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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Avelino Gambim Júnior, Jelly Juliane Souza de Lima

rastros de memórias ou vestígios arqueológicos tratam-se de descobertas fortuitas de sítios

arqueológicos soterrados pelo tempo.

As transformações das áreas urbanas e da periferia urbana, causadas pelas construções

de prédios públicos e privados, abertura de fossas sépticas, estradas vicinais, ocasiona o

encontro com o passado, algo inesperado. Geralmente, os sítios arqueológicos que estão

abaixo do subsolo da cidade possuem pouca monumentalidade e visibilidade dos vestígios

arqueológicos, pois ainda hoje a preocupação reside nos sítios de visibilidade 2 que recebem

ações preservacionistas (TOCHETTO; THIESEN, 2007, p. 179).

Mas como falar de memória, identidade e patrimônio arqueológico em plena

efervescência da expansão urbana da cidade de Macapá? Como remediar a pulverização da

nossa história? Estas preocupações sempre estiveram presentes em conversas com nossos

colegas das áreas da Arqueologia e História. Neste sentido, acreditamos que envolver a

sociedade em projetos de pesquisa é uma das formas para que a memória e identidade não

se torne evanescente 3 .

Ao considerar a preocupação com o patrimônio arqueológico da cidade de Macapá, uma

equipe interdisciplinar elaborou um projeto de extensão de modo que fosse aplicado a algo

mais próximo da nossa realidade, neste caso a Universidade Federal do Amapá-UNIFAP e o

sítio arqueológico AP-MA-05 (LUNA, 2018).

Neste texto, apresenta-se as atividades do projeto de extensão “Arqueologia e

Educação Patrimonial: construindo experiências a partir da Universidade Federal do Amapá,

campus Marco Zero”, executado entre 2018 e 2019, com várias ações educativas, através de

métodos da Educação Patrimonial (HORTA et al, 1999). As atividades foram realizadas nas

escolas Cacilda Vasconcelos, Maria Luiza Bello Silva e Deosolina Salles, todas da rede pública

de ensino.

2

Como a Fortaleza de São José de Macapá, construída no século XVIII durante a colonização da região.

3

Termo utilizado por Leandro Karnal e Flavia Tatsch (2009), que destacam a efemeridade das memórias

motivando seu registro e a participação de diferentes identidades nesse processo.

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