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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Luiz Tadeu da Costa, Débora Cristiane B. Nascimento, Mailane Maíra M. Sampaio

mudanças de endereço, a fim de encontrar espaço adequado para o atendimento, gerando

também alguns regulamentos, como o de 1841 que visava garantir subsistência do abrigo,

educação e instrução das alunas pobres.

Por meio de promulgação da lei 205 de 2 de novembro de 1851, advém a primeira

mudança nominal da instituição, que passou a ser chamada de Colégio Nossa Senhora do

Amparo, agora, sob responsabilidade do governo provincial em manter a instituição. No

entanto, essas mudanças não foram capazes de sanar o problema financeiro, os recursos

recebidos continuavam sendo insuficientes para atender o número crescente de meninas que

chegavam ao colégio.

O final do Séc. XIX trouxe consigo outra nominação para o abrigo, que em 1897 passou

a se chamar Instituto Gentil Bittencourt, nome do vice-governador da época e responsável

por arrecadar recursos para prover a instituição; provavelmente esse seu envolvimento tenha

contribuído para uma das mudanças mais significativas para o instituto naquele final de

século, que foi a construção de um grande prédio com espaço para atender as mais de 200

educandas.

Esse prédio foi inaugurado em 26 de junho de 1906 e está localizado na Av. Magalhães

Barata, nº 137, no bairro de Nazaré. Para além do espaço físico, também houve a mudança

administrativa que ficou a cargo da Congregação das Filhas de Sant’Ana, paulatinamente o

colégio foi tomando novos rumos e configurando-se bem mais que um abrigo, consolidandose

como um estabelecimento de ensino. Foi nessa atmosfera de transformação que o instituto

passou a se chamar Colégio Gentil Bittencourt adaptando-se ao longo do Séc. XX às

exigências educacionais da legislação brasileira.

Nesse sentido que o Colégio Gentil Bittencourt pode ser considerado um testemunho

das transformações ocorridas na educação brasileira, assim como das transformações

ocorridas em Belém no período de modernização das cidades e de difusão de ideias

higienistas, logo, constitui-se a partir das tendências de seu contexto.

Sob o governo de Lauro Sodré iniciam-se as obras do colégio, com a concepção da

criação de um prédio monumental, em um grande terreno situado no centro de Belém,

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