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História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias

Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.

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José Petrúcio de F. Junior, Ana Paula C. Castro, Dinorah F. Lopes, Maria Rosimeire de Sá

aprimoramento das discussões em torno da educação patrimonial e da educação museal por

meio do diálogo interinstitucional e do envolvimento da comunidade.

Nossos aportes teórico-metodológicos

Entende-se por Educação Patrimonial, um processo ativo de construção cultural que

possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do

universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido (HORTA;

GRUNBERG, MONTEIRO, 1999, p. 4). A despeito de tal relevância para o ensino de História:

Perceber a Educação Patrimonial como possibilidade pedagógica aos

educadores é uma prática considerada um tanto que recente. A motivação

maior, tanto dos educandos quanto do educador, reside na metodologia ativa

e permanente, quando o conhecimento é construído, proporcionando trocas e

cotejamentos – evidenciando a inteligibilidade do trabalho. A Educação

Patrimonial no currículo da educação formal auxilia na criação e manutenção

de vínculos entre escola e o meio social. Destaca-se ainda, a acessibilidade

proporcionada aos estudantes, às informações, pois estas estão disponíveis

no seu entorno e é parte da realidade vivenciada. Os métodos da Educação

Patrimonial, como processo educativo, aplicado em sala de aula com alunos

do Ensino Fundamental e Médio, permitem priorizar práticas pedagógicas que

envolvam a comunidade, possibilitando descobertas e partilha de

conhecimentos elaborados e adquiridos (SABALLA, 2007, p.24).

A Educação Patrimonial oportuniza, nesse sentido, um diálogo propositivo com a

cultura material e suas diferentes linguagens e permite que compreendamos a alteridade de

experiências sociais no tempo a partir do momento em se que pode indagar a função social

dos objetos musealizados e a importância de preservá-los para produção de sentidos ao

passado a partir de nosso campo de experiências no presente.

De modo semelhante, Ulpiano Bezerra de Meneses (2000) defende que a educação em

museus conduz à interpretação de tais objetos e ao desenvolvimento da autonomia do sujeito

cognoscente por meio de uma formação crítica que deve ser seu objetivo último:

[...] educar é garantir ao indivíduo condições para que ele continue a educar-se. Em

outras palavras, educar é promover a autonomia do ser consciente que somos -

capazes de proceder a escolhas, hierarquizar alternativas, formular e guiar-se por

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