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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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A educação patrimonial no Museu de Arte Sacra de Belém (PA): realidade e perspectivas...

Os Caminhos da Educação Patrimonial

Refletir sobre a educação patrimonial ou educação museal, na teoria e na prática, é

pensar de acordo com Helena Quadros (2019), sobre um processo importante de

aprendizagem dentro dos espaços musealizados. Segundo as linhas traçadas por Gil e

Possamai (2014), que servirão aqui de ponto de partida, a educação patrimonial é formada

por ações difusas que envolvem o conhecimento amplo acerca dos patrimônios e cujas

práticas, na sua maioria, são coletivas e possibilitam a aproximação da comunidade e de

turistas.

A questão da educação museal tem parte das suas raízes nas cartas patrimoniais 3

elaboradas ao longo do século XX e nas declarações da Conferência Mundial sobre as

Políticas Culturais, realizada no México em 1982. Precisamente, elas propunham diretrizes

para a valorização, proteção e conservação do patrimônio imaterial e, em especial, do

material. As cartas colocaram em foco novas discussões acerca do patrimônio material

criando uma dinâmica de compreensão além do tempo, do espaço, mas também das práticas

sociais que integram a dinâmica cotidiana dos bens.

Com efeito, a importância dos monumentos arquitetônicos – registros da história, da

arte, do trânsito entre as nações e das apropriações culturais múltiplas – tem sido destacada

desde 1931. Precisamente com a Carta de Atenas 4 , a qual “[...] recomenda que a ocupação de

edifícios [monumentos], que garanta a continuidade de sua vida, deve ser mantida, desde

que ele seja usado para um propósito que respeite seu caráter histórico ou artístico” 5

3

As cartas patrimoniais são uma série de documentos que traçam medidas de proteção para o

patrimônio material e imaterial. Elas foram elaboradas a partir de vários encontros internacionais e

apresentam diversas formas de uso e preservação dos patrimônios.

4

A Carta de Atenas, fruto do primeiro Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de

Monumentos Históricos, compõe uma série documental de cartas internacionais que apresentam as

diretrizes de proteção do patrimônio material nos núcleos das cidades antigas.

5

No original: The Conference recommends that the occupation of buildings, which ensures the

continuity of their life, should be maintained but that they should be used for a purpose which respects

their historic or artistic character.

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