10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ana Cristina Rocha Silva

O abandono dos sítios e a vulnerabilidade social, econômica e ambiental

Ao mesmo tempo em que ignora os processos e as contradições sociais existentes no

entorno dos sítios, a gestão centralizada no Estado não dá conta de garantir a preservação

dos mesmos. Tampouco consegue contribuir para o desenvolvimento das comunidades, por

meio do uso sustentável desse patrimônio de “proteção qualificada”. Apesar da área receber

a atenção de pesquisadores e instituições desde o século XIX, o fato é que o patrimônio

arqueológico existente no Maracá e as pesquisas lá desenvolvidas não têm se revertido em

benefícios sociais para os coletivos humanos do lugar.

Desse modo, enquanto as urnas Maracá compõem as coleções de museus mundo

afora, a situação dos famosos sítios arqueológicos do vale do rio Maracá é de abandono.

Conforme se vê adiante, as pinturas rupestres do Buracão foram tomadas por cupins

(Imagens 7-10). Há de se lembrar que, segundo Cabral, Saldanha e Leite (2018), esse sítio está

entre os poucos sítios de arte rupestre já registrados no Amapá. A despeito dessa

singularidade, o Buracão não foi poupado do abandono do Estado e muito menos da ação

dos cupins.

516

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!