História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Júlia Constança Pereira CamêloAinda sobre projetos de Planejamento da cidade, uma reportagem de 1976, do jornalO Imparcial apregoa notícias de projetos políticos de recuperação para a capital maranhense.O governador Nunes Freire definiu anteontem, durante uma reunião com seusecretariado, a localização de dois projetos que modificarão a atual estruturaurbana de São luís, sendo que um deles se volta para a preservação dopassado, enquanto a segunda adequa a cidade para o papel que lhes estáreservado [...]. O primeiro projeto é o de recuperação da Praia Grande, um dosmaiores patrimônios arquitetônicos coloniais do país, o qual abrigará o CentroCultural de São Luís [...]. Nos termos em que foi estruturado, o centro Culturalconta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e apromessa de financiamento de 80% do custo global do projeto por parte daSecretaria de Planejamento da Presidência da República. Prevê ainda oengajamento da Embratur (O IMPARCIAL, São Luís, 21/01/1976, p. 5).A citação acima retomou a questão do investimento estadual nos projetos depreservação e infraestrutura urbana com parte da Secretaria de Planejamento. A manchetedizia “Projeto traça linhas mestras do crescimento de São Luís”. A imagem de uma São Luíspróspera e preservada era proclamada para o leitor. A escolha do título e a forma como amatéria foi escrita mostraram qual a imagem que o jornal O Imparcial encampa, a ideia deque a administração do governo do Maranhão se mostra preocupado com melhoria urbanada cidade e com a preservação dos casarões da Praia Grande, para chegar a um futuro que jáestá reservado para ela.Uma restauração muito noticiada foi a do Edifício São Luís, que sofreu um incêndio(Imagem 1). No mês de janeiro da década de 1976, tanto o jornal O Imparcial quanto o jornalO Estado do Maranhão trazia manchetes sobre a restauração do edifício São Luís:564

Patrimônio Ludovicense: a narrativa dos jornais O Estado do Maranhão e O Imparcial enquanto...Imagem 1 - Edifício São LuísFonte: O Imparcial, 1976. p. 07.LINHAS ARQUITETÔNICASDepois de concluídas as negociações, entre a CEF (Caixa Econômica Federal)e a família Moreira Lima, a primeira iniciativa da CEF será estudar as condiçõesem que se encontram as bases do velho sobradão, pois toda a linhaarquitetônica será conservada. Não será colocado um só azulejo diferente dosexistentes, no revestimento das paredes externas. A escadaria também seráidêntica à que foi destruída pelo fogo, em 69. Depois que a obra estiverconcluída, a CEF mudará para lá toda a parte de administração e mais algumasseções (O IMPARCIAL, São Luís, 04/01/1976, p. 7).565

Patrimônio Ludovicense: a narrativa dos jornais O Estado do Maranhão e O Imparcial enquanto...

Imagem 1 - Edifício São Luís

Fonte: O Imparcial, 1976. p. 07.

LINHAS ARQUITETÔNICAS

Depois de concluídas as negociações, entre a CEF (Caixa Econômica Federal)

e a família Moreira Lima, a primeira iniciativa da CEF será estudar as condições

em que se encontram as bases do velho sobradão, pois toda a linha

arquitetônica será conservada. Não será colocado um só azulejo diferente dos

existentes, no revestimento das paredes externas. A escadaria também será

idêntica à que foi destruída pelo fogo, em 69. Depois que a obra estiver

concluída, a CEF mudará para lá toda a parte de administração e mais algumas

seções (O IMPARCIAL, São Luís, 04/01/1976, p. 7).

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