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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Museu do Círio: educação patrimonial e museal em Belém do Pará

De acordo com Gonçalves (2017), o museu é percebido, por excelência, como o

legitimador de histórias reais, uma espécie de fonte de verdades, espaço das memórias

oficiais dos acontecimentos ocorridos. Guardam memórias individuais, coletivas, do lugar,

de acontecimentos ou até dos sentidos, ou seja, representam a identidade das suas

sociedades. Os museus simbolizam fontes de sabedoria principais de conhecimento

singularizado em vários domínios. Constituem-se em pilares de educação, criatividade, de

qualidade de vida, de integração social e de desenvolvimento humano.

Na visão de Silva (2013, p. 144):

O museu tem que ler, e traduzir todo o pertencimento que carrega em sua

essência, aquilo que o torna para si e para os seus, motivo, de sua existência,

de relevância, de identidade. Sua linguagem tem afagar o que tão longínquo

pareça ser a relação que exista em seu mais sombrio visitante, do modo que

esta também contemple seu mais resplandecente defensor e mantenedor e

colaborador de sua existência.

Entende-se que é importante para os museus manter preservada sua pertinência na

sociedade para além de suas argumentações existenciais e filosóficas. Isso significa a

necessidade de efetivação desses espaços enquanto lócus de conhecimentos, diversão,

interação e aproximação cada vez mais da sociedade como um todo.

O valor do espaço museal é dado pelas suas contribuições efetivas à sociedade, pela

dinâmica de relacionar-se com o seu público, e não apenas pelo acervo que possui (SILVA,

2013). Que aos museus haja a possibilidade de se ressignificarem, de se recuperarem a

consciência que desde sempre fora um abrigo de usufruto de conhecimento.

Para Braga (2017), os museus são instituições culturais que devem promover, dentre

outros, a educação pela via da cultura, oportunizar o encantamento, o lazer, a instigação e o

diálogo. O mesmo autor afirma que esses espaços propõem uma narrativa que pode agradar

e desagradar, causar bem-estar e aversão, porque o museu também expõe o indivíduo que o

visita. O espaço museológico revela o lado humano dos sujeitos e favorece vivências das

quais é possível se apropriar para usá-las na vida cotidiana.

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