10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

“Eu não sei se morou índio, arábio ou negro”: os vestígios arqueológicos e narrativas...

Figura 7 - Sr. Sebastião Moraes

Fonte: Acervo do projeto, 2019.

“O Índio para pouco no lugar. Olha ali na aldeia deles, eles têm uma aldeia que eles

vão parar, para que em alguns anos depois vão caçar em outro lugar. É assim que

eles fazem, não estão se dando bem aqui, aí eles vão procurar outro lugar bom para

morar. Mas como é que nós sabemos que se passou negros aqui? Pois não tem

vestígio deles para dizer se ficaram aqui ou não. A gente não sabe se antigamente

os remanescentes de africanos eram enterrados em urnas assim como as igaçabas,

mas o que a gente sabe é que aqui tem vestígio de índio. Olha eu estava conversando

com um francês, que não era criolo, aqui e o levei para o mato. O francês disse que

quem plantou o cacau foram eles [os franceses] na época daquela revolução

[Contestado Franco-Brasileiro]. Sabe aquelas miçangas que tinham aqui na Vila

Velha? Elas eram feitas de vidro. Será que foram os portugueses que trouxeram

essas miçangas para cá?”. Sr. Sebastião Pinheiro Moraes, entrevista realizada na

comunidade de Vila Velha do Cassiporé, 2019.

441

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!