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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Avelino Gambim Júnior, Jelly Juliane Souza de Lima

colonial, como fortes, fortalezas e igrejas, os sítios pré-coloniais que apresentam terra preta 4 ,

cemitérios, acampamentos e aldeias são considerados sítios de pouca visibilidade (SCHAAN,

2007).

A ausência de fiscalização dos órgãos responsáveis pela proteção do patrimônio e de

reinvindicação/sentimento de pertencimento pela sociedade/comunidade corroboram para

que os sítios arqueológicos sejam sistematicamente destruídos. A partir do Cadastro Nacional

de Sítios Arqueológicos (CNSA) e do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), identificou-se que mais de 30 sítios

arqueológicos referentes a ocupação indígena, registrados na malha urbana da cidade de

Macapá 5 (alguns desses sítios podem ser vistos no mapa da figura 1, abaixo).

Muitos desses sítios arqueológicos mencionados foram impactados de diferentes

formas e hoje o que restou destes vestígios arqueológicos estão sob a guarda do Museu

Histórico Joaquim Caetano da Silva 6 , Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas do

Amapá 7 e o Núcleo de Pesquisas Arqueológica. 8

As formas de impacto aos sítios arqueológicos geralmente são resultado de atividades

da realização de obras 9 de implantação de rodovias e manutenção de ramais, abertura de

fossas sépticas, construção de condomínios, criação e ampliação de áreas como universidade

e institutos (no âmbito estadual e federal). Nestes casos, a destruição ocorre por diversos

motivos, sendo os mais corriqueiros as obras com e sem licenciamento ambiental que não

4

Terra preta é uma designação utilizada para indicar a presença de sítios arqueológicos na Amazônia

(SOUZA, 1997). A terra preta é formada pelo acumulo de restos, dejetos e outros indicativos de

atividade humana, que possuem ainda especificidades químicas e físicas (WOODS et al, 2009).

5

Parte do referido levantamento foi obtido em 2017 para a realização da 3 a edição do Café com

Patrimônio do IPHAN-AP, que procurou discutir sobre esses sítios invisíveis na malha urbana de

Macapá. (GAMBIM JÚNIOR et al, 2017).

6

Secretaria de Cultura do Estado do Amapá (SECULT-AP).

7

Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).

8

Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Científicas do Estado do Amapá (IEPA).

9

Os impactos dessas obras foram discutidos na 3 a edição do Café com Patrimônio do IPHAN-AP. Este

evento possibilitou a elaboração de um projeto visando a criação de uma carta arqueológica para a

região metropolitana de Macapá e Santana, no Estado do Amapá (GAMBIM JÚNIOR et al, 2017).

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