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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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A cultura material e a relação entre a arqueologia e a museologia

O Laboratório de Arqueologia e os seus procedimentos de gestão de acervo

O Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal do Maranhão (Larq) foi

concebido no ano de 2010, embora tenha entrado em operação somente a partir de 2013, e,

oficialmente inaugurado em 15 de setembro de 2014. Integrado ao Departamento de História

da UFMA, sob a coordenação do historiador, arqueólogo e Doutor em Antropologia,

Alexandre Guida Navarro, o LARQ vem se destacando no estudo dos povos pré-coloniais que

ocupavam uma extensa área alagada, na Baixada Maranhense, e que, notadamente,

habitavam em construções palafíticas erguidas sobre as águas dos lagos que formam a

geografia da região (NAVARRO, 2013, 2015, 2016, 2017, 2018a, 2018b). Na inexistência de

formas escritas de comunicação, a passagem desses antigos povos pela Baixada Maranhense

tem sido estudada a partir dos vestígios materiais, objetos cerâmicos e líticos, de ordem

utilitária, ornamentária e ritualista, deixados pela presença, ação e interação desses

indivíduos com o ecossistema local.

Deixados, há milhares de anos, sob as turvas águas dos lagos Encantado, Armíndio,

Caboclo, Jenipapo, Souza, Boca do Rio, Cabeludo, Formoso e Coqueiro, localizados nas

cercanias dos municípios de Olinda Nova do Maranhão, Pinheiro, Santa Helena, Penalva e

Turilândia, no estado do Maranhão, os artefatos coletados pelo Laboratório de Arqueologia da

UFMA, durante os períodos de trabalho de campo, são transferidos e armazenados nas

dependências do LARQ, com o propósito de serem estudados, interpretados, catalogados e

preservados, servindo como testemunho documental da existência e passagem de antigos

ocupantes do território brasileiro.

Ao todo, contando entre peças cerâmicas, que variam entre vasilhames, fusos e

estatuetas, inteiras ou fragmentadas, e artefatos líticos, também íntegros ou fragmentados, o

laboratório já conta com um acervo de 2.075 peças catalogadas, somadas a 9.717 artefatos

em depósito, mas ainda não analisados, perfazendo um total de 11.792 objetos coletados e

armazenados. Somados a este montante ainda há um pequeno grupo de peças formado por

fragmentos de madeira (29 peças) e bolotas de argila (358 peças) que são constituídas por

359

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