10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

José Petrúcio de F. Junior, Ana Paula C. Castro, Igor Henrique P. de Sousa

antes de tudo, viver o tempo presente como mudança, como algo que não era, que está sendo

e que pode ser diferente” (RAMOS, 2004, p. 21).

Reconhecemos, por meio de estudos de campo, realizados no âmbito do projeto de

extensão ‘Educação Museal e Ensino de História’, na Universidade Federal do Piauí, campus de

Picos, de março de 2019 a março de 2020, que as visitas escolares ao Museu Ozildo Albano

precisam instigar a produção crítica de conhecimentos escolares por meio de situações de

aprendizagem que conduzam os discentes a um diálogo propositivo com a cultura material, na

medida em que as visitações ainda possuem a conotação de puro lazer por parte de docentes

e discentes que planejam a visita ao Museu.

Diante desse cenário, destacamos a falta de instrução/orientação de professores e

alunos, que, muitas vezes, nunca visitaram o Museu e não sabem sequer o que irão encontrar

ao chegar à instituição. Isso implica dizer que a visita ao Museu não está amparada por um

projeto pedagógico articulado aos objetivos educacionais das disciplinas escolares

envolvidas. Sem um planejamento prévio, essa experiência educacional perde grande parte

de sua eficácia formativa.

Em geral, os docentes atribuem toda a responsabilidade aos curadores e guias do

Museu, o que sinaliza um claro despreparo dos agentes educacionais quanto ao planejamento

da visita para fins pedagógicos. Outro fator é o tempo, muitas escolas ainda carregam a falsa

ideia de que a ida ao museu é um simples passeio que pode ser realizado em 20 minutos,

quando, na verdade, as atividades e os objetivos educacionais precisam ser mais bem

planejados.

Como dissemos, é necessário que haja um diálogo propositivo com os objetos

musealizados; sem interação e diálogo, o Museu se torna apenas um reduto de objetos

‘exóticos’, desvinculados do presente. Ao contrário dessa prática reducionista, entendemos

que a narrativa museal, construída a partir de fontes/objetos musealizados:

82

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!