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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Ana Cristina Rocha Silva

Imagem 2 - José Mercês da Silva, morador da vila Maracá

Foto: Ana Cristina Rocha Silva, 2019.

Seja para fins colecionistas, para fins de pesquisas e/ou para garantir a “proteção” de

urnas de reconhecida beleza estética, o material arqueológico do território do Maracá

historicamente tem sido retirado e não tem retornado para as comunidades locais. Como bem

resumiu a fala do anônimo descrita anteriormente, os buracos das escavações são as únicas

coisas que as pesquisas arqueológicas têm deixado para a população do Maracá. Obviamente

que existem exceções. Elas são poucas, mas existem.

Pelo exposto, há de se reconhecer que a cultura material dos povos antigos que

habitaram o vale do rio Maracá inspirou a tradição dos museus de história natural com foco

no colecionismo. Fruto do colonialismo, essa tradição esteve alheia da realidade social, dos

interesses e das agendas locais. Não à toa a população do Maracá possui restrições para com

a retirada de mais peças arqueológicas do seu território.

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