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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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Uma experiência interinstitucional no âmbito do PIBEX: a UFPI e o museu ‘Ozildo Albano’

Dito isso, reconhecer o caráter pedagógico do museu e sua autossuficiência no

processo didático é um passo importante para sua emancipação como local de educação e

não apenas de contemplação, como muitos ainda sustentam.

Nessa perspectiva, foi estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) a

Política Nacional de Educação Museal (PNEM, 2017), que fornece princípios e diretrizes para

nortear a educação museal, além de outras iniciativas, ligadas à preservação/construção de

uma ‘memória social’, com a qual cidadãos brasileiros se identificam, tal como defendem

Andrea Costa, Fernanda Castro, Milene Chiovatto e Ozias Soares no Caderno da Política

Nacional da Educação Museal (2018):

O termo “museal” é um neologismo utilizado recorrentemente para qualificar

tudo aquilo que é relativo ao museu, distinguindo-se de outros domínios

(DESVALLÉES; MAIRESSE, 2014, p. 54). Mais recentemente, o termo

“Educação Museal” passa a ser utilizado como uma reivindicação tanto de

uma modalidade educacional – que contempla um conjunto integrado de

planejamento, sistematização, realização, registro e avaliação dos programas,

projetos e ações educativas museais – quanto de um campo científico. O termo

vem sendo usado por vários autores para se referir ao conjunto de práticas e

reflexões concernentes ao ato educativo e suas interfaces com o campo dos

museus.

Essa política tem por base a ideia de uma Educação Museal, que permanece em

relação dialógica com a sociedade que a abriga. A PNEM aponta para o desenvolvimento de

uma prática educativa, inclinada para a realização de visitas mediadas, oficinas, palestras e

ações voltadas a diferentes categorias sociais, com destaque aos idosos, pessoas com

deficiência, e/ou públicos em situação social de vulnerabilidade.

Todas essas condutas são indicadas como formas de ampliar as possibilidades de

troca de saberes entre os museus e a sociedade. Tal dimensão plural enriquece uma

discussão que pode ser transportada para a sala de aula e aplicada como ferramenta

pedagógica no estudo da cultura humana e de seus desdobramentos no tempo.

De acordo com Isla Andrade Pereira de Matos (2014), durante o século XVII,

predominavam as exposições meramente contemplativas, nas quais os visitantes

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