura regionalista trabalha sempre a um

passo da estereotipia da paisagem, da personagem

e da ação, da reprodução da linguagem,

seguindo de perto o imaginário que se encontra

pronto – matéria feita, elaborada pela realidade

na sua concretude física e pela história e pelo

pensamento social nos seus valores. Caso

contrário, não consegue se identificar como

região, ou como sertão. (VICENTINI, 2007,

p.02)

Paradoxalmente, é através do texto

literário que os sertões encontram caminhos

para transcender o pensamento literal e

alcançar um conceito plural. É na escrita em sua

função poéca, onde o sertão deixa de ser

apenas regional e passa a ser um espaço

indefinido: “O sertão é sem lugar.” (ROSA,

2001, p.370).

O realismo e o lirismo das obras

sertanistas são contrapontos simbólicos que

ressaltam os contrastes dos sertões, ao mesmo

tempo que enriquecem as narravas literárias.

A combinação entre estes dois universos

disntos, mas complementares inspiram esta

pesquisa, que optando por abordar os sertões

pelo viés da literatura, elegeu três obras

singulares de grandes autores nacionais:

Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto e

Guimarães Rosa, representantes ímpares do

modernismo em suas diversas fases3 . Estas

escolhas compõem três abordagens sobre os

sertões: o real, o poéco e o existencial

(metasico), que o presente projeto deseja

apresentar como os sertões que compõem o

imaginário popular brasileiro.

3Uma análise literária foge a proposta, mas é importante ressaltar que os três autores são integrantes do movimento literário

modernismo, sendo Graciliano Ramos representante da 2ª fase, também conhecida como modernismo de 30. Guimarães

Rosa e João Cabral de Melo Neto, ambos da 3ª fase, ou geração de 45 (educação.globo.com online, 02/06/2021).


18

1.1.1

Os sertões de Vidas secas

Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas

manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro,

estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam

pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio

seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que

procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu

longe, através dos galhos pelados da caatinga rala.

(Graciliano Ramos, Vidas secas, 1998, p.09)

O silêncio, a paisagem e o caminhar descritos no

primeiro parágrafo de Vidas secas, acompanham a obra em

toda esta narrava de Graciliano Ramos, lançada em 1938.

Fabiano, personagem principal da trama, é a figura do

vaqueiro bruto moldado pelo meio e circunstâncias em que

vive. A busca pelo sustento o leva a caminhar com sua

família sob o Sol, sem rumo e sem perspecvas pelo

“areião”. O deslocamento e a incerteza são elementos que

iniciam e encerram o livro, mostrando a vida recursiva dos

sertanejos que acompanham os ciclos das secas.

Graciliano Ramos, escreve de maneira que o leitor

possa começar a obra pelo capítulo que escolher. O

refinamento estéco do autor traz a caraterísca cíclica da

vida sertaneja rerante para a construção do texto,

delineando as existências de seus personagens em um

connuo perambular.

Fabiano, a mulher Sinhá Vitória e a cachorra Baleia,

são os pouco personagens que possuem nomes, os filhos do

casal chamados de “menino mais velho” e “menino mais

novo” em nenhum momento são nomeados, mesmo sendo

personagens avos. Trazendo a reflexão sobre a indiferença,

em especial com a infância, onde são privados até da

própria idendade.

A críca do contexto social permeia toda a obra: o

caminhar sem pouso, o pouso sem dignidade, a fome que

acompanha a seca, a seca que obriga a migrar. Entretanto

Ramos, militante de causa sociais, não denuncia apenas o

abandono social, aborda também a exploração lafundiária,

opressão autoritária e a humilhação que colocam seus

personagens em constante submissão. Descreve Fabiano

como um homem animalizado pelo insnto de

sobrevivência e paradoxalmente humaniza Baleia, a cadela

magra das secas que leva o nome de um robusto animal

marinho.

Vidas secas retrata com

fidelidade o ambiente seco e árido

da caanga, mas o coloca em função

de seus personagens. É o ser

humano que conduz a trama que

mesmo silenciosa dá voz ao sujeito

oculto dos sertões, como observa

Álvaro Lins no prefácio da

publicação. A obra se encerra com a

família voltando a peregrinar, com

um diálogo de esperança põem-se a

sonhar com a vida melhor em um

desconhecido, porém outro lugar.

A críca social alinhada a

narrava realista são propriedades

dos sertões de Graciliano Ramos

que cooperam para a constuição

da região no pensamento social

brasileiro.


19

1.1.2 Os sertões de Morte e vida severina

Diferente das outras duas

obras pesquisadas nesta

monografia, Morte e vida severina

apresenta-se em outra estrutura

textual: é um auto de Natal

pernambucano, publicado no ano

de 1955. Autos natalinos são peça

teatrais poécas essencialmente

populares, caracterizados pela

linguagem informal em partes

declamadas, bailadas e cantadas

(GRAZIOSI, [201-?]). A escolha de

João Cabral de Melo Neto revela o

seu apreço pelas tradições

populares e o cuidado em manter

uma escrita de fácil compreensão,

direcionando seu texto ao próprio

sertanejo.

Sertanejo que no poema

inicia sua saga em caminhada, mas

diferente da obra do capítulo

anterior, o protagonista é um

rerante com desno certo, a

cidade de Recife. Severino, se

apresenta no começo do percurso,

como mais um entre tantos que

nascem no sertão, onde migrar é a

única opção para sobreviver:

Somos muitos Severinos iguais em

tudo na vida [...] E se somos

Severinos iguais em tudo na vida,

morremos de morte igual, mesma

morte severina: que é morte que

se morre de velhice antes dos

trinta, de emboscada antes dos

vinte, de fome um pouco por dia.

(NETO, 1978, p. 74).

No trajeto, o rerante encontra-se diversas vezes

com a morte, que seja por miséria, injusça ou opressão,

está presente em todo sertão nordesno. Algumas vezes

pensa em parar, mas logo na primeira tentava, é

defrontado com a miséria total onde não há trabalho

remunerado e a exploração da morte é o único sustento

possível. Na segunda, já na Zona da Mata com o clima mais

úmido e terra férl, Severino tenta pousar, mas as terras

pertencem aos usineiros e a pobreza connua a rar a vida

pela exploração da mão-de-obra rural. As rimas poécas do

autor, são cunhadas através da críca social e mais uma vez

reflete sobre as causas de mortes no semiárido, onde a seca,

a fome são tão letais quanto o abuso e a ganância humana.

Ao chegar no Recife, a realidade parece não mudar.

Sem estudos ou profissão, o trabalho precário no manguezal

é o único sustento possível e a fome mais uma vez abrevia

os desnos de muitos. Deprimido e sem perspecvas,

Severino pensa em findar seu sofrimento e rar a própria

vida se jogando da ponte no rio Capibaribe, mas o

nascimento de uma criança, traz esperança e o faz refler

sobre o valor da vida, que está em vivê-la em sua totalidade

ainda que seja uma vida severina.

João Cabral faz de Morte e vida severina uma poesia

an-lírica, ao trazer a poéca dos versos ancorada à

realidade. O próprio tulo propõe uma inversão, a morte

precede a vida e intula a luta pela sobrevivência como vida

severina (GRAZIOSI, [201-?]). Contudo, a escrita popular

aproxima o protagonista do leitor e as rimas poécas em

formato de auto, narram os diversos sertões que Severino

encontra em sua jornada, sertões estes que também são

recortes poéco-realistas nos universos literários

sertanistas.


20

1.1.3 Os sertões de Grande sertão: veredasseverina

“Sertão: é dentro da gente.” (ROSA,

2001, p.325). A frase singular de Riobaldo,

protagonista de Grande sertão: veredas, é uma

das grandes reflexões de Guimarães Rosa sobre

o sertão, lançada no ano de 1956. O romance,

considerado uma das obras mais significavas

da literatura brasileira, aborda a dualidade dos

sertões sobre a óca do lugar, das questões

existenciais do ser humano e da própria forma

de narrar. A começar pelo tulo, onde “grande”

confronta “veredas”, que são pequenos

caminhos. Segundo a psicóloga e críca literária

Yudith Rosenbaum, a própria linguagem da obra

é um sertão: “[...] a própria linguagem é um

sertão. É no sertão das palavras, é o sertão da

vida, é o sertão dos senmentos, dos afetos,

então esse sertão é um sertão sico, metasico

e linguísco.” (ROSENBAUM, Casa do Saber -

Youtube, 29/09/2016).

O sertão das palavras que Rosenbaum,

explana em vídeo para a Casa do Saber, é a

linguagem própria da obra, do autor e do lugar,

com palavras em que se compreendem não pelo

significado, muitas vezes inexistentes, mas pelo

contexto.

A narrava é um monólogo-diálogo de

um jagunço com um ouvinte indefinido, que

confidencia a própria história ao mesmo tempo

que reflete sobre ela. A trama não acontece de

forma cronológica, mas da maneira com que o

narrador vai unindo os fatos, contando como

entrou na jagunçagem ao mesmo tempo que se

quesona, dos caminhos e acontecimentos da

vida. Um jagunço que filosofa sobre o que é

escolha e o que é desno, que vive as angúsas

da guerra e de um amor até então inconcebível,

descrevendo sua travessia pelos sertões e pela

vida como um poeta.

Apesar de se passar nos sertões do

centro-oeste, Guimarães Rosa aborda o sertão

além dos limites geográficos, um sertão

existencial que ao mesmo tempo que está no

ambiente ecoa dentro do ser. “Sertão, - se diz -,

o senhor querendo procurar, nunca não

encontra. De repente, por si, quando a gente

não espera, o sertão vem.” (ROSA, 2001,

p.397).

Ao descrever seus encontros com os

sertões em seus senmentos, Riobaldo conta a

vida em bando nas veredas de Minas Gerais,

desde a infância pobre, a fuga da casa do

padrinho, da escolha por ser jagunço, das

batalhas, do pacto e principalmente da

atribulada amizade amorosa com Diadorim;

personagem que atravessa a vida do

protagonista na infância, se reencontram

adultos e determina o rumo da história. A

epopeia de Rosa é repleta de acontecimentos e

se encerra com a descoberta de Riobaldo sobre

a verdadeira idendade de Diadorim durante a

batalha final com o maior inimigo Hermógenes.

Os sertões de Grande sertão: veredas

misturam o concreto ao lúdico, fazem do

ambiente sico uma imensidão, abordam a vida

codiana bruta dos jagunços com delicadeza

poéca de quem debate questões da alma. A

relação tempo e espaço tornam-se inquietantes

por falta de limites e elevam-se a uma dimensão

mitológica (GRECO, 2011).

Sendo assim, os sertões de Guimarães

Rosa são metasicos pois propõem reflexões

existenciais sobre a vida, o lugar em que se

pertence, desígnios e desno. A travessia

proposta pela obra passa pelo sertão, mas

principalmente pelo ser e esta abordagem é

uma das vertentes mais relevantes que

imaginário popular brasileiro concebe sobre os

sertões.


21

1.2 Sertões do imaginário brasileiro

1.2.1 Identidade, nação e poéticaverina

Nos capítulos anteriores perspecvas realistas,

sobre a óca da semânca, historiologia, demografia e

cultura, somaram-se às perspecvas literárias regionalistas,

para ampliar (ao invés de definir) as possibilidades de

compreensão dos sertões. Sendo uma das categoriais mais

recorrentes do pensamento social brasileiro, no conjunto

histórico é uma das regiões que permanece viva no

codiano do país sendo parte do entendimento do próprio

Brasil. Segundo Janaína Amado, conhecer a idendade dos

sertões é conhecer a idendade de uma nação (1995).

A idendade de um país ou região é o reconhecimento

colevo quanto ao seu pertencimento cultural,

social, entre outros predicados ou mesmo senmentos

atribuídos, autoatribuídos e comparlhados pelos indivíduos.

No entanto, as idendades são construções subjevas,

mas que se tornam concretas nas prácas discursivas e obje-

vadas nos usos sociais (MORENO, 2014). O sertão como

idendade nacional, faz parte do reconhecimento da região

como parte elementar do ser brasileiro.

Contudo, a idendade dos sertões integra um

conceito complexo muldimensional, dinâmico e sócio-histórico,

que passa por limites intangíveis como observa

Margarida do Amaral:

A identidade-sertão, aqui neste território de “coisas

(in)tangíveis”, poderia vir a ser o espelho para qual o homem que

nele reside, capta e repele - ou converge - as imagens e os ecos dos

muitos espaços que muitos lugares desertos também abrigaram

em seu percurso histórico e social. É neste momento que o

viajante dos sertões-reais redescobre que o espaço-tempo das

paisagens (imagens) detém significações das práticas culturais

humanas e, o seu desvendamento, se faz um convite àquele

peregrino do que hoje se faz Estado-Nação. (SILVA, 2008, p.

93)

Muito mais do que as caracteríscas geográficas,

para Margarida do Amaral, são as prácas culturais humanas

que revelam a idendade dos sertões e geram no lugar um

espelho do Brasil.

Entretanto, para alguns pesquisadores esta idendade

é qualificada pela posição oposta, ou seja, pelo não-sertão

ou não-sertanejo, sendo uma imagem construída por um

olhar externo, de uma sensibilidade estrangeira e interesses

exógenos (MORAES, 2003). Versão que se sustenta ao observar

a literatura, quando seus escritores não são frutos do


22

meio, pertencem a elite intelectual que se sensibiliza e

evidencia os sertões, mas que não vive a realidade local.

Segundo esta abordagem, pode-se entender que parte da

idendade construída dos sertões deve-se a visão que o

exterior (o não-sertão) tem sobre ele.

Porém Gilmar Ferreira, no livro digital Sertão Educa,

observa que diferente da prosa literária, na poesia popular o

sertanejo tem lugar de fala sobre a sua visão de sertão, seja

em trovas, repentes ou cordéis, todas declamam o

codiano, contam suas experiências de vida e relações com

o mundo-sertão.

O poeta do sertão é um educador do lugar. Sua poesia

sensibiliza o humano para uma melhor compreensão sobre o

sertão. [...] desperta a consciência cultural dos que não

conhecem o sertão para uma possível educação de respeito por

uma terra onde habitam seres humanos simples, humildes, de

uma cultura diversificada, expressiva e que faz da existência

uma comunhão com o mundo vivido. (FERREIRA, 2018, seção

21)

Seguindo este raciocínio, o papel do poeta descrito

por Ferreira se aplica ao escritor literário, ambos cada qual a

sua maneira, despertam a consciência acerca dos sertões

em toda sua pluralidade, são todos educadores do

lugar-sertão. Esta educação através da poesia, e também

prosa literária, emerge da experiência do humano com o

lugar, seja ele pessoa que o vive ou pessoa que o descreve.

Esta educação não tem meio nem fim, sendo um connuo

fazer e refazer da existência um novo aprendizado

(FERREIRA, 2018).

A escrita, seja poesia ou prosa, criava ou realista,

culvam a poéca do universo dos sertões, criam a mísca

em torno do lugar e contribuem para formação da

idendade sertão-nação e promoção da cultura no

pensamento popular. A poéca do codiano, traz a luz a

frugalidade e o ser simples. Simplicidade que está presente

na sobriedade e austeridade da paisagem, na genuinidade e

modésa do sertanejo, na espontaneidade e franqueza da

linguagem, na naturalidade e parcimônia da escrita e na

candura e singeleza idealizados no imaginário brasileiro. A

beleza da simplicidade são aspectos dos sertões poécos

que o presente projeto deseja resgatar, como inspiração

para conceito e estéca da coleção.


23

1.2.2 Tempo, travessia e pensamento

A relação de tempo nos sertões se assemelha com o

espaço, por isso tempo-espaço nos sertões são percebidos

como sem fronteiras. Assim como o sertão de Guimarães

Rosa é sem lugar, o sertão de João Cabral é caminhante e de

Graciliano Ramos atemporal. A concepção de que nos

sertões existem em um tempo próprio, tempo “congelado”

em relação ao tempo urbano, faz reconhecer os sertões

literários modernistas como parte dos sertões de hoje em

dia.

Quiçá seja o tempo dos sertões o período de uma

travessia, que pode ser um deslocar-se na paisagem como

Severino que peregrina para a cidade, ou vivenciar um ciclo

como Fabiano e família resisndo a fase das secas, mas

certamente é uma travessia pela vida, o tempo de viver,

refler e reconhecer a própria existência, como Riobaldo se

confrontando com a própria história.

O tempo que não se mede, acontece no lugar onde

não se limita. O tempo-espaço sertão é imensidão no

imaginário brasileiro, é no pensamento social que todos os

significados, dualidades e possibilidades dos sertões se

fundem e ganham força. “Sertão. Sabe o senhor: sertão é

onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o

poder do lugar.” (ROSA, 2001, p.41).

Os termos “pensamento social” bem como o

“imaginário popular” estão longe de ter uma definição

objeva, pois são processos connuos de desenvolvimento.

Nesta pesquisa o conceito de pensamento social, segue o

raciocínio de Lilia Moritz Schwarcz e André Botelho, que

reconhece o caráter muldisciplinar do termo e o idenfica

como a constuição social das ideias de sociedades ou

grupos sociais e suas estruturas diversas: antropológicas,

polícas, sociológicas, filosóficas, literárias entre outro, mas

também culturais e simbólicas (SCHWARCZ; BOTELHO,

2011).

Para imaginário popular, ulizamos da versão

polissêmica de Carlos Augusto Serbena:

Na falta de uma denominação precisa, pode-se dizer que este

aspecto forma o campo do imaginário, de um modo geral,

formado pelas imagens, símbolos, sonhos, aspirações, mitos,

fantasias, muitas vezes pré-racionais e com forte conotação

afetiva que existem e circulam nos grupos sociais. (SERBENA,

2003 p. 02).


24

O imaginário social oriunda do pensamento míco,

que faz parte da natureza humana como meio para

quesonar a natureza e a cultura, segundo Serbena.

Sendo assim, pensamento social e imaginário

popular brasileiro, são ideias da sociedade acerca da

idendade do próprio país, sejam elas reflexões sobre a

realidade (pensamento) ou utópicas, fantasiosas

(imaginário). Logo, os sertões que formam o pensamento e o

imaginário brasileiros, abrangem todos os conceitos

explanados até então: lugar deserto, oposto ao litoral,

paisagem árida com solo seco terroso, pouco habitado, com

população rural de misturas etnográficas que vive

basicamente da agricultura e pecuária. Sertanejo, vaqueiro,

jagunço, cangaceiro, rerante. Lugar casgado pela seca,

pela falta de polícas públicas e pelo abandono social, mas

também lugar onde a simplicidade e o codiano inspiram a

poesia. Sertões literários que descrevem locais distantes

reclusos, mas também sertões que estão dentro do ser.

Enfim, os sertões estão para o pensamento e imaginário

popular brasileiro na medida em que cada indivíduo se

propõe a conhecê-lo.

Para esta monografia, os sertões eleitos são aqueles

que insgam o pensamento social e principalmente o

imaginário popular brasileiro, destacando a importância que

a literatura tem para a concepção do tema, nos universos

específicos de Vidas secas, Morte e

vida severina e Grande sertão:

veredas, com o propósito de

abranger a realidade codiana, a

críca social, a poéca e a reflexão

que os sertões provocam sobre o

ser. Pois a travessia pelos sertões é

um constante caminhar pelo lugar

árido deserto e pela própria

existência, reconhecendo o Brasil e

o ser brasileiro em ambos.

E se o tempo-espaço sertão

é sem limites e sem fronteiras como

a imensidão do imaginário

brasileiro, o tempo da vida tem

começo e fim, mas a sua percepção

depende do ser que o vive. A

passagem do tempo faz parte do

curso da vivência humana, no

envelhecer se desenha parte da

vida, nos próximos capítulos serão

abordados os tabus, rupturas e

novos conceitos do livre

envelhecimento feminino.


25


26

2 ENVELHECER:

A PASSAGEM DO TEMPO

A vida é um connuo processo de

envelhecimento, desde o nascimento todos

seres vivos passam por fases de

amadurecimento cronológico, biológico,

psicológico e, no caso dos seres humanos,

social. Há uma tendência de classificar o

envelhecimento como um estado e associá-lo a

“terceira idade”, porém envelhecer é um

processo de degradação progressiva que afeta

todos os seres vivos (CANCELA, 2007). Vivenciar

cada fase com naturalidade deveria ser inerente

aos indivíduos, entretanto a valorização em

demasia da juventude e a busca por prolongá-la,

tem feito do envelhecimento algo a ser

retardado ao máximo, já que não pode ser

evitado.

Guita Debert no argo Envelhecimento

e o curso da vida, contextualiza que a parr dos

anos 70 os comportamentos caracterizados à

cada faixa etária romperam e embaçaram as

fronteiras das idades. A juventude, dissociada

da faixa etária, foi transformada em um bem de

valor que pode ser conquistado de acordo com

o eslo de vida (DEBERT, 1997). Se a juventude

foi transformada em um ideal atemporal, a

velhice foi esgmazada. No mesmo argo,

observa-se que a velhice como um período de

perdas, abandono e ausência de papéis sociais,

criou diversos estereópos negavos, que

contribuíram para o medo de envelhecer, mas

ao mesmo tempo levou a legimação de direitos

sociais, como a universalização da

aposentadoria (DEBERT, 1997). No meio destas

fases, se encontra a vida adulta, o período

libertário caracterizado pela autonomia, onde

própria autora quesona esta suposta liberdade

ao citar Jean-Pierre Bounet, psicossociólogo

que entende a vida adulta ava pressionada

pela juventude interminável e pela

aposentadoria precoce. (BOUTINET apud

DEBERT, 1997).

Entretanto, Debert defende a ideia de

que a idade não é um marcador pernente ao

comportamento e que o eslo de vida à frente

da idade vem transformando a sociedade

contemporânea:

A tendência contemporânea é, no entanto, a

inversão da representação da velhice como um

processo de perdas e a atribuição de novos

significados aos estágios mais avançados da

vida, que passam a ser tratados como

momentos privilegiados para novas conquistas

guiadas pela busca do prazer. (DEBERT, 1997,

p.07)


27

2.1 Corpo e envelhecimento no Brasil

A passagem da vida adulta para a

velhice pode ser desafiadora quando observada

pelos aspectos sicos e biológicos: o corpo belo,

jovem e saudável, é desejado, muitas vezes

perseguido e faz parte do ideal de juventude

como eslo de vida. No Brasil, dissertar sobre

envelhecer tem como tópico fundamental o

corpo. Parte do valor cultural nacional, para a

antropóloga Mirian Goldenberg, o corpo no

Brasil é um capital:

Além de um capital físico, o corpo é também um

capital simbólico, um capital econômico e um

capital social. No entanto, é preciso ressaltar

que este corpo capital não é um corpo qualquer.

É um corpo que deve ser magro, jovem, em boa

forma, sexy. Um corpo conquistado por meio de

um enorme investimento financeiro, muito

trabalho e uma boa dose de sacrifício.

(GOLDENGERG, 2011, p. 78)

Goldenberg reafirma a ideia do corpo

capital como um meio de sucesso e contrapõe

ao corpo “natural” (entende-se aqui corpo

natural, como corpo que se modifica pela ação

biológica e do tempo, não corpo moldado pela

estéca vigente), que pode ser entendido como

desleixo (GOLDENGERG, 2012). Essa visão do

corpo natural como descuido consigo mesmo,

impacta diretamente na vivência e aceitação do

envelhecimento, em especial o feminino.

Contudo, a longevidade no Brasil está

aumentando e é compreensível que a busca por

melhor qualidade de vida e vida ava, reflitam

na busca por um corpo mais jovial, sobretudo no

país onde o corpo faz parte da cultura. Segundo

o Instuto Brasileiro de Geografia e Estasca –

IBGE em 2019 a expectava de vida dos

brasileiros aumentou para 76,6 anos (73,1 anos

para homens e 80,1 anos para mulheres), um

crescimento de 31,1 anos para ambos os sexos

se comparado aos indicadores de 1940 (IBGE,

26/11/2020).

O aumento da longevidade e melhora na

saúde mundial estariam aumentando a

meia-idade para além da sexta década de vida,

de acordo com demógrafos europeus e

americanos em estudo publicados na revista

cienfica PLoS One; estando correta a expressão

de que os 60 anos seriam os novos 40 (CARELLI,

O Estado de S. Paulo, 27/04/2015). Sendo assim,

a população em geral sente-se de fato mais

jovem fisicamente, psicologicamente e

socialmente, se comparados a gerações

passadas, convivendo mais e dando novos

significados ao processo de envelhecimento.


28

2.2 Envelhecimento feminino: rompendo padrões

Apesar de ser inerente à todas as pessoas, a

passagem do tempo tem efeitos parculares e disntos em

cada ser. Contudo, além do aspecto individual, há também

diferenças de gênero. Sob o aspecto social, existem

diferentes leituras do envelhecimento masculino e

feminino. Guita Debert no argo Gênero e envelhecimento,

compara visões diferentes que autores abordam sobre o

envelhecimento feminino. Na primeira visão, a mulher ao

envelhecer experimenta dupla vulnerabilidade: a

discriminação pelo envelhecimento e a discriminação por

ser mulher e na segunda, mais omista, encontra na mulher

uma capacidade de adaptação ao envelhecimento e aceitar

as transformações da vida melhor que a do homem

(DEBERT, 1994). Complementares, ambas as visões retratam

o envelhecimento feminino, mas em uma sociedade em

acelerada transformação como a atual, as novas narravas

que estão sendo construídas sobre envelhecer e sobre ser

mulher, também estão criando visões e posições.

O envelhecer feminino na sociedade

contemporânea, está rompendo padrões impostos por

dominação masculina ao longo da história e debatendo

questões necessárias para libertação desses arquépos. Em

O mito da beleza Naomi Wolf, contesta a compevidade

entre gerações imposta pela beleza:

O envelhecimento na mulher é “feio” porque as mulheres, com

o passar do tempo, adquirem poder e porque os elos entre as

gerações de mulheres devem sempre ser rompidos. As

mulheres mais velhas temem as jovens, as jovens temem as

velhas, e o mito da beleza mutila o curso da vida de todas. E o

que é mais instigante, nossa identidade deve ter como base

nossa “beleza”, de tal forma que permaneçamos vulneráveis à

aprovação externa, trazendo nossa autoestima, esse órgão

sensível e vital, exposto a todos. (WOLF, 2018, p.27).

A beleza como base da autoesma feminina traz à

tona novamente o corpo, onde envelhecer é distanciar-se

do sico idealizado e estar vulnerável às crícas externas.

A sociedade criou um padrão

de vida para a mulher, onde a velhice

seria o período da invisibilidade.

Como analisa a socióloga Alda Brio

da Moa, a prescrição tradicional

para a mulher resumia-se em

conformismo e obediência:

[...] domesticidade e repressão social e

sexual, desestímulo ou dificuldade de acesso

e permanência no mercado de trabalho,

desigualdade de formação e de condições de

trabalho em relação às dos homens,

negação aparente de interesse e

capacidade para a política e uma

apropriação social do seu corpo expressa no

controle familiar e na medicalização das

funções reprodutivas. Em resumo, a

expectativa obrigatória de uma

“feminilidade” que significava obediência e

conformismo. (BRITTO DA MOTTA,

2011, p.14).

Porém nos úlmos anos

revoluções feministas conquistaram

mudanças e connuam lutando por

espaços de igualdade, apesar de

grandes evoluções todos os

aspectos abordados por Moa

ainda estão presentes nas lutas

diárias femininas. E quando a

mulher envelhece, o conformismo

se esgmaza na imagem

tradicional da senhora ranzinza ou

avó doce, ignorando a mulher

dinâmica, saudável, livre, sexuada e

criava, que está se revelando na

sociedade contemporânea (BRITTO

DA MOTTA, 2011).


29

Contudo, apesar de ainda

ser uma preocupação, segundo

Miriam Goldenberg, à medida que

envelhecem as brasileiras estão

encontrando cada vez mais ganhos.

Liberdade, felicidade e prazer estão

tomando lugar do preconceito,

doenças e a invisibilidade social nos

discursos de mulheres mais velhas

(GOLDENBERG, 2011).

Apesar de exisrem

estereópos de envelhecimento

radicados na sociedade, os úlmos

tempos têm revelado indivíduos que

não se conformam com rótulos

impostos pela idade. São mulheres

que passaram dos 40, 50 ou 60

anos4, mas se vestem como

desejam, possuem projetos de vida,

culvam o lado posivo de

envelhecer e não correspondem

com as expectavas sociais, pois

escolhem protagonizar a própria

história (PEREIRA; JAEGER, 2018).

Ao subverter o papel de

decadência para a de protagonista

de uma nova fase, encontram

diversas resistências, mas são

questões que estas estão

acostumadas a debater. Mulheres

de diferentes gerações têm formado

um novo conceito de feminino ao

longo dos tempos modernos com

diversos papéis sociais, rompendo

barreiras que muitas vezes

escandalizaram a sociedade, como

controlar a ferlidade tomando a

pílula anconcepcional, ao serem avas no mercado de

trabalho ou ao saírem para dirigir (FERREIRA apud PEREIRA;

JAEGER, 2018).

Confrontar os padrões etários é um processo

natural de uma sociedade contemporânea, em evolução. O

contemporâneo, segundo Agamben tem uma relação

singular com o próprio tempo por não coincidirem

perfeitamente com este, são capazes de perceber, aprender

e verdadeiramente viver seu tempo (2009). Assim mulheres

“40, 50, 60 mais” estão construindo uma nova idendade

para o envelhecer, transpondo os limites e imagens

socialmente pré-estabelecidos.

Romper com os padrões esgmazado de

envelhecimento também significa contestar os preconceitos

velados sobre a velhice e o curso natural do passar do

tempo. O conceito equivocado de inulidade da velhice, faz

com que haja discriminação com o próprio termo, que

possui diversos sinônimos: terceira-idade, idosa, melhor

idade, entre outros, encontrando no termo “velho” sendo

depreciavo.

No livro a Bela Velhice, Miriam Goldenberg

inspirada em Simone Beauvoir idenfica uma nova forma de

viver esta fase da vida, são pessoas que encontraram novos

propósitos, conquistaram a liberdade e almejam a felicidade

(GOLDENBERG, 2013). A bela velhice, propõe uma forma de

viver o passar do tempo, ou seja, um novo envelhecer

descoberto nas mulheres contemporâneas de 40, 50 ou

mais de 60 anos.

Junto das novas perspecvas deste movimento

feminino contemporâneo, outras terminologias têm

surgido: Ageless, Agefull, Perennials, Pleasure Growers,

Greynnaisances, são denominações similares, algumas mais

abrangentes, mas todos referem-se às pessoas que não se

reconhecem com a faixa etária cronológica e se idenficam

pelo eslo de vida.

4Optou-se por indicar as idades 40, 50, 60 anos ou mais por uma proximidade comportamental quanto a liberdade de envelhecimento

(não etária) e por serem grupos que trouxeram à tona este debate. Contudo, o conceito de livre envelhecimento

abrange mulheres além dos 60 anos que estão presentes no termo “mais”.


30

2.2.1 Agelessrande sertão: veredasseverina

Ageless generation, também conhecida

como geração sem idade, é o termo ulizado

para designar a geração de pessoas que não se

idenficam com a idade cronológica e com o

perfil que a sociedade espera dessa faixa etária.

O conceito começou a ser estudado a princípio

pela gerontologia, área da medicina que estuda

o envelhecimento e a longevidade. E difundido

em 1986 por Sharon Kaufman, autora do livro

The Ageless Self: Sources of Meaning in Late Life;

a professora de medicina antropológica

reconheceu em pesquisas sobre a velhice,

pessoas que não se encaixavam nos grupos

etários da época e percebiam-se sem idade. A

parr dos anos 2000 passou a ser adotado pela

publicidade e moda com posição de tendência

(PINHEIRO; MONARCHA, 2019).

Inclassificáveis como são também

denominadas, as mulheres ageless não aceitam

rótulos, vivem, se vestem, se relacionam

conforme o eslo de vida que desejam. Miriam

Goldenberg, informa que esta é uma geração

que transformou comportamentos, tornou a

sexualidade mais livre e prazerosa, legimou

novas formas de relacionamentos amorosos,

conjugais e formas de vivenciar uma família.

Ampliou os significados de ser mãe, ser avó e

agora está transformando o envelhecimento

(GOLDENBERG, 2013). Porém por ser

inclassificável o termo foi além da geração que o

iniciou e se aplica a todas as mulheres que se

sentem livres e não se conformam em aceitar o

envelhecimento de maneira pejorava. Contudo

Goldenberg, esclarece ageless são pessoas que

não aceitam imposições e respeitam sua

singularidade, por isso também não estão

paralisados em busca da juventude eterna e nem

da própria versão mais jovem, buscam

envelhecer à sua maneira (CARDOSO, Gazeta do

povo online, 30/03/2015).

Entre os muitos exemplos de mulheres

ageless que encontramos na sociedade

contemporânea, vale destacar no Brasil a figura

de Fernanda Montenegro, com 91 anos, mantém

uma vida ava como mulher, mãe, avó, atriz

entre tantas versões que pode ter de si mesma.

Quando quesonada sobre idade, responde:

Penso todos os dias. O tempo todo. Não quero

ser jovem e não me acho jovem, claro que não.

Mas me sinto como um ser humano ativo. Esta

palavra, “velha”, bem, deveriam inventar outra

porque ela já vem contaminada de coisas como a

decadência, a finitude. Os velhos são

produtivos, apesar de terem uma sociedade que

só cultua o novo. Existem velhos que produzem

e muito. Uma pessoa de 80 anos dizer que se

sente jovem é mentira. Se você é velho, você

tem menos tempo de vida. (MOVIMENTO

AGELESS, 25/03/2015).

Nem jovem, nem velha, a fala de

Fernanda Montenegro corrobora a visão de que

sua vida ava a torna inclassificável.


31

2.2.2 Agefull

2.2.3

Muito próximo do conceito, mas

diferente na denominação, surge recentemente

de maneira informal, o termo agefull em

quesonamento ao ageless. Parte das pessoas

que se idenficam como sem equeta para a

faixa etária, também não concordam que são

“sem idade”, pelo contrário, enxergam sua

trajetória de vida repleta de todas as idades

vividas, ou seja, passaram pelos 20, 30, 40...

entre outras faixas etárias e chegam a atual

repletos de experiências. E por isso propõem o

termo agefull, cheio de idade, complementando

o conceito de envelhecer à sua maneira, mas

sem rejeitar qualquer idade.

Sem autoria definida, o termo tem

ganhado espaço nas falas de mulheres que se

idenficam com o conceito. Em entrevista ao

portal de nocias Terra sobre envelhecimento,

escritora e publicitária Cris Guerra (que também

se apresenta como mãe, palestrante,

influenciadora digital, tatuada e múlpla) optou

pelo termo ao falar de idade:

Tenho todas as características das idades em

mim. Às vezes, eu sou uma velhinha, às vezes,

eu sou uma criança. Outro dia ouvi um termo,

acho que do psicanalista Christian Dunker, que

o termo melhor não é ageless, mas agefull

(cheias de idade), porque nós não somos sem

idade, mas temos muitas idades. Isso significa

que a gente tem 40, 50, 12, 2. Todas essas

pessoas estão em nós. (ESPINOSSI, Terra

online, 19/08/2020).

Livre para envelhecer da maneira que

deseja, reconhecendo todas as experiências em

cada faixa etária e aceitando a idade atual por

completo, as mulheres agefull ainda se

idenficam como inclassificáveis e por isso

também não desejam negar a idade, propõem

apenas um ajuste ao termo.

Pesquisadores classificam as gerações de

acordo com o período de nascimento e a

influência histórica: acontecimentos,

comportamentos, padrões sociais entre outros

elementos para entender a influência de uma

geração. Temos relacionadas as seguintes: Baby

Boomers nascidos entre 1945 e 1964, Geração X

entre 1965 e 1981, Millennials de 1982 a 2000 e

Geração Z de 2000 a atual. No entanto, no ano de

2016 um novo termo surgiu seguindo o

movimento ageless já existente. A publicitária do

site The What, cunhou o termo perennials (que

significa perenes) para idenficar pessoas que

não possuem idade definida. (PARRA, Você S/A

online, 16/07/2020).

Perennials são mulheres acima dos 40

anos que não se classificam pela data de

nascimento, possuem uma mentalidade jovem

ao mesmo tempo que assumem o sico que

possuem. A faixa etária é o que menos importa,

o recorte etário é amplo pois o que as destacam

é o eslo de vida atemporal, que pode reunir de

diversas idades. A autora do termo explica: “São

pessoas movidas pela curiosidade, com a cabeça

aberta, que nunca param de aprender e

recomeçar, se for preciso. Elas não vêm a vida

como uma linha do tempo, mas como uma rede

de conexões e experiências”. (DI DOMENICO,

Vogue online, 14/11/2019).

A geração das perenes no Brasil foi aceita

principalmente por mulheres entre 40 e 50 anos.

Movimentos de adesão surgiram,

principalmente para debater o tema e trocar

experiências da mulher moderna madura.


32

2.2.4

2.2.5 Greynnaisanceseverina

Considerados idosos que buscam viver

experiências felizes, os Pleasure Growers são os

Baby boomers que procuram ter

comportamentos alinhados aos valores

modernos e não se aceitam como pessoas

tradicionais da terceira idade, de acordo com

Francesco Morace, autor do termo. Para Morace,

essa é uma geração que viveu a revolução sexual,

quebrando tabus e agora vem trazer vitalidade

rompendo com preconceitos da velhice também.

São pessoas com ideias claras do próprio futuro,

com mais tempo para se dedicarem si mesmos e

para o que sempre sonharam, mas muitas vezes

não veram tempo ou condições de realizar

(MORACE, 2012).

Denominados em uma publicação sobre

consumo, o autor direcionou os Pleasure

Growers como um potencial grupo de

consumidores, relatando comportamentos e

escolhas voltados mais à compra do que ao eslo

de vida em si. Contudo, Morace enxergou neste

grupo um diferencial que não se caracteriza pelo

perfil convencional de idosos compreendido pela

sociedade de modo geral.

Específico de um grupo, mas ainda

dentro do eslo de vida atemporal

greynnaisances são modelos, influenciadoras

com mais 50, 60 anos que estão sendo

recrutadas pela indústria da moda e publicidade

para se comunicar com sua geração e até

gerações mais novas.

Pesquisadores de tendências sinalizam

que este movimento começou em 2015, quando

Joan Didion foi convidada a estrelar a campanha

de verão da francesa Céline, com 80 anos na

época a escritora tornou-se o rosto da marca.

Este caso foi icônico, porém não isolado, outras

marcas de luxo como Lanvin, Calvin Klein e Saint

Laurent trouxeram greynnaisances para

protagonizar suas campanhas (MATOS, Vogue

Portugal online, 18/04/2018).

Estas são mulheres joviais, modernas,

vivem o presente, são ligadas a moda e a

estéca, mas assumem os cabelos brancos, as

rugas e marcas dos tempos com naturalidade e

leveza. Representam um mercado em ascensão,

mas ainda um grupo raro de modelos (Revista

Catarina, 13/01/2021).

Entre tantas terminologias há uma

tendência de a sociedade classificar e rotular um

grupo que busca ser livre de rótulos, mas

independente do tulo é possível delinear um

movimento de ressignificação do

envelhecimento, que passa avamente pelo

universo feminino e encontra novas formas de

viver o mundo contemporâneo bem como o

momento de vida em que se encontram.

Confirmando o conceito de Debert de que o

comportamento e eslo de vida estão à frente da

faixa etária (1997) e influenciando a moda,

publicidade e o consumo em geral a ofertarem

produtos e serviços que estejam alinhados com

os valores deste grupo. Assim como a sociedade

de modo geral compreender as novas narravas

que estão sendo propostas por estas mulheres

contemporâneas atemporais.


33

3 MULHERES

Ser mulher é ser plural. Apesar de idenficadas pelo sexo

feminino, ser mulher está muito além de uma designação biológica.

Diversas entre si, mulheres existem socialmente e incluem diversidades

de idades, crenças, constuições familiares, comunidades, classes

sociais, culturas, nações etc., entre tantos aspectos, mas muitos

moldados por regras sociais e costumes em consequência das

estruturas de poder (TILLY, 2007).

A idendade feminina é heterogênea e um connuo processo

de construção, constui uma visão sobre si mesma e o mundo, mas ao

mesmo tempo é resultante do olhar do outro, sendo composta pelo

discurso do seu interlocutor, ou seja, a idendade feminina também se

revela pelo reflexo de que a sociedade constrói sobre ela, muitas vezes

em decorrência do discurso masculino dominador ao longo da história

(VIEIRA, 2005). Mas as lutas feministas nesse ínterim, trazem espaço e

voz ao feminino, fazendo parte da composição da idendade da mulher

contemporânea.

Entretanto, o que é ser uma mulher contemporânea?

Contemporâneo no dicionário é definido como algo ou alguém do

tempo atual (AULETE, 2008), neste contexto ser contemporâneo, pode

ser entendido como alguém caracterísco do seu tempo, que vive os

preceitos e realidades do momento vigente. Todavia, para o filósofo

Giorgio Agamben, pertencem genuinamente ao seu tempo aqueles que

não coincidem plenamente com o tal, justamente por não se

adequarem as pretensões são mais capazes, em relação aos demais, de

captar e assimilar a época em que vivem. Na visão do autor, quem

corresponde perfeitamente a seu tempo não está apto para enxergá-lo

ou percebê-lo, só o compreende quem mantém um olhar fixo

sobre o tempo vigente e assim, observa o que está nas

entrelinhas, o que está velado e não exposto (AGAMBEN,

2009).

Neste projeto, ser uma mulher contemporânea

significa ter uma relação própria com a vida e

com o envelhecimento, que precisamente por destoar

dos padrões estabelecidos pela sociedade através

dos anos, são capazes de compreender os sinais

implícitos da modernidade, vivendo e atuando no tempo

presente com o olhar fixo em todas as possibilidades,

na liberdade de ser o que desejar.

E no intuito de abranger todas as mulheres de 40,

50, 60 anos ou mais, criou-se o termo Contemporâneas +.

Neste contexto, o sinal de mais “+” procura englobar as

mulheres que independentemente da faixa etária buscam

ser mais que os limites do tempo e da sociedade,

reafirmando a pluralidade e liberdade feminina.


34

3.1 Pesquisas

As mulheres contemporâneas 40, 50, 60

anos ou mais fazem parte de um grupo em

autodescobrimento e expansão, para melhor

entendimento de suas relações com

envelhecimento, corpo e a moda, foram

realizadas pesquisas as quais os resultados

serão ulizados para embasamento do projeto.

3.1.1 Pesquisa quantitativa

A primeira realizada, foi uma pesquisa

quantava direcionada para mulheres acima

dos 40 anos, com objevo de idenficar a

relação destas como a própria idade, corpo e o

vesr. Aplicadas à grupos de conversas no

Whatsapp e Facebook, o formulário online

obteve 144 respostas válidas no período de 15

de janeiro de 2021 à 01 de fevereiro de 2021,

sendo maioria residentes do estado de São

Paulo (85,5%).

A pesquisa abordou mulheres casadas

ou em união estável (67,8%), solteiras (13,8%),

divorciadas ou separadas judicialmente (11,8%)

e viúvas (6,6%). Em relação ao mercado de

trabalho a maioria se encontra atuante (63,9%),

sendo empregadas (33,6%), autônomas (25,7%)

e que trabalham informalmente (4,6%).

Seguidas por aposentadas (19,1%), donas de

casa (9,2%) e desempregadas (7,2%).

Quanto a filhos, a pesquisa divide-se

em mulheres que possuem filhos

independentes (43,4%) e filhos que necessitam

de cuidados parciais (27,6%) ou totais (13,2%),

seguidas de por mulheres que não possuem

filhos (15,8%). Sobre o nível escolar, a grande

maioria possui ensino superior completo

(65,1%), seguidas por ensino médio completo

(25%).

6. Em qual faixa etária você se encontra?

152 respostas

30,3%

42,8%

21,7%

Menos de 40 anos

Entre 40 e 49 anos

Entre 50 e 59 anos

60 anos ou mais.

7. Responda apenas se você tem entre 40 e 49 anos. Como você denomina a

sua faixa etária?

65 respostas

Jovem

52,3%

24,6%

7,7%

Adulta

Meia-idade

Madura

Idosa

Terceira-idade

Velhice

Melhor idade

7A. Responda apenas se você tem entre 50 e 59 anos. Como você denomina

a sua faixa etária?

46 respostas

Adulto maduro

45,7%

13%

10,9%

17,4%

1/2

Ageless

Agefull

Perennials

Pleasure Growers

Greynnaisance

7B. Responda apenas se você tem 60 anos ou mais. Como você denomina a

sua faixa etária?

33 respostas

Adulto maduro

27,3%

30,3%

2/2

Ageless

Agefull

Perennials

Pleasure Growers

Greynnaisance

2/2

18,2%

Figura 03: Gráficos de respostas do quesonário

quantavo - perguntas 6 a 7B.


35

Um dos objevos principais do

quesonário é verificar a forma como estas

mulheres idenficam suas faixas etárias e se

conhecem, ou se reconhecem, nos diversos

termos que existem para abordar mulheres

mais velhas. Quando quesonadas como

denominam suas faixas etárias, mulheres entre

40 e 49 anos (que correspondem à 42,8% das

entrevistadas) se idenficaram como mulheres

adultas. Entre 50 e 59 anos (30,3% das

entrevistadas) como mulheres maduras e com

60 anos ou mais (21,7% das entrevistadas)

como terceira-idade ou melhor idade, em

nenhuma das faixas etárias os termos ageless,

agefull, perennials, pleasure growers ou

greynnaisance foram eleitos com significância,

assim como termos como “meia-idade”,

“idosa” e “velhice” que permaneceram em

baixas ou nulas porcentagens; estes úlmos

corroboram a ideia de que terminologias

diretamente vinculadas à velhice não são

aceitas socialmente.

Quando indagadas sobre se idenficar

com a própria idade, a maior parte se sente

mais jovem (65,3%), seguidas por as que se

sentem com a idade que possuem (31,3%) e por

fim, poucas que se sentem mais velhas (3,5%),

estando alinhadas com o estudo publicado pela

revista cienfica PLoS One do aumento da

meia-idade para além da sexta década de vida,

de que os 60 anos seriam os novos 40 (CARELLI,

O Estado de S. Paulo, 27/04/2015).

8. Você se identifica com a sua idade?

144 respostas

é uma fase desafiadora e a mesma porcentagem

que o percebe de maneira posiva, sendo 25%

que consideram libertadora e 18,1% entendem

como fase de valorização, que torna a vida

melhor.

9. Como você se sente em relação a sua idade?

144 respostas

89,6%

Me sinto bem

Indiferente

Me sinto mal

31,3%

Não, me sinto mais jovem.

Sim, me sinto com a idade

que tenho.

Não, me sinto mais velha.

65,3%

10. Qual a sua relação com o envelhecimento?

144 respostas

9,7% 25%

Valorização, sinto que

torna a vida melhor.

Desafiadora, sinto que

traz limitações.

Figura 04: Gráfico de resposta do quesonário

quantavo – pergunta 8.

De todas as entrevistadas 89,6% se

sentem bem com a idade que possuem.

Entretanto sobre a relação com o

envelhecimento divide-se em 43,1% acham que

43,1%

18,1%

Indiferente, não sinto

diferença.

Libertadora, sinto que

posso viver como quero.

Depreciação, sinto que

é ruim.

Figura 05: Gráficos de respostas do quesonário

quantavo - perguntas 9 e 10.


36

Contudo ao quesonar diretamente

sobre os novos termos para o envelhecimento

(ageless, agefull, perennials, pleasure growers ou

greynnaisance) de 70,1% a 96,5% desconhecem.

De todos, o mais reconhecido e que se idenficam

é o termo ageless (18,1%), também o mais

difundido e o primeiro estabelecido.

12A. Você conhece o termo AGELESS? Caso conheça, se

identifica com esta denominação?

144 respostas

Sim, conheço o termo.

Mas não meidentifico.

70,1%

11,8%

Sim, conheço o termo

e me identifico.

Não conheço.

18,1%

12B. Você conhece o termo AGEFULL? Caso conheça, se

identifica com esta denominação?

144 respostas

Sim, conheço o termo.

Mas não meidentifico.

86,8%

8,3%

Sim, conheço o termo

e me identifico.

Não conheço.

12C. Você conhece o termo PERENNIALS? Caso conheça, se

identifica com esta denominação?

144 respostas

Sim, conheço o termo.

Mas não meidentifico.

12D. Você conhece o termo PLEASURE GROWERS ? Caso

conheça, se identifica com esta denominação?

144 respostas

Sim, conheço o termo.

Mas não meidentifico.

90,3%

Sim, conheço o termo

e me identifico.

Não conheço.

95,8%

Sim, conheço o termo

e me identifico.

Não conheço.

12E. Você conhece o termo GREYNNAISANCE ? Caso

conheça, se identifica com esta denominação?

144 respostas

96,5%

Sim, conheço o termo.

Mas não meidentifico.

Sim, conheço o termo

e me identifico.

Não conheço.

Figura 06: Gráficos de respostas do quesonário

quantavo - perguntas 12A a 12E.


37

Esta parte inicial da pesquisa rafica o

conceito de Debert de que a idade não é um

marcador pernente, mas que o eslo de vida e

o comportamento são mais determinantes

quanto ao envelhecimento na sociedade atual

(DEBERT, 1997). Na segunda parte as questões

indagam sobre corpo e moda, quando

perguntadas se senam livres para vesr o que

desejam 87,3% responderam sim, sendo que

51,6% sempre se senram livres para vesr o

que quiser, 23,8% se senram livres na fase

adulta, 11,5% na juventude, 6,6% na

maturidade e a mesma porcentagem na

adolescência. Das 15,3% entrevistadas que não

se sentem livres para se vesrem como

desejam, 36,4% encontram peças que gostam,

mas não acham adequadas à sua faixa etária,

seguidas por 31,8% que não encontram

modelagens ou peças com bom caimento. Esta

questão, em parcular, reafirma o perfil da

mulher contemporânea que é livre para ser (e

no caso vesr) o que quiser, entretanto vale a

pena observar que mesmo sendo uma minoria,

parte das entrevistadas encontram limites para

se vesrem.

13. Você sente que tem liberdade para se vestir como quer?

144 respostas

84,7%

15,3%

14. Se a sua resposta a pergunta 13 for SIM. Em qual momento da sua vida

você se descobriu livre para vestir-se como quiser?

122 respostas

11,15%

51,6%

23,8%

Sim

Não

Sempre me senti livre

para vestir o que quiser.

Na adolescência, me visto

como quero desde então.

Na juventude, me visto

como quero desde então.

Na fase adulta.

Na maturidade.

Na terceira-idade.

15. Se a sua resposta na pergunta 13 for NÃO. O que limita suas escolhas ao

se vestir?

22 respostas

Tamanhos: Não encontro produtos

dos tamanhos que desejo.

36,4%

13,6%

9,1%

Modelagens: Não encontro produtos

que tenham bom caimento.

Estilo: Não encontro peças que me

agradam

Faixa etária: Até encontro peças que

me agradam, mas acredito que não

sirvam para a minha faixa etária.

31,8%

Social: Me preocupe se estou me

vestindo adequadamente.

Nenhuma das opções das

anteriores.

Figura 07: Gráficos de respostas do quesonário

quantavo - perguntas 13 a 15.

Mas quando perguntadas sobre a

relação com o próprio corpo, 53,5% classificou

como média (ora se sente bem, ora não), 24,3%

como boa, seguidas por 13,2% como ruim e 9%

indiferente, indicando que o corpo é um ponto

importante na sociedade brasileira, no tema

envelhecimento feminino.

O quesonário encerra indagando como

a pessoa se senu ao responder a pesquisa,

onde 84% se senram interessadas em debater

mais sobre padrões sociais, envelhecimento e

moda, contra 16% que não encontrou relevância

no tema, confirmando a importância de

pesquisa deste nicho para o próprio público. A

pesquisa completa, assim como os resultados

estão disponíveis no Anexo I desta monografia.


38

3.1.2

Pesquisa qualitativa (Entrevistas)

Connuando os estudos e

aprofundando o contato com o nicho, foram

realizadas entrevistas mantendo o objevo

principal de entender como mulheres acima

dos 40 anos se reconhecem na sociedade

contemporânea, como lidam com o

envelhecimento, corpo e moda. Na pesquisa

anterior cerca de 52% das parcipantes se

mostraram interessadas em connuar

parcipando dos estudos, destas foram

entrevistadas 10%, um total de 08 mulheres

proporcionais as faixas etárias estudadas,

sendo 03 entre 40 e 49 anos, 02 entre 50 e 59

anos, por fim 03 de 60 anos ou mais.

As pesquisas foram desenvolvidas no

período de pandemia em decorrência do

Covid-19, sendo assim para manter os

protocolos de saúde, optou-se por realizar

entrevistas individuais online gravadas; todas

foram autorizadas, bem como os materiais

cedidos pelas parcipantes. Ao todo, foram 22

perguntas e mais 02 solicitações, que

decorreram em uma conversa informal sobre as

vivências e opiniões de cada entrevistada.

As entrevistas iniciaram solicitando a

apresentação pessoal e livre de cada

parcipante. No geral, o grupo é heterogêneo,

dividido entre mulheres casadas (50%) e

mulheres solteiras, divorciadas ou viúvas (50%),

do total 07 são mães. Todas se apresentaram

contando um pouco de sua história e a maioria

(06) é atuante no mercado de trabalho. O que

possuem em comum: são mulheres

independentes, com vidas avas e projetos de

vida em andamento ou em planos futuros.

Projetos de vida, segundo Simone Beauvoir são

caminhos para o que a escritora chamou de

“bela velhice” e o que a autora Mirian

Goldengerb constatou como fundamental na

geração ageless (GOLDENBERG, 2013).

A primeira fase das perguntas aborda

sobre a relação pessoal das entrevistadas com

envelhecimento e a sociedade. Em relação a

idade, todas se percebem bem com a fase em

que vivem, a maioria não nomeia a própria faixa

etária e se sentem mais jovens ou melhores

com as idades que possuem:

Eu prefiro não nomear [...] eu hoje com 40/ 41

(anos) me enxergo madura a ponto de ver que

foi uma besteira aquilo que vivi (dificuldade de

aceitação das mudanças do corpo após a

gravidez na juventude) e que eu gostaria de

ter essa cabeça há 20 anos atrás. Eu não

gosto de ter uma nomenclatura para isso (faixa

etária), só penso que hoje estou pronta para

viver uma fase gostosa. Gosto de viver essa

fase da minha vida e quero vivê-la por um bom

tempo. (Camila Baltazar Bragatto, mãe,

casada, estilista e empreendedora, 42 anos).

Para falar verdade não penso nisso (faixa

etária) [...] eu me sinto bem, porque não me

sinto com 60 (anos), acho estranho quando falo

com as pessoas sobre a minha idade, parece até

que estou falando de outra pessoa (risos).

(Fátima Regina dos Santos, aposentada e

professora, solteira, 60 anos).

Quando quesonadas sobre o

envelhecimento e o impacto em suas vidas,

todas ressaltaram não se incomodar com o fator

etário. Algumas evidenciaram os benecios do

amadurecimento e a maioria demonstrou que a

preocupação maior é quanto à saúde e

limitações sicas inerentes ao passar do tempo:

Eu não penso muito nele (envelhecimento) [...]

toda vez que eu paro para pensar, uma coisa

que eu busco e tenho buscado um pouco mais

agora, é esta questão da saúde. A colheita é

obrigatória, não tem jeito... (risos). (Silene

Gomes de Lima, mãe, casada, empresária do

ramo de iluminação, 49 anos).

Ao falar sobre as mudanças de vida em

relação há 10 anos e se projetarem daqui 10

anos, a maioria relatou situações de vidas no

passado que foram desafiadoras e por isso se

enxergam melhores na atualidade, todas

enfazaram mudanças corporais e diminuição

da disposição sica, mas ao se projetarem para

o futuro foram unânimes em desejar manter o

que possuem hoje e ter maior aceitação e amor

consigo mesmas, independente da opinião

alheia.


39

[...] (daqui 10 anos) mais independente

fisicamente, de olhar para mim e gostar do que

ver e ficar feliz com o que está [...]

esteticamente mais independente. (Solange

Gomes de Lima, aposentada e autônoma do

ramo de iluminação, solteira, 60 anos).

Entrando no tema de gerações, quando

comparadas às gerações de suas mães todas

percebem a evolução da sociedade quanto aos

direitos e conquistas femininas, mesmo sendo

de gerações diferentes sentem que as suas

estão mais autônomas das próprias escolhas,

são mais livres em ser o que desejam e

abordam o vesr, nessa liberdade:

(o que mudou) Tudo! ... minha mãe era velha

aos 44 anos, tinha uma vestimenta mais dura,

mas fria, mais composta. Os corpos eram muito

bonitos, porque ela era de uma geração que a

alimentação era diferente da nossa [...] minha

mãe era muito bonita. Mas naquela época tinha

muito padrão: você é casada, você tem que

seguir um padrão estético, você é mãe, você

tem que seguir um padrão estético, hoje a

mulher tem todas estas questões, mas você

consegue ser o que você é [...] você tem mais

possibilidades, não que o mercado enxergue que

essas possibilidades são para uma mulher de

44 anos [...] o mercado não faz roupa para

mulher de 44, ele faz roupa para a mulher de

34 e a mulher de 44 hoje tem uma

mentalidade, que ela consegue ir lá e pegar a

roupa dessa cidadã de 34/ 24 e transformar

naquilo que ela conseguiria se sentir bem.

(Ester Eloir Diniz de Souza, mãe, estilista,

solteira, 44 anos).

Finalizando a primeira fase de

perguntas, as entrevistadas são quesonadas

sobre a sociedade atual e como sentem que

suas gerações estão transformando a

sociedade. As respostas mostram que a cada

época padrões são rompidos, apesar da

sociedade ainda criar padrões, todas enxergam

nas mulheres de suas gerações protagonistas de

novas formas de vida e reconhecem nas

gerações futuras o crescimento da busca por

esta autonomia:

Nós somos uma geração de ruptura [...] a gente

conseguiu fazer uma universidade, conseguimos

uma independência financeira, eu acho isso

muito importante [...] quando você tem uma

independência financeira, isso te traz uma

liberdade e autonomia muito grande. Eu

acredito que o diferencial realmente foi este, de

sermos donas das nossas vidas e das nossas

escolhas (Maria de Fátima da Silva, mãe,

professora de yoga, divorciada, 59 anos).

A sociedade ainda espera enxergar padrões...

ah! eu tenho muitas tatuagens [...] o estilo de

me vestir é o mesmo, eu tenho uma alma jovem

[...] é o mesmo padrão de roupas que eu usava

com 30 [...] Não sei porque as pessoas criam

esse estereótipo de que a mulher de terninho é

a mulher de 40, isso eu sinto se eu participo de

uma reunião no meio corporativo [...] a

sociedade julga muito pelo estilo de roupa.

[...] Vejo que a minha geração ainda se apoia

muito na geração que veio depois de nós, que

está fazendo essa revolução muito forte,

maravilhosa, pondo o feminismo à tona [...] de

que somos iguais, acabar com a diferença

salarial [...] eu vejo que a minha geração

revolucionou, mas acredito que a geração que

veio depois fez uma revolução muito mais forte

e que a minha geração se apoia nela. (Camila

Baltazar Bragatto, 42 anos).

Na segunda fase, a entrevista conduz as

questões para a moda, analisando a afinidade

de cada uma com o vesr, dificuldades e

prioridades de consumo.

Na pergunta sobre suas relações com a

moda, apesar das respostas serem pessoais,

houve uma diferença importante entre a faixa

etária de 40 a 49 anos com as demais.

A maioria relacionou a moda com o

eslo pessoal, entretanto as entrevistadas entre

40 e 49 anos além de relacionaram com o

entendimento pessoal, destacaram também

questões de mercado, indústria e consumo.

[...] (moda) é autoestima, ela é bem estar, ela

é conforto, ela é diversão também [...] moda

influencia o tempo, conversa bastante com o

design [...] está relacionada também às

questões políticas e sociais de cada época [...]

ouve-se dizer de mão-de-obra escrava (cita


40

marcas); a questão da importação em massa

que complicou bastante, das costureiras de mão

cheia que cada vez é mais difícil encontrar, que

não são valorizadas e que cobram pouco pelo

trabalho, e pelo tanto que trabalham não tem

seu sustento correspondente [...] acho

complicada essa relação da moda [...] na minha

relação com moda/ vestir eu tenho buscado cada

vez mais comprar menos peças e de melhor

qualidade. (Silene Gomes de Lima, 49 anos)

Sobre as dificuldades que encontram ao

se vesrem, a maior parte citou a dificuldade em

achar peças que se adequem ao corpo atual,

citando quesitos como tamanhos, modelagens,

bom caimento. A entrevistada Ester chegou a

relacionar a dificuldade de modelagens para sua

faixa etária, citando pontos principais como

ombros, bustos e quadris maiores, a busca por

uma cintura mais marcada. Estas observações

destacam a necessidade de estudos de

ergonomia direcionados ao nicho.

Ao equiparar o modo de vesr atual com

10 anos atrás, as respostas foram diversas desde

mudanças de tamanho, eslo e busca por

consumo mais consciente, até nenhuma

mudança observada. E sobre a relevância da

idade na escolha de uma peça de roupa, a

maioria acreditar não ter importância, mas sim

o que se adequa ao eslo e gosto pessoal.

Quando quesonadas sobre o que

buscam ao se vesr, foram unânimes em eleger

o conforto, seguido da estéca. E sobre o que

priorizam na compra, o conforto e a estéca se

manveram como prioritários, mas quesitos

como durabilidade, qualidade, pracidade, ser

combinável e se adequar ao momento de vida,

também foram citados. Preço foi mencionado,

mas como custo benecio, não como quesito

principal:

“(sobre a peça de roupa) que seja confortável e

que eu goste, que seja bonita também. O preço

às vezes não tem tanta importância.” (Marina

Gomes do Egito Minelli, mãe, viúva, aposentada,

81 anos).

Finalizando as questões sobre moda, foi

perguntado se a pandemia poderia impactar na

forma de vesr atual e se sim, como. As

respostas na maioria confirmaram mudanças,

enfazaram o conforto aliado à estéca (estar

confortável e apresentável para o home office),

o aumento do consumo online, o consumo mais

consciente: reduzindo o volume, comprando

menos e peças mais duráveis, além da busca

pela simplicidade.

No meu modo de ver, acho que a pandemia vai

simplificar, vai trazer uma consciência de que eu

não preciso de tanto. Acho que vai dar uma

enxugada nos guarda-roupas, que serão peças

mais coringas. Acho que a pandemia trouxe isso,

uma responsabilidade de planeta. Porque a

gente começa a observar quanto lixo a gente

junta, quanta coisa que a gente tem e não usa,

quanta coisa a gente compra por impulso.

(Solange Gomes de Lima, 60 anos).

O úlmo bloco da entrevista, abordou

sobre durabilidade e descarte de peças de

roupas. A durabilidade média ficou entre 5 anos

da compra ao descarte, das peças que duram

mais, o tempo variou entre mais de 10, 20 e até

mais 30 anos dependendo da entrevistada. A

maioria indicou peças de inverno como mais

duráveis por optarem por modelos mais

combináveis, de melhor qualidade e se exporem

a menos tempo de uso comparado às outras

estações, o casaco foi o modelo indicado como

mais duradouro.

Eu tenho um casaco de lã ... um blazer, que eu

tenho desde que tinha 25 anos. Mas ele é um

blazer italiano [...] sabe aquela lã boa? Então,

esse eu não me desfiz, ele é preto, ele é clássico,

não vai sair de moda. (Maria de Fátima da Silva,

59 anos).


41

Infelizmente nesse momento não, mas eu vejo

que é um processo natural. Eu vou começar sim,

por uma questão de planeta mesmo [...] eu estou

em atenção com relação como é feita, quanto isso

gera de lixo para o planeta, quanto que gera de

produto químico [...] se uma roupa rasgou, ela

vira um pano de chão, ela vai para o lixo, mas se

ela é de um material complicado não vai se

dissolver nunca, muita calma nessa hora.

Não faço ideia por onde começar a entender quem

trabalha com mão-de-obra escrava, com quem

mexe com tintura com química [...] os materiais

que são utilizados como são produzidos, isso tem

começado a me incomodar. (Solange Gomes de

Lima, 60 anos).

Eu tenho me preocupado ... quando a roupa não

tem condições de ser doada e jogar onde? Isso é

o mais difícil para mim. (Marina Gomes do Egito

Minelli, 81 anos).

Ao perguntar se uma peça com mais

opção de uso teria uma vida úl mais longa, a

maioria entende que não, pois acreditam não

impactar no descarte dessa peça. E quando

quesonadas se uma peça com mais de uma

opção de uso seria um diferencial para a

compra, a maior parte acredita ser indiferente.

Porém das mulheres entre 40 e 49 anos, duas

(de três) destacaram ser essencial para a

decisão de compra:

Para mim é muito importante se ela (a peça)

tem mais de uma opção de uso. Eu gosto muito

disso porque você consegue reinventar muitos

looks, para uma viagem é uma peça que você

pode levar com certeza. [...] com certeza é uma

decisão na hora da compra. (Camila Baltazar

Bragatto, 42 anos).

Quando quesonadas sobre o descarte,

foram unânimes em indicar a doação ao se

desfazerem da peça. Contudo ao serem

quesonadas se a procedência e forma de

descarte eram importantes para a decisão de

compra, todas citam a importância destas

informações, mas a maioria (07 de 08

entrevistadas) reconhecem que não é um fator

determinante na compra, pois não sabem onde

buscar tais orientações. Todas demonstram

preocupações com questões écas e

ambientais, mas ressaltam a dificuldade de ter

acesso a informações com transparência e

confiabilidade.

As entrevistas encerraram solicitando às

parcipantes fotos de looks em que gostam de si

mesmas, estas imagens auxiliarão nos estudos

ergonômicos e de silhuetas, para a elaboração

de produtos. As perguntas estão disponíveis no

Anexo II.

3.1.3 Análise dos resultados

Ao alinhar os estudos bibliográficos, com

a pesquisa quantava e à pesquisa qualitava

(entrevistas), é possível observar que existe uma

mudança de comportamento em relação ao

envelhecimento, em especial o feminino foco

deste projeto. Que de forma geral, o eslo de

vida sobrepõe à faixa etária e que apesar de

exisr uma preocupação com a saúde e as

limitações que o passar do tempo trazem,

formas de viver mais libertas estão

redesenhando os caminhos para a velhice. A

pesquisa confirmou que as mulheres se sentem

mais jovens: o grupo feminino entre 40 e 49 anos

não se enquadra mais como meia-idade, assim

como mulheres com 60 anos ou mais estão

avas, com projetos de vida.

Importante destacar que apesar de

exisr termos para idenficar estes novos grupos

(ageless, agefull, perennials, pleasure growers

ou greynnaisance) poucas conhecem e se

idenficam com algum destes. Nas entrevistas, a

maioria preferiu não nomear a própria faixa

etária, pois não se sentem com elas.


42

As entrevistadas ainda, observaram

mudanças na sociedade, todas de alguma forma

reconhecem os esforços de suas gerações para a

liberdade feminina e sentem-se mais libertas

que gerações passadas. Apesar de senrem-se

mais livres para ser e vesr o que desejam,

destacam a falta do olhar do mercado para suas

vidas e seus corpos, pois ainda que busquem

aceitação e amor-próprio, desejam senrem-se

bonitas e joviais com o que vestem. Contudo, ser

jovial não significa querer ser jovem, significa

que desejam viver com plenitude a fase de vida

que se encontram, mas da forma como desejam

e não mais como os padrões determinados e

esperam que a moda possa acompanhar estas

mudanças.

As mulheres contemporâneas de 40, 50,

60 anos ou mais, estão à frente do senso comum

pois buscam fazer parte dos novos tempos,

sendo avas na vida e na sociedade e assim

propõem novos sendos ao envelhecimento,

que sempre foi esgmazado como um período

de esquecimento ou distanciamento social.

Sendo assim, mulheres contemporâneas 40, 50,

60 mais, são livres para ser, viver e se vesrem

como desejam e esperam encontrar na moda

novas propostas de roupas que entendam seus

corpos e suas formas de vida.

Movida pelo eslo de vida desprendido

destas mulheres Contemporâneas +, nos

próximos capítulos será apresentado a criação e

desenvolvimento de uma coleção de moda

feminina que inspirada nos sertões do

imaginário brasileiro busca oferecer opções para

o vesr deste público.


43

4 PROCESSO DE CRIAÇÃO

4.1 Conceito de Criação

A coleção Sertões: travessias surge do intuito

de fomentar a cultura nacional, em especial do

sertão. O resgate deste tema, traz como

foco os sertões criados no imaginário

brasileiro advindos da literatura, em

especial das obras de Vidas secas

de Graciliano Ramos, Morte e vida

severina de João Cabral de Melo

Neto e Grande sertão: veredas de

Guimarães Rosa, que foram escolhidas por

retratarem as diversidades dos sertões codianos,

mas principalmente por ampliar seus significados fazendo

do lugar sertão mais do que a geografia, também um

senmento, um pensamento, mesclando o real com o

abstrato, próprios do imaginário.

O sertão deste projeto, através da escrita, passa por

lugares disntos: sertão de Pernambuco, sertão de Alagoas,

sertão da Bahia, sertão de Minas Gerais e por isso

denomina-se sertões.

Entretanto, a travessia proposta é pelos sertões do

“ser”, o caminhar pela experiência humana que nos faz

confrontar os sertões que existem dentro da gente, como

dizia Guimarães Rosa (ROSA, 2001).

Neste ponto o tema converge para o nicho: a coleção

é direcionada a mulheres contemporâneas +, ou seja,

mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais, que quesonando os

padrões da sociedade buscam envelhecer com a liberdade

de ser o que desejam. Mulheres que atravessam seus

sertões internos para encontrarem novos caminhos e assim

viver o tempo presente. Essa busca, as fazem ver o que está

à frente e assim viver plenamente esse tempo, o que

Agamben chama de contemporâneo (2009).

Sendo assim, o desenvolvimento da coleção propõe

a reflexão sobre o envelhecimento e liberdade feminina. E

através da inspiração nos sertões do imaginário brasileiro,

criar caminhos estécos para expressão da cultura e mulher

contemporânea brasileira.

Mediante isso, nos próximos itens serão detalhados

o processo criavo da coleção e sua relação com a pesquisa

dos capítulos anteriores, culminando com o projeto final.

MINAS GERAIS

BAHIA

GRANDE

SERTÃO: VEREDAS

VIDAS SECAS

MORTE E VIDA

SEVERINA

PERNAMBUCO

Figura 08: Mapas dos Sertões Literários,

elaborado pela autora.

SEMIÁRIDO BRASILEIRO

SERTÃO NORDESTINO

SERTÃO MG

(MESORREGIÃO NORTE)

SERTÃO EXTENDIDO MG

(MESORREGIÃO NOROESTE)

OBRAS

LITERÁRIAS

SERTÕES

DO PROJETO


44

4.2 Inspirações Temáticas

Para representar o tema em

imagens, foi elaborado um Painel

Semânco (moodboard), oriundo da

criação de um Mapa Mental, com base

na metodologia de Tony Buzan. O Mapa

Mental surge a parr de uma chuva de

ideias sobre o tema Sertões

(brainstorming), considerando todas as

possibilidades das mais objevas até as

mais aleatórias e organizando-as em

quatro nichos: Ser-tão, Real, Literatura,

Imaginário.

Leveza

Dureza

Fácil

Difícil

Fraternidade

Liberdade

Livre

Medo

Coragem

Constância

Simplicidade

Bruto

Simples

Religiosidade

Sobrevivência

Vivência

Experiência

Roupa

Trouxa

Balde

Mãe

Crianças

Escolher

Sonhador

Trabalhador

Santos

Camisa

Assistência

Caridade

Independência

Lida

Rústico

Fome

Morte

Vida

Resistência

Luta

Permanência

Avental

Corda

Trançar

Lavar

Rendar

Cantar

Impermanência

Ajudar

Depender

Olhar

p/fora

Migrantes

Migrar

Sair

Fugir

Dia a dia

Caatinga

Veredas

Rio barrento

Rio São Francisco

Casa

Serviço

Bordar

Forró

Luiz

Gonzaga

Asa Branca

Separar

Associar

Pensar

Refletir

Espelhar

Reflexo

Olhar

p/dentro

Forte

Retirantes

Cactos

Mandacaru

For all

Cotidiano

Lugar

Real

Tão

Ser

Terra seca Árido Molhado

Falta d’água

Seca

Sol escaldante Céu azul Noite estrelada

Calor

Nordeste

Para todos

Para todos?

Pequeno

Grande

Muito

Tanto

Barro Pouco Nada Vazio

Muito

Pau a pique

Cheio

Chão

Panelas

Servir

Servir-se

Escolher

Cansar

Insistir

Resistir

Existir

Ocupar

Fazer

parte

Pertencer

Sertanejo

Gente

Mapa

Muito do nada

Figura 09: Mapa da Mental – Sertões,

elaborado pela autora.5

Ser-tão

Ser

Sou

Gotejar

Pingar

Minguar

Como

Tão

Pobreza Miséria Estigma

Todos

Ninguém

Alguém

Quem

A Grande Seca

Suor Pó Poeira

Gota

Grão

Granulado

Crespo

Emaranhado

Rendado

Pão

Velho

Envelhecido

Tempo

Passar

Continuar

Ser.tão

Água

Livro

Literário

Literal

Igual

Ser-tão

Literatura

Literário

Dentro

Interior

Interno

Escrita

Palavra

Imaginário

Diferente

Fora

Externo

Centro

Litoral

Dos mundos

Dos sertões

Das secas

Imaginado

Criado

Real

Identidade Cultural

Brasileiro

Memória

Caatinga

Grande Sertão:

Veredas

Morte e Vida

Severina

Vidas secas

Cantinga

Pensamento Sonhos Inspirar Expirar Respirar

Social Sociedade

Purista Puritano Sofrido Exagero

Pecuária

Areião

Sonhado

Queimadas

Agricultura

Certo-errado

Angústia

Esperança

Poética Lírica Rima

Pensar

Criado

Cultura

Lembranças

Afeto

Significado

Identidade Sentimento Pertencimento

Abstrato Não palpável Entrelinhas

Vaqueiro

Grafia

Transcender

Transcrever

Escrever

Ouvir

Representado

Ignorado Valorizado Lembrado

Exclusão

Pensar

Filosofar

Caminhar

Significar

Dar sentido

Fazer sentido

Feito

Originado

Maculado Liberto Julgado Esquecido

Subsistência

Dão Dar Receber

Mistério

Deus

Bem

Segredo

Guimarães Rosa Riobaldo Diadorim

Esquecido

Couro Seleiro Algodão Algo

Graciliano

Ramos

Severino

Fabiano

Retirar

Esperar

Repente

Diabo

Mal

Baleia

Cadela

5Metodologia Tony Buzan - IORIO, Filipe. Como Fazer um Mapa Mental (passo a passo). Mapamental.org.10 ago. 2020. Disponível

em: https://www.mapamental.org/mapas-mentais/como-fazer-um-mapa-mental-passo-passo/Acessado em: 14mar. 21


45

1. Cactos

2. Mandacaru

3. Barro

4. Pau a pique

5. Chão

6. Panelas

Suor

7. Poeira

8. Gota

9. Grão

10. Granulado

11. Crespo

12. Emaranhado

13. Rendado

14. Roupa

15. Camisa

16. Trouxa

17. Balde

18. Avental

19. Corda

20. Pão

21. Livro

22. Couro

Seleiro

23. Algodão

Algo

24. Santos

25. Mapa

26. Água

Serviço

Forró

27. Palavra

Grafia

Palavras:

1. Mandacaru

2. Barro

3. Algodão

4. Água

5. Palavra

6. Sertanejo

7. Gente

8. Retirantes

9. Baleia

10. Vaqueiro

11. Ser

12. Resistir

28. Mãe

29. Crianças

30. Luiz Gonzaga

Ser

Todos

Ninguém

Alguém

Quem

31. Sertanejo

32. Gente

33. Retirantes

34. Migrantes

35. Sonhador

36. Trabalhador

37. Velho

38. Guimarães Rosa

39. Graciliano Ramos

40. Severino

41. Fabiano

42. Baleia

43. Cadela

44. Riobaldo

45. Diadorim

46. Brasileiro

47. Vaqueiro

48. Ignorado

49. Valorizado

50. Lembrado

51. Esquecido

52. Asa Branca

13. Existir

14. Caminhar

15. Significar

16. Seca

17. Literatura

18. Imaginário

19. Interno

20. Cotidiano

21. Ser-tão

22. Simples

23. Permanência

24. Tempo

25. Poética

53. Ser

54. Servir

55. Servir-se

56. Bordar

57. Trançar

58. Lavar

59. Rendar

60. Cantar

61. Ajudar

Separar

62. Associar

63. Pensar

64. Refletir

65. Espelhar

66. Escolher

67. Cansar

68. Insistir

69. Resistir

70. Existir

71. Ocupar

72. Fazer parte

73. Pertencer

74. Depender

75. Escolher

76. Olhar para dentro

77. Olhar para fora

78. Migrar

79. Sair

Fugir

Gotejar

80. Pingar

81. Minguar

82. Passar

83. Continuar

84. Transcender

85. Transcrever

86. Escrever

87. Ouvir

88. Filosofar

89. Caminhar

90. Retirar

91. Esperar

92. Inspirar

93. Expirar

94. Respirar

Dão

95. Dar

96. Receber

97. Feito

98. Criado

99. Originado

100. Representado

101. Significar

102. Dar sentido

103. Fazer sentido

104. Sou

105. Reflexo

Figura 10: Classificação Mapa da Mental – Sertões,

elaborado pela autora.

104. Caatinga

105. Veredas

106. Rio barrento

107. Rio São Francisco

Lugar

108. Terra seca

109. Árido

Molhado

110. Seca

111. Sol escaldante

112. Nordeste

113. Céu azul

114. Noite estrelada

115. Fora

116. Externo

117. Centro

Litoral

Dos mundos

Dos sertões

Das secas

118. Grande Sertão:

Veredas

119. Vidas Secas

120. Morte e Vida

Severina

121. Literatura

122. Imaginário

123. Pensamento

124. Sociedade

125. Areião

126. Queimadas

127. Pecuária

128. Agricultura

129. Interior

130. Interno

131. Dentro

132. Casa

133. Cotidiano

134. Dia a dia

135. Lida

136. Real

137. Escrita

138. Ser-tão

Fraternidade

139. Liberdade

Livre

140. Assistência

141. Caridade

Independência

Para todos (For all)

142. Para todos?

143. Pequeno

144. Grande

145. Muito

146. Tanto

147. Tão

Como

148. Simplicidade

149. Leveza

150. Dureza

151. Fácil

152. Difícil

153. Lida

154. Bruto

155. Simples

156. Medo

157. Coragem

158. Fé

159. Religiosidade

160. Rústico

161. Forte

163. Morte

162. Fome

164. Vida

165. Resistência

166. Constância

167. Permanência

168. Sobrevivência

169. Vivência

170. Experiência

171. Luta

172. Impermanência

173. Falta d’água

174. Calor

175. Pouco

176. Nada

177. Vazio

178. Cheio

179. Muito do nada

180. Pobreza

181. Miséria

182. Estigma

183. A Grande Seca

184. Envelhecido

185. Tempo

186. Literário

187. Literal

188. Igual

189. Literário

190. Imaginado

191. Criado

192. Sonhado

193. Real

194. Poética

195. Lírica

196. Rima

197. Repente

198. Certo-errado

199. Angústia

200. Deus

201. Bem

202. Diabo

203. Mal

204. Mistério

205. Segredo

206. Esperança

207. Identidade Cultural

208. Cultura

209. Memória

210. Lembranças

211. Afeto

212. Identidade

213. Sentimento

214. Pertencimento

215. Exclusão

216. Abstrato

217. Não palpável

218. Entrelinhas

219. Sonhos

220. Social

Purista

Puritano

221. Sofrido

222. Exagero

223. Maculado

224. Liberto

225. Julgado

226. Esquecido

227. Subsistência

228. Significado

229. Diferente

230. Angústia

Todas as palavras são filtradas e

classificadas em objetos, seres vivos,

ações, lugares e senmentos, segundo

a visão da autora. Das quais cinco de

cada categoria, serão a base para a

montagem do Painel. Nota-se que a

quandade de palavras classificadas

como senmentos se destacam em

relação as demais categorias, alinhado

com a abordagem proposta do tema,

de um sertão abstrato, procedente do

imaginário.


46

Figura 11: Painel Semântico – Sertões: Travessias, elaborado

pela autora.6

6Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.


47

O Painel Semânco

ilustra a inspiração temáca da

coleção, constuído por

elementos dos sertões que a

literatura fomenta no

imaginário brasileiro. As

materialidades representadas

pelas treliças de cestarias,

trançados de cordas, galhos

secos, cactos e mandacarus dão

formas, tornando tangíveis

estes sertões abstratos. As fotos

retratam o codiano, as

pessoas, os trajes, o silêncio;

estão rasgadas, deterioradas

pois fazem parte do

esquecimento e da indiferença

social. A face de barro

representa o “ser” do sertão: o

indivíduo que possui uma

relação tão ínma com a terra

(vive, trabalha, espera) que se

torna parte dela; o rosto está

rachado pois assim como a

terra, o sertanejo também sofre

com as dores da seca, a imagem

se relaciona com uma nuvem de

algodão acima, que representa

o culvo agrário e por estar

sobre a cabeça simboliza o

imaginário. A literatura, está

presente no desenho e

manuscrito da Baleia de Vidas

secas, e na capa da edição de

aniversário de Grande sertão:

veredas (inspirado nos bordados

do Bispo do Rosário). A obra de Cândido

Pornari, Os Rerantes - 1944, denuncia e

ilustra o sertão dos migrantes presentes

também nas obras literárias. As erosões

do solo árido, caracterizam a paisagem e o

chão rachado permeia toda a imagem, se

misturando com a aguadas de aquarela,

que como a água trazem cor e vida para o

ambiente. E por fim, a água no canto

esquerdo aparece nebulosa, formando

um redemoinho como poeira ao vento,

pois mesmo sendo encoberta e muitas

vezes ilusória, ainda é a esperança que

nutre a travessia da vida pelos sertões.


48

4.3

Estilo de Vida

Com o foco no nicho da presente

monografia: Mulheres contemporâneas 40, 50, 60

anos ou mais, foi elaborada uma projeção prévia do

Perfil de Público-alvo, delimitando as escolhas e

modos de vida, baseado nas pesquisas abordadas

no capítulo 3 e uma pesquisa qualitava de perfil

de compra disponível no Anexo III.

PERFIL PÚBLICO-ALVO

• Faixa etária: 40, 50, 60 ou mais.

• Nível escolar: Superior completo.

• Local onde vive: São Paulo -SP.

• Tamanho da cidade: Capital – grande.

• Tamanho da família: Média a pequena.

• Poder aquisitivo: Classe Média .

Atividades:

• Profissões: designers, professoras, estilistas,

autônomas e profissionais liberais, psicólogas,

terapeutas, publicitárias, advogadas, recursos

humanos, donas de casa e aposentadas...

• Lazer: viagens, Yoga, meditação, praia, campo,

curtir a casa, cinemas, parques, livrarias...

• Compras: feiras alternativas, negócios locais,

pequenos empreendedores.

• Esportes: Yoga, caminhada, pilates.

• O que assiste: Séries (The Handmaid's Tale/

Supermães/Grace and Frankie/ Sexy and City/

Friends/Orange is The New Black/ How to Get Away

With Murder/Big Little Lies/Anne With an E/ Coisa

Mais Linda/ Dowton Abbey) , TV Cultura, TVT, GNT,

Filmes (“Comer, Rezar e Amar”/ A sociedade

literária e a torta de casaca de batata/ Um linda

mulher/ Mama Mia/ O Auto da compadecida).

consumo consciente, vizinhos e comunidade

local.

• Música: MPB (Elis, Belchior,Chico Buarque,

Maria Bethânia, Marisa Monte, Rita Lee,

Caetano Veloso...), Brasilidades (Novos

Baianos, Baby Consuelo, Nando Reis, Tiê,

Céu, Silva...) , Pop Internacional antigas

(Sting, Elton John, Rod Stewart...).

• Eventos sociais: Encontros familiares, de

amigos, de grupos.

• Opiniões: se interessam por questões

políticias, sociais e humanitárias. Por cultura,

arte e educação. Autoconhecimento,

autocuidado e espiritualidade.

Para aproximar as criações aos eslos

de vida das Mulheres Contemporâneas +, foi

realizado o Mapa da empaa – Metodologia

Canvas, ferramenta que permite ao

pesquisador se colocar no lugar do

consumidor, projetando suas escolhas e de

maneira visual compreender melhor sua

percepção de mundo.

Interesses:

• Tipo de roupa: confortáveis, casuais.

• Alimentação: comidas naturais, frutas e verduras,

vegetais, grão, caseira, simpatizam com veganismo

e vegetarianismo mas muitas não são, buscam

reduzir a carne.

• Família: Casadas com filhos, solteiras,

divorciadas.

• Grupos sociais e comunidade: Amigos diversos

dos trabalhos, facebook, grupo de mães, grupos de

movimentos sociais, grupos sobre alimentação e


49

A realização do Mapa da empaa

resultou na criação de uma Persona,

personagem ficcio que resume caracteríscas

do público em estudo, desenhando seu eslo de

vida e consumo direcionados. Esta ferramenta

tem o objevo de personificar o consumidor,

tornando-o mais real na mente dos designers.

Para o desenvolvimento desta coleção, foi

elaborado o seguinte perfil de Persona:

PERSONA

Nome: Márcia.

Idade: 55 anos.

Márcia é paulistana, casada pela segunda vez e

mãe de 01 filho. É terapeuta autônoma,

formada em psicologia, atende em consultório

particular e voluntariamente em ONGs.

Seu estilo de vida é corrido pois cuida do filho de

12 anos, trabalha, divide as atividades

domésticas, acompanhamento escolar e social

do filho com o marido, além do cuidado com os

pais idosos. Pratica meditação para controlar a

ansiedade, assim como caminhada à noite com o

marido. Quando consegue, se junta ao grupo de

yoga no parque.

Gosta de viajar de qualquer jeito: sozinha, com a

família ou amigos. Tenta equilibrar sua vida

pessoal, com o trabalho e vida social, apesar

desta última ficar mais prejudicada, sempre

mantém contato com amigas e colegas, ainda

que em grupos do facebook, conversas por

whatsapp e quando possível em um almoço.

Sente que o pique não é o mesmo e por isso não

abre mão de uma alimentação mais equilibrada

e cuidado com a saúde. Prioriza o bem estar e o

conforto, mas mantém o autocuidado estético,

gosta de se sentir bonita. Prefere tudo que é

natural e busca as mudanças corporais e

envelhecimento natural, mas não abre mão de

cremes, massagens e maquiagem. Não faz

procedimentos mais invasivos, mas considera a

possibilidade no futuro.

Gosta de estar em família, descansar em casa,

assistir séries ou filmes no final de semana.

Cozinhar um prato diferente, cuidar de sua horta

e seu jardim, mesmo que seja uma vez no mês.

Está buscando um consumo mais cosciente, por

isso prefere produtores e comércio local.

Frequenta feiras alternativas como jardim

secreto, para passear com a família, socializar e

consumir. Evita os shoppings, mas vai para

cinema enquanto seu filho e amigos passeiam.

Busca com frequência o auto-conhecimento e

espiritualidade, se preocupa com causas sociais,

situação política e social do país. Tenta manter

uma atitude positiva, apesar dos problemas.

Figura 12: Mapa da Empatia – Mulheres

Contemporâneas +, elaborado pela

autora.7

Palavras-chave:

• Mulheres

40, 50, 60 mais

• São Paulo -SP

• Causas sociais

• Espiritualidade

• Yoga/ Meditação

• Alimentação equilibrada

• Envelhecimento natural

•Consumo

consciente

• Feiras alternativas

• Séries e filmes

• MPB

• Liberdade

• Autonomia

• Aceitação

7 Metodologia Canvas - Disponível em: https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/. Acessado

em: 15 mar. 21


50

Figura 13: Painel de Estilo de Vida – Mulheres

Contemporâneas +, elaborado pela autora. 8

8 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.


Com base nos

estudos de Perfil de

público-alvo, Mapa da

empaa e criação de

Persona foi elaborado um

painel de Eslo de Vida das

Mulheres Contemporâneas+,

que resume em imagens o

nicho para o qual a coleção

será desenvolvida.

51


52

4.4

Estudos criativoss

Criação envolve misturar

elementos conhecidos de maneiras

novas e estimulantes, com o

objetivo de propor produtos

originais. Também requer explorar

ao máximo o potencial de

detalhamento da pesquisa e

traduzi-la com sucesso.

(SEIVENWRIGHT, p. 117, 2009).

A pesquisa é a ferramenta essencial para

esmular a criavidade, sua produção de

conhecimento é a base para inspirar o indivíduo

criavo em uma jornada pessoal onde cada um

encontra meios de aplicá-la, contudo Simon

Seivenwright (2009) indica que explorá-la ao

máximo e traduzi-la com sucesso, faz parte da

criação. Neste sendo, foram realizados diversos

estudos criavos para extrair o maior potencial do

tema e nicho propostos: colagens, moulages,

estudos de supercies e formas entre outros, com

o objevo de realizar uma metodologia de criação

que esmule o design autoral com embasamento

teórico e invesgavo.

Como o processo de criação não é

necessariamente linear, os estudos criavos

foram realizados ora no decorrer da pesquisa

bibliográfica ora após, mas todos precedem à

compilação no moodboard. Preferiu-se

apresentá-los primeiro, para melhor

contextualização do tema.

4.4.1 Ambiências temáticas

Com o objevo de encontrar

uma linguagem autoral que idenfique

o viés temáco proposto,

optou-se por realizar algumas

colagens digitais como exercícios

criavos. Ambiências, inspiradas nos

sertões do imaginário brasileiro,

foram realizadas ulizando técnicas

de colagem, justaposição, desconstrução

e referências cruzadas, como

forma invenva de compilar e

ilustrar a pesquisa do tema

(SEIVENWRIGHT,2009).

Figura 14: Ambiência Sertão dos sonhos, colagem criada pela autora.9

9 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.


53

As ambiências mesclam

imagens do cotidiano, elementos

característicos e outros

inspiracionais, com o objetivo de

trazer cor e vida para os sertões

realista, mas com a poética da

literatura.

Figura 15: Ambiência Sertão de belezas ocultas, colagem criada pela

autora.10

Figura 16: Ambiência Sertão que pede , colagem criada pela autora.11

Figura 17: Ambiência Sertão: confusão no sossego

- colagem criada pela autora.12

Figura 18: Ambiência Sertão da travessia, colagem criada pela autora.13

Figura 19: Ambiência Sertão: confusão no sossego

- colagem criada pela autora.14

10 11 12 12 14 Fontes das imagens em Referências

– Imagens em Painéis.


54

Figura 20: Estudos de superfícies dos sertões, coleta

realizada pela autora.15

Figura 21: Estudos de superfícies: erosões do solo, coleta

realizada pela autora.16

4.4.2 Estudos de superfícies

O solo árido, a natureza seca, as

tramas, trançados e cestarias, são supercies

facilmente associadas a imagem dos sertões.

A literatura discorre sobre estas matérias no

codiano dos personagens e reforçam os

símbolos no pensamento social brasileiro.

Para aprofundar a pesquisa visual das

materialidades sertanistas foram realizadas

coletas de imagens, em um primeiro

momento generalistas das quais são

associadas aos sertões. E na sequência

aprofundando e cruzando com outras

referências do mesmo universo, como:

erosões do solo, cestarias, rendas, cordas,

tramas entre outros.

Figura 22: Estudos de superfícies: cestarias, coleta

realizada pela autora.17

Figura 23: Estudos de superfícies: cordas e têxteis, coleta

realizada pela autora.18

Figura 24: Estudos de superfícies: tramas e diversos,

coleta realizada pela autora.19

15 16 17 18 19 20 Fontes das imagens em Referências

– Imagens em Painéis.

Figura 25: Estudos de superfícies: rendas, coleta realizada

pela autora.20


55

4.4.3 Estudos de indumentárias

Relacionando os sertões realistas com

as obras literárias, foram realizadas pesquisas

de imagens de três núcleos que permeiam o

universo sertanista: trajes de vaqueiros, do

codiano e do cangaço. Após o levantamento

das imagens, foram realizadas as extrações de

linhas de força, ou seja, linhas presentes na

imagem que direcionam o olhar. Que serão

ulizadas posteriormente para o estudo de

formas.

Figura 26: Estudos de Indumentária - trajes de vaqueiro,

compilação feita pela autora.21

Figura 27: Extração de linhas de força - trajes de vaqueiro,

esboços da autora.

Figura 28: Estudos de Indumentária - trajes do cotidiano,

compilação feita pela autora.22

Figura 29: Extração de linhas de força - trajes de vaqueiro,

esboços da autora.

Figura 30: Estudos de Indumentária - trajes do cangaço,

compilação feita pela autora.23

21 22 23 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.

Figura 31: Extração de linhas de força - trajes do cangaço,

esboços da autora.


56

4.4.4 Estudos de referências

Ao combinar o tema e o nicho estudados,

foram selecionadas 04 peças principais que

comunicam ambos. Focando no tema, foram

eleitas: o avental, por ser uma peça ulitária

que remete ao trabalho simples roneiro e a

capa (que se estendeu a ponchos, pelerines,

coletes...) simbolizando o gibão do vaqueiro.

Figura 32: Referências de aventais, compilação feita

pela autora. 24

Figura 33: Representação dos aventais, esboços da

autora.

Figura 35: Referências de capas, compilação feita

pela autora.25

Figura 36: Representação de capas, esboços da autora.

24 25 26 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.

Figura 37: Extração de Fragmentos das capas, esboços da autora.


57

Indicando Indicando a mulher a mulher contemporânea +, o vesdo +, o vesdo

(como (como peça peça única) única) e a calça. e a calça. E por E fim, por a fim, camisa, a camisa,

que está que está presente presente nos trajes nos trajes do sertão do sertão codiano codiano

e ao e mesmo ao mesmo tempo tempo comunica comunica o público. o público. Foram Foram

realizadas realizadas coletas coletas de referências, de observadas as as

construções por desenhos por desenhos e extraídos e extraídos fragmentos

das tos peças, das peças, formando formando um arquivo um arquivo de deta-

deta-

fragmenlhelhes

para para possíveis possíveis aplicações aplicações na coleção. na coleção.

Figura 38: Referências de calças, compilação feita

pela autora. 26

Figura 34: Extração de Fragmentos dos aventais,

esboços da autora.

Figura 39: Representação de calças, esboços da

autora.

Figura 40: Extração de Fragmentos dos aventais,

esboços da autora.


58

Figura 41: Referências de camisas,compilação feita

pela autora.27

Figura 42: Extração de Fragmentos de camisas, esboços da autora.

Figura 43: Representação de camisas, esboços da autora.

Figura 44: Referências de vestidos,compilação

feita pela autora.28

Figura 45: Representação de vestidos, esboços da autora.

27 28 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.

Figura 46: Extração de Fragmentos de vestidos, esboços da autora.


59

Figura 47: Camisas utilizadas nos estudos de moulages, imagens feitas pela autora.

4.4.5 Estudos Tridimensionais

Seguindo a mesma linha de

raciocínio das peças de referências,

foram escolhidas vestes ordinárias

para estudos de moulages criavas,

onde as peças são a base para

elaboração de novas formas, com a

manipulação sobre o manequim.

Foram realizados estudos diversos

com camisas, aventais, camisetas,

saias, uniformes profissionais e peças

sociais, mantendo o conceito de

vestuário do codiano que

permeiam os sertões e a mulher

contemporânea +. Em um segundo

momento, exercícios de

espelhamentos com os registros

fotográficos das moulages foram

feitos para experimentar novas

proporções, criando simetrias e

explorando o potencial de um

mesmo estudo.

Figura 48: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.


60

Figura 49: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.

Figura 50 Estudos de moulages com

camisas e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.

Figura 51: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.


Figura 52: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.

61


62

Figura 53: Aventais utilizados nos estudos de moulages, imagens feitas pela autora.

Figura 54: Estudos de moulages com aventais e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.


63

Figura 55: Estudos de moulages com aventais e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.

Figura 56: Estudos de moulages com aventais e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.


64

Figura 57: Modelo de camiseta

utilizada nos estudos de

moulages, imagem feita pela

autora.

Figura 58: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.

Figura 59: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.

Figura 60: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.


65

Figura 61: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.

Figura 62: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.


66

Figura 63: Saias utilizadas nos estudos de moulages,

imagens feitas pela autora.

Figura 64: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.

Figura 65: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.


67

Figura 66: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos, elaborados

pela autora.

Figura 67: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.


68

Figura 68: Uniformes utilizados nos estudos de moulages, imagens feitas pela

autora.

Figura 69: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.

Figura 70: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.


69

Figura 71: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.

Figura 72: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos, elaborados

pela autora.


70

Figura 73: Peças sociais utilizadas nos estudos de moulages, imagens feitas pela autora.

Figura 74: Estudos de moulages com peças sociais e espelhamentos fotográficos, elaborados

pela autora.

Figura 75: Estudos de moulages com peças sociais e espelhamentos fotográficos,

elaborados pela autora.


71

4.5 Criação e esboços de croquis

Para a elaboração dos looks,

foram realizadas compilações de ideias

dos diversos estudos, com

fotomontagens e esboços, na sequência

serão apresentados os esboços dos

estudos de formas e croquis que irão

compor a coleção.

Figura 76: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.


72

Figura 77: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.

Figura 78: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.


73

Figura 79: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.

Figura 80: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.


74

Figura 81: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.

Figura 82: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.


75

Figura 83: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.

Figura 84: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.


76

Figura 85: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.

4.6 Cartela de cores e harmonias

As cores que compões a coleção são o

resultado de diferentes estudos que têm como

fonte principal as materialidades e paisagens

dos sertões reais. Contudo além dos tons

terrosos caracteríscos, optou-se por incluir

cores que foram experimentadas nas

ambiências, com intuito de resgatar o lúdico

dos sertões imaginários e poécos, além de

trazer uma linguagem moderna aos sertões

que dialogam com a mulher contemporânea +.

Figura 86: Extração de cartela de cores, imagem

manipulada pela autora. 29

29Fonte: ALCÂNTARA, Araquém. Disponível em: hps://terracoeconomico.com.br/retratos-de-um-sertao-sem-fim-

-por-araquem-alcantara-1-80-569/. Acessado em: 13 abr. 2021.


77

A cartela se divide em três cores

de base, que predominam na

composição dos looks, nas cores dos

tecidos ou ngimentos principais.

Outras quatro cores complementares,

que entraram em estampas, lavagens ou

outras intervenções como detalhes. As

cores de base originaram do que

constui a base dos sertões: a terra

(Terra Resistência), as matérias (Areia

Existência) e sua gente (Off

Simplicidade).

As cores

complementares,

representam o

equilíbrio entre o

abstrato e o real,

que a literatura

reproduz no

Branco

Cotidiano

Pantone:

11-0608 TCX/ White C

pensamento social:

Branco Codiano, o Azul Imaginário,

Rosa Poéco e Vermelho Permanência.

Off (white)

Simplicidade

Pantone:

11-0106 TCX/ 7506C

Azul

Imaginário

Pantone:

13-4908 TCX/ 317C

Areia

Existência

Pantone:

15-1225 TCX/ 728C

Rosa

Poético

Pantone:

17-1456 TCX/ 2027C

Terra

Resistência

Pantone:

18-1350 TCX/ 7593C

Figura 87: Cartela de cores, elaborada pela autora

Vermelho

Permanência

Pantone:

19-1758 TCX/ 7622C

Figura 88: Harmonia de cores, elaborada pela autora.

O estudo de harmonias

possibilitou a escolha por uma cartela

reduzida, para manter a unidade da

coleção. As combinações foram

experimentadas em estudos prévios

nas estampas e nos looks, para chegar à

composição de cor final

acompanhando a evolução da coleção.


78

4.7 Matérias e maquetes têxteis

4.7.1 Matérias-primas principais:

Tecidos e Malhas

“Os materiais exercem papel de suma

importância na agenda local: vinculam

tangivelmente um produto a uma região [...] e

começam, pouco a pouco, a contrariar o “fluxo

de produtos” abstrato que domina os sistemas

de produção globalizados.” (FLETCHER; GROSE,

2011, p. 107). A transparência quanto a origem

e produção das matérias-primas são passos

essenciais para uma produção mais

responsável. Parndo deste princípio, a coleção

foi desenvolvida seguindo alguns parâmetros

quanto a escolha dos materiais:

1º Produção nacional, visando fomentar a

indústria local.

2º Priorizar tecelagens que trabalham com a

agricultura familiar na produção de fibras

naturais, como meio de promover o pequeno

produtor.

3º Escolha de fibras naturais de produção

orgânica, como forma de reduzir o impacto

nocivo ao meio ambiente.

4º Escolha por matérias-primas que reciclem

fibras como algodão e poliéster.

5º Preferência por tecidos que possuam

cerficações.

Nos próximos tópicos, serão detalhados

os materiais ulizados e quais parâmetros

atendem para uma produção responsável.

Alinhando a escolha das

matérias-primas com o conceito da coleção,

optou-se por favorecer o uso de fibras naturais,

sendo ulizado em sua maioria o algodão

orgânico da agricultura familiar cru e colorido

naturalmente. Entretanto para os tecidos, que

não vessem esta origem foram escolhidos com

cerficações ou que garanssem processo de

reuso e reciclagem, sendo todos de origem

nacional. Na descrição de cada matéria-prima

serão indicados quais parâmetros atende.

Fibras naturais orgânicas: fibras

naturais são obdas da natureza, sua extração

através da agricultura convencional tem sido

causa de grandes impactos no meio ambiente e

na população. A produção orgânica, por sua vez,

é culvada através da agricultura biológica onde

não se ulizam pescidas, ferlizantes,

insecidas ou adivos químicos que

contaminam o solo e águas (MELO, 2009). Em

contraparda o tempo de produção é lento e o

volume reduzido, o que reflete no custo maior

se comparado a produção convencional.

Contudo, por serem fibras biodegradáveis o

culvo orgânico permite além de um processo

mais limpo, o descarte menos agressivo, sendo

estes ganhos a longo prazo para a natureza e

para o ser humano. Na coleção serão ulizadas

fibras orgânicas de algodão e cânhamo.


79

Algodão orgânico colorido

naturalmente: no culvo do algodão

colorido naturalmente a pluma nasce

colorida dispensando o ngimento

de tecidos ou fios, o que evita o uso

de corantes que geram resíduos

poluentes, reduz o consumo de água

e gás ulizados no processo de

ntório. (EMBRAPA, [201-?]). Mais de

45% da coleção uliza algodão

colorido naturalmente, que segundo

o fabricante economiza até 88% de

água se comparado ao algodão nto

natural. (INNOVATIV, 2017).

Agricultura familiar: É na

relação entre terra, trabalho e família

que se estabelece a agricultura

familiar. De suma importância para o

Brasil, a agricultura familiar no

campo têxl vem fortalecendo

cooperavas e associações de

pequenos produtores (ETNO

BOTANICA, 2002). No

desenvolvimento da coleção, as

fibras orgânicas são oriundas de

fabricantes que trabalham com

agricultura familiar do Nordeste

(algodão orgânico colorido da

Paraíba), e Cerrado, Amazônia e

Sertão (fibras orgânicas).

Reciclagem: Em menor quandade mais ainda

presentes na coleção, o algodão (não orgânico) e poliéster

ulizados, são respecvamente de reciclagem do algodão

desfibrado e do poliéster das garrafas PET.

Cerficações: para os demais argos têxteis que

não são de produção orgânica ou reciclagem, priorizou-se o

uso de tecidos com cerficações, sendo as seguintes:

• BCI – Better Cotton Initiative: Cerficação

do algodão que é culvado seguindo os padrões de

rastreabilidade e transparência nas relações trabalhistas e

responsabilidades socioambientais, visando melhorar a

produção sustentável do algodão.

• Oeko-Tex®100: sistema de cerficação

internacional que garante a não toxicidade dos tecidos em

contato com o corpo humano, analisando toda a cadeia

desde a matéria-prima até o acabamento final dos tecidos.

• Lenzing Modal®: Fibra Modal® produzida

de acordo com as normas de sustentabilidade da Lenzing

Fibers, que mantém o aspecto e valor agregado dos

tecidos, seguindo rigorosas diretrizes de qualidade e

cuidado na proteção ao meio ambiente.

• TENCEL Lyocell: Tencel extraído da

celulose de árvores de eucaliptos cerficados, produzidos

com pouca água. Criado e cerficado pela Lenzing, a

produção desta fibra é considerada de ciclo fechado, ou

seja, tudo é reciclado e reulizado, evitando desperdício.

(GAVALLONE, 2021)


80

Algodão Gazeado Listrado

Nome Fantasia: Bahamas

Fabricante: Innovav

Composição: 99% Algodão 01% Poliéster

Gramatura: 136 g/m², 190 g/ml

Largura: 1,40 m

Algodão orgânico colorido naturalmente

(96% Algodão Cru e 04% Algodão nto

naturalmente), agricultura familiar.

Algodão Gazeado

Nome Fantasia: Krishna

Fabricante: Innovav

Composição: 100% Algodão

Gramatura: 136 g/m², 190 g/ml

Largura: 1,40 m

Algodão orgânico colorido naturalmente

(96% Algodão Cru e 04% Algodão nto

naturalmente), agricultura familiar.

Tela de Algodão

Nome Fantasia: Ecolor

Fabricante: Innovav

Composição: 100% Algodão

Gramatura: 175 g/m², 238 g/ml

Largura: 1,40 m

Algodão orgânico colorido

naturalmente, agricultura

familiar.

Ribana 1x1 30/1

Nome fantasia: idem

Fabricante: Etno Botânica

Composição: 100% Algodão

Gramatura: 230 g/m²

Largura: 0,80 m tubular

Algodão orgânico,

agricultura familiar.

Jersey de Cânhamo

Nome fantasia: Jersey Hemp

Fabricante: Etno Botânica

Composição: 100% Cânhamo

Gramatura: 200 g/m²

Largura: 1,35m

Cânhamo orgânico, agricultura

familiar.

Algodão Nervuras Maquinetadas

Nome Fantasia: Ecolor 104

Fabricante: Innovav

Composição: 73% Algodão 13% Linho

08% Viscose 06% Poliéster

Gramatura: 294 g/ml

Largura: 1,40 m

Algodão orgânico colorido

naturalmente, agricultura familiar.

Algodão Misto Leve

Nome Fantasia: Innova natural

Fabricante: Innovav

Composição: 63% Algodão

37% Poliamida

Gramatura: 107 g/m², 161 g/ml

Largura: 1,50 m

Algodão orgânico colorido

naturalmente, agricultura familiar.

.

Moletom PET sem felpa

Nome Fantasia: Zion

Fabricante: RVB

Composição: 55% Poliéster

45% Algodão

Largura: 1,95m

Gramatura: 250 g/m²

Rendimento: 2,05 m/kg

Algodão BCI, Poliéster PET,

Cerficação Oeko-Tex®100.

Figura 89: Matérias-primas principais: Tecidos e Malhas, elaborado pela autora.


81

Voil Seda Mista

Nome fantasia: Lindíssima

Revenda: G.Vallone

Composição: 70% Liocel Eco Tencel®, 30% Seda

Gramatura: 66 g/m², 89 g/ml

Largura: 1,35 m

Misto de Lenzing Liocel (Eco Tencel®) e Seda.

(Nº Cerficação Lenzing 41918723).

Algodão Misto Leve

Nome Fantasia: Innova natural

Fabricante: Innovav

Composição: 63% Algodão 37% Poliamida

Gramatura: 107 g/m², 161 g/ml

Largura: 1,50 m

Algodão orgânico colorido naturalmente,

agricultura familiar.

Cetim de Modal Leve

Nome fantasia: Splendor

Revenda: G.Vallone

Composição: 100% Eco Modal®

Gramatura: 125 g/m², 169 g/ml

Largura: 1,35 m

Modal ecológico rastreável (Eco Modal®)

(Nº Cerficação Lenzing 41803509).

Algodão Maquinetado

Nome Fantasia: Malva

Fabricante: Innovav

Composição: 100% Algodão

Gramatura: 188 g/m², 273 g/ml

Largura: 1,45 m

Algodão orgânico colorido naturalmente,

agricultura familiar.

Tricoline de Algodão

Nome fantasia: Tricoline de Algodão

Orgânico

Fabricante: Etno Botânica

Composição: 100% Algodão

Gramatura: 125 g/m²

Largura: 1,60 m

Algodão orgânico, agricultura familiar.

Moletom Reciclado sem felpa

Nome Moletom Recycle BR

Fabricante: Texprima

Composição: 54% Algodão

46% Poliéster

Gramatura: 190 g/m², 418,41 g/m

Rendimento: 2,39 m/kg

Largura: 2,20 m

Algodão reciclado, Poliéster PET.

Jacquard de Algodão

Nome Fantasia: Magnolia

Fabricante: Innovav

Composição: 100% Algodão

Gramatura: 118g/m², 165 g/ml

Largura: 1,40 m

Algodão orgânico, agricultura

familiar.


82

4.7.2 Matérias-primas secundárias: Aviamentos

Para os aviamentos, também foi dada

preferência por fabricação nacional. Para os eláscos e

fitas em contato direto com a pele, foram ulizados

apenas materiais cerficados pela Oeko-Tex®100.

Botão Madrepérola 4 Furos

Fabricante: Erbele

Material: madrepérola

Mín. 1Grosa (144 unid.)

Tamanhos: 28” e 24”

Aplicação: Fechamento vista

Botão garra de pressão

Fabricante: Erbele

Material: Latão

Diâmetro: 9mm

Cor: Niquelado

Linha 120

Fabricante: Sea

Composição: 100% Poliéster

Fio

Título: 167 Dtex

Fabricante: Sea

Composição: 100% Poliéster

Fita de Cetim 4mm e 25mm

Fabricante: Zano

Composição: 100% Poliéster

Aplicação: alças internas para

pendurar peça e base para

botão extra.

Cerficação Oeko-Tex®100.

Colchete de encaixe

Fabricante: Erbele

Material: Latão

Diâmetro: 13mm

Cor: Niquelado

Figura 90: Matérias-primas secundárias: Aviamentos, elaborado pela autora.


83

Aviamentos personalizados como

equetas de assinatura e botões da

marca, serão apresentados no

capítulo sobre Idendade visual.

Zíper de Metal Fino

Fabricante: YKK

Descrição: Zíper de Metal Fino Fixo

com cursor e trava semiautomáca,

com abertura para puxador.

Banho: Niquelado

Tam.: 15cm – calças

65 a 70cm – macacão.

Cerficações ISO 9001 e ISO 14001

Elástico de Embutir

Nome fantasia: Jaraguá

Fabricante: Zano

Composição: 73% Poliéster

27% Elastodieno

Rolo: 25m

Tamanhos: 20mm, 40mm

e 50mm

Aplicação: interno cós,

decotes e barras

Cerficação

Oeko-Tex®100.

Zíper Invisível

Fabricante: YKK

Descrição: Zíper invisível

Tam.: 10cm – fechamento bata

Cerficações ISO 9001 e ISO 14001

Entretelas

Termocolantes e Planas

Gramaturas: variadas

Fabricante: GW Entretelas


84

4.7.3 Maquetes Têxteis

As maquetes têxteis fazem parte do

processo de estudos de supercies, que entram

como detalhes e acabamentos para

refinamento das peças. Segue a apresentação

das maquetes aplicadas às peças da coleção.

Pregas 1cm

em Voil de Seda Mista

Pregas 0,5cm

em Algodão Misto

Nervuras paralelas

em Algodão Misto

Nervuras desiguais

em Algodão Misto

Pregas macho paralelas vincadas no ferro em V

em Cem de Modal

Figura 91: Maquetes têxteis, elaborado pela autora .


85

Drapeado

em Cem de Modal

Drapeado

em Moletom

Pregas duplas 0,5cm paralelas

em Algodão Misto

Aplicação franzida

em Moletom ou Gazeado

Nervuras 0,5cm curvelíneas

em Algodão Misto


86

4.8 Mapa da coleção

A coleção Sertões:

travessias é composta por 18

peças apresentadas em 10

looks principais, contudo

bottons e tops são

coordenáveis entre si e

outras peças foram

apresentadas

em

composições com bottons,

mas podem ser ulizadas

como peças únicas

ampliando as opções de

combinações. A ordem de

exposição (line up) baseia-se

na evolução das cores

básicas de cartela e relação

das principais formas entre

modelos.

Figura 92: Line up coleção Sertões: travessias, elaborado pela autora.


87

E o mix de produtos

direcionado para a mulher

contemporânea +, propondo

para a estação primavera/

verão 2022 peças casuais e

urbanas, explorando

modelos de meia-estação.

MIX DE

PRODUTOS

TOP

40%

BÁSICO FASHION

30% 50%

1 Blusa 2 Batas

2 Camisas

longas

1 Blusa

ML

PROMOCIONAL

20%

1 Camisão

BOTTOM

45%

3 Calças

1 Saia

3 Calças

1 Shorts

PEÇA

ÚNICA

15%

2 Macacões

1 Vestido

Figura 93: Mix de produtos coleção

Sertões: travessias, elaborado pela autora


88

Ser + Sentir + Significar + Pertencer + Caminhar + Transcender + Inspirar + Refletir + Cultivar + Libertar

Ser + Sentir + Significar + Pertencer + Caminhar + Transcender + Inspirar + Refletir + Culti

Sertões: travessias


89

4.9 Croquis e planificados

A coleção, assim como os sertões,

propõe contrastes sus como a mistura de

matérias-primas com construções e gramaturas

disntas: moletons e malhas leves são

combinados com tecidos planos, gazeados de

algodão ou transparências de seda,

harmonizando o bruto com o delicado. As

modelagens amplas e soltas se alternam com

silhuetas retas e cinturas marcadas, priorizando o

movimento, conforto sem perder a feminilidade

das peças. Pregas, nervuras, babados e

drapeados, trabalham as supercies têxteis e

assim como as estampas resgatam a

materialidade do lugar. As cores, como visto,

realçam o rúsco do semiárido, equilibrando

com serigrafias, ngimentos e detalhes em tons

que propõem a leveza e poéca da literatura

sertanista. A literatura também se faz presente

em bordados manuais: frases das obras

inspiracionais são aplicadas no interno das peças,

onde apenas quem as vesr ou

observar o avesso irá encontra-las,

em uma relação ínma como

ocorre entre a literatura e o leitor.

Os looks foram

denominados com verbos

extraídos do mapa mental. Os

nomes relacionam-se com o tema

e com universo feminino do nicho

proposto.

1. Ser

2. Sentir

3. Significar

4. Pertencer

5. Caminhar

6. Transcender

7. Inspirar

8. Refletir

9. Cultivar

10. Libertar


90

SER

Figura 94: Look Ser - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


91

Vestido Chemise

Vesdo Chemise com gola colarinho

inverda, ombros deslocados,

mangas 3/4 sino e corpo em

cem de Modal Eco®, recortes

laterais frente e costas com

pregas vercais em Voil misto de

Liocel Eco® e Seda, fechamento

lateral por abotoamento com

vista encoberta. Aberturas e

passantes discretos para opção

de ajuste na cintura com faixa.

Peça com ngimentos ombré

vercais e silks localizados;

bordado manual na vista interna

à 12cm da barra.

+ S E R T Ã O É D E N T R O D A G E N T E +

Calça Faixas

Sobrepostas

Calça reta com cós largo e faixas

sobrepostas, com pences e

bolsos faca laterais. Fechamento

lateral com zíper de metal e

puxador.

+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +


92

SENTIR

Figura 95: Look Sentir - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


93

Macacão Mangas Godê

Macacão longo em Molenho

mescla PET reciclado sem felpa,

com gola colarinho ampla virada

com ngimento localizado.

Mangas amplas godê com

abertura nos ombros, corpo

frente e costas godê em Algodão

orgânico em tela gazeado. Abas

laterais da calça em molenho

frente e algodão gazeado costas,

rebado 1 agulha. Unidas com

godê do corpo frente. Corpo com

cós na altura da cintura,

fechamento frontal em zíper de

nylon e abotoamento lateral em

colchete de pressão. Tingimento

localizado frente/ lateral/ costas

esquerda em mancha vercal

com tamanho variável, estampa

Floreio sobreposta em Silk

localizado. Bordado manual nas

costas da lapela da manga direita

traseira.

+ A GENTE TEM DE SAIR DO SERTÃO! MAS SÓ SE SAI

DO SERTÃO É TOMANDO CONTA DELE A DENTRO +


94

SIGNIFICAR

Figura 96: Look Significar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


95

Bata ombro à ombro

Bata ombro à ombro, com

mangas amplas bufantes

franzidas por roletê na barra (ao

rerar viram mangas godê) e

pregas nos recortes dos ombros.

Fechamento frontal e abertura

centro costas com botões

artesanais. Gola godê

estruturada removível. Peça em

algodão orgânico misto colorido

naturalmente, com estampas

localizadas nas laterais frente,

costas e gola; bordado manual

interno no centro costas.

+ S E R T Ã O É Q U A N D O M E N O S S E E S P E R A +

Calça Cenoura

Calça cenoura com bolsos

frontais amplos eslo canguru,

frente com pregas sobrepondo

o cós, em algodão orgânico

listrado: perna direita na

horizontal e esquerda na

vercal (de quem veste). Cós,

espelho do bolso, costas e barra

virada em moletom eco botonê.

Bordado interno no forro do

bolso esquerdo e fechamento

lateral com zíper de metal.

+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +


96

PERTENCER

Figura 97: Look Pertencer - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


97

Camisão Longo Gola Ampla

Camisão longo em algodão orgânico

colorido naturalmente, com gola

ampla estruturada entretelada.

Mangas bufantes franzidas por roletê

do próprio tecido, sem cavas com

blusê drapeado na cintura por

franzido com elásco interno, saia

com leve godê. Peça com transpasse

frontal e fechamento por colchetes

de pressão na gola e colchetes

embudos na vista. Mancha

localizada frente/lateral direita indo

para o traseiro, por corante (na

vercal, tamanho variável), com

estampa Orgânico em silk na frente

direita. Bordado manual interno na

margem de costura da lateral

esquerda.

+ S E R T Ã O É O N D E O P E N S A M E N T O D A G E N T E S E

F O R M A M A I S F O R T E D O Q U E O P O D E R D O L U G A R +

Saia Lápis Midi

Saia lápis comprimento midi, com

fenda lateral e barra estruturada com

nervuras. Frente em algodão

orgânico colorido naturalmente

maquinetado, com listras na vercal

no lado direito e horizontal do lado

esquerdo, com bolsos amplos eslo

canguru sobrepondo ao cós. Costas e

cós anatômico em algodão orgânico

colorido naturalmente liso,

fechamento lateral com zíper de

metal. Peça fechada na overloque

com reforço e pespontos na reta 1

agulha. Bordado manual interno no

forro do bolso esquerdo.

+ S E R T Ã O : E S T E S S E U S V A Z I O S +


98

CAMINHAR

Figura 98: Look Caminhar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


99

Camisão Balonê

Camisa longa em algodão orgânico

colorido naturalmente, com gola

colarinho inverda, frente com leve

godê: lado esquerdo duplo com

nervuras vercais desiguais e lado

direito com silk Cordas localizado e

ajuste na cintura por faixa – que

passa por dentro da peça). Costas

com leve balonê feito por franzido na

barra e recorte costas, aberturas

laterais, mangas sino e palas com

nervuras em curvas. Fechamento por

colchetes de pressão nos ombros,

gola e vista encoberta. Bordado

manual no interno costas, paralelo

ao recorte à 2cm da barra.

+ D E U S É U R G E N T E S E M P R E S S A -

O S E R T Ã O É D E L E +

Calça Aladim

Calça modelo aladim, em algodão

misto com PET reciclado. Cós estreito

de 4cm com passantes alongados 5 x

1cm, pences e vista pespontada com

fechamento por zíper de nylon fino e

botão artesanal personalizado. Barra

com nervuras e fechamento lateral

com botões e azelhas – opção de

usar a barra aberta ou fechada

ampliando o volume bufante da

peça. Nervuras vercais na lateral

direita da peça. Bordado interno na

barra da perna direita.

+ S E R T Ã O É O S O Z I N H O +


100

TRANSCENDER

Figura 99: Look Transcender - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


101

Bata Godê

Bata godê com corpo, gola

padre, recorte das mangas em

Jacquard de algodão leve orgânico.

Mangas godês amplos e

recortes centro costas em

malha puída flamê de cânhamo

orgânico. Centro corpo frente

com recortes pregas fêmeas

em “V”, estampa Palha sextavada

em silks localizados e fechamento

por zíper invisível. Peça

com acabamentos em corte a

fio nas mangas e rebado 1

agulha no corpo. Bordado

manual interno no recorte da

manga direita.

+ S E R T Ã O É G R A N D E O C U L T A D O D E M A I S +

Shorts com Babados

Shorts com barras arredondadas

e costuras laterais deslocadas

para a frente. Frente em Algodão

orgânico maquinetado e costas

lisa, peça fechada na overloque

com reforço na reta e rebados 1

agulha na largura do calcador.

Babados em algodão gazeado

orgânico com ngimento ombrê

em 02 tons, franzido e aplicado

sobre o cós na reta. Fechamento

frontal por zíper de nylon fino

fixo. Bordado manual interno na

lateral direita do shorts.

+ O S E R T Ã O É U M A E S P E R A E N O R M E +


102

INSPIRAR

Figura 100: Look Inspirar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


103

Vestido Túnica Assimétrica

Vesdo modelo túnica decote reto,

frente reta alongada e costas em

diagonal com leve godê, sobrepondo a

vesdo curto com elásco embudo na

cintura, em Cem de Modal Eco® e alças

em roletê de 0,7cm do próprio tecido.

Mangas longas bufantes em Voil de seda

mista Eco®, com punhos em cem

entretelado, com aberturas rebadas 1

agulha: manga direita com abertura no

ombro e manga esquerda com recorte

drapeado ajustado ao braço. Peça com

ngimento em duas fases e reserva de

cor, com silk Cestaria sobrepondo o

ngimento nas mangas, punhos e barras

da peça. Bordado manual interno nas

costas em revel aplicado na costura de

acabamento da abertura da túnica.

+ A G E N T E T E M D E S A I R D O S E R T Ã O !

M A S S Ó S E S A I D O S E R T Ã O É T O M A N D O

C O N T A D E L E A D E N T R O +

Calça Reta Oversize

Calça reta longa oversize com volume

nas barras, cós estreito de 3,5cm, pences

frente e costas, e bolsos embudos nas

costuras laterais. Peça em Cem de

Modal Eco®, fechada na overloque com

reforço na reta, 1 agulha, pespontos

rentes às costuras de união. Vista de 3cm

pespontada 1 agulha, fechamento por

zíper de nylon fino e botão artesanal

personalizado na posição losango.

Bordado manual no interno do cós

costas.

+ O S E R T Ã O N Ã O C H A M A N I N G U É M À S C L A R A S;

M A I S, P O R É M, S E E S C O N D E E A C E N A.

M A S O S E R T Ã O D E R E P E N T E S E E S T R E M E C E,

D E B A I X O D A G E N T E +


104

REFLETIR

Figura 101: Look Refletir - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


105

Bata evasê com alças

Bata em Tricoline de algodão orgânico

com elastano. Modelo evasê frente e

costas transpassados; decote frente

reto, decote costas com lapelas com

dobras em V, alças em roletês do próprio

tecido com 0,7cm de largura, aplicadas

no recorte frente centro e decote costas.

Fechamento no centro costas por

colchetes de encaixe niquelados. Peça

fechada no overloque com costura de

reforço na reta, costuras embudas.

Pesponto 1 agulha aparente no recorte

centro e no transpasse frente superior.

Bordado manual interno à 1cm da lateral

direita de quem veste.

+ O S E R T Ã O É C O N F US Ã O E M G R A N D E

D E M A S I A D O S O S S E G O +

Calça Pantacourt

Calça Pantacourt com franzido na

costura do cós, em malha puída flamê de

cânhamo orgânico, com fendas laterais

até a altura do quadril, acabamento

corte a fio. Calça interna justa (eslo

legging), cós, palas dianteira e traseira,

recortes laterais em ribana 1x1 em

algodão orgânico. Bolsos embudos nas

costuras dos recortes laterais. Peça

fechada no overloque ponto cadeia,

barra da legging e elásco embudo no

cós, aplicado na galoneira 02 agulhas

rebado apenas na parte interna.

Bordado manual no interno do cós à

1cm da costura de união e 1cm da

lateral.

+ O S E R T Ã O É S E M L U G A R +


106

CULTIVAR

Figura 102: Look Cultivar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


107

Blusa Oversize Pala Dobrada

Blusa oversize em algodão gazeado

orgânico, com pala dobrada frente e

costas. Recorte do corpo do lado

esquerdo no avesso. Mangas soltas

com recorte alternados entre o direito e

avesso, ombro esquerdo a mostra, com

alça do próprio tecido de 1cm e punho

esquerdo em contraste. Recorte central

da manga esquerda com estampa

Trançado em silk e aplicação franzida

sobreposta. Peça fechada na overloque

e rebada 1 agulha na reta, barras na

galoneira 02 agulhas. Bordado manual

nas costas da pala virada.

+ O S E R T Ã O É C O N F U S Ã O E M G R A N D E

D E M A S I A D O S O S S E G O +

Calça Clochard

Calça modelo clochard em Moletom

botonê PET reciclado, sem felpa. Com

barras e cós virados no avesso do

tecido, elásco embudo no centro do

cós e abas aplicadas nas costuras

laterais. Peça fechada na overloque

com costuras rebadas a 1 pé de

máquina na reta. Bordado manual nas

costas do cós virado.

+ S E R T Ã O F O I F E I T O É P A R A S E R S E M P R E

A S S I M : A L E G R I A S ! +


108

LIBERTAR

Figura 103: Look Libertar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.


109

Macacão Assimétrico

Macacão decote reto drapeado com

elásco embudo; pernas amplas

godê com barras em diagonal, corpo

lado direito reto e lado esquerdo

com franzido por elásco embudo

na cintura, peça em Moletom

botonê PET reciclado, sem felpa.

Mangas ajustadas ao braço, ombro à

ombro, em moletom com balonê em

Voil de seda mista Eco® e punhos em

Tricoline de algodão orgânico com

abotoamento interno com colchetes

embudos. Babado em Voil de seda

mista Eco® com ngimento ombré

na parte superior, aplicado franzido

na reta e alças em roletê de tricoline

de 0,7cm. Tingimento vercal

localizado no punho e na perna

direita com sobreposição de

estampa Mancha em silk; corpo lado

esquerdo com silk Terra. Bordado

manual interno costas no revel

aplicado à costura lateral direita.

+ S E R T Ã O... Q U E R E N D O P R O C U R A R,

N U N C A N Ã O E N C O N T R A.

D E R E P E N T E, P O R S I, Q U A N D O A

G E N T E N Ã O E S P E R A, O S E R T Ã O V E M +


110

4.10 Propostas de estampas

Figura 104: Estudos de representações de palha sextavada, esboços da autora.

Figura 105: Estudos de representações de terra seca, esboços da autora.


111

Figura 106: Estudos de representações de trançados, esboços da autora.

Figura 107: Estudos de representações de cordas, esboços da autora.


112

As estampas foram extraídas

dos estudos de supercies das

materialidades dos sertões, a princípio

partem de esboços manuais das

principais texturas pesquisadas e

evoluem para formas orgânicas com

elementos dos sertões.

Figura 108: Estudos de formas orgânicas com texturas, esboços da autora.


113

ARTE:

RAPPORT:

16cm

16cm

COLORAÇÃO:

Pigmento - Pantone: 317 C

PROCESSOS:

Estampa Corrida em Quadros

Figura 109: Estampa corrida Cordas, elaborado pela autora.

ARTE:

TAMANHO:

Aprox.29cm

Aprox. 20cm

PROCESSOS:

Serigrafia: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

COLORAÇÃO:

Pigmento - Pantone: 2027 C

Figura 110: Estampa serigráfica Palha sextavada, elaborado

pela autora.

E para as estampas finais foram

combinados dois processos disntos:

ngimentos que variam entre manchas

localizadas e ombré, com a sobreposição de

estampas serigráficas em quadros. Nesta

coleção os ngimentos são realizados por

corantes reavos e a serigrafia com pigmentos

a base de água, podendo evoluir em estudos

posteriores para ngimento e estamparia

natural, sendo necessários estudos específicos.


114

ARTE:

ARTE:

COLORAÇÃO:

COLORAÇÃO:

Pigmento - Pantone: 7603 C

Corante - Pantone: 18-1350 TCX

Pigmento - Pantone: White C

TAMANHOS:

TAMANHOS:

Aprox. 10cm

Larg. Manga

42 cm

Comprimento Pregas

Comprimento Frente

42 cm

13 cm

PROCESSOS:

Serigrafia: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

Figura 111: Estampa serigráfica Solo seco,

elaborado pela autora.

PROCESSOS:

Aprox. 12cm

Pregas F/C

Aprox. 10cm

Corpo F/C

13 cm

Corpo

F/C

Bater 2x vercal

Tingimento ombré vercal: Frente, Costas e Pregas

Tingimento ombré horizontal: Manga direita (Manchas variáveis*Simulação)

Serigrafia: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

Figura 112: Tingimentos localizados + Estampa serigráfica Solo seco,

elaborado pela autora.


115

ARTE:

TAMANHOS:

Aprox. 70cm

23cm

Aprox. 30cm

16,5cm

PROCESSOS:

COLORAÇÃO:

Mancha vercal: Tingimento localizado com

corante reavo. (Tamanho variável* Simulação)

Serigrafia Flor: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

Corante - Pantone: 13-4908 TCX

Pigmento - Pantone: White C

Figura 113: Tingimento localizado + Estampa serigráfica Floreio, elaborado pela autora.

ARTE:

TAMANHOS:

Aprox. 70cm

45cm

PROCESSOS:

COLORAÇÃO:

Aprox. 40cm

Mancha vercal: Tingimento localizado com

corante reavo. (Tamanho variável* Simulação)

Serigrafia Flor: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

Corante - Pantone: 13-4908 TCX

Pigmento - Pantone: White C

Figura 114: Tingimento localizado + Estampa serigráfica Orgânico, elaborado pela autora.

32cm


116

TAMANHOS:

ARTE:

Aprox. 45cm

PROCESSOS:

Tingimento em 2 etapas:

Tingimento da peça - corante reavo*

Reserva de cor:

Fundo/ cor do tecido*

Tingimento em 2 etapas:

Barrado ombré - corante reavo*

(Tamanhos variáveis* Simulações)

COLORAÇÃO:

Corante - Pantone: 18-1350 TCX

40 cm

Corante - Pantone: 17-1456 TCX

Pigmento - Pantone: 317 C

PROCESSOS:

55cm

Serigrafia Palha-sextavada:

Silk a base d’água zero toque com cobertura

Figura 115: Tingimento em 2 etapas + Estampa serigráfica Cestaria, elaborado pela autora.

ARTE:

COLORAÇÃO:

Pigmento - Pantone: 2027 C

TAMANHOS:

20 cm

PROCESSOS:

45 cm

Figura 116: Estampa serigráfica Trançados, elaborado pela autora.

Serigrafia: Silk a base d’água

zero toque com cobertura


117

ARTE:

ARTE:

COLORAÇÃO:

Corante - Pantone: 17-1456 TCX

COLORAÇÃO:

Corante - Pantone: 13-4908 TCX

Pigmento - Pantone: 317 C

Pigmento - Pantone: 2027 C

TAMANHOS:

TAMANHOS:

Aprox. 90 cm

40 cm

35cm

Aprox. 10 cm

55 cm

PROCESSOS:

Tingimento: Mancha localizada despigmentação

+ corante reavo (Tamanho variável* Simulação)

Serigrafia Mancha:

Silk a base d’água zero toque com cobertura

PROCESSOS:

50 cm

Tingimento: Barrado despigmentação

+ corante reavo (Tamanho variável*Simulação)

Serigrafia Terra seca:

Silk a base d’água zero toque com cobertura

Figura 117: Despigmentações + Tingimentos localizados + Estampas serigráficas Água e Terra,

elaborado pela autora


118

5 IDENTIDADE VISUAL

5.1 Logotipo

Parndo da pesquisa de nicho e do conceito

desenvolvido para o amadurecimento feminino, foi

elaborado o termo que deu origem ao logopo:

Contemporânea +, onde contemporânea significa ter uma

relação própria com a vida, com o envelhecimento e o sinal

de mais “+” compreende todas as mulheres que

independente da faixa etária buscam ser mais que os

limites do tempo e sociedade.

O logo, além de comunicar o público-alvo, conduz a

idendade visual aplicada à assinatura de aviamentos e

embalagens da coleção, caracterizando uma marca.

Para o logopo optou-se por

explorar a ideia do termo na

pografia, aplicando uma fonte em

letra bastão para a facilitar a leitura,

mas que tenha aspecto cursivo. O

vocábulo em caixa alta destaca a

palavra tempo, que assim como no

centro do logo, está no centro do

debate sobre a relação com o

envelhecimento. E o sinal de mais

“+”, além de parte da definição já

abordada, pode ser usado como

símbolo da marca.

Foram escolhidas as cores

preto (Pantone: Black C), por ser

uma cor neutra e constante. E o

vermelho (Pantone: 485C), como

detalhe forte e marcante.

conTEMPOrâanea +

TEMPO = Mulher que se relaciona bem

com a passagem do tempo.

COM TEMPO = Mulher que prioriza o

tempo para si mesma.

CONTEMPORÂNEA = Mulher que vive

plenamente o tempo presente e assim, se

torna referência e à frente deste tempo.

+ = Mulheres que são mais que os limites

do tempo e sociedade.

Impressão 2 cores:

Vermelho: Pantone 485C

Preto: Pantone Black C

Figura 118: Logopo, arte desenvolvida pela autora.


+ +

DOBRA

DOBRA

+ +

119

5.2 Etiquetas de assinatura

Para a idenficação da marca

nas peças optou-se pelo uso de

equetas de assinatura, mantendo os

parâmetros de escolha de

fornecedores nacionais: fabricante de

equetas bordadas em máquinas

jacquard - empresa cerficada pela

ABVTEX (programa que cerfica e

monitora as boas prácas de

responsabilidade social e relações do

trabalho).

Etiquetas Bordadas

de assinatura

Base: Alta definição

fundo sarjado

Fabricante: Helvetia

Composição: 100% PES

Certificação ABVTEX

1,2cm

0,5cm

Equeta 8cm x 1,5cm interna

de tamanho com viras latarais

Bordada em Jacquard

Aplicação:

Camisas e calças de alfaiataria

0,5cm

2cm

conTEMPOrâanea +

M/42

conTEMPOrâanea +

M/42

8cm

conTEMPOrâanea +

M/42

conTEMPOrâanea +

M/42

3cm

Equeta 3cm x 5cm interna

de tamanho com dobras laterais

Bordada em Jacquard

Aplicação:

Moletons e calças com elásco

0,5cm

conTEMPOrâanea +

5cm

M/42

conTEMPOrâanea +

M/42

conTEMPOrâanea +

M/42

Equeta bandeirinha logo +

Bordada em Jacquard

Base Tafetá/ Alta definição

Aplicação: Diversas

+ +

Equeta Logo +

Bordada em Jacquard

Base Tafetá/ Alta definição

Aplicação: Diversas

3cm

0,5cm

1,2cm

1,5cm

+

+

Puxador em fita Base Tafetá/ Alta definição (Fundo sarjado)

de 8cm x 0,5cm bordada.

2cm

0,5cm

+

Face 1

+

+

Face 2

Base: Tafetá Sarjado

Cor: Cru

Jacquard logo:

Cor: Vermelho 18-1665 TCX

Jacquard logo:

Cor: Preto

Dobra/vinco

Dobra costura

Figura 119: Amostras confeccionadas de

equetas de assinatura e puxador.

Figura 120: Projeto de equetas de assinatura e

puxador, layout desenvolvido pela autora.


120

5.3 Botões personalizados

Os botões personalizados, também

entram como assinatura da marca. São botões

feitos artesanalmente com borra de café,

material orgânico reaproveitado, proposta

desenvolvida por fornecedor local.

+

conTEMPOrâanea

+

conTEMPOrâanea +

+

conTEMPOrâanea

conTEMPOrâanea +

1,2cm Ø

3cm Ø

2,5 x 2,5cm 1,4 x 1,2cm

Botõe artesanais

Personalização em baixo relevo

Composição orgânica:

reaproveitamento de borra de café

e aglunante natural.

Fabricante: Recoffee Design

Aplicação: Camisas e blusas

Tam. 20” - 1,2cm Ø

Tam. 2,5 x 2,5cm

Tam: 1,4 x 1,2cm

Aplicação: Calças e bermudas

Tam. 48” - 3cm Ø

hps://www.recoffeedesign.com.br/botao - Acessado em 11/06/2021

Figura 121: Projeto de personalização de botões, layout desenvolvido pela autora.


121

5.4 Tag

O Tag proposto é 100% biodegradável

confeccionado em papel semente, permindo

que ao invés do descarte seja plantado o papel e

culvadas as sementes, no caso de manjericão.

Matéria-prima produzida artesanalmente, por

fornecedor local.

80 mm

5mm

Este tag possui

sementes de

manjericão em sua

composição,

para plantá-lo:

Este tag possui

sementes de

manjericão em sua

composição,

para plantá-lo:

conTEMPOrâanea +

• Rasgue o papel

• Molhe

• Plante

em terra férl

• Regue e cuide

regularmente

conTEMPOrâanea +

100mm

• Rasgue o papel

• Molhe

• Plante

em terra férl

• Regue e cuide

regularmente

30 mm

Base: Papel Semente Biodegradável

Semente: Manjeirção

Gramatura variável: 160 a 300g

Faca: 10 x 5cm

Furo: 0,5cm Ø

Acabamento:

Cordão de algodão cru 3mm Ø

Impressão 2 cores:

Vermelho:

Pantone 485C

Preto:

Pantone Black C

Figura 122: Projeto de Tag, layout desenvolvido pela autora.


122

5.5 Embalagem

A embalagem em algodão

cru, formato saco com ajustes

laterais, permite a reulização de

formas diversas evitando o descarte.

Para inclusão do logo optou-se pelo

silk localizado a base d’água.

A

5cm

3cm

B

conTEMPOrâanea +

20cm

3cm

5cm

Silk 2 cores - à base d’água:

Vermelho: Pantone 485C

Preto: Pantone Black C

Tamanhos:

P - 35cm (A) x 45cm (B)

M - 45cm (A) x 50cm (B)

Material:

Algodão Cru

Cadarço chato de algodão

Larg.: 2cm cor: preto

Figura 123: Projeto de Embalagem, layout desenvolvido pela autora.


123

6 MODELOS

CONFECCIONADOS

Da coleção foram confeccionadas 04 peças

coordenáveis, sendo os looks Ser e Significar os

escolhidos do line up e desdobrados em novas

combinações. Neste capítulo serão apresentados

os registros do desenvolvimento dos modelos,

bem como a apresentação final.

6.1 Desenvolvimento

6.1.1

Estudo Cromáticos

Combinação eleita

Os estudos cromácos da coleção passam

por diversas revisões no decorrer do

desenvolvimento, são analisadas as cores

aplicadas ao look e sua composição no line up, para

escolha da cartela e combinações finais. Seguem

os estudos apenas dos looks confeccionados, mas

a metodologia foi aplicada a todos os modelos da

coleção.

Combinação eleita

Figura 124: Estudos cromácos Look Significar,

desenvolvido pela autora.

Figura 125: Estudos cromácos Look Ser,

desenvolvido pela autora.


conTEMPOrâanea

124

6.1.2 Fichas Técnicas

conTEMPOrâanea +

Sertões: Travessias

Primavera/ Verão 2022

Descrição: Vesdo Chemise com gola colarinho inverda, ombros deslocados,

mangas 3/4 sino e corpo em cem de Modal Eco®, recortes laterais frente e costas

com pregas vercais em Voil misto de Liocel Eco® e Seda, fechamento lateral por

abotoamento com vista encoberta. Aberturas e passantes discretos para opção de

ajuste na cintura com faixa. Peça com ngimentos ombré vercais e silks localizados.

Recortes laterais frente e costas

no TEC-B, com pregas vercais

de 1cm rebadas 1 agulha.

Gola colarinho inverda

TEC-A com fechamento

lateral, rebada 1 agulha

largura do calcador.

13,5cm

conTEMPOrâanea +

M/42

9cm

3,5cm

FICHA TÉCNICA

Ref: CTM-PV22.VC01

Modelo:

Vesdo Chemise

Data: 10/07/2021

Eslista: Mariana Maciel

Piloteira: Cecília

Mostruário - Tam.: M

Grade: P ao GG

ETIQUETA TAM./MARCA

interna aplicada no

centro costas na costura

do colarinho.

conTEMPOrâanea +

M/42

Ombros deslocados

Mangas sino TEC-A

fechadas na overloque

com refoço na reta,

barras de 3,5cm

na reta 1 agulha.

+

Fechamento lateral com

vista encoberta largura 3,5cm,

06 BOTÕES TAM. 28,

01 BOTÃO TAM.24 no colarinho.

11cm

1,5cm

CASEADO RETO

NA VERTICAL

Passantes 5 x 0,8cm fechados e aplicados na reta,

na lateral interna e no interno da vista, na altura

da cintura, para passagem da faixa (interna na

parte das pregas e aparente na lateral oposta).

Bolsos embudos nas

costuras laterais, com

abertura de 15cm,

rebados 1 agulha na reta.

Corpo TEC-A evasê em

diagonal, com fechamento desigual,

para compensar o blousê, ao vesr

a peça com amarração.

Abertura no ombro

(do decote a costura do

ombro) rebado 1 agulha

na reta.

Abertura na linha da cintura

para passagem da faixa (interna

na parte das pregas e

aparente na lateral oposta).

Faixa para amarração

opcional na cintura,

fechada e rebada

1 agulha na reta.

+ S E R T Ã O É D E N T R O D A G E N T E +

7,5cm

BORDADO MANUAL na

parte interna da vista

com caseados na vercal

à 7,5cm do final da barra.

COSTURAS

Reta - Ponto Fixo 301

Overloque - Ponto Cadeia 504

Bordado Manual

+ S E R T Ã O É D E N T R O D A G E N T E +

0,8cm

13,5cm

ETIQUETA LOGO +

centralizada na barra

da manga esquerda,

aplicada na reta 1 agulha

pespontando o contorno.

ETIQUETA COMPOSIÇÃO

e FITA BOTÃO RESERVA

interno esquerdo à 35cm

do final barra.

+

+

Barra de 3,5cm

na reta 1 agulha.

4cm

TEC-A: Cem de Modal Eco® (GVallone - Splendor) 3,20m Off Simplicidade (Off White) 1,35m / 125g/m2 100% Eco Modal®

TEC-B: Voill de Misto Seda e Liocel Eco® (GVallone - Lindíssima) 2m Off Simplicidade (Off White) 1,35m / 66 g/m2 70% Liocel Eco Tencel® 30% Seda

ENTRETELA: Entretela de malha termocolante (Maximus - 15731) 0,2m Branco (Bco)

1,50m / 200 g/m 100% PES

BOTÃO Botão Madrepérola (Bazar Pacaembu ) 07 unid Madrepérola

28” (17,78mm) Fechamento corpo

BOTÃO Botão Madrepérola (Bazar Pacaembu )

01 unid. Madrepérola

24” (15,24mm) Colarinho

FITA CETIM Fita de cem de 25mm (Zano ) 0,09m Branco (Bco)

2,5 x 9cm Lateral/ Botão reserva

ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)

Tam.: 3 x 5cm Interno centro decote

ETIQUETA Logo + (Helvea 104) 01 unid. Off Simplicidade (104)

Tam.: 1,5 x 2cm Centro manga esquerda

ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)

Tam.: 3,3 x 5cm

Interno lateral esquerda

TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Vista 2º caseado

EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca

01 unid. Off Simplicidade (Cru)

Tam.: M

EST-01: Serigrafia em quadro - Silk Terra ----- Branco Codiano

13 x 42cm Centro Frente

TINGIMENTO: Tingimento Ombré Vercal Localizado ----- Terra Resistência

------ Manga direita, Recortes F/C, Centro F

BORDADO Linha 120 PES (Sea)

---- m Preto (Pto)/ Vermelho(500) Tam.: 17 x 0,8cm Interno da vista dupla

LINHA Linha 120 PES (Sea)

---- m Branco (29) ----- Fechamento/ Pesponto

FIO Fio PA (Sea)

---- m Branco (29) ----- Fechamento/ Chuleado

CONTEMPORÂNEA + LTDA.

CNPJ: 00.000.000/0001-00

TAMANHO M

GOLA, MANGAS E CORPO:

100% MODAL

RECORTE:

70% LIOCEL 30% SEDA

Lavar separadamente

Não deixar de molho

Não passar sobre a estampa

S94 6:Z

FABRICADO NO BRASIL

Figura 126: Ficha Técnica Vesdo Chemise (Look Ser) página 1, desenvolvido pela autora


125

conTEMPOrâanea +

Sertões: Travessias

Primavera/ Verão 2022

FICHA DE ESTAMPA E TINGIMENTOS

EST-01 - Serigrafia em quadro - Silk Terra - 01 cor - variante única

Estampa localizada com encaixe de tela

TINGIMENTOS - Ombré localizados

ARTE:

TAMANHOS:

FICHA TÉCNICA

Ref: CTM-PV22.VC01

Modelo:

Vesdo Chemise

Data: 10/07/2021

Eslista: Mariana Maciel

Estamparia : CRS Silk

Mostruário - Tam.: M

Grade: P ao GG

42 cm

+

13 cm

Corpo

F/C

COLORAÇÃO:

Corante - Pantone: 18-1350 TCX

Pigmento - Pantone: White C

PROCESSOS: SEQUÊNCIA :

Serigrafia: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

Tingimento ombré vercal: Frente, Costas e Pregas

Tingimento ombré horizontal: Manga direita

1º Costurar pregas no voil como panô (1m cada)

2º Tingir todas as partes - Ombré localizado

3º Estampar Centro Frente e Costas - Silk

4º Cortar Laterais pregueadas localizando molde sobre panô.

LOCALIZAÇÃO ESTAMPAS (Peça aberta):

Centro Frente Costas Manga direita

Recorte Pregueado

Frente

Recorte Pregueado

Costas

Ombré

Aprox. 10cm

Silk alinhar pela lateral

Bater 2x e 1/2 com encaixe

Ombré Aprox. 15cm Ombré Aprox. 15cm Frente e Costas

Ombré Aprox. 15cm Ombré Aprox. 15cm

Figura 127: Ficha Técnica Vesdo Chemise (Look Ser) página 2, desenvolvido pela autora


126

conTEMPOrâanea +

Sertões: Travessias

Primavera/ Verão 2022

Descrição: Calça reta com cós largo e faixas

sobrepostas, com pences e bolsos faca

laterais. Fechamento lateral com zíper de

metal e puxador.

FICHA TÉCNICA

Ref: CTM-PV22.CF02

Modelo: Calça Reta

Faixas Sobrepostas

Data: 07/07/2021

Eslista: Mariana Maciel

Piloteira: Nazaré Grilo

Mostruário - Tam.: 42

Grade: 38 ao 50

Bolsos faca laterais

no TEC-A, forro do

bolso no TEC-B,

fechados na overloque

e abertura rebada

1 agulha a 1cm na reta.

Faixas laterais

frente e costas

sobrepostas,

aplicadas à

costura de união

do cós, com pences

fechadas na reta.

Pespontadas as

laterais a 1cm,

1 agulha.

Abertura faixas

laterais até a

altura do quadril.

+

5cm

Cós no TEC-A, fechado

na overloque e aplicado

na reta.

Calça no TEC-A,

fechada nas laterais,

entrepernas,

ganchos frente e

costas na reta

com acabamento

na overloque.

FITA DE CETIM 20cm

dobrada, aplicada

na reta na união

do cós nas laterais

costas.

ETIQUETA TAM./MARCA

centralizada no interno

do cós costas, aplicada na reta

com pespontos nas laterais.

+

+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +

BORDADO MANUAL interno

centralizado no protetor de zíper.

*Atenção ao sendo do bordado:

sertão para baixo (leitura para

quem veste).

conTEMPOrâanea +

M/42

15cm

+

+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +

0,8cm

+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +

CONTEMPORÂNEA + LTDA.

CNPJ: 00.000.000/0001-00

TAMANHO 42

100% ALGODÃO

S84 6,W

FABRICADO NO BRASIL

Protetor de Zíper

TEC-B, overlocado o

contorno e aplicado

na costura do zíper.

ETIQUETA DE

COMPOSIÇÃO à

6cm da costura

do cós, aplicada

na reta no protetor

interno do zíper.

COSTURAS

Reta - Ponto Fixo 301

Overloque - Ponto Cadeia 504

Bordado Manual

Barra da calça e

das faixas laterais

de 4cm rebadas

na reta 1 agulha.

ETIQUETA

BANDEIRINHA LOGO +

aplicada à 1,5cm

do término do zíper

na costura de união

lateral.

+ +

Fechamento lateral

ZÍPER aplicado e

rebado na reta

1 agulha o contorno.

Com PUXADOR

costurado na reta.

+

TEC-A: Algodão gazeado orgânico (Innovav - 148.161) 2,10 m Off Simplicidade (000)

1,45m / 140 g/m2 100% CO

TEC-B: Cambraia Forro (Niazi - 01210498) 0,30m Off Simplicidade (18)

1,44m / 91g/m2 100% CO

ZÍPER Fixo de metal fino trava automáca cursor quadrado YKK) 01 unid Fita (Off) Banho (Niquelado) Compr.: 25cm Fechamento

FITA CETIM Fita de cem de 4mm (Zano )

0,40m Branco (Bco)

Larg: 4mm Alças internas

ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)

Tam.: 3 x 5cm Interno cós

ETIQUETA Bandeirinha Logo + (Helvea 103) 01 unid. Off Simplicidade (103)

Tam.: 1,2 x 3cm Lateral/ final zíper

PUXADOR Puxador Logo + (Helvea 105) 01 unid. Off Simplicidade (105)

Tam.: 0,5 x 8cm Curso do zíper

ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)

Tam.: 3,3 x 5cm

Protetor do zíper

TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Alças internas

EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca

01 unid. Off Simplicidade (Cru)

Tam.: P

BORDADO Linha 120 PES (Sea)

---- m Preto (Pto)/ Vermelho(5007) Tam.: 16 x 0,8cm Forro bolso

LINHA Linha 120 PES (Sea)

---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Pesponto

FIO Fio PA (Sea)

---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Chuleado

CONTEMPORÂNEA + LTDA.

CNPJ: 00.000.000/0001-00

TAMANHO 42

100% ALGODÃO

S84 6,W

FABRICADO NO BRASIL

Figura 128: Ficha Técnica Calça com faixas sobrepostas (Look Ser), desenvolvido pela autora.


127

conTEMPOrâanea +

Sertões: Travessias

Primavera/ Verão 2022

Descrição: Calça cenoura com bolsos frontais amplos eslo canguru, frente

com pregas sobrepondo o cós, em algodão orgânico listrado: perna direita

na horizontal e esquerda na vercal (de quem veste). Cós, espelho do

bolso, costas e barra virada em moletom eco botonê. Bordado no forro do

bolso esquerdo e fechamento lateral com zíper de metal.

Bolsos amplos: espelho do

bolso TEC-B, Forro do

bolso TEC-C, fechados na

overloque aplicado na reta

e rebado 1 agulha a 1cm

da borda.

Frente sobreposta

ao cós com 2 pences

frontais em cada perna

fechadas na reta.

Frente TEC-A

Perna esquerda

listras vercais

Perna direita

listras horizontais

+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +

Cós no TEC-B, aplicado

na overloque, com

reforço na reta.

BORDADO MANUAL interno no forro

do bolso esquerdo à 2cm da borda

do bolso. *Atenção ao sendo do

bordado: sertão para baixo (leitura

para quem veste).

FICHA TÉCNICA

Ref: CTM-PV22.CC03

Modelo: Calça cenoura

bolsos frontais

Data: 01/07/2021

Eslista: Mariana Maciel

Piloteira: Nazaré Grilo

+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +

ETIQUETA TAM./MARCA

centralizada no interno

do cós costas, aplicada na reta

com pespontos nas laterais.

conTEMPOrâanea +

M/42

16cm

Mostruário - Tam.: 42

Grade: 38 ao 50

+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +

0,8cm

ETIQUETA DE

COMPOSIÇÃO à

3cm da costura

do cós, aplicada

na reta no protetor

interno do zíper.

MONTAGEM DA BARRA

Virar para

Aplicar

costas

a barra

FITA DE CETIM 20cm dobrada,

aplicada na reta na união do cós

nas laterais costas.

Costas

no TEC-B

Ganchos frente e costas

fechados na overloque

com reforço na reta.

5,5cm

+

Fechamento

lateral ZÍPER

Aplicado e

rebado na

reta 1 agulha

contorno.

Com PUXADOR

costurado na

reta.

5cm

+

Larg. boca:

27cm

Larg. boca

virada: 17cm

COSTURAS

Reta - Ponto Fixo 301

Overloque - Ponto Cadeia 504

Bordado Manual

Dobrar

a barra

Laterais fechadas na

overloque, com reforço

na reta, pespontado

1 agulha.

Barras no TEC-B,

fechadas e aplicadas

na overloque, rebadas

na reta 1 agulha.

ETIQUETA LOGO +

Aplicada à 1,5cm

da borda do bolso,

pespontado o

contorno na reta.

+

TEC-A: Algodão listrado orgânico (Innovav - 148.142) 0,92m Off Simplicidade (032)

1,40m / 217g/ml 99% CO 01% PES

TEC-B: Moletom Botonê Eco (RVB - 22228) 0,5 kg Off Simplicidade (BG)

1,95m / 250g/m2 51% CO 49% PES

TEC-C: Cambraia Forro (Niazi - 01210498) 0,30m Off Simplicidade (18)

1,44m / 91g/m2 100% CO

ZÍPER Fixo de metal fino trava automáca cursor quadrado YKK) 01 unid Fita (Off) Banho (Niquelado) Compr.: 30cm Fechamento

FITA CETIM Fita de cem de 4mm (Zano )

0,40m Branco (Bco)

Larg: 4mm Alças internas

ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)

Tam.: 3 x 5cm Interno cós

ETIQUETA Logo + (Helvea 104) 01 unid. Off Simplicidade (104)

Tam.: 1,5 x 2cm Lateral/ final zíper

PUXADOR Puxador Logo + (Helvea 105) 01 unid. Off Simplicidade (105)

Tam.: 0,5 x 8cm Curso do zíper

ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)

Tam.: 3,3 x 5cm

Protetor do zíper

TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Alças internas

EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca

01 unid. Off Simplicidade (Cru)

Tam.: P

BORDADO Linha 120 PES (Sea)

---- m Preto (Pto)/ Vermelho(5007) Tam.: 16 x 0,8cm Forro bolso

LINHA Linha 120 PES (Sea)

---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Pesponto

FIO Fio PA (Sea)

---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Chuleado

Figura 129: Ficha Técnica Calça Cenoura (Look Significar), desenvolvido pela autora.

CONTEMPORÂNEA + LTDA.

CNPJ: 00.000.000/0001-00

TAMANHO 42

FRENTE:

99% ALGODÃO

10% POLÍÉSTER

CÓS, COSTAS, BARRAS

E BOLSOS:

51% ALGODÃO

49% POLIÉSTER

FORRO DO BOLSO:

100% ALGODÃO

S94 6,W

FABRICADO NO BRASIL


+ S E R T Ã O É Q U A N D O M E N O S S E E S P E R A +

conTEMPOrâanea +

M/42

128

conTEMPOrâanea +

Sertões: Travessias

Primavera/ Verão 2022

Descrição: Bata ombro à ombro, com mangas amplas bufantes franzidas por roletê na

barra (ao rerar viram mangas godê) e pregas nos recortes dos ombros. Fechamento

frontal e abertura centro costas com botões artesanais. Gola godê estruturada

removível. Peça em algodão orgânico misto colorido naturalmente, com estampas

localizadas nas laterais frente, costas e gola; bordado manual interno no centro

FICHA TÉCNICA

Ref: CTM-PV22.BT04

Modelo:

Bata ombro à ombro

Data: 05/07/2021

Eslista: Mariana Maciel

Piloteira: Cecília

Mostruário - Tam.: M

Grade: P ao GG

Decote com acabamento

com cobre-gola TEC-A

frente e costas largura

1cm aplicado na reta,

1 agulha.

17cm

0,8cm

OP1. Manga bufante

12cm

BORDADO MANUAL

interno centro

costas, na vercal

à 12cm do decote.

COSTURAS

Reta - Ponto Fixo 301

Overloque - Ponto Cadeia 504

Bordado Manual

+ S E R T Ã O É Q U A N D O M E N O S S E E S P E R A +

+

+

Gola godê com colarinho TEC-A,

com ENTRETELA fechada na reta

e rebado no colarinho 1 agulha,

casedos frente nas estremidades,

para prender no 1º botão frente

e costas.

Mangas com duas

opções de uso:

bufante com roletê interno

para franzir ou godê, sem

o roletê.

Barra mangas overlocada

e rebada 1 agulha na reta

com 1,5cm pronta e

caseado reto centro interno

para passagem do roletê.

Roletê TEC-A larg: 1cm

costura embuda na reta.

BOTÃO

centro costas

30cm

Barra corpo overlocada

e rebada 1 agulha

com 0,5cm pronta.

ETIQUETA TAM./MARCA

interna aplicada no

centro costas na costura

Vista frente 3cm

com dobra rebatido

1 agulha na reta.

Abertura costas 30cm

com vista 3cm

rebada 1 agulha na reta

1,5CM

BOTÃO

ARTESANAL

GRÃO (1,4 X 1,2CM)

CASEADO RETO

NA VERTICAL

do cobre-golas.

+ +

conTEMPOrâanea +

M/42

Laterais corpo,

cavas e mangas

fechados na

overloque e

rebados na reta

1 agulha com

costuras embudas

8,5cm

OP2. Manga godê

+

Abertura

godê

ETIQUETA COMPOSIÇÃO

e FITA BOTÃO RESERVA

interno esquerdo à 15cm

do final barra.

ETIQUETA BANDEIRINHA

LOGO + à 20cm da barra.

Recorte ombros

com pregas de

0,5cm rebadas

na reta, deitada

para as costas

TEC-A: Algodão orgânico colorido (Innovav - 336.100) 4,10m Areia Existência (032)

1,50m / 105g/m2 63% CO 37% PA

ENTRETELA: Entretela de algodão (EF-430) 0,5m Branco (Bco)

0,90m / não informado 100% CO

BOTÃO Botão artesanal grão de borra café (Recoffe - grão ) 10 unid Marrom (Café)

1,4x1,2cm Fechamento frente e abertura costas

FITA CETIM Fita de cem de 4mm (Zano )

0,40m Branco (Bco)

Larg: 4mm Alças internas

FITA CETIM Fita de cem de 25mm (Zano ) 0,09m Branco (Bco)

2,5 x 9cm Lateral/ Botão reserva

ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)

Tam.: 3 x 5cm Interno centro costas

ETIQUETA Bandeirinha Logo + (Helvea 103) 01 unid. Off Simplicidade (103)

Tam.: 1,2 x 3cm Lateral

ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)

Tam.: 3,3 x 5cm

Interno lateral esquerda

TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Alças internas

EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca

01 unid. Off Simplicidade (Cru)

Tam.: M

EST-01: Serigrafia em quadro - Silk Terra ----- Terra Resistência Escuro

13 x 42cm Lateral Esq. frente + costas / gola

BORDADO Linha 120 PES (Sea)

---- m Preto (Pto)/ Vermelho(500) Tam.: 17 x 0,8cm Interno centro costas

LINHA Linha 120 PES (Sea)

---- m Ocre (29) ----- Fechamento/ Pesponto

FIO Fio PA (Sea)

---- m Bege (29) ----- Fechamento/ Chuleado

Figura 130: Ficha Técnica Bata ombro a ombro (Look Significar) página 1, desenvolvido pela autora.

CONTEMPORÂNEA + LTDA.

CNPJ: 00.000.000/0001-00

TAMANHO M

63% ALGODÃO

37% POLIAMIDA

Não passar sobre a estampa

S94 6:W

FABRICADO NO BRASIL


129

conTEMPOrâanea +

Sertões: Travessias

Primavera/ Verão 2022

FICHA DE ESTAMPA

EST-01 - Serigrafia em quadro

Silk Terra

01 cor - variante única

Estampa localizada com encaixe de tela

FICHA TÉCNICA

Ref: CTM-PV22.BT04

Modelo:

Bata ombro à ombro

Data: 05/07/2021

Eslista: Mariana Maciel

Estamparia : CRS Silk

Mostruário - Tam.: M

Grade: P ao GG

ARTE:

TAMANHO:

42 cm

13 cm

COLORAÇÃO:

Pigmento - Pantone: 7603 C

PROCESSOS:

Serigrafia: Silk a base d’água zero toque

com cobertura

LOCALIZAÇÃO ESTAMPAS (Peça aberta):

CENTRO

CENTRO

CENTRO

CENTRO

Frente Esquerda Traseiro Esquerdo Gola Frente e Costas

Alinhar pela cava

e bater tela 1x e 1/2

com encaixe de tela

Alinhar pela cava

e bater tela 1x e 1/2

com encaixe de tela

Alinhar pela curva mais

ampla e bater tela 2x e 1/3

com encaixe de tela

Figura 131: Ficha Técnica Bata ombro a ombro (Look Significar) página 2, desenvolvido pela autora.


130

6.1.3 Pilotagens e Provas de roupas

Figura 132: Prova de peças pilotos em tela de algodão (Look Ser), desenvolvido pela autora.


Figura 133: Prova de peças pilotos em tela de algodão (Look Significar), desenvolvido pela autora.

131


132

6.1.4 Estudos de tingimentos e localização de estampas

Figura 134: Simulações digitais de localização de ngimentos e estampas nas peças pilotos,

elaborado pela autora.


133

Figura 135: Tela de serigrafia, elaborado pela autora.

Figura 136: Testes finais de ngimentos e estampas, desenvolvido pela autora.


134

6.2 Lookbook

conTEMPOrâanea +

Figura 137: Look Significar (F/C/L e detalhes), desenvolvido pela autora.


135


136

conTEMPOrâanea +

Figura 138: Opção de combinação: Blusa ombro a ombro (look Significar) e

Calça faixas retas (look Ser) - (F/C/L e detalhes) , desenvolvido pela autora.


137


138

conTEMPOrâanea +

Figura 139: Look Ser (F/C/L e detalhes), desenvolvido pela autora.


139


140

conTEMPOrâanea +

Figura 140: Opção de uso: Vesdo-Chemise (Look Ser) - (F/C/L e detalhes),

desenvolvido pela autora.


141


142

6.3 Editorial

conTEMPOrâanea +

Figura 141: Foto conceitual Look Ser, desenvolvido pela autora.


Figura 142: Fotos conceituais opção de uso Vestido Chemise , desenvolvido pela autora.

143


144

Figura 143: Foto conceitual Look Ser, desenvolvido pela autora.


Figura 144: Foto conceitual Look Significar, desenvolvido pela autora.

145


146

Figura 145: Fotos conceituais Look Significar e

opção de combinação, desenvolvido pela autora.


147

Criação/ Desenvolvimento/ Arte /

Styling/ Diagramação:

Mariana L. Maciel

Modelo: Susigleide G. L. Maciel

Beleza/ Edição fotos:

Marília L. Maciel

Fotografia:

Fernanda Freitas e Beatriz Petri

Produção execuva:

Sergio D. Maciel e Matheus D. L. Maciel

Confecção das peças:

Nazaré Grillo e Cecília Fernandes


148

6.4 Vídeo conceito

Vídeo conceitual da coleção

Sertões: travessias, elaborado para

ambientação do tema e

apresentação das peças

confeccionadas. Acesso disponível

pelo QR Code ou link:

Vídeo Youtube:

hps://youtu.be/5YFqa5yqLfY

Criação e Direção de Arte:

Mariana L. Maciel

Modelo: Susigleide G. L. Maciel

Edição e Captação de imagens:

Marília L. Maciel

Trilha sonora:

Vortex (Instrumental | Versão

Estendida) Autores: Felipe Alexandre

e Eduardo Queiroz. Amores

Roubados - Música Original de

Eduardo Queiroz (Instrumental).


149


150

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o Trabalho de Conclusão de Curso Sertões:

travessias, foram apresentadas as pesquisas, criação e

desenvolvimento de uma coleção feminina inspirada nos

sertões do imaginário brasileiro procedentes da poéca do

universo literário, tendo como nicho mulheres com 40, 50,

60 anos ou mais, propondo a reflexão sobre o livre

envelhecimento feminino.

Ao dissertar sobre o tema, a monografia

fundamentou as diversas abordagens dos sertões, focando

nas obras de Vidas secas, Morte e vida severina e Grande

sertão: veredas, conceituou os sertões que a literatura cria

no pensamento social brasileiro, bem como a poéca

sertanista onde o ser humano e o ambiente são pontos

centrais. A compilação da pesquisa bibliográfica permiu

idenficar elementos do codiano e materialidades

presentes no âmbito dos sertões, que fomentaram os

estudos criavos resultando em ambiências inspiracionais e

painéis com imagens caracteríscas do lugar, facultando a

elaboração de estampas, maquetes têxteis e cartelas de

cores, resumidos no moodboard, bem como a escolha de

materiais de origem ou aspectos naturais. A poéca literária

se revelou como bordados de trechos das obras em detalhes

discretos no interno das peças, de forma sul e ínma tal

qual na relação da literatura com leitor.

Os estudos sobre o envelhecimento feminino e

novas narravas, levaram às pesquisas quantavas e

entrevistas diretas com o público,

confirmando que o eslo de vida

sobrepõe a idade, como idenficado

na pesquisa bibliográfica. Que

mulheres estão amadurecendo de

maneira ava e desejam viver

plenamente a idade que possuem,

assim como o tempo presente. Esta

liberdade em ser o que desejam a

tornam próprias de seu tempo e por

isso contemporâneas. Este estudo

respaldou a criação do termo

Contemporânea + (mulheres que

possuem uma relação própria com a

vida, vivem o presente e são mais

“+”, ou seja, estão além dos limites

do tempo e sociedade), conduzindo

a criação da marca homônima.

A junção das invesgações

do tema e nicho, embasaram toda a

metodologia criava: os estudos de

formas através das disntas

indumentárias dos sertões, imagens

de referências e moulages intuivas

com peças simbólicas do codiano

sertanistas e da mulher


151

contemporânea +, foram +, foram os meios

meios

para para encontrar encontrar a estéca a estéca da coleção da coleção

e abordagem e do tema do tema de maneira de maneira

autoral. autoral.

Ainda Ainda sobre sobre a coleção, a coleção, em em

seu seu desenvolvimento, foram foram

estabelecidos parâmetros de de

escolha escolha de de fornecedores e e

matérias-primas, como como proposta proposta de de

atuar atuar desde desde o design o design forma de forma mais mais

responsável e e transparente,

trabalhando com com matérias-primas

nacionais, nacionais, orgânicas, orgânicas, recicladas recicladas ou ou

cerficadas, cerficadas, como como modo modo de de

promover promover produtores produtores locais, locais,

pequenos pequenos e/ ou e/ engajados, ou engajados, que que

buscam buscam reduzir reduzir impactos impactos sociais sociais e e

no meio no meio ambiente. ambiente.

Portanto, Portanto, a a presente presente

monografia apresenta apresenta os sertões os sertões

como como proposto, proposto, ao aprofundar ao aprofundar nas nas

obras obras de de Graciliano Graciliano Ramos, Ramos,

Guimarães Guimarães Rosa Rosa e João e João Cabral Cabral de de

Melo Melo Neto, Neto, resgata resgata e valoriza e valoriza a a

literatura, literatura, bem bem como como a cultura a cultura

regional regional dos dos sertões. sertões. O estudo O estudo do

nicho nicho propõe propõe o debate o debate sobre sobre o livre o livre envelhecimento

feminino, feminino, tendo tendo sua relevância sua relevância corroborada pelo pelo público público

através através das pesquisas das pesquisas e entrevistas, e gerando gerando informação

acadêmica acadêmica sobre sobre este este mercado mercado em potencial. em potencial. E por E fim, por fim, a a

elaboração elaboração da coleção da coleção uliza uliza dos objetos dos objetos de estudos de estudos como como

meio meio criavo, criavo, resultando resultando em uma em uma coleção coleção feminina feminina para para

mulheres mulheres acima acima dos 40, dos 50, 40, 60 50, anos 60 anos ou mais, ou mais, inspirada inspirada nos nos

sertões sertões do imaginário do imaginário popular popular brasileiro. brasileiro.

Como Como direcionamentos futuros, futuros, sugere-se sugere-se que que a a

pesquisa pesquisa do do nicho nicho possa possa evoluir evoluir para para pesquisas pesquisas

ergonômicas com com o público, o público, possibilitando estudos estudos de de

modelagens mais mais aprofundados. E para E para a coleção, a coleção, que que os os

ngimentos ngimentos e estampas e estampas serigráficas, possam possam se desdobrar se desdobrar

em ngimentos em ngimentos e estamparias e naturais, naturais, aos quais aos quais requerem requerem

estudos estudos específicos.

Contudo, Contudo, o propósito o propósito da monografia da se cumpre se cumpre na na

elaboração elaboração da coleção, da coleção, mas mas a pesquisa a pesquisa não se não encerra se encerra com com

o término o término do trabalho, do trabalho, a metodologia a ulizada ulizada para para

explorar explorar tema tema e nicho, e nicho, aplicando-as ao processo ao processo criavo, criavo,

bem bem como como os parâmetros para para execução execução do projeto, do projeto, são são

formas formas de de elaboração elaboração de de produtos produtos assimiladas no no

desenvolvimento do curso do curso que que serão serão connuadas connuadas em em

estudos estudos no meio no meio acadêmico acadêmico e aplicadas e aplicadas em em âmbito âmbito

profissional no mercado no mercado de moda, de moda, com com intuito intuito de favorecer de favorecer

a criação a criação de moda de moda brasileira brasileira mais mais genuína, genuína, acessível acessível e e

responsável.


152

REFERÊNCIAS

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fev. 2021 fev. 2021


156

Imagens em Painéis

Painel Semânco – Sertões: travessias

Da esquerda para direita no sendo horário:

Treliça sextavada:

hps://i.pinimg.com/564x/49/15/14/491514cd505898cd

7de71e3182e55574.jpg,

Mandacaru 1:

hps://plantasflores.com/cactaceas-suculento/cereus-ja

macaru-spiralis/,

Mandacaru 2: Alfredo Corna -

hps://www.artsy.net/artwork/alfredo-corna-cactus,

Cadela baleia: Aldemir Marns

hps://brainly.com.br/tarefa/25551582,

Manuscrito:

hps://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/20

19/08/092-095_Mem%C3%B3ria_282-5-800px.jpg,

Bordado:

hps://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/02/grande

-sertao-veredas-tem-nova-edicao-e-herdeiro-diz-que-ined

itos-podem-sair.shtml,

Algodão:

hps://www.showstudio.com/projects/hospital_rooms/in

terview_sophie_clements,

Rosto de Barro:

hps://foter.com/f6/photo/3469329482/716e1f8554/,

Galhos secos: Jonathan Borba

hps://unsplash.com/photos/5gquW6exvlY,

Erosão do solo:

hps://www.cpt.com.br/dicas-cursos-cpt/erosao-eolica-n

o-brasil-isso-acontece-onde,

Sertanejos: Maureen Bisilliat, livro Sertões: luz & trevas

(1982/2019). / Acervo IMS -

hps://ims.com.br/por-dentro-acervos/os-sertoes-de-ma

ureen-bisilliat/,

Foto do codiano 1: hps://blogdoims.com.br/mulheres/,

Foto do codiano:

hps://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/escas

sez-de-agua/galeria-de-fotografias-da-edicao/f017,

Vaqueiro:

hps://i.pinimg.com/564x/95/16/5b/95165b6959ec3e60

c283d3d782d6eecb.jpg,

Trançado de corda:

hps://www.meridastudio.com/collecons/all/products/

malaybalay-bark,

Mar:

hps://estelamiazzi.tumblr.com/post/163831803402/mar

-de-dentro-aquele-que-todo-mundo-sente-mar,

Rerantes: Cândido Pornari -

hps://masp.org.br/acervo/obra/rerantes,

Terra seca:

hps://www.123rf.com/photo_58282368_crack-ground-t

exture-background-in-dry-land-on-summer.html,

Acessado em: 25 mar. 21.

Painel de Eslo de Vida – Mulheres Contemporâneas +

Da esquerda para direita no sendo horário:

Encontro com amigas:

hp://blogmulhermadura.com.br/interna/pizza-com-as-a

migas,

Meditação: hps://bestlifeonline.com/sleeping-beer/,

Caminhada:

hps://www.onme.com.br/caminhar-ou-correr-qual-o-me

lhor-exercicio-para-voce-manter-a-saude/

hps://www.jshadv.xyz/ProductDetail.aspx?iid=14892949

2&pr=80.99,

Nelix:

hps://www.tecmundo.com.br/nelix/102936-tal-assisrnelix-amigos-sair-casa-com-extensao.htm,

Cuidado: hps://unsplash.com/photos/5qFSUAQgfzQ,

Yoga:

hps://jindalnaturecure.in/yoga-poses-to-boost-the-immu

nity-of-the-elderly/,

Bicicleta:

hps://thesimplyluxuriouslife.com/shadesofwhite/,

Viagem: hps://unsplash.com/photos/Bzbn0l4J2w8,

Passaporte: hps://unsplash.com/photos/htQznS-Rx7w,

Livro: hps://unsplash.com/photos/cfQzDaFcAMk,

Livraria: hps://unsplash.com/photos/aQYVKGEenjM,

Espiritualidade:

hps://www.psychiatricmes.com/view/upside-downside

-religion-spirituality-health, Trabalhando:

hps://www.jshadv.xyz/ProductDetail.aspx?iid=14892949

2&pr=80.99,

Cozinhando: hps://unsplash.com/photos/fzOhffWhSbA,

Limpeza da praia:

hps://unsplash.com/photos/PzQNdXw2a6g,

Feira: hps://unsplash.com/photos/giSkpaK1-TM,

Relacionamento:

hps://revistamarieclaire.globo.com/idade-sem-tabu/no

cia/2019/12/5-famosas-provam-que-idade-nao-determina

-o-sucesso-de-um-relacionamento.html. Acessado em: 25

mar. 21.

Ambiência Sertão da travessia

Da esquerda para direita no sendo horário:

Cacto: Alex Furgiule

hps://unsplash.com/photos/UkH7L-aag8A,

Flor da caanga:

hps://floresdacaanga.openbrasil.org/2017/04/flores-da

-caanga-apresentacao.html,

Jirana- Azul:

hps://floresdacaanga.openbrasil.org/2017/03/jiranaaz


157

ul.html,

Família:

hps://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/escas

sez-de-agua/galeria-de-fotografias-da-edicao/f017,

Semente de Aroeira:

hps://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1455262177-1

00-sementes,

Flor de cangueira:

hps://i.pinimg.com/originals/c5/91/d4/c591d4a39c85fd3

d93ec69aa8e8e9606.jpg,

Acessado em: 24 jun.20.

Folha de carnaúba:

hp://www.finewax.com.br/o-que-e-cera-premium/folhade-carnauba-copernicia-prunifera-finewax-cera-premiumcera-aautomova,

Corda:

hps://artecordas.com.br/index.php?id_product=36&con

troller=product,

Seriguela:

hps://produto.mercadolivre.com.br/MLB-721434028-mu

das-de-seriguela-produzindo-de-alporquia-bonsai-junior-_

JM?quanty=1,

Acessado em: 24 jun. 20

Ambiência Sertão dos sonhos

Da esquerda para direita no sendo horário:

Mar: Shifaaz Shamoon hps:

//unsplash.com/photos/sLAk1guBG90,

Menino: Noilton Pereira

hps://secureservercdn.net/198.71.233.51/xz7.4b6.myp

upload.com/wp-content/uploads/2017/12/iphoto-noilton

-pereira-8.jpg,

Folha de carnaúba:

hp://www.finewax.com.br/o-que-e-cera-premium/folhade-carnauba-copernicia-prunifera-finewax-cera-premiumcera-aautomova,

Folhas: hps://www.todamateria.com.br/folhas/,

Flores da caanga: Wedsclay Melo

hps://pt.slideshare.net/MCTI/flores-da-caanga,

Costela de Adão:

hps://www.elo7.com.br/5-galhos-folhas-costela-de-adao

-arficial-para-jardim/dp/10518CB,

Acessado em 23 jun. 20

Ambiência Sertão que pede

Da esquerda para direita no sendo horário:

Folhas: hps://www.todamateria.com.br/folhas/,

Capim:

hps://i.pinimg.com/originals/a0/3c/d9/a03cd986156e4a

21436603fd71de2126.png, Mãos1: Nathan Dumlao

hps://unsplash.com/photos/k-oS0iKn0Qg,

Mãos 2: Om Prakash Sethia

hps://unsplash.com/photos/-jgjCU_Asbs,

Trigo:

hps://br.freepik.com/vetores-gras/conjunto-de-ilustrac

oes-vetoriais-de-espetadas-de-trigo-graos-galinhas-de-trig

o-isoladas-no-fundo-branco_1320636.htm,

Acessado em: 25 jun. 20

Ambiência Sertão de belezas ocultas

Da esquerda para direita no sendo horário:

Flor de cacto:

hp://somentecoisaslegais.com.br/natureza/assista-lindas

-flores-dos-cactos-desabrocharem-em-me-lapse,

Cabeça de boi: @glaukus

hps://gramho.com/media/2184434838271287741,

Flores da caanga: Wedsclay Melo

hps://pt.slideshare.net/MCTI/flores-da-caanga,

Caju:

hps://www.rawpixel.com/image/410130/free-illustraon

-image-cashew-cashew-nut-nut, Cajá:

hp://cunhacomerciodefrutas.com.br/product/caja/,

Jarro de barro:

hps://portuguese.alibaba.com/product-detail/red-clay-p

oery-water-pots-cooking-pots-167873594.html,

Ambiência Sertão: confusão no sossego

Da esquerda para direita no sendo horário:

Algodão:

hps://pt.aliexpress.com/item/32867893577.html

Flor de cangueira:

hps://i.pinimg.com/originals/c5/91/d4/c591d4a39c85fd

3d93ec69aa8e8e9606.jpg,

Jirana- Azul:

hps://floresdacaanga.openbrasil.org/2017/03/jiranaa

zul.html,

Rede:

hps://img.elo7.com.br/product/original/2740C5B/redede-dormir-descanso-casal-luxo.jpg,

Cadeeiro:

hp://onovoblogdosforninhenses.blogspot.com/2014/02/

o-candeeiro-petroleo.html+, Periquito-da-caanga e

Rolinha-picuí: Gabriela Giovanka e Renato Rizzaro -

hps://www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2016/03/d

etalhe-caanga.jpg, Acessado em: 26 jun. 20


158

Saneiro

hps://www.meridastudio.com/collecons/porolio/prod

ucts/bonpoint-sa ron

Acessado em: 26 out. 2020

Ambiência Sertão: sem janelas ou portas, sem lugar

Da esquerda para direita no sendo horário:

Sagrado: Pilar Isabel Pollock

hps://www.flickr.com/photos/pilarisa321/4727320877/,

Parede de barro:

hp://www.chaocaipira.org.br/midia/fotos?pag=110,

Trio de barro:

hps://www.elo7.com.br/trio-pe-de-serra-natural/dp/117

A1A2,

Bolsa:

hps://vejario.abril.com.br/programe-se/felipe-fipaldi-a

bre-mostra-fotografica-sobre-o-sertao-da-bahia/,

Galhos secos:

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Estudos de supercies: erosões do solo

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Estudos de supercies: tramas e diversos

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Foto: Paula Carolina Ribeiro da Rocha

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Estudos de Indumentária - trajes do cangaço

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l-v-odezhde-son-de-¬or

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Acessado em: 03 nov. 2020

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Acessado em: 03 nov.2020

Referências de camisas

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ANEXO I – Pesquisa Quantitativa

163


164


165

ANEXO II – Pesquisa Qualitativa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Prezado parcipante,

Você está sendo convidado(a) a parcipar da pesquisa “Moda, corpo, padrões e

envelhecimento com mulheres 40, 50, 60 mais”, desenvolvida por Mariana de

Lima Maciel, discente de Especialização em Moda e Criação da Faculdade Santa

Marcelina.

O objevo central do estudo é: entender como mulheres acima dos 40 anos se

reconhecem na sociedade contemporânea, como lidam com o envelhecimento,

corpo e moda.

O convite a sua parcipação se deve a pertencer ao grupo estudado e a ter

demonstrado interesse prévio em parcipar das entrevistas. Sua parcipação é

voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia para decidir

se quer ou não parcipar, bem como rerar sua parcipação a qualquer

momento. Você não será penalizado de nenhuma maneira caso decida não

consenr sua parcipação, ou desisr da mesma. Contudo, ela é muito

importante para a execução da pesquisa.

As informações prestadas serão ulizadas como base para elaboração de

monografia, bem como imagens cedidas. Estas poderão ser publicadas em

monografia impressa ou virtual como objeto de estudo.

A sua parcipação consisrá em responder perguntas de um roteiro de

entrevista/quesonário (disponíveis no final do documento) à pesquisadora do

projeto. A entrevista será gravada e ao parcipar da entrevista você está

autorizando a gravação.

O tempo de duração da entrevista é de aproximadamente uma hora e será

realizada online.

As entrevistas serão transcritas e ao final da final da pesquisa, poderão entrar

como comprovação de estudos na monografia publicada.

Ao aceitar parcipar da pesquisa você está concordando em autorizar a

publicação, cedendo suas informações e imagens sem custos. As perguntas e

imagens solicitadas estão disponíveis no final deste documento.

Esta pesquisa não concede nenhum po de remuneração ou bonificação aos

parcipantes. Ao final do projeto as parcipantes interessadas poderão ter

acesso a monografia publicada.

Os resultados serão divulgados em palestras dirigidas a docentes e formadores

da banca de avaliação, relatórios individuais, argos cienficos e na dissertação

da monografia.

Este Termo é redigido em duas vias (não será fornecida cópia, mas sim outra via),

sendo uma para o parcipante e outra para o pesquisador. O parcipante da

pesquisa deverá preencher nome completo com assinatura aposta no final

página.

Pesquisadora: Mariana de Lima Maciel - e-mail: marianalmaciel8@gmail.com -

cel.: 11 98918-0988

Perguntas da entrevista:

Nome Completo

Idade

1. Fale um pouco sobre você.

2. Como você nomeia sua faixa etária? E como se

sente em relação a ela?

3. O que envelhecimento significa para vc? E Como

impacta na sua vida?

4. Você de hoje e de 10 anos atrás o que mudou? E

como se sente sobre?

5. Como você se imagina daqui 10 anos?

6. Você hoje comparada a sua mãe com sua idade, o

que mudou?

7. Como você se sente em relação a sociedade

hoje?

8. Como a sua geração de mulheres está

transformando a sociedade hoje?

9. Qual a sua relação com a moda/ vesr?

10. Encontra alguma dificuldade?

11. O que mudou na sua maneira de se vesr hoje

comparado a 10 anos atrás?

12. Você acha que hoje a idade é relevante na

escolha de uma peça de roupa?

13. O que você busca ao se vesr?

14. O que prioriza ao comprar uma roupa?

15. Você acha que a pandemia pode impactar a

forma como nos vesmos hoje? Se sim, como?

16. Quanto tempo mais ou menos duram (da

compra até se desfazer) suas peças de roupas?

17. Você tem peças que usa por anos? Qual? Por

quê?

18. Quais peças suas duram mais?

19. O que você faz quando não precisa mais de uma

peça?

20. Se essa peça tem mais de uma opção de uso, ele

tem mais durabilidade para vc?

21. Se essa é vendida com mais de uma opção de

uso, é um diferencial para você?

22. A procedência e o descarte da sua peça, são

importantes para a sua compra? Se sim, como você

se informa sobre?

Você poderia disponibilizar, por meio digital e

autorizar inserir como estudo na monografia?

23. Uma foto de corpo inteiro de frente, em que

goste especialmente de como está vesda.

24. Uma foto com uma peça que você tem por anos

(item 17).

_____________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador

São Paulo, 05 de fevereiro de 2021

Declaro que entendi os objevos e condições de minha parcipação na pesquisa

e concordo em parcipar.

_________________________________________

(Assinatura do parcipante da pesquisa)


166

ANEXO III – Pesquisa Perfil de Compra


167


168

Sertões:

travessias

conTEMPOrâanea +

MARIANA DE LIMA MACIEL

SP | BR | 2021

marianalmaciel8@gmail.com

+55 11 98918-0988 | +55 11 3936-2746

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