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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Jelly Juliane Souza de Lima, Avelino Gambim Júnior

Para os moradores da comunidade de Vila Velha do Cassiporé, os vestígios

arqueológicos levantam os questionamentos sobre as pessoas que viviam naquele território

no passado: se eram índios, negros (africanos escravizados 6 ), arábios ou franceses. De fato,

as nossas pesquisas de campo iniciais deparavam-se com vestígios arqueológicos précoloniais

relacionados ao passado indígena que se encontravam dispersos pelas ruas da

comunidade e também mostrados por moradores, que ao escavar fossas ou fazer a limpeza

dos quintais (Figura 8) acabam por coletar e guardar os pedaços de igaçabas e machadinhos

encontrados.

Figura 8 - À esquerda, reconstituições gráficas de fragmentos de cerâmica e à direita,

machadinho de pedra, ambos coletados por moradores da Vila Velha do Cassiporé

Fonte: Acervo do projeto, 2019.

6

Vindos do Lourenço ou Ilha do Marajó (Ex: Entrevista do Sr. Valter dos Santos, 2020). Neste caso, ao

relacionar a presença negra na região é comum dizer que estas pessoas são Saramaká ou Crioulo.

Conforme Richard Price (2014, p. 205): “Os maroons saramaká do Suriname são descendentes de

africanos escravizados que escaparam de plantações costeiras para a floresta entre o final do século

XVII e início do século XVIII).

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