10.08.2021 Views

História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

José Petrúcio de F. Junior, Ana Paula C. Castro, Dinorah F. Lopes, Maria Rosimeire de Sá

desenvolvida no espaço do museu Ozildo Albano, quanto para o desenvolvimento de

competências docentes que serão exigidas dos alunos bolsistas quando egressos do curso

de licenciatura em História, pois:

A construção do perfil de “professor investigador social”, isto é, do docente

que procura compreender a progressão conceptual dos seus alunos com

lentes próprias da natureza da História e não apenas em termos de quantidade

de conteúdos, é crucial para a promoção de uma intervenção sustentada e, por

isso, mais bem sucedida. [...] Esse perfil de profissionalidade avançada requer

um refinamento das competências de análise de dados teoricamente guiada

pela reflexão epistemológica sobre a História. As categorias de análise, numa

linha de progressão de ideias em História, poderão (deverão) refletir-se depois,

de forma aproximada, na avaliação convencional dos resultados de

aprendizagem dos alunos - se esta for orientada para qualidade do

pensamento histórico, envolvendo interpretação de fontes e problematização

de relações entre passado, presente e horizontes de futuro (BARCA, 2012, p.

46-47).

No interior deste quadro teórico-metodológico, questionamos sobre que propostas de

aprendizagem podem ser implementadas no museu Ozildo Albano, de tal forma a conceber

o museu (ou o ‘espaço cultural’) como lugar de aprendizagens, interatividade, diálogo e

percepção de identidades / alteridades a partir da exploração de bens culturais e espaços.

Defendemos que a construção de situações de aprendizagem não deve vir dissociada de

uma discussão sobre didática da História; esta, por sua vez, calcada em uma concepção de

ensino que concebe o aluno como protagonista do processo de aprendizagem; a História como

um conhecimento passível de reformulação ou ressignificação e que permita ao aluno vivenciar

a alteridade das experiências humanas por meio do contato com os bens culturais. Utilizamos,

para isso, as orientações acerca da ‘didática da História’, proposta por Jörn Rüsen em História

Viva (2007) e seguida por Oldimar Cardoso em ‘Para uma definição de Didática da História’

(2008), por Maria Auxiliadora Schmidt em ‘Trajetórias da investigação em didática da História

no Brasil’ e por Katia Maria Abud em ‘A construção de uma didática da História (2003).

Didática da História, na perspectiva de Rüsen (2007), não significa a aplicação de

métodos ou técnicas de ensino, mas, sim, a compreensão de aspectos cognitivos da História

(RÜSEN, 2007, p. 90), isto é, “A didática da história se situa nessa relação direta com a ciência

220

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!