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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Helena Doris de Almeida Barbosa, Natália Andrielly Trindade Alfaia

Precisamente, com o compartilhamento coletivo e tendo os produtores culturais como

verdadeiros protagonistas do fazer museal – nesse sentido, a educação patrimonial pode se

constituir em um caminho para efetivar esse processo, tornando os museus centros

geradores e transmissores de conhecimento, que buscam – como em sua perspectiva mais

recente, o ecomuseu 2 , na França – a difusão de um modelo guiado pela partilha ,entre o

Estado e sociedade, do processo de concepção, implantação e administração. Desse modo,

os museus cumprem sua função de serem transmissores de cultura e mediadores de

experiências visuais e expositivas (CASTRO, 2007), assim como auditivas, olfativas, táteis e,

em alguns casos, degustativas, consolidando-se como canal de fortalecimento, comunicação

e troca de conhecimento.

No Brasil, Simonian (2017, p. 135) alerta que, embora “[...] o governo federal tenha

patrocinado um programa de financiamento para a criação de museus em municípios

pequenos, nesses faltam capital humano além de muitos outros recursos imprescindíveis, o

que inviabiliza a produção/ encaminhamento de projetos [...]”, inclusive relativos à questão

do museu como espaço educativo. Cândido (2018, p. 12) ressalta que, no país, “[...] os museus

estão mais cientes de que não devem evitar as controvérsias e de que são arenas de poder

que devem ser ocupadas por outras parcelas da população que aquelas ligadas à sua origem

de instituição de elite”.

A partir de 1980, com o fim da ditadura política, se instaura um perfil novo no campo

da museologia social no Brasil. Isso gera experiências novas de museus, a exemplo dos

comunitários. Também produz pontos de memória novos, ampliando assim sua perspectiva

educativa.

2

Modelo de museu que tem sua gênese na segunda metade do século XX, com uma lógica de projetos

da comunidade para a comunidade. As ações gravitam em torno dos grupos locais, de suas memórias,

produções culturais e patrimônios (GONÇALVES, 2017).

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