10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Alexandre Rodrigues de Souza, Jacqueline Sarmiento

alguém porque o que importa é o momento compartilhado) e, inclusive, por razões emocionais

(podemos até sentir saudades do museu). A voltar-se, então, ao início: nos sentimos muito

atraídos pelos museus.

No espaço do museu as disciplinas acadêmicas se cruzam, se mesclam e se esfumam.

A autoridade acadêmica cede lugar a outras vozes e a estrutura da sala de aula, como espaço

de aprendizagem, muda para um contexto aberto e dinâmico: a experiência do museu se dá

com o corpo em movimento, caminhando pelo prédio. Esta experiência, seu espaço e seus

objetos nos devolve nossa materialidade, que se manifesta em ações da nossa corporalidade.

A lembrança da visita ao museu está carregada do sensorial, se o dia estava quente ou frio, se

acabamos cansados de andar etc.

Nossas trajetórias profissionais transitaram entre o espaço do Museu, desenvolvendo

práticas educativas e, posteriormente, as aulas universitárias para formação de estudantes de

graduação em história. Nesse percurso, o deslocamento de um espaço para outro, gerou

perguntas e um exercício de reflexão das nossas diferentes modalidades nas práticas

educativas. O presente trabalho surgiu das conversas mantidas entre nós que, desde

diferentes museus, universidades e até países (Brasil e Argentina), nos levou a identificar

algumas perguntas principais.

Em particular nos interessa problematizar aspectos vinculados ao ensino da história e

as práticas educativas no nível superior e nos museus. Perguntar sobre essa relação implica

partir do pressuposto de que essas diferentes experiências marcam caminhos pedagógicos

muito diferentes. Em última instância, implica questionar as formas de construir conhecimento

em contextos educativos e, portanto, perguntar como ensinamos e como aprendemos.

Tradicionalmente se pensa a materialidade como objetos, ou seja, a cultura material.

Mas é preciso pensar que a história não se refere a eles, como história dos objetos, senão que

está imersa neles mesmos. Trata-se, desde essa perspectiva, de uma história nos objetos.

A partir daqui, propomos um jogo de deslocamentos. Dos objetos aos sujeitos, suas

relações, o significado dos objetos que participam nesses vínculos. Pensando também na

dimensão antropológica e na força e significados que objetos, espaços e “coisas” têm uma

700

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!