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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

como instrumento para as propostas educacionais, inclusive na formação de professorespesquisadores.

Além disso, os autores propõem reflexões acerca de tal percurso, realizando

inferências sobre as perspectivas da prática dos arquivos no Brasil, em suas reverberações

na memória e no patrimônio. Como bases teóricas, recorrem aos lastros deixados por Bloch

(1981), Demo (2003), Derrida (2001), para pensar história, arquivos, patrimônio e educação.

Assim, partem do pressuposto de que os arquivos são instâncias que (re) criam a realidade,

bem como são indícios históricos de memória, patrimônio e educação.

Em A educação patrimonial no Museu de Arte Sacra de Belém (PA): realidade e

perspectivas para o turismo, Helena Doris de Almeida Barbosa e Natália Andrielly Trindade

Alfaia evidenciam os modos como a educação patrimonial vem sendo dinamizada no Museu

de Arte Sacra (MAS) de Belém, estado do Pará, como se estrutura e as possibilidades que tal

atividade apresenta para o turismo. A partir de pesquisa bibliográfica e documental, pesquisa

de campo e a vivência junto ao MAS, os dados evidenciaram que as atividades de educação

patrimonial são uma realidade presente e importante ao Museu, as quais têm priorizado

escolas e outros grupos que agendam suas visitas. Além disso, há necessidade de se expandir

essa ação para além do atendimento agendado, extrapolando-a para o público flutuante

desse Museu belenense, em especial as/os turistas, tendo como perspectiva o envolvimento

destes na valorização, difusão e conhecimento da história e memória presentes em tal espaço.

O capítulo de Johny Santana de Araújo, intitulado Os campos de batalha e seus lugares

de memória, propõe um estudo sobre a constituição dos campos de batalha como um lugar

de memória, a proposta do autor exprime a necessidade de compreender como tais locais

foram apropriados por atuais estados nacionais com a finalidade de estabelecer um diálogo

entre o presente e o passado. Segundo Johny, tais espaços foram tomados como lugares de

lembrança e alguns como lugares mitológicos, pois evidenciam a construção de uma

narrativa nacionalista que fortalece uma história e uma cultura unificadas, desde os tempos

passados até os dias atuais. Adicionado a isso, tais espaços ajudam a delimitar os processos

contínuos de reprodução e representação da nacionalidade dos Estados Nacionais,

ressignificando e reforçando discursos identitários.

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