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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Alexandre Guida Navarro, Helder Luiz B. de Bello, Karen Cristina C. da Conceição

caracterizada pelo descontrole dos sistemas organizados (sumiço de peças que integram os

acervos ou coleções, seja intramuros ou extramuros; perdas de dados informativos referentes

aos objetos e a incapacidade de recuperar ou associar peças do acervo ou informações já

produzidas durante os processos de análises e estudos).

A pesquisa: não haverá muito sentido na preservação de acervos e no

empreendimento de ações técnicas documentais, se o propósito primeiro não for o

desenvolvimento da pesquisa e seu posterior processo de difusão do conhecimento

produzido. A junção e a inter-relação dessas atividades e a perspectiva de atuar no campo da

difusão, estabelecendo vínculos e relações com o homem da contemporaneidade, dá o

sentido necessário e norteador ao trabalho complexo de manutenção dos objetos da cultura

material. Na visão de Sofka (2009, p. 80) sem a pesquisa, funções como coleta, registro e

preservação tornam-se incompletos e frequentemente inviáveis.

Apesar do fato do Laboratório de Arqueologia da UFMA ser uma instituição voltada

fundamentalmente para a produção da pesquisa acadêmica, não é salutar que seus

componentes percam a noção de que todas as atividades ali desenvolvidas são integradas e

possuem um forte caráter de interdependência, além de que, todo o conhecimento produzido

em decorrência dessa ação multidisciplinar e interdisciplinar não se restrinja ao perímetro da

especialidade intelectual, mas, acima de tudo, possa servir aos propósitos da educação, da

comunicação e do usufruto de todas as pessoas que se sintam relacionadas e/ou envolvidas

a esses bens patrimoniais.

É necessário compreender a pesquisa como ponto de ligação. Chagas (2005, p. 58) em

um exercício de reflexão sobre o papel da pesquisa no âmbito dos museus, nos alerta que

[...] “para fazer com que uma coisa ancore significados e valores (estéticos, históricos, de

riqueza, de poder, de conhecimento e de educação) implica a transformação dessa coisa num

dispositivo de mediação entre mundos, tempos e seres distintos. ”

Assim como os processos técnicos que envolvem a documentação e a conservação

dos objetos materiais, que compõem a coleção arqueológica do LARQ, a pesquisa sobre estes

artefatos devem significar algo muito mais amplo do que a produção de um conhecimento

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