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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Educação museal promovida pelo Museu do Açaí: seminários científicos, oficinas...

no seu exterior, ou seja, para além de suas paredes, muros... Como posto por Castro (2016),

os museus têm que ser democráticos internamente e envolvendo todos os segmentos de

museólogos a técnicos e pessoal em geral. Além disso e conforme o mesmo Castro (2016, p.

75), o museu tem que “[...] democratizar também a sociedade ao seu redor [...]”. Assim, ao

envolver-se com um projeto museal que priorize a educação museal há de se ser

prioritariamente resiliente.

Mais além dessas categorias fundantes da educação, da cultura e da educação museal,

têm-se essencialidades na compreensão do fenômeno educação museal. Assim, se pode

considerar a questão do lugar e da base econômica do seu entorno (TUAN, 2015). Nessa

direção, o lugar pode intimidar segmentos significativos do local e das proximidades,

principalmente porque as políticas públicas não garantem o acesso gratuito. Quanto à

questão econômica, o baixo poder aquisitivo de parte significativa da população pode reduzir

as possibilidades de consolidação das instituições, como os museus. Por sua vez, a educação

museal pode se transformar em um conector entre o museu e a sociedade menos favorecida.

Ante a falta e/ou redução de recursos financeiros nas áreas educacionais, culturais e

museológicas, e para que se tenha um devir mais promissor para a educação museal, a

participação social pode ser uma estratégia importante e, ainda, contribuir com a reversão de

problemas como acessibilidade econômica. Simonian (2018c) discutiu há pouco sobre a

importância da educação e até da capacitação nos ambientes das áreas florestadas das Áreas

Protegidas e das Unidades de Conservação, em especial na Amazônia. Inclusive, tem-se

alguns museus em AP/UC, embora, no Brasil, esta ainda seja uma possibilidade insipiente.

A questão da educação museal também aponta para a essencialidade da análise

sociológica da didática museal. Nos termos de Marandino (2015), esta questão tem de estar

sempre sob uma análise sociológica, e precisamente o que se propõe aqui, é que seja antes

socioantropológica, ampliando assim as alternativas analíticas. Neste ponto, não é apenas

descrever tais possibilidades e sim considerar, como já dito um pouco acima, os interesses

das frequentadoras e dos frequentadores dos museus, independentemente a quais categorias

pertençam – e quais seus interesses, sejam eles de ordem pessoal, social ou outra.

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