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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Helena Doris de Almeida Barbosa, Natália Andrielly Trindade Alfaia

948),e tem nos museus um dos elementos de sua práxis. Esse perfil do turismo cultural que

se dinamiza a partir dos museus possibilita também uma nova concepção a respeito dessas

instituições, que deixam de ser vistas apenas como espaços de exposição.

Campos (2017, p. 38) enfatiza que “[...] os museus criam um passado em comum,

formando laços entre identidades coletivas [...]”; ou seja, os museus se constituem em um

dos instrumentos responsáveis pela construção de comunidades imaginadas 15 , coletivas.

Nesse sentido, os museus têm como papel reforçar as comunidades imaginadas a partir do

patrimônio e da memória presente neles, formulando o que Campos (2017) denomina

identidade em comum, cujas características são a unidade e o pertencimento de um grupo

em um campo de luta pelo poder.

Um museu pode se constituir em um espaço multifuncional, capaz de desenvolver a

educação e a arte por meio de práticas inventivas voltadas ao púbico (DIAZ; MUNHOZ, 2019).

Desse modo, estabelece novas possibilidades à experiência de ensinar e aprender. Essa

concepção do museu como espaço de aprendizado é trabalhada por Mörsch (2013, p. 44),

quando afirma que os museus surgem como “[...] una inciativa em nombre de la identidad

nacional, cuyos resultados educativos fueron enfocados a mejorar la calidad de los bienes

nacionales producidos en el contexto del conflicto colonial [...]”.

De acordo com Diaz e Munhoz (2019), a perspectiva dos museus se transpõe da posse

privada à pública passando a ter um novo papel social, mas sem se desvincular das

influências políticas, sociais e econômicas que transitam em torno deles. Por conseguinte,

sendo espaços em que o turismo pode se efetivar de forma diferenciada, os museus precisam

ser apreendidos sob novos olhares que permitam a multiplicação das possibilidades de

intervenção, deixando de ser lócus de contemplação para se tornar lócus de práxis efetiva.

15

Entende-se o significado de comunidade imaginada a partir de Anderson (2008), para quem as

relações que se estabelecem nessas comunidades extrapolam o contato em uma circunscrição menor,

face a face.

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