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Revista LesB Out! - Ed. 01

Bem-vindas à Revista LesB Out! Assim como o site, ela é feita por mulheres LGBTQIA+ para mulheres LGBTQIA+. Aproveitem!

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mais a vontade de fazer uma grande amizade.

BC: A Gaby é minha irmã na vida, nos conhecemos

na companhia de teatro da qual fazemos parte até

hoje (Cia de Teatro Íntimo, que está celebrando seus

16 anos). E com o tempo, o café do backstage acabou

se esticando paras nossas casas e entrando para nossas

vidas. Tem um espetáculo que fazemos juntas,

“ADÉLIA”, que estreou em 2010, foram mais de 100

apresentações em várias turnês pelo país… Então são

muitas viagens, muitos cafés, bolo e histórias juntas, e

encontrar minha amiga de vida no audiovisual, nessa

série linda, foi maravilhoso. Sobre Rafa e Vic juntas…

A gente sonhou muito com isso (risos)! Colocamos

muita pilha na Germana!

KP: Se você pudesse dar um conselho para a Rafa, qual

seria esse?

GH: Liz já tem um lugar de amor no seu coração, ela

já ocupa este espaço. Mas fechar este ciclo é importante

para que você abra espaço para um novo amor.

KP: E para a Victoria, qual seria?

BC: Dar conselho quando o assunto é coração é bem

delicado… Sentimento é sentimento, a gente não

escolhe sentir ou não, a gente sente. E ela tentou,

lutou até o fim pelo amor da sua vida. Enquanto

considerou que existia alguma chance ela marcou

presença, sem desrespeitar a relação de amizade que

elas sempre nutriram. Meu conselho seria fazer exatamente

o que ela fez! Ir até onde você acha que tem

que ir e seguir o coração, se respeitando e entendendo

os limites do amor-próprio e, claro, respeitando

também os limites que o outro te apresenta.

Monique Vaille (Anna) e Elisa Riqueza (Gaia)

´

KP: Anna é uma personagem que nos entrega momentos

divertidos. Por diversas vezes, saímos de cenas sérias e nos

deparamos com Anna protagonizando um momento que

provoca risadas na gente que está assistindo. Como foi

interpretá-la?

Monique Vaillé: Foi uma delícia! Anna é divertida,

alegre e está sempre disposta a curtir com suas amigas.

KP: Assim como Anna, Gaia é uma personagem que nos

entrega momentos divertidos. Como foi interpretá-la?

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Elisa Riqueza: Quando recebi o convite para participar

de “RED”, e recebi o roteiro e primeiras cenas, já

percebi que Gaia era uma personagem bem alegre e

muito amiga da Mel, que passa por tantas coisas pesadas

ao longo da série, mas Gaia era um contraponto

de leveza e foi muito maravilhoso fazer! Eu seria

amiga da Gaia! E durante as filmagens toda a equipe

envolvida também era muito divertida, então eram

momentos de muita alegria sempre.

KP: Se você pudesse dar um conselho para a Anna, qual

seria?

MV: Não tenha medo de afeto. Acho que a Anna

passou as cinco temporadas morrendo de medo de se

apaixonar por alguém. Ela fugiu o quanto pode de se

envolver e acho que por medo.

KP: Depois dessas seis temporadas, você acredita que Gaia

seria a favor de Meliz terminando juntas, Mel ficando com

a Victoria ou Mel ficando sozinha?

ER: Ah sim, acho que Gaia seria Meliz total. Acho

que ela foi percebendo ao longo das temporadas que

o amor é transformador e isso a deixou mais tranquila.

Na verdade, a Gaia sempre teve medo de ver a

amiga sofrendo novamente, era proteção total, afinal

Gaia é uma amiga fiel como um cão e Mel já tinha

vivido experiências bem ruins no passado. Mel no

começo da série estava casada e vivendo um relacionamento

de paz e amor, pelo menos para uma das

partes, mas como na vida não temos controle de

nada, tudo mudou e Gaia achou isso uma maluquice

da parte de Mel. Era uma mistura de: "Ela só pode

estar maluca!" com " E lá vamos nós sofrer de novo".

todos

KP: Qual é a sensação de fazer parte de um projeto que

tanto significa na vida de mulheres LGBTQIA+?

BC: É muito difícil contar histórias do universo LGB-

TQIA+ num país como o Brasil, onde a gente tem

tantos casos de homofobia, e ainda temos tantas

pessoas com tanto preconceito… Foi uma honra absoluta

poder dar vida a uma personagem desse universo

que sempre foi tão reprimido e estigmatizado, numa

história tão especial. Fizemos uma história de amor,

que fala de pessoas que existem, e não tratamos o

universo com estigma, acho que esse é o grande

trunfo da série. Sempre falo que do público de “RED”

vieram os melhores e mais carinhosos retornos na

minha história profissional. E poder falar para quem

tem sede de ouvir, poder contar histórias para um

público que tem tanta carência de ver suas histórias

visibilizadas (embora isso já esteja mudando) foi

muito especial!

GH: Muita responsabilidade, junto com um orgulho

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