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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Os campos de batalha e seus lugares de memória

imaginação, mas a falta de evidências visíveis pode nos despertar para a falta de

materialidade que ligue a narrativa construída ao espaço visitado.

Nós devemos ver o passado para além da narrativa dos livros, visitando os espaços em

que ocorreram as batalhas se quisermos sentir o pulsar da história para além do escrito. As

relíquias como as ruínas ou achados arqueológicos são também importantes porque

dramatizam a narrativa histórica dos lugares ou paisagens, e ao fazê-lo, se tornam visíveis

pois criam e representam sentimentos de alteridade e empatia pelo passado uma vez que são

restos originais do passado.

Por outro lado, não apenas os campos de batalha conseguem fazer esse papel. Na

atualidade existem centros de preservação da memória, como museus e memoriais também

ajudam a criar esse senso de lugar, pois são depositários de relíquias que em grande medida

possibilitam a aprendizagem tão bem como os espaços em que a história aconteceu.

Essas questões se relacionam muito também em se tratando de museus, mas o campo

de batalha permite uma experiencia única e magica, permeada pelo passado e pela memória

inerente a ele. O valor simbólico do campo de batalha torna a experiencia profundamente

sentimental carregada de valores que de alguma forma se ligara a sociedade para sempre.

O que lembrar, porque lembrar, como lembrar e o resultado dessa lembrança.

Lembrar para marcar a permanência do estado, lembrar para fortalecer o nacionalismo,

lembrar para não esquecer o massacre, ou destruir a lembrança com outras memórias físicas

como a tentativa de Stalin de apagar a memória em Babi Yar na Ucrânia durante a segunda

guerra em setembro de 1941.

Isso nos remete à ideia dos propósitos políticos dedicados pelo estado à lembrança ou

ao esquecimento, quando este for julgado necessário ou conveniente pelo governo.

Locais, paisagens ou ambientes históricos são sempre marcados com um proposito.

Sem marcar, esses lugares não existem em nossas paisagens atuais. Na maioria dos casos,

a marcação de locais históricos significa que os equipamos com memoriais, placas de

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