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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Edinaldo Pinheiro Nunes Filho, Rejane Cleide Lemos de Vasconcelos

Memória Nacional, minimizando a perda física dos sítios arqueológicos, ficando disponíveis

para toda a comunidade. Infelizmente, a Instrução Normativa nº 001 de 25 de março de 2015 do

IPHAN, que revogou a Portaria do nº 230/2002, não fez menção a esta questão. No entanto,

continuou dando destaque à educação patrimonial no art. 43 e seguintes.

Nesse sentido, a educação ambiental patrimonial e a educação museal são formas de

acesso a esse conhecimento e igualmente recursos valiosos para o despertar da consciência

ambiental, implicando no dever de se preservar o patrimônio cultural para a comunidade e,

assim, salvaguardar a continuidade da história de um povo para toda a sociedade.

A educação ambiental

Os debates acerca da construção de uma visão crítica sobre as questões que permeiam

os problemas ambientais adquiriram, grosso modo, maior profundidade na década de 1960,

com a emergência de movimentos ambientalistas ainda aterrorizados com as consequências

nefastas dos ataques nucleares de 1945 nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Em 1962,

assistiu-se a assinatura de um tratado entre os Estados Unidos, a então União Soviética e a

Grã-Bretanha, que proibia, parcialmente, a realização de testes nucleares. Anos mais tarde,

no dia 22 de abril de 1970, ocorreria a Conferência de Estocolmo, um marco histórico para o

ambientalismo e, para alguns estudiosos, o marco inicial para as discussões a respeito da

Educação Ambiental (ESTEVAM; PESTANA; LEAL, 2008, p. 6).

Observa-se que o surgimento dos movimentos ambientalistas, seu engajamento e

articulação só foram possíveis em virtude do acesso que seus militantes tiveram às

informações, acesso este, concretizado através da educação ambiental (mesmo que antes

esse termo não fosse usado). Educação desta natureza, que ocorre em diversos espaços de

interação social (educação não formal) ou nas instituições de ensino (educação formal). De

acordo com Leite e Ayala (2014, p. 51), a informação, participação e educação ambiental

ligam-se umas às outras em redes, sendo a educação o ponto de conexão entre elas, sem a

qual o cidadão não poderá exercer seu papel em plenitude.

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