10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Helena Doris de Almeida Barbosa, Natália Andrielly Trindade Alfaia

visita de cinco minutos; outra coisa é você ser levado por um mediador a

refletir sobre o espaço e a história. [...] Ninguém é uma tábua rasa. O indivíduo

traz a sua experiência de casa e o museu vai complementar uma história que

o indivíduo já traz de casa (Luciana Akim, técnica cultural do SIM, 2018).

De fato, o técnico cultural e os mediadores são essenciais aos espaços museais, como bem

observou a entrevistada e como constata-se nos registros espontâneos deixados no Livro de

Sugestões 13 que se encontra na recepção do museu.

Considerou-se também o registro fotográfico enquanto ferramenta de suporte e

investigação utilizada desde o início do século XX por Malinowski em sua pesquisa

etnográfica. Samain (1995, p. 43) ao tratar da influência de Bronislaw Malinowski para os

estudos antropológicos enfatizando que as imagens permitem a visualização de “[...] redes

de relações e de concatenações presentes entre os elementos e fatos visíveis e palpáveis, dos

grupos sociais estudados”. Há um inter-relacionamento entre fotografia e texto, no entanto

se faz necessário ter a consciência de que os registros e escolhas de seus usos, são no dizer

de Pinto (2017) ideologicamente construídos, ou seja, recortes de uma realidade e expressam

o momento captado.

Na Amazônia, o uso da imagem como fonte de informação se faz presente desde os

naturalistas que adentraram ao “novo continente”. Seu uso é tomado como um recurso pelo

qual se pode obter uma série de informações, como também um instrumento de comparação

de um mesmo objeto em momentos diferentes da realidade local. A partir de Simonian (2007,

p. 16), entende-se este recurso como uma ferramenta para “[...] identificar, analisar e entender

o imaginário, as sensações e mesmo as realidades materiais”. Por sua vez, Ribeiro (2005, p.

615) destaca que:

[...] as tecnologias digitais trazem contribuições inovadoras para as novas

práticas de trabalho em antropologia não só como instrumentação de trabalho

de campo, mas também de organização e tratamento da informação,

realização, montagem, produção e circulação-divulgação, e também como

meio e modo de análise.

13

Os livros de sugestões são grandes cadernos nos quais o público pode deixar seus comentários/

sugestões sobre o museu. Ponte entre o museu e seus visitantes, os livros ficam na recepção do MAS e são

datados por ano ou a cada dois anos, dependendo da quantidade de comentários/sugestões deixados.

630

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!