História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memórias
Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus. Organizadores: José Petrucio de Farias Junior / Ligia Terezinha Lopes Simonian / Ana Cristina Rocha Silva / Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus.
IntroduçãoIntitulado Epistemologia museal: uma análise do projeto Museu Goeldi de PortasAbertas, o décimo terceiro capítulo é assinado por Helena do Socorro Alves Quadros, CarlosJorge Paixão e Silvio Sanchez Gamboa. Neste capítulo, contextualiza-se a Educação Musealaplicada na pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações –MCTIC e do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG, localizado em Belém do Pará. Este é osegundo maior estado brasileiro em área territorial. O MPEG abriga acervos em áreasdiversas, como Botânica, Zoologia, Ciências Humanas (ex.: História, Arqueologia), Ciênciasda Terra e Ecologia, com peças e espécimes principalmente da Região Amazônica, com amissão de produzir pesquisas, promover a inovação científica, formar recursos humanos,conservar acervos e ainda disseminar conhecimento relacionado à Amazônia nas áreas dasCiências Naturais e Humanas. A experiência aqui discutida será o Programa ‘O Museu Goeldide Portas Abertas’ – gerenciado pelo Serviço de Educação do Museu Goeldi – que se constituihistoricamente em um elo continuado entre a Comunidade Científica e a Sociedade. Enfatizasea Arqueologia, área de pesquisa do MPEG, em que se divulgam as pesquisas realizadas naregião.Parte 2 - Arqueologia: estudos sobre a cultura materialA segunda parte da coletânea é iniciada pelo texto Pluralidade e convivência: como aarqueologia serviu a propósitos nefastos e sua superação, de autoria de Felipe N. Silva ePedro Paulo Funari. Neste capítulo, os autores tratam de um caso específico, GustavKossinna. Pode parecer distante, mas o objetivo é mostrar o contrário: como a Arqueologia ea Museologia puderam ser impérvias ao outro, ao convívio. Para os autores, Kossinna nãodeve ser descartado como mero antecedente de algo excepcional, o Nazismo, mas tomadoem conta por formar base conceitual de grande parte da construção arqueológica emuseológica que esteve a serviço da opressão, mesmo sem o querer. Embora possa parecerdistante, Kossinna, seus posicionamentos e predileções teórico-metodológicas, descortinam20
História, Arqueologia e Educação Museal: Patrimônio e Memóriasrelações entre a pesquisa arqueológica e projetos de poder, que são indispensáveis àcompreensão da dimensão ética que envolve a construção de conhecimentos científicos.O texto A Cultura Material e a Relação Entre a Arqueologia e a Museologia, deAlexandre Guida Navarro, Helder Luiz Bello de Mello e Karen Cristina Costa Da Conceição, tempor objetivo discutir a interface entre a Antropologia e a Museologia no tocante a gestãocompartilhada do acervo arqueológico. A discussão parte do princípio de que a Arqueologiae a Museologia estão imbricadas desde o berço, pois quase toda pesquisa arqueológica geraum acervo que necessita de conservação, preservação e salvaguarda, que são as funçõesprincipais dos profissionais que lidam com a manutenção de acervos e coleções. O artigo visaainda apresentar os procedimentos técnicos adotados pelo Laboratório de Arqueologia daUniversidade Federal do Maranhão que mantêm a guarda e o armazenamento de milhares deobjetos oriundos de pesquisas acadêmicas realizadas nas Estearias da Baixada Maranhense,de doações e ainda adquiridos pelo sistema de endossos institucionais.No texto Arqueologia da escravidão: artefatos de torturas da Fazenda Serra Negra, deLaiane Pereira da Costa e Maria do Amparo Alves de Carvalho, destaca-se a existência deposicionamentos diferentes sobre a escravidão negra, na histroriagrafia piauiense. Umavertente a descreve como muito violenta e outra que acredita em uma escravidão branda. Estapesquisa teve como objetivo fazer uma abordagem arqueológica da escravidão na FazendaSerra Negra, localizada em Aroazes-Piauí, com a finalidade de compreender o uso dosartefatos de suplício de escravizados e assim contribuir nas pesquisas em arqueologia daescravidão no Piauí. A metodologia consistiu em um levantamento de fontes existentes naBiblioteca da UFPI e no Arquivo Público do Estado do Piauí. Também foi feito um levantamentoda materialidade no Museu do Piauí, onde se encontram os artefatos da referida fazenda. Aspesquisadoras dialogam com estudiosos que realizaram pesquisas sobre a escravidão noPiauí como: Tânia Brandão (1999), Solimar Oliveira Lima (2005), Luiz Mott (2010), a partir dosquais elas demonstram que há indícios de que, apesar das modificações que possam terocorrido ao longo do tempo, a violência sempre esteve presente.21
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Introdução
Intitulado Epistemologia museal: uma análise do projeto Museu Goeldi de Portas
Abertas, o décimo terceiro capítulo é assinado por Helena do Socorro Alves Quadros, Carlos
Jorge Paixão e Silvio Sanchez Gamboa. Neste capítulo, contextualiza-se a Educação Museal
aplicada na pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações –
MCTIC e do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG, localizado em Belém do Pará. Este é o
segundo maior estado brasileiro em área territorial. O MPEG abriga acervos em áreas
diversas, como Botânica, Zoologia, Ciências Humanas (ex.: História, Arqueologia), Ciências
da Terra e Ecologia, com peças e espécimes principalmente da Região Amazônica, com a
missão de produzir pesquisas, promover a inovação científica, formar recursos humanos,
conservar acervos e ainda disseminar conhecimento relacionado à Amazônia nas áreas das
Ciências Naturais e Humanas. A experiência aqui discutida será o Programa ‘O Museu Goeldi
de Portas Abertas’ – gerenciado pelo Serviço de Educação do Museu Goeldi – que se constitui
historicamente em um elo continuado entre a Comunidade Científica e a Sociedade. Enfatizase
a Arqueologia, área de pesquisa do MPEG, em que se divulgam as pesquisas realizadas na
região.
Parte 2 - Arqueologia: estudos sobre a cultura material
A segunda parte da coletânea é iniciada pelo texto Pluralidade e convivência: como a
arqueologia serviu a propósitos nefastos e sua superação, de autoria de Felipe N. Silva e
Pedro Paulo Funari. Neste capítulo, os autores tratam de um caso específico, Gustav
Kossinna. Pode parecer distante, mas o objetivo é mostrar o contrário: como a Arqueologia e
a Museologia puderam ser impérvias ao outro, ao convívio. Para os autores, Kossinna não
deve ser descartado como mero antecedente de algo excepcional, o Nazismo, mas tomado
em conta por formar base conceitual de grande parte da construção arqueológica e
museológica que esteve a serviço da opressão, mesmo sem o querer. Embora possa parecer
distante, Kossinna, seus posicionamentos e predileções teórico-metodológicas, descortinam
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