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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Notas e reflexões sobre as possibilidades de uma arqueologia pública na UNIFAP

Após uma breve revisão sobre o patrimônio arqueológico de Macapá e da área do

Campus Marco Zero da UNIFAP, o objetivo deste capítulo é a partir das notas e ponderações

quanto as nossas experiências no referido projeto de extensão, refletir sobre as possibilidades

de uma Arqueologia Pública na UNIFAP. Tal proposta tem como foco saber o que o público

geral desta instituição pensa sobre os vestígios arqueológicos presentes na universidade, em

especial o sítio arqueológico AP-MA-05.

O patrimônio arqueológico da cidade de Macapá

O patrimônio ou “herança” faz parte do conjunto de bens culturais produzidos pelos

seres humanos, em um determinado momento histórico, considerados significativos, cuja

preservação e proteção são reivindicadas por parte da sociedade (SCHAAN, 2007, p. 111).

Este é um tema complexo, pois existe nitidamente duas perspectivas de patrimônio, uma é a

institucional, defendida pelo Estado e órgãos de proteção do patrimônio, que ainda na

atualidade possui um forte cunho nacionalista e colonial (JONES; BROWN, 1995; LIMA, 2007;

TRIGGER, 1995). Já a outra refere-se à sociedade ou comunidades, que a partir de suas

histórias e vivências locais elegem os bens que as representam pelo sentimento de afeição

(BEZERRA, 2010, 2011; CARVALHO; FUNARI, 2009, JACQUES, 2013).

A problemática torna-se maior quando se trata do patrimônio arqueológico. O

patrimônio arqueológico é formado pelos vestígios materiais resultado de atividades

humanas no passado ou ainda modificações na paisagem realizadas pelas pessoas em

determinados lugares ou regiões em diferentes tempos (GREEN, GREN; NEVES, 2003;

SCHAAN, 2007).

Nos sítios arqueológicos, locais onde se encontram vestígios arqueológicos, ou seja,

os artefatos que atestam a presença humana em determinado local, o perigo de destruição

reside principalmente nas áreas urbanas. Diferentemente dos sítios do período colonial e pós

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