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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Dayse Marinho Martins

(MASTROCOLA, 2013, p. 26). Portanto, caracteriza a aprendizagem interativa baseada em

desafios cognitivos, dotando de significado o ensino.

Huizinga (2005) refere que as atividades arquetípicas da sociedade humana são

historicamente marcadas pelo jogo. Assim, a cultura material pode ser articulada a elementos

do cotidiano suscitando o interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo de

ensino. Os conhecimentos aprendidos, portanto, suscitam ideias que se convertem em capital

cultural, acionados pelo sujeito em contextos de aprendizagem. A partir das vivências em

museus, o fluir das informações transformadas em imagens e arquivadas na memória nas

interações com a cultura material permitem suscitar a aprendizagem significativa e o senso de

valorização do patrimônio histórico local.

A educação museal, nesse sentido, supera o aspecto expositivo, ampliando a

percepção discente sobre a história local e o patrimônio como elemento do contexto social.

Além disso, fomenta a aprendizagem atitudinal dos alunos com relação ao cuidado com

espaços e sítios arqueológicos na comunidade.

Considerações finais

As mudanças curriculares no ensino de História ministrado nos sistemas de ensino

requerem o rompimento com práticas homogeneizadoras e acríticas. Para tanto, é preciso

valorizar reelaboração do conhecimento por meio de práticas educativas que dialogam com

saberes e culturas não escolares. A seleção de conteúdos evidenciada na disciplina História

do Maranhão demonstra um enfoque acrítico que não permite ao aluno compreender-se

enquanto sujeito histórico. As temáticas são caracterizadas por narrativas distantes do

contexto discente, em abordagens memorísticas e não problematizantes que propalam

versões oficiais da formação maranhense.

Nota-se assim, a necessidade de se repensar a seleção de conteúdos da disciplina

História do Maranhão de modo a evidenciar os silenciamentos presentes no currículo a partir

da abordagem tradicionalmente difundida. Por meio desta perspectiva, a homogeneização, o

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