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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Avelino Gambim Júnior, Jelly Juliane Souza de Lima

um tipo de universidade que se adequa às regras do mercado, de modo a ser produtiva e

operacional para cumprir uma agenda neoliberal, e ainda reprodutora de um modo colonial

de produzir e reproduzir conhecimentos. Ou uma universidade crítica, formadora de cidadãos

enquanto sujeitos históricos, e agentes capazes de organização coletiva, igualmente

produtivas, autônomas e transformadoras da realidade social (OLIVEIRA, 2002). Certamente

optamos pelo segundo modelo de universidade.

Adota-se uma concepção de educação sob uma perspectiva freiriana. Isto é, pensamos

e defendemos a universidade como palco de disputas, de contestação e essencialmente

democrática. A universidade deve ser pensada como uma ferramenta de conquista de

cidadania, de modo que não nos fechemos em nossas paredes, mas assumamos a

responsabilidade de lidar com o extramuros, as comunidades ao redor da universidade. Ao

criar meios para que cada vez mais grupos heterogêneos de pessoas façam parte da

universidade, busca-se criar modos de fomentar a convivência e respeito a diversidade

cultural, assim como diferentes modos de pensar e ser no mundo.

No caso da Arqueologia Pública, isso se dá através de diferentes identidades,

memórias, narrativas e formas de contar histórias sobre o passado contidas nos patrimônios

arqueológicos. Ao avaliar as atividades realizadas e refletir sobre nossas práticas, neste e em

outros projetos que temos realizado e participado, e quisemos salientar a importância,

enquanto pesquisadores, de realizar o exercício da autocrítica, constante e fundamental para

o andamento de projetos que buscam ser multivocais, principalmente dentro da universidade,

dado o seu papel social perante a sociedade como um todo.

A universidade deve ser um local de criar oportunidades, de fortalecer interações e

criar laços de coesão social. Somos conscientes de que não podemos agregar a todos, mas

ao focar na universidade, podemos começar um programa de Arqueologia Pública,

colaborando de forma mais efetiva, sempre buscando saber ouvir e refletir, principalmente

quanto as nossas práticas, para que não se tornem colonialistas, nem impositivas.

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