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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Janise Maria Monteiro Rodrigues Viana

peças de valor, até ao museu propriamente dito, viabilizado no século XVIII e início do XIX.

Esses recortes temporais tiveram como elemento comum a conservação de objetos

representativos de diversas épocas da humanidade e, como consequência, a transmissão da

cultura de século em século.

Em todos esses períodos históricos, buscava-se uma ideia que definisse “museu”. Na

Grécia Antiga, por exemplo, para Silva (2013), a imagem a ser inscrita do Mouseion, seria a

definição de museu como local de ensinamentos e habitat das Musas, as quais seriam seres

mitológicos capazes de motivar as artes e as ciências.

Por sua vez, a Idade Média não difere do período anterior. A definição não derivava

ainda de um espaço para abrigar obras de arte. Prevalecia, na época, segundo Silva (2013), o

colecionismo, a presença de Patronos e Mecenas provedores da música, teatro, dança e artes

plásticas, isto é, como objetos de ostentação e demonstração de domínio. Em outras palavras,

objetos que eram colecionados e tratados enquanto instrumentos que serviam para

manipular a sociedade.

A conceituação de museu moderno só emerge no século XVII, em Basileia, no ano de

1671, com o primeiro museu universitário, e na Inglaterra, em 1683, aquele que é classificado

como o primeiro museu moderno com objetivo reconhecido de promover a educação ao

público – o Museu Ashmolean –, idealizado pela Universidade de Oxford (SILVA, 2013). Nesse

momento, aparece o primeiro ideal libertador, dos moldes colecionistas, que era mais

influenciado pela concepção grega.

No século XX, precisamente em 1946, surge o International Council of Museums –

ICOM, fundado por Chauncey J. Hamlin, seu primeiro presidente. Instituída como uma

organização de caráter internacional associada à Organização das Nações Unidas para a

Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, com sede em Paris. A partir desse momento e de

acordo com Silva (2013), as definições das concepções de museu e das proposições acerca

de sua missão, visão, imagem e identidade tornaram-se consensuais.

No contexto brasileiro, os museus começaram a serem criados no século XIX.

Segundo Jesus (2014), a partir de coleções da aristocracia e advindos dos antigos gabinetes

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