10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Avelino Gambim Júnior, Jelly Juliane Souza de Lima

Em meio a essas questões, a partir do encontro desses vestígios arqueológicos, os

arqueólogos são mobilizados a fazer o resgate emergencial. Para ilustrar essa situação, relatase

alguns destes achados mais emblemáticos, referentes aos vestígios arqueológicos menos

visíveis, justamente aqueles relacionados à ocupação indígena pretérita na malha urbana de

Macapá.

Na Praça do Barão, na década de 1940, em decorrência de obras civis e de expansão

da malha urbana. Ao realizar obras de canalização das águas, trabalhadores encontraram um

conjunto de urnas funerárias (MEGGERS; EVANS, 1957). Anos mais tarde, obras semelhantes

revelaram novamente outros conjuntos de urna funerárias, sendo identificado o sítio

arqueológico AP-MA-02 (MEGGERS; EVANS, 1957). Estas informações levantam a hipóteses

de que o sítio AP-MA-02 (Macapá) seja um antigo cemitério indígena (MEGGERS; EVANS,

1957).

Na década de 1980 no bairro Pacoval, a construção de uma residência levou ao resgate

emergencial de vasilhas e urnas funerárias indígenas, feito pela equipe de arqueologia do

Museu Paraense Emílio Goeldi. O conjunto de urnas funerárias como vasilhas e restos

humanos estavam associadas a manchas de terra preta 03 (PEREIRA; KERN; VERÍSSIMO,

1986). Estas informações sugerem que sítio arqueológico AP-MA-03 possui áreas de

habitação e cemitério (PEREIRA; KERN; VERÍSSIMO, 1986). O sítio AP-MA-03 ainda se

encontra preservado, mas em constante risco de destruição em meio as construções civis.

Em 2014, no bairro Marabaixo 4, ao abrir uma fossa séptica em seu quintal, um

morador deparou-se com vestígios arqueológicos (Figura 2). A equipe de arqueologia do IEPA

foi mobilizada até o local e realizou o resgate emergencial de dois conjuntos de urnas

funerárias contendo restos humanos (GAMBIM JÚNIOR, 2016).

No ano seguinte, em 2015, neste mesmo bairro, a equipe de arqueologia do centro de

arqueologia da UNIFAP fez um novo resgate emergencial de uma urna funerária contendo

restos esqueléticos humanos. Como ainda não há mais dados contextuais, não é possível

afirmar se este seria um sítio cemitério ou se haveria vestígios de habitação junto as mesmas,

dado os resgates muito pontuais realizados (GAMBIM JÚNIOR, 2016).

460

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!