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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Maria Terezinha R. Martins, Vinícius de Araújo Pacheco

Enquanto a estrutura dos componentes desse Território, assim se constitue o

patrimônio servindo-se dos elementos materiais e imateriais da herança de cada comunidade,

reconhecidos por um inventário participativo permanente, como materiais pedagógicos. A

comunidade - dirigindo-se às pessoas, adultos, jovens e crianças, suscetíveis a representar os

papéis de formador, de agente de desenvolvimento nas suas respectivas comunidades e

dirigindo-se a elas na linguagem de sua cultura viva.

O desenvolvimento local ocorre a partir do museu como um instrumento polivalente

de ação territorial, de mobilização e das forças vivas das comunidades. Nestes termos, a

participação social é um conceito fundamental para que se avance no sentido do

desenvolvimento em todas as suas dimensões (SIMONIAN, 2018). Assim, um museu a

exemplo do Ecomuseu pode se constituir numa ferramenta importante para tal avanço, uma

vez que está contribuindo para o fortalecimento das comunidades a ele ligadas.

Na concepção de museu, geralmente há uma “planta” apropriada a sua estrutura,

capaz de nos dar informações diversas sobre sua ocupação no espaço. Por meio dela, é

possível saber onde está a biblioteca, os banheiros, a coleção permanente, e as exposições

periódicas. O espaço integra, ainda, as coleções que o constitui e o público visitante, ou seja,

subespaços delimitados estruturalmente, bem dividido e organizado que, no caso, pode ser

visualizado antes mesmo de conhecê-lo presencialmente.

Um ecomuseu não possui “planta”, vincula-se a territórios, territórios que abrangem

“estruturas” em suas extensas áreas. No caso do Ecomuseu da Amazônia, ele insere rios,

furos, florestas, casas, agrupamentos humanos ou tudo junto ao mesmo tempo (patrimônios

e comunidades). Certamente, a experiência museológica que, por intermédio técnico e

artístico, deu origem ao Biomapa, resultou (como no caso da “planta” do museu) da

necessidade de se obter o controle visual, não de uma estrutura, mas de um território onde,

no caso, as comunidades participantes do programa estão inseridas.

Assim sendo, é pertinente dizer que a experiência de registro territorial não é

originária de um planejamento cartográfico, mas antes, de um pensar museológico e artístico

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