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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Educação museal: os casos das Louceiras do Maruanum (Amapá-Brasil) e das nações...

Constructos museais: significados, similitudes e diferenças entre as comunidades do

Maruanum e nações autochtones.

Os museus são lugares de memória e segundo Doarte (2018, p. 112-113) são divididos

por categorias: museu-templo, museu-vitrine e museu-laboratório. Segundo o autor, em se

tratando do museu- templo, “[...] ele simplesmente elenca, seleciona, sacraliza, expõe e

defende algo, em geral materialmente físico (roupas, louças, obras de arte, etc.), sem a

interlocução desses itens com temas contemporâneos”. O museu-vitrine “[...] oferece as

conexões temporais, espaciais e existenciais dos objetos que estão dentro dele”. Outra

característica do museu-vitrine é utilizar itens e temas “[...] com a função de construir uma

narrativa de coesão da população no argumento da identidade, há nele a capacidade de fazer

uma relação com o ontem, com o hoje, com a diversidade, com as culturas, com as fronteiras

sociais [...]” (DOARTE, 2018, p. 114).

Já “o museu-laboratório é a perfeição dos museus. É nele que a sociedade se encontra

para se identificar ou para encontrar estranhezas. Nele, um local composto por interações de

diversos tipos entre o ser humano, as artes, as culturas e a sociedade” (DOARTE, 2018, p.

115). Assim, com as transformações sociais, os museus também acompanharam esse

processo, sendo museu um local capaz de promover debates agregando “[...] nos quais

muitos grupos formadores de uma só sociedade podem se encontrar, se presentar, se

representar, se defender e manter o exercício democrático de forma ética (DOARTE, 2018, p.

116).

Diante de tantas possibilidades, fica um questionamento: será todos os grupos de uma

só sociedade tem as mesmas oportunidades de representação nos museus? Brulon (2020)

traz uma resposta para essa indagação no artigo denominado “Descolonizar o pensamento

museológico: reintegrando a matéria para re-pensar os museus”. Primeiro, Brulon (2020, p.

3) diz que “[...] uma sala de museu é palco para a encenação de identidades forjadas por

relações de poder sedimentadas pelo tempo desde a colonização”. Isso significa que o museu

em toda a sua estrutura e composição traz a dominação como ponto crucial.

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