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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Uma experiência interinstitucional no âmbito do PIBEX: a UFPI e o museu ‘Ozildo Albano’

Em vez de preservar um passado centrado em grandes heróis e grandes

acontecimentos, investe-se no reconhecimento dos sujeitos e suas produções sentido,

independentemente da categoria social em que está inserido. Parte-se do pressuposto de que

os homens são produtores de culturas e o respeito às diferenças é condição sine qua non

para convivência social.

Portanto, esta proposta de extensão interinstitucional objetiva produzir uma

apropriação consciente do patrimônio cultural pela comunidade piauiense por meio de

reflexões que problematizam a construção de uma memória social e, no interior delas, os

processos identitários que singularizam as experiências cotidianas locais.

Como nosso trabalho extensionista está centrado em um museu familiar da cidade de

Picos, museu Ozildo Albano 3 , é conveniente refletir sobre as bases legais que subsidiam e

viabilizam tais espaços culturais. De acordo com a Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que

instituiu o Estatuto de Museus:

Art. 1º Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem

fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem,

para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e

turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou

de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade

e de seu desenvolvimento. Parágrafo único. Enquadrar-se-ão nesta Lei as

instituições e os processos museológicos voltados para o trabalho com o

patrimônio cultural e o território visando ao desenvolvimento cultural e

socioeconômico e à participação das comunidades. Art. 2º São princípios

fundamentais dos museus: I - a valorização da dignidade humana; II - a

3

O Museu Ozildo Albano, localizado em Picos, Piauí, é resultado da iniciativa do colecionador José

Albano de Macedo, conhecido por Ozildo Albano (1930-1989), que reuniu, por meio de doações e

aquisições pessoais, uma série de utensílios domésticos, fotografias, peças de arte sacra,

equipamentos bélicos, discos, livros e fotografias, documentos de natureza político–administrativa e

eclesiástica. Após o seu falecimento, a família assumiu a responsabilidade pela gestão deste espaço

cultural e pela construção de uma memória sobre Ozildo Albano, perpetuada em grande parte das salas

do museu, já que se atribui a ele o processo de preservação da cultura material que contribui para

contar a história da cidade. Atualmente os curadores do Museu restringem-se aos irmãos do falecido,

Albano Silva e Maria da Conceição Silva Albano e amigos próximos como Vilebaldo Nogueira Rocha,

o que demonstra o caráter ‘familiar’ do Museu e a construção de seus espaços, que mantêm a

centralidade na figura de ‘Ozildo Albano’ (FARIAS JUNIOR, 2020).

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