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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Monica Piccolo, Priscilla Piccolo

Os estudos voltados para as questões que envolvam patrimônios culturais não dizem

respeito propriamente ao passado, pois são processos de engajamento em torno de

determinados valores, conceitos e formas de pensamentos; maneiras de comunicar, se

relacionar e produzir significados no e para o presente. José Reginaldo Gonçalves (2003)

propõe pensar o patrimônio como uma categoria de pensamento. Algo extremamente

importante para a vida social e mental de qualquer coletividade humana. Na perspectiva de

Marcel Mauss (2003), os patrimônios culturais guardam íntima relação com as demais

instâncias da sociedade e, quando acionados, as colocam também em movimento. Assim,

tornam-se centrais para se pensar a categoria de patrimônio cultural os agentes e as

instituições que ela faz circular num determinado tempo/espaço.

Estudar e pesquisar a respeito da categoria de patrimônio cultural, dessa forma, pode

lançar novas luzes sobre um tema tão recorrentemente tratado atualmente pela historiografia,

uma vez que torna possível a elaboração de um discurso sobre um processo inexorável e

continuo de destruição e reconstrução que desencadeia ações de patrimonialização no qual

suas diferenças e fragmentações são excluídas das práticas de apoderamento, tratando-os

como algo externo (GONÇALVES, 1996).

Os patrimônios pesquisados no projeto, que será aqui apresentado, representam

“lugares de memórias”, importantes por manterem vivas as lembranças e histórias de uma

comunidade, pois, [...] “os lugares de memória nascem e vivem do sentimento que não há

memória espontânea” (NORA, 1993, p. 13). Estes lugares e manifestações culturais mantêm

conservadas as histórias e memórias de vidas locais, regionais e nacionais de cada

coletividade.

Para o autor Estevão Martins (2011), todos os indivíduos nascem em um mundo com

história. Sua identidade como sujeito agente é construída e se evolui a partir de uma herança

sociocultural, estes elementos são responsáveis pela constituição autônoma de si. O

indivíduo passa por um processo de apropriação consciente de seus fatores componentes de

sua crítica pela razão.

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