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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Júlia Constança Pereira Camêlo

preservação e venda de artesanato popular. Com o turismo, São Luís conseguiu na utilização

dos seus casarões como repartições públicas ou privadas um novo viés para sua economia,

o que permite manter os monumentos históricos sem destruí-lo.

Portanto, a valorização da arquitetura colonial, com suas igrejas de elementos da arte

barroca, seus becos românticos e seus sobrados imponentes tornou-se um verdadeiro

“tesouro” histórico voltado para políticas de preservação. Porém, embora São Luís tenha

passado por grande projeto de revitalização, encontra-se ainda ruínas, com prédios prestes a

desabar, o que significa afirmar que a preservação é algo que precisa ser contínuo.

No século XX, os jornais eram espaços públicos, e as divulgações do patrimônio na

década de 1970 e 1980 se tornaram habituais, o que tornava fácil encontrar reportagens sobre

o desabamento de um prédio no centro da cidade ou abandono de algum monumento

público, e até mesmo manchetes sobre as verbas recebidas para o governo investir na

revitalização do patrimônio. É a partir dessas reportagens que podemos mensurar o quando

a imprensa conseguiu mobilizar o leitor no sentido de fazê-lo entender que era necessária a

preservação do patrimônio em toda a cidade.

Preservar casarões: uma unanimidade nos jornais

Os jornais O Estado do Maranhão e O Imparcial desenvolvem um discurso engajado

na divulgação de reportagens sobre o patrimônio histórico, com matérias que variavam entre

exaltação ao Centro Histórico de São Luís, financiamento público de restaurações, denúncias

de desabamento e abandono.

A maneira adotada pelos jornais para descrever a cidade está sintonizada com a forma

pela qual as elites e o poder político idealizavam o lugar. Dessa forma, as matérias sobre o

patrimônio quase sempre estavam voltadas aos valores históricos e culturais e para projetos

de conservação e restauração desses monumentos. É o que se pode perceber na matéria do

jornal O Imparcial, numa reportagem sobre verbas do IFAN e MINIPLAN (órgãos do poder

público) para a restauração de templo:

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