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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Objetos, corpos e espaços patrimoniais no ensino da História da América Colonial

situación es crear actividades que induzcan al alumno a utilizar elementos materiales de la

cultura para reflexionar sobre cómo las relaciones humanas y los modos de pensar y vivir se

dieron en otros tiempos y lugares” (CHAVES; GOMES, 2019, p. 113).

É importante chamar a atenção ao fato de que, apesar da preponderância da visão

tradicional da história, na nossa experiência cotidiana temos a noção de que a história tem

espaços. Por essa razão, falamos de locais históricos, reconhecemos sítios patrimoniais e

compartilhamos memórias do que aconteceu em diferentes lugares. No entanto, o fato de

visitar museus e sítios patrimoniais não é suficiente para trazer uma experiência participativa

e de aprendizagem. Às vezes a visita pode só confirmar as ideias transmitidas na escola ou

os estereótipos presentes no senso comum.

Nesse sentido, o que é preciso para gerar experiências significativas nesses espaços?

Por um lado, é necessário promover uma postura ativa dos estudantes (e visitantes),

transmitindo a ideia de que não somente os professores e educadores de museus tem o

conhecimento e, portanto, a possibilidade de falar. Por outro, é necessário “ativar” os objetos

para a história, trabalhar desde uma perspectiva da história que entenda os objetos desde

seu potencial para produzir conhecimento, o que faz referência ao material turn nas ciências

sociais, desenvolvido a partir da década de 1980. Daí para frente, as relações entre

indivíduos/sociedades e objetos, tanto como as trajetórias individuais dos objetos (suas

“biografias”) foram eixos de novas pesquisas.

A voltar-se agora para nosso objetivo de conectar as práticas de ensino em museus e

universidades, a principal tarefa é vincular a história com as experiências (com os relatos que

conhecemos e compartilhamos, estereótipos conhecidos, espaços e cidades em que vivemos

e, por seguinte, os objetos e espaços patrimoniais e suas histórias). A pensar-se que as

experiências são subjetivas, que as percepções mudam de um sujeito a outro, é preciso

trabalhar no ensino da história desde os sujeitos (o sujeito histórico e, sobretudo, o sujeito

que aprende).

Se a história não está fechada só nos livros, o acesso a ela se torna muito mais plural

e democrático. Ao mesmo tempo, a possibilidade de falar sobre a história e o exercício de

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