História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias
Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.
Janise Maria Monteiro Rodrigues Vianamuitos outros. Para o autor, esses vão desde a ciência e a tecnologia à etnografia e àantropologia, dentre outras temáticas associadas às mais diversas ações humanas.Para Desvallées e Mairesse (2013), a palavra “museu” caracteriza tanto a instituiçãoquanto o estabelecimento, ou o lugar geralmente projetado para realizar a escolha, o estudoe a apresentação de testemunhos materiais e imateriais do ser humano e do seu meio. Aolongo dos séculos, a forma e as finalidades do espaço museal variaram sensivelmente. Seuconteúdo diversificou-se, tanto quanto seu papel, seu modo de funcionamento ou sua gestão.A respeito disso, Simonian (2017, p. 130) assinala que: “[…] a pensar-se no conceito demuseu, por certo encontra-se uma diversidade enorme quanto aos seus conteúdos. Mesmoporque a cultura se transforma constantemente e desse modo também essa modalidade deinstituição”.Na atualidade, a definição de museu mais divulgada continua sendo a que se encontranos estatutos do Conselho Internacional de Museus (ICOM, 2007, apud DESVALLÉE,MAIRESSE, 2013). A mesma apresenta a definição de instituição infindável, sem finalidadeslucrativas, voltada para a sociedade e o seu desenvolvimento, acessível ao público diverso.Objetiva adquirir, preservar, pesquisar, evidenciar e difundir o patrimônio material e imaterialda raça humana e do seu meio, com propósito de conhecimento, educação e contentamento.De maneira geral, o museu pode ser compreendido como um “lugar de memória”(NORA, 1984-1987; PINNA, 2003), um “fenômeno” (SCHEINER, 2007), integrando asinstituições, os variados lugares ou os territórios, as vivências ou mesmo os espaçosimateriais. Soares (2012) compreende que os museus são espaços usados pelas pessoas eenquanto serviço social específico, fornece uma experiência peculiar. Logo, o museu não éapenas um espaço para a contemplação de algo mais, funciona com as experiências humanasem um campo humano determinado. Outrossim, o museu é, com efeito, aquilo que se fazdele. Portanto, constitui em si um ato inacabado.Kaneda (2019) menciona que os museus manifestam-se como elementos desalvaguarda da memória cultural de uma sociedade, assim como são responsáveis pelopatrimônio natural, cultural, material ou imaterial oriundos no decorrer da sua ampliação.302
Museu do Círio: educação patrimonial e museal em Belém do ParáDe acordo com Gonçalves (2017), o museu é percebido, por excelência, como olegitimador de histórias reais, uma espécie de fonte de verdades, espaço das memóriasoficiais dos acontecimentos ocorridos. Guardam memórias individuais, coletivas, do lugar,de acontecimentos ou até dos sentidos, ou seja, representam a identidade das suassociedades. Os museus simbolizam fontes de sabedoria principais de conhecimentosingularizado em vários domínios. Constituem-se em pilares de educação, criatividade, dequalidade de vida, de integração social e de desenvolvimento humano.Na visão de Silva (2013, p. 144):O museu tem que ler, e traduzir todo o pertencimento que carrega em suaessência, aquilo que o torna para si e para os seus, motivo, de sua existência,de relevância, de identidade. Sua linguagem tem afagar o que tão longínquopareça ser a relação que exista em seu mais sombrio visitante, do modo queesta também contemple seu mais resplandecente defensor e mantenedor ecolaborador de sua existência.Entende-se que é importante para os museus manter preservada sua pertinência nasociedade para além de suas argumentações existenciais e filosóficas. Isso significa anecessidade de efetivação desses espaços enquanto lócus de conhecimentos, diversão,interação e aproximação cada vez mais da sociedade como um todo.O valor do espaço museal é dado pelas suas contribuições efetivas à sociedade, peladinâmica de relacionar-se com o seu público, e não apenas pelo acervo que possui (SILVA,2013). Que aos museus haja a possibilidade de se ressignificarem, de se recuperarem aconsciência que desde sempre fora um abrigo de usufruto de conhecimento.Para Braga (2017), os museus são instituições culturais que devem promover, dentreoutros, a educação pela via da cultura, oportunizar o encantamento, o lazer, a instigação e odiálogo. O mesmo autor afirma que esses espaços propõem uma narrativa que pode agradare desagradar, causar bem-estar e aversão, porque o museu também expõe o indivíduo que ovisita. O espaço museológico revela o lado humano dos sujeitos e favorece vivências dasquais é possível se apropriar para usá-las na vida cotidiana.303
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Janise Maria Monteiro Rodrigues Viana
muitos outros. Para o autor, esses vão desde a ciência e a tecnologia à etnografia e à
antropologia, dentre outras temáticas associadas às mais diversas ações humanas.
Para Desvallées e Mairesse (2013), a palavra “museu” caracteriza tanto a instituição
quanto o estabelecimento, ou o lugar geralmente projetado para realizar a escolha, o estudo
e a apresentação de testemunhos materiais e imateriais do ser humano e do seu meio. Ao
longo dos séculos, a forma e as finalidades do espaço museal variaram sensivelmente. Seu
conteúdo diversificou-se, tanto quanto seu papel, seu modo de funcionamento ou sua gestão.
A respeito disso, Simonian (2017, p. 130) assinala que: “[…] a pensar-se no conceito de
museu, por certo encontra-se uma diversidade enorme quanto aos seus conteúdos. Mesmo
porque a cultura se transforma constantemente e desse modo também essa modalidade de
instituição”.
Na atualidade, a definição de museu mais divulgada continua sendo a que se encontra
nos estatutos do Conselho Internacional de Museus (ICOM, 2007, apud DESVALLÉE,
MAIRESSE, 2013). A mesma apresenta a definição de instituição infindável, sem finalidades
lucrativas, voltada para a sociedade e o seu desenvolvimento, acessível ao público diverso.
Objetiva adquirir, preservar, pesquisar, evidenciar e difundir o patrimônio material e imaterial
da raça humana e do seu meio, com propósito de conhecimento, educação e contentamento.
De maneira geral, o museu pode ser compreendido como um “lugar de memória”
(NORA, 1984-1987; PINNA, 2003), um “fenômeno” (SCHEINER, 2007), integrando as
instituições, os variados lugares ou os territórios, as vivências ou mesmo os espaços
imateriais. Soares (2012) compreende que os museus são espaços usados pelas pessoas e
enquanto serviço social específico, fornece uma experiência peculiar. Logo, o museu não é
apenas um espaço para a contemplação de algo mais, funciona com as experiências humanas
em um campo humano determinado. Outrossim, o museu é, com efeito, aquilo que se faz
dele. Portanto, constitui em si um ato inacabado.
Kaneda (2019) menciona que os museus manifestam-se como elementos de
salvaguarda da memória cultural de uma sociedade, assim como são responsáveis pelo
patrimônio natural, cultural, material ou imaterial oriundos no decorrer da sua ampliação.
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