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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Notas e reflexões sobre as possibilidades de uma arqueologia pública na UNIFAP

As possibilidades de uma arqueologia pública na UNIFAP

Os resultados obtidos nos levaram a pensar, a partir de nossas experiências, quanto as

possibilidades de implementação de uma Arqueologia Pública na universidade. Entretanto, que

público é esse que estamos nos referindo? Entendemos e defendemos o “público” em sua

pluralidade, de modo democrático, como conjuntos heterogêneos de pessoas, comunidades e

identidades, em seus diferentes modos de compreender o passado, e não numa concepção

estatal unificante, do “público” enquanto oposto ao “privado” (MATSUDA, 2004; MERRIMAN,

2004), mas de “público” entendido enquanto as pessoas a quem nos dirigimos.

Pretende-se exercer uma Arqueologia, não de divulgação a um público genérico que

apenas escuta, mas Pública, de participação de pessoas das comunidades locais, permitindo

que grupos de interesse participem dos discursos que envolvem o patrimônio arqueológico

(SHACKEL, 2004). Definimos a arqueologia pública, não como uma subárea ou especialização

da arqueologia, mas como um compromisso ético e político, de fazer uma arqueologia sem

fronteiras, baseada nas comunidades (FUNARI; BEZERRA, 2012).

A Arqueologia Pública, devido a sua íntima relação com o patrimônio arqueológico,

permite resgatar as memórias de diferentes grupos sociais. Ao resgatá-las, permite-se o

reconhecimento de diferentes representações e (re) apropriações do passado, através dos

lugares de memórias (NORA, 1993). No âmbito do projeto de extensão, o sítio AP-MA-05,

funciona como um lugar de memórias. Ao materializar no espaço as memórias individuais e

coletivas, permite-se não apenas a identificação, mas a construção e fortalecimento de

identidades locais, por meio da apropriação coletiva do passado, e de suas relações

cotidianas com o presente.

A partir do projeto de extensão “Arqueologia e Educação Patrimonial: construindo

experiências a partir da Universidade Federal do Amapá, campus Marco Zero”, executado

entre 2018 e 2019, várias ações educativas foram realizadas com diferentes segmentos

escolares, ao levar em conta a presença do sítio arqueológico AP-MA-05 no espaço da

UNIFAP. Assim, tivemos a possibilidade de realizar um primeiro exercício educativo mais

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