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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Ana Cristina Rocha Silva

Ao considerar-se a realidade agroextrativista do território, é, sobretudo, por meio da

lida na floresta que a população local se relaciona com os vestígios arqueológicos. Por conta

disso, embora esses vestígios não despertem na população um elo com os indígenas que

habitaram a região no passado recuado no tempo, eles ativam as memórias do tempo vivido,

tal como defende Bezerra (2017). Essa percepção surgiu de um diálogo com senhor Francisco

Souza da Silva (Imagem 5), de 59 anos, morador da vila Maracá.

Imagem 5 - Francisco Souza da Silva, o Baladeira, 59 anos, morador da vila Maracá

Foto: Ana Cristina Rocha Silva, 2019.

Conhecido localmente pelo apelido de Baladeira, em certa manhã, ao comentar sobre

o encontro de vestígios arqueológicos, ele disse o seguinte:

[...] de vez em quando, dentro dessa mata, a gente acha essas peça de barro.

Lá no meu terreno, que fica lá pro Alto Maracá, a gente tava em cima duma

montanha, eu não sei como esses índio conseguiam morar lá, mas sei que só

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