10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Edinaldo Pinheiro Nunes Filho, Rejane Cleide Lemos de Vasconcelos

sistemático de trabalho educacional focado na valorização e preservação do patrimônio

cultural, sendo, em suas palavras, “uma metodologia que crê na aprendizagem a partir dos

bens culturais e sua preservação por meio de sua valorização”.

De sua parte, Miranda (2006, p. 43) esclarece que a educação patrimonial deve

despertar na comunidade o interesse pela gestão do patrimônio cultural, posto que é também

de sua responsabilidade tal tutela. Segundo ele, “há a necessidade de que todos tenham

consciência da importância da preservação da memória para que possam exercer seus

direitos e cumprir seus deveres em relação ao patrimônio cultural”. Por outro lado,

Marchesan (2007, p. 192) ressalva que não há como a população participar da gestão do

patrimônio se, primeiramente, não ocorrer “uma política deliberada e continuada de précontextualização

cultural do grupo social”. Somente o cidadão que compreende a sua

importância no meio sociocultural em que se encontra inserido passa de mero espectador a

sujeito ativo, intervindo positivamente na tutela do patrimônio cultural.

A ausência do envolvimento do cidadão com o meio sociocultural no qual vive é

evidenciado, no caso da Amazônia, em virtude de equívocos históricos, onde as comunidades

locais não possuem vínculos afetivos com o pouco monumental patrimônio arqueológico

existente (SILVA; NUNES FILHO, 2012, p. 16).

Para reparar esse grande equívoco e esvanecer o distanciamento étnico e afetivo do

povo da Amazônia para com o seu patrimônio arqueológico, os mesmos autores indicam como

caminho a efetivação de projetos de gestão participativa e a educação patrimonial em

comunidades locais, as quais, além de “construírem-se como instrumento de alfabetização

cultural, tornam-se as estratégias mais acertadas para a proteção do patrimônio cultural

arqueológico e para a reconquista de identidades culturais” (SILVA; NUNES FILHO, 2012, p. 21).

Como sucederia o processo de educação patrimonial? Horta, Grunberg e Monteiro

(1999, p. 6) propõem que o desenvolvimento dessa metodologia se dê em quatro etapas,

listadas abaixo:

540

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!