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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

por Ana Cristina Rocha Silva. O texto aborda o território da bacia do rio Maracá, situado na

parte sul do estado do Amapá, no atual município de Mazagão. Desde meados do século XIX,

os sítios arqueológicos desse território se destacam na literatura especializada e evidenciam a

complexidade cultural dos povos indígenas que habitaram o vale do rio Maracá, na

antiguidade. Apesar da reconhecida importância e singularidade, a situação dos famosos sítios

arqueológicos da cultura Maracá é de abandono. Ademais, existe um cenário de

vulnerabilidade social, econômica e ambiental, por parte das comunidades locais, as quais

compõem o maior assentamento agroextrativista do Amapá: o PAE Maracá.

Pelo exposto, em atenção às diretrizes da política cultural vigente no Brasil, o objetivo

do capítulo é destacar a potencialidade da museologia social, por meio da modalidade de

museu integrado, como uma alternativa de desenvolvimento para o território do PAE Maracá.

Metodologicamente, o texto está alicerçado na interdisciplinaridade, de maneira a possibilitar

a identificação daquilo que Samuel Sá (1987, p. 273) chama de “[...] vasos comunicantes [...]”.

O estudo indica a posição periférica da sociedade local na gestão do patrimônio arqueológico.

Em virtude disso, a autora defende estratégias de desenvolvimento condizentes com a

realidade local. Nessa direção, a musealização social é apontada como um caminho oportuno.

O texto Educação patrimonial no campo das pesquisas arqueológicas e o papel dos

museus, de Edinaldo Pinheiro Nunes Filho e Rejane Cleide Lemos de Vasconcelos, objetiva

discutir e evidenciar a importância da educação patrimonial para a preservação do

patrimônio arqueológico e o papel dos museus neste processo educativo. Para tanto, os

autores lançam mão de bibliografias pertinentes, de trabalhos publicados e práticas

vivenciadas pelos autores. A partir dessa abordagem, contextualiza-se o tratamento dado à

educação patrimonial no bojo das pesquisas arqueológicas. Além disso, explanam-se os

casos de alguns museus, especialmente o do museu histórico amapaense, ‘Joaquim

Caetano da Silva’, localizado na cidade de Macapá-AP. Nessa perspectiva, os autores

defendem que a história dos museus demostra que essas instituições sofrem pela falta de

políticas públicas de incentivo à cultura e padecem pela falta de manutenção e recursos

financeiros. Com isso, deixam de contribuir de forma efetiva para uma educação cidadã

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