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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Maria Terezinha R. Martins, Vinícius de Araújo Pacheco

Dentre as particularidades do “fazer cartográfico experimental” adotado pelo

programa para registro de patrimônios em território comunitário, pode-se destacar a

Concepção Espacial de referência empírica. Por meio dela, o patrimônio é registrado tendo

como base, as distâncias mentais (mapeamento cognitivo) relativas à distância/tempo e a

direção/localização. Ou seja, ele (o território) e seus patrimônios são apreendidos

(cartograficamente e visualmente) com base na concepção de espaço mentalmente adquirida

por seus moradores em relação a esse mesmo espaço.

Neste sentido, vale a definição de “mapeamento cognitivo” como orientação

morfológica e conceitual a este fazer cartográfico:

Desde a primeira infância, temos consciência de nós mesmos em relação ao

resto do mundo físico a partir do processamento espacial de informações. Os

psicólogos chamam essa atividade de Mapeamento Cognitivo, o dispositivo

mental pelo qual os indivíduos adquirem, ordenam e lembram as informações

sobre seu ambiente espacial, em cujo processo eles distinguem e se definem

espacialmente em relação ao mundo vasto, aterrorizante e incognoscível que

está lá fora (BROTTON, 2014, p. 10).

A proposta cartográfica apresentada aqui é então um modelo de representação

espacial empirista (experimental) construído em coletividade, sua representatividade visual

“toma forma” considerando primeiramente a concepção espacial que seus participantes

(moradores) possuem em relação ao território e aos patrimônios locais identificados e

distribuídos sobre ele.

Assim, ela como experiência não se apropria de regras e técnicas da cartografia

tradicional que geralmente são orientadas pelo sistema métrico. Ou seja, seu “espaço”

(forma) é concebido cognitivamente, como o fazem seus moradores, e seu conteúdo, advém

de uma concepção espacial com temática patrimonial contextualizada na dinâmica da vida

cultural de seus participantes.

Já em nível descritivo, considerando a organização dos conteúdos levantados sobre

amplos espaços territoriais cartografados, fez-se necessária a formulação de um “padrão

visual cartográfico” onde fossem definidos e pautados metodologicamente direcionamentos

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