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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Elivaldo Serrão Custódio, Leandro de Freitas Pantoja

necessidade de educar com solidez e pelas lentes da cultura a sua sociedade. A educação é,

assim, a chave primordial no sentido da contínua busca pela valorização da história e cultura

de um povo. A construção e compreensão da história de um povo não surge a partir do nada,

mas da confluência e relação entre educação, memória, identidade e os registros

documentais históricos. Ou seja, da escolha de suportes que serão preservados, analisados e

interpretados, garantindo as gerações vindouras o acesso à memória social.

Nesse sentido, convém ao poder público o dever legal de fomentar ações que

contribuam efetivamente para construção e valorização da memória, entendendo esta como

parte vital do existir de um lugar e das pessoas. Também é dever dele o desenvolvimento de

projetos e iniciativas que assegurem a conservação dos documentos históricos e o

consequente apreço e estima da sociedade pela sua cultura. De acordo com a Constituição

Federal de 1988, artigo 23, inciso III, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,

artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos

(BRASIL, 1988, Art. 23).

Em virtude dos acelerados processos de mudanças ocorridas no mundo ocidental após

a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, o que também implicou em profundas mudanças

tecnológicas, os centros de informações (cuja missão é zelar pela memória do patrimônio

público e dar acesso à população às informações contidas em seus arquivos), tiveram de se

adaptar a essa nova realidade. Entre elas se incluem bibliotecas, museus, arquivos, com o

objetivo de atender com maior eficiência e qualidade as necessidades de seus usuários. Neste

percurso, é importante lembrar o papel dos arquivos, pois segundo Del Priore (2002,) a

existência dos arquivos é o fundamento do saber histórico, da memória da nação e da

construção do Estado.

Assim, e na tentativa de garantir um maior controle e disseminação das informações,

atualmente, os documentos presentes nesses locais passam pelo processo de digitalização e

microfilmagem. Atitude essa que garantirá a preservação da essência e integridade física dos

documentos originais, em virtude do menor manuseio destes, pois os documentos são muito

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